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PREFÁCIO
A presente publicação é destinada aos engenheiros e tecnólogos da área de mecânica que visam
a se desenvolver no extenso campo da ciência térmica. Desenvolvida basicamente através das
notas de aulas, os alunos encontrarão noções teóricas apresentadas de maneira clara e dinâmica,
seguidas quando for o caso, de problemas resolvidos de aplicação prática na engenharia.
Abordando temas essenciais para quem busca se aprofundar em engenharia térmica foi
elaborado com o propósito de transmitir os conhecimentos básicos do assunto. Através de uma
linguagem de fácil compreensão, temas cotidianos são apresentados e discutidos de forma que o
estudante possa aproveitar as informações obtidas através de sua leitura. O conceito das leis da
termodinâmica é fundamental para que se entenda o processo prático de ciclos e sistemas
térmicos.
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Sistemas Térmicos Profº. Mestre André R. Quinteros Panesi
SUMÁRIO
Introdução 4
CAPÍTULO 1
1.1 Termodinâmica 8
1.2 Sistemas 8
1.2.1 Tipos de Sistemas 8
1.3 Propriedades 8
1.4 Estado 8
1.5 Número de Mols 8
1.6 Volume Molar 9
1.7 Volume Específico e Massa Específica 9
1.8 Densidade Relativa 9
1.9 Transformações Gasosas 9
1.9.1 Transformação Isotérmica 9
1.9.2 Transformação Isobárica 10
1.9.3 Transformação Isométrica 10
1.10 Equação de Estado dos Gases Ideais 10
1.11 Introdução a 1º Lei da Termodinâmica 11
1.12 Várias Formas da 1º Lei 13
1.12.1 Sistema Isolado 13
1.12.2 Sistema Fechado sem Fluxo 13
1.13 Calor e Trabalho 14
1.13.1 Trabalho PV 14
1.13.2 Trabalho de Eixo e de Fluxo 15
1.13.3 Calor 16
1.14 Entalpia 16
1.15 Capacidade Calorífica e Calor Específico 16
1.16 1º Lei Aplicada em Escoamento de Fluidos 17
1.16.1 Balanço de Energia e de Massa para Regime Permanente 17
1.17 Transformações Reversíveis dos Gases Ideais 19
1.17.1 Transformação Isotérmica 21
1.17.2 Transformação sem troca de calor 21
1.17.3 Transformação Isométrica 21
1.17.4 Transformação Isobárica 22
1.18 Mudanças de Estado 22
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Exercícios complementares 37
CAPÍTULO 2
2º Lei da Termodinâmica
2.1 Introdução a 2º Lei da Termodinâmica 40
2.2 Dois Enunciados Importantes 40
2.3 Enunciado Principal da 2º Lei 44
2.4 O Nascimento da Entropia 45
2.5 Caminhos Reversíveis e Irreversíveis 45
2.6 Irreversibilidades 46
2.7 Balanço de Entropia para Sistemas Fechados 46
2.8 Balanço de Entropia para Escoamentos de Fluidos 48
Exercícios Resolvidos do Capítulo 48
CAPÍTULO 3
Estudo dos Ciclos Termodinâmicos
3.1 Ciclo de Rankine 54
3.2 Efeitos da Pressão da Caldeira e do Condensador 57
3.3 Eficiência Isoentrópica 58
3.4 Melhorando o Desempenho do Ciclo de Rankine 59
3.5 Ciclo Otto 64
3.5.1 Cilindrada 65
3.5.2 Taxa de Compressão 65
3.5.3 Eficiência x Taxa de Compressão 66
3.6 Ciclo Diesel 67
3.7 Turbinas à Gás 68
3.8 Sistemas de Refrigeração 70
3.8.1 Sistemas de Refrigeração a Vapor 70
3.8.2 O Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor 71
3.8.3 O Ciclo Ideal 71
3.8.4 Diminuindo a Temperatura de Evaporação e Aumentando a de Condensação 75
3.8.5 O Ciclo Real 76
3.9 O Ciclo de Refrigeração por Absorção 78
3.9.1 Sistemas Água- Amônia 79
Exercícios complementares 85
Bibliografia 87
Apêndice 88
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INTRODUÇÃO
Não se sabe exatamente em que época da evolução do homem o fogo foi descoberto, mas,
supõem –se que sua descoberta aconteceu com o surgimento das primeiras espécies inteligentes
como, por exemplo, a do homo - habiles que surgiu em torno de 35.000 anos aC. Já nessa época
o homem percebia que quando se esfregava objeto um no outro, dependendo da intensidade,
esses objetos produziam calor e conseqüentemente o fogo. Fenômeno facilmente explicado
atualmente como sendo o movimento mecânico originando uma fricção de um objeto no outro
causando assim atritos e terminando na produção de calor. Fato que de forma alguma ninguém
poderia explicar tal fenômeno nesse grande período de desenvolvimento do homem.
Até o início do século XVIII, a madeira era uma das principais matérias primas para os
ingleses. Eles a utilizavam principalmente na produção do calor utilizado no aquecimento nas
indústrias que produziam ferro. Mas, com o tempo, essa madeira foi escasseando devido ao
desmatamento crescente, e com isso os ingleses passaram a utilizar outro combustível muito
empregado até hoje, que era o carvão mineral. Esse carvão era retirado de minas onde a
extração era demorada e trabalhosa sendo que durante a extração sempre se acumulava água nas
galerias causando grande perigo para os operários devido a grande umidade existente no solo.
Esse excesso de água era retirado através de bombas que funcionavam pelo princípio das
máquinas a vapor cujo combustível era o próprio carvão mineral retirado das minas. Podemos
dizer então que o surgimento das máquinas a vapor deveu-se com o objetivo maior que era o
bombeamento das águas das minas de carvão. No início elas eram poucos eficientes, pesadas e
perigosas sendo que aos poucos foram sendo desenvolvidas máquinas mais econômicas,
menores e menos perigosas. A máquina a vapor que era muito utilizada na época, era a de
Thomas Newcomen (1663 – 1729), mecânico inglês que construiu uma de suas primeiras
máquinas por volta de 1720.
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A ENERGIA NUCLEAR
A energia nuclear teve origem através de uma grande explosão na madrugada do dia 16
de julho de 1945, numa área de testes de bombardeios do exército norte-americano, em
Alamogordo, Novo México. Esse foi praticamente o teste da primeira bomba atômica chamado
de projeto Manhattan. Naquela época uma partícula recém descoberta o nêutron que se encontra
no núcleo do átomo poderia facilmente escapar de seu núcleo original e entrar em outro e
quebrá-lo. A fissão nuclear, nome dado a esse fenômeno, foi comprovada em 1939 pelo físico
italiano Enrico Fermi. O núcleo representa a mais densa concentração de matéria já vista, e isso
significa muita energia. Um único grama de matéria, como o urânio, representa 20 trilhões de
calorias, o suficiente para fazer ferver 900.000 toneladas de água. Atualmente a energia atômica
é utilizada na geração de energia elétrica em muitos países inclusive o Brasil nas usinas de
Angra.
Muito se falou qual seria a energia que moveria o planeta terra num futuro próximo. De
energia atômica até a solar ou a eólica, mas poucas foram realmente estudadas a fundo a ponto
de serem produzidas em larga escala. Como a humanidade reconheceu que o futuro é energia
renovável e limpa estão praticamente descartadas a energia proveniente do petróleo e nuclear.
As alternativas como a solar, eólica e geotérmica apresentam grandes dificuldades de serem
captadas tornando a construção dos equipamentos muito caro favorecendo apenas a poucos que
podem comprá-las. Já a hídrica apresenta o inconveniente de inundar grandes áreas verdes
agredindo assim o meio ambiente. A geração de energia por fusão termonuclear é vista hoje
como uma das alternativas na substituição do combustível fóssil sujeito a escassez em curto
prazo. É considerada como energia limpa, não produzindo rejeitos e evitando o problema do
efeito estufa tão comentado ultimamente. A energia por fusão já é obtida em laboratórios pelo
mundo inteiro através de máquinas denominadas de Tokamak que funcionam através do
aprisionamento de plasma. O plasma é um gás de íons e elétrons livres, onde que para gerar,
energia por fusão, o plasma deve ser aquecido a temperatura acima de 15 milhões de graus
Celsius, tal ocorre nas estrelas e no sol. Atualmente diversas versões estão em operação em
países como a Inglaterra, Estados Unidos, Rússia e Japão, sendo que no Brasil existem
máquinas em funcionamento na Universidade de São Paulo e no Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais em São José dos Campos. Outro tipo de energia que promete muito é as células de
combustível que existem há muito tempo sendo primeiramente utilizada no final dos anos 50
pela NASA no projeto Apollo na geração de eletricidade no espaço. As células de combustíveis
são baterias (pilhas) que convertem energia química diretamente em energia elétrica e térmica,
elas possuem uma operação contínua graças a alimentação constante de um combustível. A
conversão ocorre por meio de duas reações químicas parciais em dois eletrodos separados por
um eletrólito: a oxidação de um combustível no ânodo e a redução de um oxidante no cátodo.
Tendo o hidrogênio como combustível e o oxigênio como oxidante. Resumindo, a célula de
combustível é um dispositivo eletroquímico que realiza o processo inverso da eletrólise, na
eletrólise através de eletricidade água e um sal geramos hidrogênio, já na célula de combustível
ocorre o contrário, ou seja, é introduzido hidrogênio e oxigênio obtendo assim água e energia
elétrica.O Brasil possui projetos nessa área principalmente em transporte coletivo que será
implantado na cidade de São Paulo em meados de 2005 alguns ônibus movidos a células de
combustível.
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CAPÍTULO 1
TERMODINÂMICA
A termodinâmica estuda materiais nas suas diversas fases como sólido, líquido e gasoso,
com o objetivo de transformar um tipo de energia em outra, por exemplo, transformar lixo em
energia térmica, aquecer sua água através da queima de gás ou do aquecimento solar, obter
energia elétrica através de células fotovoltaicas. Portanto, antes de iniciar com a termodinâmica,
vamos identificar algumas propriedades que serão importantes no decorrer do curso.
1.1 SISTEMA
É o objeto de análise, é tudo aquilo que desejamos estudar. Tudo que for externo ao
sistema é considerado parte das vizinhanças do sistema. O sistema é diferenciado de sua
vizinhança por uma fronteira que pode estar em repouso ou em movimento.
Sistema fechado: sempre contém a mesma quantidade de matéria. Não pode ocorrer fluxo de
massa através de suas fronteiras.
Sistema aberto ou volume de controle: nesse caso a massa pode escoar através da fronteira.
1.2 PROPRIEDADES
1.3 ESTADO
Mol é definido como sendo a quantidade de matéria que contém um número constante de
partículas. Essa constante é o número de Avogadro que vale 6,023x1023 unidades. O número de
mols de uma substância é dado por
n = m / M onde 1.1
m = massa da amostra ou substância
M = massa molar da substância
Exemplo: dado o elemento O2 com uma composição de 96g, determinar o número de mols.
n = 96 / 32 = 3 mols
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É o volume ocupado por um mol de gás nas CNTP ( T=273K, P= 1atm). O volume molar
foi medido experimentalmente com diversos gases e verificou-se grande proximidade entre os
valores obtidos. Esses valores ficaram todos próximos de 22,4 L.
v= V/n 1.4
Define-se densidade relativa(δ) como a relação entre a massa específica de uma substância
e a da massa específica da água ( a 4ºC) no caso dos líquidos, e em relação a massa específica
do ar ( a0ºC e 1atm) no caso dos gases. Exemplo
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“ O volume ocupado por um gás varia inversamente com a pressão nele exercida, à
temperatura constante.”
V = 1/P .cte
PV = cte
Exemplo: uma seringa sendo comprimida
A relação PV será constante em qualquer instante da transformação, o que nos permite escrever
Ocorre a pressão constante, variam volume e temperatura. Aqui se aplica a lei de Charles-
Gay Lussac que diz:
V /T = cte
Exemplo: um termômetro
P /T = cte
Exemplo: um botijão de gás exposto em altas temperaturas, com o aumento da temperatura ele
pode explodir.
Para uma mesma amostra de gás, podemos relacionar as três variáveis de estado como
Como vimos, para uma certa massa de gás vale a seguinte relação
PV /T = cte 1.7
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PV/T = n.0,082
Onde 0,082 chamamos de constante universal dos gases e designamos por R. Então a Eq. 1.7 se
torna
PV = nRT 1.8
Essa é a equação de estado dos gases ideais ou também conhecida como equação de Clapeyron.
Outras formas da equação:
PV/m = (R/M) T
Pv = RgásT 1.8.1
Em = K + T = cte 1.9
dv ds dv
F m mv
dt ds ds
Fds = mvdv
Integrando fica:
v2 v2 s2
m = Fds
v1 2 s1
A quantidade ½ mv2 é a energia cinética (K). A integral do lado direito da equação 1.12 é o
trabalho realizado pela força F quando o corpo se move de s1 até s2. Assim temos a seguinte
equação
s2
½ m (v22 - v21 ) = Fds = W 1.13
s1
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O trabalho realizado sobre uma partícula pela força resultante é sempre igual a variação de
energia cinética da partícula. Essa equação é conhecida como o teorema do trabalho-energia.
E = K + T + U 1.15
Exemplo:
Considere uma panela com água colocada no fogo para aquecer. No estado inicial, a
água possui uma certa quantidade de energia. A chama fornece energia à panela na forma
de calor e, com o passar do tempo, a água vai ficando cada vez mais quente. À medida que
a água vai aquecendo, parte dela vai evaporando, quando toda a água tiver evaporado
podemos determinar a energia do vapor. Os resultados experimentais nos mostram que o
vapor possui mais energia do que a água fria que foi colocada inicialmente na panela. Mas,
como essa água recebeu energia do fogo, é preciso somar essa energia com aquela que a
água possuia originalmente. Feito isso, encontraremos um valor maior do que a energia
calculada para o vapor, ou seja:
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Aqui não entra e não sai nada, nem massa, nem calor ou trabalho. Durante um intervalo de
tempo t1 e t2, pode haver interações entre as energias potencial, cinética e interna, dentro do
sistema, mas não com seus arredores. Assim a energia total do sistema permanece inalterada.
Nesse sistema não existe nenhuma massa entrando ou saindo, entretanto pode ocorrer
troca de calor ou trabalho com os arredores. Exemplo, um gás contido num conjunto cilindro
pistão.
E = Et2 - Et1 = ( U + T + K) 2 - ( U + T + K) 1
Considere a figura 1.1 que mostra um sistema recebendo calor e executando trabalho. Para
calor entrando estipula-se um sinal positivo e saindo, sinal negativo. No caso de trabalho,
quando o sistema fornece o sinal é positivo e quando recebe interpreta-se como negativo.
Energia que entra no sistema = variação da energia interna + energia que sai do sistema
Nesse caso Q = ET + W
ET = Q - W 1.16
ou
d ET = Q -W (J)
dU + dK + dT = Q -W 1.17
du + v2/2 + gh = q - w 1.19
Integrando fica:
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2 2 2
du + v /2 + gh
2
= q - w 1.20
1 1 1
W = Fx
onde
W = trabalho realizado
F = força aplicada ao objeto
x = distância percorrida pelo objeto enquanto a força atua
Ou de forma geral
x2
W= Fdx ( N.m = J) 1.23
x1
1.12.1 TRABALHO PV
É o tipo de trabalho quando se trata de cilindros e pistões. Para um pistão com área de
secção reta A, podemos escrever:
Volume do gás
Força do gás
Empurrando
A cabeça do pistão
W = FdX = P (A dx) 1.24
Ou
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Realizado
pelo gás
Pressão do
V2 gás
Para o trabalho adota-se sinais como positivo ou negativo, Isto é, ele é positivo quando o
sistema perde energia ou realiza trabalho e negativo quando o sistema recebe energia dos
arredores.
O trabalho de eixo serve para mover como, por exemplo, o eixo de um gerador para
gerar eletricidade. E o de fluxo é quando ocorre a expansão, então o trabalho total produzido é:
PdV
W = WE + WF 1.26
1.12.3 CALOR
O calor é energia em trânsito que pode ser retirado ou fornecido a um sistema somente
através de uma diferença de temperatura. O calor também é considerado positivo quando o
sistema recebe energia térmica e negativo quando a perde.
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A energia total de um corpo, por exemplo, um gás em seu recipiente, é sua energia mais
a energia extra necessária para “abrir o espaço V” que ele ocupa à pressão P. vamos chamar
essa energia total H definida como
Pressão do
sistema
H= U+ PV 1.27
Ou
h = u + Pv
Para uma certa substância, à medida que a temperatura T aumenta, U e H aumentam. Porque
U = f1(T) e H = f2(T)
dU = dQ - dW
dQ = dU + dW em relação a temperatura fica:
Capacidade
calorífica
dQ/dT = dU/dT + dW/dT
O calor específico é definido para uma substância pura qualquer a pressão constante ou
volume constante, como a razão da capacidade calorífica pela massa da substância. Assim
temos
1Q2
= n dT 1.31
1
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H1 H2
Q – W = H2 - H1 1.32
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E pela conservação da massa admitindo que a densidade e a velocidade são as mesmas em todos
os pontos de uma certa seção, num certo instante temos
dV = A1dx
a massa específica ou densidade absoluta é
= m/V e m = .V = A1dx
velocidade
dm/dt = m1 = 1A1dx/dt = 1 A1 v1
mas como o regime é permanente dm/dt = 0 assim temos
1 A1 v1 = 2 A2 v2 1.33
ou
A1v1/1 = A2v2/2 1.34
Onde
= volume específico
Considere agora a figura 1.4 onde podemos realizar um balanço de energia e de massa
simultaneamente através de um volume de controle.
Figura 1.4
he hs
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considerando várias entradas e saídas de massa e calor e trabalho no eixo, teremos finalmente
1.35
A equação 1.35 é a forma da 1ºlei para regime transiente através da conservação da massa
e da energia. Se o regime for permanente dEVC /dt = 0 e a equação 1.35 se reduz a
Se o regime for uniforme, isto é, as propriedades como h, k e T não variam no tempo elas
permanecem constantes de forma que:
U +T + K = Q - W
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h = u + Pv ( eq. 1.27)
h = u + Pv = u +RT 1.38
considerando cv constante
u = cv T para um mól de gás
também por definição
h = cp T
cv = u / T 1.39
cp = h / T 1.40
dh/dT = du/dT + R
e introduzindo as Eq. 1.39 e 1.40 temos
cp dT /dT = cv dT/dT + R
No processo isotérmico, como a temperatura não varia então não ocorre variação de
energia interna.
T1 = T2 e p1v1 = p2v2
dU = 0 porque T é constante
Logo pela 1º lei fica:
dU = dQ – dW
0 = dQ – dW
dQ = dW num gás ideal P = Rgás T/V
2 2
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dU = 0 – dW
dU= - dw
du = cv dT = - PdV e P = Rgás T/V
cv dT = - Rgás TdV/V
cv dT/T = - Rgás dV/V 1.42
Cálculo do trabalho:
dU = 0 – dW
- cv dT = dW
1W2 = - cv ( T2 – T1 ) 1.43
V1 = V2 e P1/T1 = P2/ T2
dU = dQ – dW
dU = dQ
1Q2 = dU
1
1Q2 = c v dT
1
P1 = P2 e V1/T1 = V2/ T2
dU = dQ – dW
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Temperatura na qual uma mudança de fase ocorre para uma dada pressão, que por sua vez,
é denominada pressão de saturação.
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É a razão entre a massa de vapor e a massa total ( líquido + vapor). O volume total da
mistura é a soma dos volumes das fases líquida e de vapor.
Dividindo pela massa total da mistura, m, um volume específico para a mistura é obtido:
Uma vez que a fase líquida é composta por líquido saturado e que a fase vapor é composta por
vapor saturado. Nesse caso temos
A Eq 1.50 se torna
1.18.1TROCADOR DE CALOR
São dispositivos que transferem energia entre fluidos de diferentes temperaturas. Eles
podem ser de diversos tipos, como aplicação temos trocadores de calor na refrigeração, nos
automóveis, nas caldeiras a vapor, em usinas de potência etc. Normalmente eles operam em
regime permanente.
Exemplo:
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como líquido a 0,95 MPa e 35ºC. A água de resfriamento entra no condensador a 10ºC e sai a
20ºC. Sabendo que a vazão do refrigerante é de 0,2 Kg/s, determine a vazão de água de
resfriamento que circula no condensador.
Hipóteses:
• Não há trabalho de eixo
• As energias potencial e cinética podem ser desprezíveis.
• Não há transferência de calor na superfície de controle.
Pela conservação da energia e regime permanente através da 1º Lei ( Eq. 1.36) temos
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Um bocal é um duto com área de seção reta na qual a velocidade de um gás ou líquido
aumenta na direção do escoamento. Em um difusor, o líquido ou gás perde aceleração na
direção do escoamento.
Exemplo:
Vapor d`água entra em um bocal que opera em regime permanente com P 1= 40 bar, T1 =
400ºC a uma velocidade de 10m/s. O vapor escoa através do bocal sem transferência de calor e
sem variação de energia potencial. Na saída, P2 = 15 bar e a velocidade é de 665m/s. a vazão
mássica é de 2Kg/s. determine a área de saída do bocal em m2.
Hipóteses:
• O regime é permanente
• A transferência de calor e o trabalho de eixo são desprezíveis.
• A variação da energia potencial entre a entrada e saída pode ser abandonada.
A = mv2/ V2
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As = mv2/ V2
1.18.3 TURBINAS
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Exemplo:
Vapor de água entra numa turbina operando em regime permanente com um fluxo de
massa de 4600 Kg/h. A turbina desenvolve uma potência de 1000 KW. Na entrada, a pressão é
60 bar, a temperatura é 400ºC e a velocidade é 10m/s. Na saída, a pressão é 0,1bar, o título é 0,9
e a velocidade é 50m/s. Calcule a taxa de transferência de calor entre a turbina e as vizinhanças
em KW.
Hipóteses:
• O regime é permanente
• A variação da energia potencial entre a entrada e saída pode ser abandonada.
• Como a velocidade na entrada é considerada baixa, podemos desprezar a energia cinética.
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Onde
O estado na saída é uma mistura de duas fases líquido-vapor, assim com os dados da tabela e
com o título fornecido
Exemplo:
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transferência de calor para suas vizinhanças ocorre a uma taxa de 180 KJ/min. Empregando o
modelo de gás ideal, calcule a potência do compressor em KW.
Hipóteses:
• O regime é permanente
• A variação da energia potencial entre a entrada e saída pode ser abandonada.
• O modelo de gás ideal se aplica para o ar
m = Ae Ve / ve
m = Ae Ve Pe/ (R/M)Te =(0,1m2)(6m/s)(105 N/m2) / 8314 Nm/ 28,97 KgK)(290 K) = 0,72 Kg/s
As entalpias de entrada e saída são encontradas via tabelas
Para 290 K, he = 290,16 KJ/Kg
Para 450 K, hs = 451,8 KJ/Kg
Substituindo na expressão para a potência temos
Wvc = (-180 KJ/60s) + 0,72 Kg/s (290,16 KJ/Kg + 62/2000) - 0,72 Kg/s (451,8 KJ/Kg +
22/2000) = -119,4 KW
Agora temos aplicações onde o sistema pode mudar as suas propriedades ao longo do
tempo, elas não permanecem mais as mesmas. Como exemplos temos um tanque enchendo com
um líquido, ou vapor sendo perdido por uma válvula de controle, etc. aqui vale a Eq. 1.35
Exemplo:
Um tanque com volume inicial de 0,85m3 contém água em uma mistura de duas fases a
260ºC e com um título de 0,7. O vapor de água saturado a 260ºC é lentamente retirado através
de uma válvula reguladora de pressão à medida que calor é introduzido nesse tanque, de modo a
manter sua pressão constante. Este processo continua até que o tanque esteja cheio de vapor
saturado a 260ºC. Determine a quantidade de calor transferido. Desconsidere os efeitos de
energia potencial e cinética.
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Hipóteses:
• O regime é transiente
• A variação da energia potencial e cinética são abandonadas.
• Não existe trabalho de eixo
Como existe somente uma saída e nenhuma entrada, o balanço de massa vale:
dmvc /dt = - ms
A massa inicial é
O estado final da massa no tanque é vapor saturado a 260ºC, assim a tabela fornece
u2 = 2599 KJ/Kg
v2 = 0,04221m3 /Kg
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1) Se 3Kg de ar sofre um processo isotérmico quase estático, qual é a pressão final, se a pressão
e volume iniciais são 5,16x105 N/m2 e 0,3m3, e executa-se um trabalho de 3,2x104 J?
Solução
P1 = 5,16x105 N/m2
V1 = 0,3 m3
W = 3,2x104 J
W = PdV
3,2x104 = 5,16x105 (V2 – V1 )
3,2x104 = 5,16x105 V2 – 5,16x105 0,3
V2 = 0,36 m3
Como o processo é isotérmico então
P1 V1 = P2V2
2) Uma quantidade de vapor d`água é admitida ao cilindro de uma máquina a vapor à pressão
constante de 2x106 N/m2. O diâmetro do cilindro é 0,2m e o curso do êmbolo 0,3m. Qual o
trabalho realizado por cilindrada em cada percurso do êmbolo?
Solução
3) Uma tubulação de distribuição de gás, com diâmetro de 0,3m, transporta gás metano a 200
Kpa e 275 K.A velocidade média do escoamento foi medida experimentalmente e vale 5,5m/s.
Determine os valores extremos da vazão em massa de gás na tubulação.
Solução
Através da tabela o volume específico do gás metano superaquecido a 200 Kpa e 275 K vale
0,21 m3/Kg.
4) Um tanque com volume de 1m3 contém ar a 1 MPa a 400K. O tanque está conectado a uma
linha de ar comprimido como indica a figura E4. A válvula é então aberta e o ar escoa para o
29
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tanque até que a pressão alcance 5MPa. Nesta condição a válvula é fechada e a temperatura do
ar no tanque é 450K.Qual a massa de ar antes e depois do processo de enchimento? Se a
temperatura do ar no tanque carregado cair para 300 K, qual será a pressão do ar neste novo
estado?
Figura E4
Solução
Estado 2:
P22 = Rar T2
5x105 2 = 0,287.450
2 = 0,02583 m3/Kg
m2 = V/2 = 1/0,02583 = 38,71 Kg
Como o processo ocorreu a volume constante temos
P1 / T1 = P2/ T2
5x105 /450 = P2/300
P2 = 3,3 Mpa
30
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Figura E5
Solução
Hipóteses
Cálculo de RO2:
RO2 = 8,314 KJ/Kmolk/32 Kg/Kmol = 0,26 KJ/KgK
E = K + T + U = Q – W
U = Q – W
mas Q = 0,1 Wpás
Wpistão = P ( V2 - V1 )
Como a pressão é cte temos
V1 / T1 = V2/ T2
0,06/333 = V2/398
V2 = 0,0717 m3
U = Q - Wpás - Wpistão
Wpás = - U + Q - Wpistão
31
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Q = 0,1 Wpás
Q = - 1,543 KJ
Energia que entra no sistema = variação da energia interna + energia que sai do sistema
15,43 = 9,88 + 5,543
A energia permaneceu constante
Figura E6
Hipóteses
32
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Solução
Análise
E = K + T + U = Q – W
U = m (u2 - u1) = Q - W
W = Wpás + Wpistão
U = Q - Wpás - Wpistão
Wpistão = - U + Q - Wpás
7) Determine a velocidade que um corpo adquire ao cair de uma altura h, conhecida a partir do
repouso. Figura E7
Figura E7
33
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Solução
Em A:
EmA = KA + TA = TA = mgh
Em B:
EmB = KB + TB = KB = m v2B/2
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
5) Um cilindro em degrau provido de um êmbolo sem atrito contém ar. A seção transversal
de maior área tem 0,0093 m2, enquanto que a menor tem 0,00697 m2. Com o êmbolo na
posição indicada o ar está a 3,52 Kgf/ cm2 e 426ºC. O ar é então resfriado como
resultado da transferência de calor para a vizinhança.
a) Qual a temperatura do ar quando o êmbolo atinge o degrau? R. 420K
b) Se o ar for resfriado até 21ºC, qual é a pressão neste estado? R. 242151,7N/m2
34
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7) É comum os estudantes pensarem que há 1Kg de água líquida ocupando 1litro para
qualquer temperatura e pressão. Sendo assim, usando as tabelas de vapor, determinar o
volume e densidade real da água em Kg/ m3 nos seguintes estados:
a) líquido saturado a 60ºF;
b) líquido saturado a 100Psi;
c) líquido saturado a 500ºF.
8) Uma turbina é alimentada com 5 m3/s de vapor d’água a 3MPa e 400ºC. A turbina
apresenta uma extração intermediária de vapor. A temperatura e a pressão do vapor na
tubulação de extração são iguais a 200ºC e 600KPa. Já a pressão e o título na tubulação de
descarga principal da turbina são iguais a 20KPa e 90%. Sabendo que a vazão em massa na
extração é igual a 15% da vazão em massa na seção de alimentação da turbina e que a
velocidade na tubulação de descarga principal da turbina é 20m/s, determine:
a) a vazão em volume na tubulação de extração; R.2,65m3/s
b) o diâmetro de descarga principal da turbina; R. 4,93m
c) a potência gerada na turbina. R. 21609KW
35
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13) Um trocador de calor é alimentado com 1Kg/s de água a 300ºC e 10KPa pela
entrada 1 e descarrega líquido saturado a 10KPa pela saída 2. ele é resfriado com
água obtida num rio que entra por 3 a 20ºC e sai em 4 a 30ºC. desprezando-se a
perda de calor do equipamento, calcule a vazão da água de resfriamento. R.
68,96Kg/s
14) A vazão em massa de vapor d’água que entra numa turbina é 1,5Kg/s. são
conhecidas as seguintes informações:
Entrada Saída
Pressão (MPa) 2 0,1
Temperatura (ºC) 350
Velocidade (m/s) 50 100
Cota em relação ao plano 6 3
de referência (m)
15) Uma turbina é alimentada com 100Kg/s de vapor d’água a 15MPa e 600ºC.
num estágio intermediário, onde a pressão é 2MPa e a temperatura é de 350ºC, é
realizada uma extração de 20Kg/s. na seção final de descarga, a pressão e o título
são respectivamente iguais a 75KPa e 95%. Admitindo que a turbina seja
adiabática e que as variações de energia potencial e cinética sejam desprezíveis,
determine a potência da turbina. R. 91946 W
16) Uma turbina é alimentada com 2Kg/s de vapor a 1MPa e 350ºC. o vapor é
descarregado da turbina como vapor saturado a 100KPa. Sabendo que a velocidade
na seção de alimentação da turbina é desprezível e que a velocidade na descarga é
50m/s, determine o trabalho específico e a potência gerada pela turbina.
36
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CAPÍTULO 2
2º LEI DA TERMODINÂMICA
Na prática todos sabem que certas coisas só podem acontecer em um sentido. Por
exemplo:
“ È impossível para qualquer sistema operar de maneira que o único resultado seria
a transferência de energia térmica de um corpo mais frio para um corpo mais quente”.
Ambos os enunciados proíbem algo, e lidam com dispositivos que operam em um ciclo.
Essa exigência cíclica é necessária para dispositivos de ação contínua. Os dois
dispositivos são ilustrados nas figuras 2.1 e 2.2.
37
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Restrição da 1ºlei: Wciclo = Qciclo (regime permanente) que diz que o trabalho líquido
realizado sobre ou pelo sistema quando este está executando um ciclo é igual ao calor
líquido transferido durante o ciclo.
A eficiência é
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Exemplo 1:
= Wciclo / Qe
0,40 = 1000 MW / Qe
Qe = 2500 MW
1000 = 2500 - QS
QS = 1500 MW
39
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Baixa
temperatura
Exemplo 2:
40
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Alta
temperatura
No século XVIII a máquina a vapor foi utilizada em várias aplicações como já foi
comentado na introdução desse livro. Mas, uma grande questão na época era como avaliar
a quantidade máxima de trabalho que poderia ser obtida a partir de uma dada quantidade
de combustível. Um jovem engenheiro francês resolveu a questão formulando
matematicamente o seguinte enunciado:
Te > TS é:
41
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Para um ciclo reversível, pode ser demonstrado que a razão Qe/QS é igual à razão
TS /Te. Isto é,
42
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2
Ssistema = dQ
rev. / Tsistema 2.10
1
Onde T é a temperatura absoluta e Qrev. é quando todas as transformações de energia
ocorrem de forma reversível, sem atrito.
Colocar 50 J de calor, U = Q – W = 50 – 0 = 50
Colocar 50 J de trabalho mecânico, U = Q – W = 0 – ( -50) = 50
Colocar 70 J de trabalho e retirar 20 J de calor, U = Q – W = -20- (-70) = 50
Em todos os casos U é o mesmo.
Para tudo:
sistema e
arredores
S = 0
43
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S>0
Isso quer dizer que a entropia total de um sistema isolado não pode diminuir, ou seja,
Stotal 0 ou
2.6 IRREVERSIBILIDADES
1 1
44
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(Q/T) + (S1 – S2 ) = -
2
Transferência
de entropia
Variação
de
entropia
Geração de
2 entropia
S2 – S1 = (Q/T) + 2.14
1
A segunda lei determina que a geração de entropia possua valores positivos ou nulos
O valor da geração de entropia não pode ser negativo. Por outro lado, a variação de
entropia de um sistema pode ser positiva, negativa ou nula:
0
S2 – S1: =0 2.16
0
A segunda lei pode ser interpretada como obrigando que a entropia seja gerada por
irreversibilidades e conservada somente no limite em que as irreversibilidades sejam
reduzidas a zero.
Na forma de taxa a Eq. 2.14 se transforma em:
2
dS/dt = (Q/T) + 2.17
1
45
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Taxas de Taxa de
transferência de geração de
entropia entropia
O valor da destruição da exergia não pode ser negativo, mas sua variação pode ser:
0
E2 – E1: =0 2.21
0
46
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a) Qual o S do objeto?
b) Qual o S dos arredores?
c) Qual o S do universo?
solução
Será que algum efeito mecânico foi envolvido nesse processo? A resposta é sim, para o
objeto, uma vez que ele perdeu energia potencial, e não para os arredores, uma vez que os
arredores apenas ganharam calor.
47
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b) Para a vizinhança ocorrem apenas efeitos térmicos. Depois que o objeto atinge o chão,
a vizinhança recebeu 9800 J e permaneceu a 20ºC; portanto
Sviz = dQ
rev. / Tsistema = 9800 / 293 = 33,5 J/K
2) Um congelador doméstico opera numa sala onde a temperatura é 20ºC. Para manter a
temperatura do espaço refrigerado em –30ºC é necessário uma taxa de transferência de calor, do
espaço refrigerado igual a 2 KW. Qual a mínima potência necessária para operar esse
congelador?
solução
solução
COP = Qe / (QS - Qe )
COPmáx = Te / (Ts – Te)
Ts = -10ºC = 263K
Te = 20ºC = 293K
COP = 293 /( 293 – 263) = 9,7
A potência de acionamento é
48
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4) Você é encarregado de projetar um motor movido a energia solar para produzir 75KW.
O coletor solar deverá operar a 115ºC com uma temperatura ambiente de 15ºC, se o fluxo
de energia absorvido pelos coletores é de 950 W/m 2, calcule a área mínima necessária
para esse coletor solar.
solução
solução
A eficiência térmica máxima que qualquer ciclo de potência pode ter enquanto opera
entre reservatórios a Te = 500 K e TS = 300 K é
Solução
49
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Como o COP real é muito inferior comparado com o teórico é possível que possa
haver algumas melhorias para se aumentar o desempenho termodinâmico desse
ciclo.Porém, o objetivo deve ser estudado com cuidado, pois uma melhora no
desempenho pode exigir aumentos no tamanho, complexidade e custo.
solução
Hipóteses:
U + K + T = Q – W
O sinal negativo indica que o trabalho fornecido pelo agitador é maior que o trabalho
realizado pela água à medida que está se expande.
A quantidade de entropia gerada é calculada pela aplicação do balanço de entropia. Uma
vez que não ocorre transferência de calor, o termo relacionado à transferência de entropia
se anula
2
S2 – S1 = (Q/T) +
1
por unidade de massa, essa expressão se torna
/m = Sg – Sf
50
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8) Vapor d’ água é admitido em uma turbina a uma pressão de 30bar, a uma temperatura
de 400°C e a uma velocidade de 160m/s. vapor saturado a 100ºC é descarregado a uma
velocidade de 100m/s. em regime permanente, a turbina produz uma quantidade de
trabalho igual a 540 KJ/Kg de vapor escoando através da turbina. Ocorre transferência de
calor entre a turbina e sua vizinhança a uma temperatura média da superfície externa igual
a 350K. Determine a taxa de geração de entropia no interior da turbina. Despreze a
variação da energia potencial entre a admissão e a descarga.
Aplicando a 1º lei para regime permanente temos:
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
51
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52
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CAPÍTULO 3
53
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Muito empregado em usinas termoelétricas, esse ciclo tem como característica principal a
utilização do vapor d`água como fluido de trabalho. A fonte térmica é em geral, a combustão
de carvão, óleo, gás natural ou a fissão do urânio235. A caldeira é o local onde a água é
transformada em vapor a alta temperatura e alta pressão. Esse vapor expande-se e resfria-se ao
passar por uma turbina, convertendo energia térmica em mecânica de rotação de um eixo. O
condensador resfria o vapor e reduz a sua pressão.
Turbina
54
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Condensador
Bomba
Caldeira
Parâmetros de Desempenho
55
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Desde que os estados 1 a 4 sejam determinados as equações anteriores são aplicadas tanto
ao desempenho real, quando irreversibilidades estão presentes, quanto ao desempenho
idealizado, na ausência destes efeitos. É importante considerar um ciclo ideal no qual as
irreversibilidades estão ausentes, uma vez que este ciclo estabelece um limite superior para o
desempenho do ciclo de Rankine.
Processo 1-2: Expansão isentrópica do fluido de trabalho através da turbina de vapor saturado
no estado 1 até a pressão do condensador.
Processo 2-3: transferência de calor do fluido de trabalho à medida que ele escoa a pressão
constante através do condensador com líquido saturado no estado 3.
Processo 3-4: compressão isentrópica na bomba até o estado 4 na região de líquido comprimido.
Processo 4-1: transferência de calor para fluido de trabalho à medida que ele escoa a pressão
constante através da caldeira para completar o ciclo.
Exemplo 1
Considere a central de potência que opera com vapor de água com os seguintes dados:
56
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Determine:
h1 = 3023,5 KJ/Kg
h2 = 3002,5 KJ/Kg
h3 = 226 + 0,9(2373,1) = 2361,8KJ/Kg
h4 = 188,5KJ/Kg
d) h4 + W = h5 h5 = 188,5 + 4 = 192,5KJ/Kg
h5 + Q = h1 Q = 3023,5 – 192,5 = 2831KJ/Kg
= Wciclo - Wb / Qe
= 640,7 – 4 / 2831 = 22,4%
57
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A Eq. 3.8 pode ser empregada no estudo dos efeitos de variações nas pressões da caldeira
e do condensador sobre o desempenho. Esses resultados funcionam também em ciclos reais.
Essa equação é similar a de Carnot, porém, observando-se a fig. 3.3 o ciclo de Rankine ideal 1-
2-3-4`-1 possui uma eficiência térmica menor do que o ciclo de Carnot 1-2-3`-4`-1 que possui a
mesma temperatura máxima TH e a mesma temperatura mínima TC, porque a temperatura média
entre 4 e 4`é menor do que TH.
Uma vez que a geração de entropia não pode ser negativa, estados como s 2 < s1 não são
possíveis em uma expansão adiabática. Os únicos estados possíveis são aqueles com s 2 > s1. O
estado indicado por 2s na figura 3.4 seria atingido somente no limite de ausência de
irreversibilidades internas. Isso corresponde a uma expansão isoentrópica através da turbina.
Para uma pressão de saída fixa, a entalpia específica h2 diminui a medida que a entropia
específica s2 diminui. Então, o menor valor possível para h2 corresponde ao estado 2s , e o valor
máximo do trabalho da turbina é
58
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Figura 3.4 Comparação entre uma expansão real e uma expansão isoentrópica de turbinas.
Superaquecimento
59
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Reaquecimento
60
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Exemplo 2
Calcular o rendimento de um ciclo de Rankine conhecendo-se a pressão da caldeira,
P1 =50bar, e a do condensador, P2 = 0,5bar. Sabe-se que o vapor entra saturado na turbina
e que a água que sai do condensador está saturada.
= 1 – Qcond./ Qcald.
Qcond = m ( h2 - h3 )
Qcald. = m ( h1 - h4 )
= 1 – ( h2 - h3 )/ ( h1 - h4 )
s2 = 5,9734KJ/KgK
s2 = sf + x2s
x2 = (s2 - sf )/s
sf = 1,0910KJ/KgK
sg = 7,5939KJ/KgK
x2 = (5,9734- 1,0910 )/ 7,5939 – 1,0910 = 0,75
hf = 340,49KJ/Kg
hg = 2645,9KJ/Kg
61
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Exemplo 3
Calcular o rendimento do ciclo do problema anterior adotando agora o vapor
superaquecido na entrada da turbina a 500ºC, com as demais condições mantidas.
Para P1’ = 50bar e T1’ = 500ºC a través da tabela de vapor superaquecido encontramos
Ponto 2’: também através da tabela para s2’ = s1’ e P2’ = 0,5bar
s2’ = 6,98565KJ/KgK
s2’ = sf + x2s
x2 = (s2 - sf )/s
sf = 1,0910KJ/KgK
sg = 7,5939KJ/KgK
x2 = (6,98565- 1,0910 )/ 7,5939 – 1,0910 = 0,90
h2’ = hf + x2h = 340,49 + 0,90 (2645,9 - 340,49) = 2415,35 KJ/Kg
62
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Exemplo 4
Suponha agora um ciclo de Rankine como indica a figura 3.6 com reaquecimento do
vapor que passa pela turbina do problema anterior na pressão de 40bar. Calcular o
rendimento deste novo ciclo supondo que a temperatura de reaquecimento seja também
500ºC e que P1 = 60bar e P4 = 0,5bar
Ponto 1:
Para P1 = 60bar e T1 = 500ºC a través da tabela de vapor superaquecido encontramos
h1 = 3422,2 KJ/Kg
s1 = 6,8803 KJ/KgK
h2 = 3213,6KJ/Kg
Ponto 3:
P3 = 40bar
T3 = 500ºC
h3 = 3445,3KJ/Kg
s3 = 7,0901KJ/KgK
Ponto 4:
P4 = 0,5bar
s4 = s3
s4 = 7,0901KJ/KgK
s4 = sf + x4s
x4 = (s4 - sf )/s
sf = 1,0910KJ/KgK
sg = 7,5939KJ/KgK
x4 = (7,0901- 1,0910 )/ 7,5939 – 1,0910 = 0,92
h4 = hf + x4h = 340,49 + 0,92 (2645,9 - 340,49) = 2461,46 KJ/Kg
Ponto 5:
P5 = 0,5bar
x5 = 0
h5 = 340,49KJ/Kg
63
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= 1 – ( h4 - h5 )/ ( h1 - h6 )+( h3 - h2 )
= 1 – (2461,46-340,49)/ (3422,2- 345,44)+( 3445,3-3213,6) = 36%
64
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3..5.1 CILINDRADA
É o volume total deslocado pelo pistão entre o ponto morto inferior (PMI) e o ponto
morto superior (PMS), multiplicado pelo número de cilindros do motor. É indicada em
cm3 ou em litros.
65
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C = πd Sn / 4 3.12
Onde
d = diâmetro do cilindro
S = curso do pistão
n = número de cilindros
Tc = C + Vc / Vc 3.13
Onde
C = cilindrada
Vc = volume da câmara de combustão
Se essa taxa de compressão for muito elevada, a combustão não será progressiva. A
parte da mistura que se encontrar mais afastada da vela de ignição inflamarse-á
violentamente ou detonará. Quando tal sucede, diz-se que o motor está adiantado. Esta
detonação poderá causar um aquecimento excessivo, podendo danificar o motor caso não
seja corrigida. Os combustíveis formulados com chumbo tetraetila são resistentes a auto-
ignição e assim permitem razões de compressão relativamente altas. A gasolina sem
chumbo que é utilizada atualmente, limita as taxas de compressão de motores de
combustão por centelha em torno de 9. Taxas de compressão mais elevadas podem ser
obtidas em motores de ignição por compressão típicas na faixa de 12 a 20 caso dos
motores Diesel.
η = 1- (1 / Tck-1) 3.14
onde
k = razão entre os calores específicos ( cp /cv )
66
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O ciclo Otto consiste em dois processos nos quais há trabalho, mas não há
transferência de calor, os processos 1-2 e 3-4 e em dois processos nos quais há
transferência de calor, mas não há trabalho, os processos 2-3 e 4-1. O processo 1-2 é uma
compressão isentrópica do ar conforme o pistão se move do ponto morto inferior para o
ponto morto superior. O processo 2-3 é uma transferência de calor a volume constante
para o ar. O processo 3-4 é uma expansão isentrópica ( curso de potência). No processo 4-
1 o ciclo é completado com uma transferência de calor a volume constante do ar. No
diagrama p-v a área mais escura representa o trabalho fornecido por unidade de massa
durante o processo de compressão, e as duas regiões do diagrama representa o trabalho
executado por unidade de massa no processo de expansão.
Ou
Calor
Calor
adicionado
rejeitado
Esse ciclo ideal considera que a adição de calor ocorre durante um processo a
pressão constante, que se inicia com o pistão no ponto morto superior. O ciclo Diesel é
mostrado na figura 3.11, ele consiste em quatro processos internamente reversíveis onde
no processo 1-2 é o mesmo que no ciclo Otto: uma compressão isentrópica. Porém, o
67
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calor não é transferido para o fluido de trabalho a volume constante como no ciclo Otto.
Aqui, o calor é transferido para o fluido de trabalho a pressão constante. O processo 2-3
também constitui a primeira parte do curso de potência. A expansão isentrópica do estado
2 para o estado 3 é o restante do curso de potência. Como no ciclo otto, o ciclo é
completado pelo processo 4-1 a volume constante, no qual o calor é rejeitado do ar
enquanto o pistão está no ponto morto inferior. No diagrama p-v, a área mais escura é o
trabalho fornecido por unidade de massa durante o processo de compressão. A área total é
o trabalho executado por unidade de massa conforme o pistão se move do ponto morto
superior para o ponto morto inferior.
Da mesma forma que no ciclo Otto, a eficiência térmica do ciclo Diesel aumenta
com a taxa de compressão. Como a adição do calor ocorre a pressão constante, o processo
2-3 envolve tanto trabalho quanto calor. O trabalho é dado por
3
W23 /m = ∫ Pdv = P2 ( v3 - v2 ) 3.17
2
68
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As turbinas a gás podem operar tanto no modo aberto como fechado. O modo aberto
é o mais utilizado onde o ar atmosférico é admitido no compressor indo para o combustor
que é misturado com o combustível onde ocorre uma combustão com grande elevação de
temperatura. Os produtos da combustão se expandem na turbina e são, em seguida
liberados nas vizinhanças. Parte do trabalho produzido é usado para acionar o
compressor, o restante utiliza-se para a geração de eletricidade ou para impulsionar um
veículo. O modo aberto é ilustrado na figura 3.12
69
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Turbina
Compressor
Calor adicionado
Calor rejeitado
70
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Sabe-se que para uma substância passar do estado líquido para o estado de vapor é
necessário fornecer-lhe calor durante um certo tempo, até atingir a temperatura de
evaporação da substância. Esse é o princípio básico da refrigeração, ou seja, toda
substância ao evaporar rouba calor. O fluxo de calor sempre ocorre de uma fonte quente
para uma mais fria, e nunca ao contrário, de acordo com os princípios da 2º lei da
termodinâmica. Sendo assim, quanto maior for à diferença de temperatura entre essas
duas fontes, maior será o fluxo de calor. Em refrigeração, é de grande importância que
esse transporte de calor ocorra de modo eficiente, ou seja, sem perdas. Agora, como
conseguir alcançar um diferencial de temperatura muito alto? Considere que a fonte
quente esteja a 25ºC e que sejam utilizados os alimentos de um refrigerador comum. Se
usarmos, por exemplo, a água como indica a tabela 3.1, conseguiremos provocar um
fluxo de calor dos alimentos para a água? Evidentemente que não. Sendo assim,
precisamos de uma substância que evapore em baixas temperaturas. Qual você escolheria
da tabela 3.1?
Agentes de Refrigeração
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73
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As figuras 3.14 e 3.15 ilustram o ciclo de refrigeração de Carnot que corresponde como já
foi visto o ciclo cujo rendimento é máximo.
74
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Figuras 3.14
Figura 3.15
Exemplo
Considere um ciclo de Carnot que apresenta os seguintes valores:
T2 = T3 = 250K
T1 = T4 = 300K
s1 = s2 = 0,9 KJ/KgK
s3 = s4 = 1,2 KJ/KgK
O calor absorvido da fonte fria é a área sob a linha 2-3 dada por:
Qa + Wliq. = Qr
Wliq = Qr - Qa = 90 – 75 = 15 KJ/Kg
75
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Figura 3.16
A figura 3.17 ilustra o ciclo básico de refrigeração por compressão de vapor muito
utilizado atualmente no mundo todo.
76
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De acordo com a figura 3.17 o ciclo pode ser acompanhado, começando com o
refrigerante que é comprimido no compressor no estado de vapor, tendo sua pressão e sua
temperatura aumentadas e seguindo diretamente para o condensador. Aqui, o calor retirado da
câmara é rejeitado para as vizinhanças, causando dessa forma a mudança de estado para a forma
líquida, indo agora para o dispositivo de controle (tubo capilar ou válvula de expansão). Esse
dispositivo provoca uma queda de pressão consequentemente caindo também a temperatura que
tem que ser a temperatura de evaporação do refrigerante no congelador. Em seguida o
refrigerante, entrando no evaporador, está em estado de evaporação na temperatura desejada do
projeto, ocorrendo assim o que chamamos de efeito refrigerante. Esse calor é transportado
pelo refrigerante que está sempre em circulação indo diretamente em seguida para o
compressor, iniciando novamente mais um ciclo. O estado 1 é referente ao líquido saturado na
temperatura do condensador e o estado 3 é vapor saturado correspondente à temperatura do
evaporador. O processo 1-2 se dá através de uma expansão adiabática onde a entalpia
permanece constante que ocorre no dispositivo de controle. No processo 3-4 a entropia
permanece constante, em razão do refrigerante sofrer uma compressão adiabática reversível no
compressor. O calor é rejeitado à pressão constante no processo 4-1 com o refrigerante saindo
do condensador como líquido saturado. Em 2-3, após sofrer o estrangulamento, o fluido de
trabalho é então vaporizado à pressão constante finalizando o ciclo.
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vizinhanças for também ignorada, o processo de compressão será isentrópico. Com essas
considerações, tem-se o ciclo como indica as figuras 3.18 e 3.19
Compressor
O trabalho do compressor é
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Calor adicionado
Calor rejeitado
Coeficiente de desempenho
Válvula de expansão
h2 = h1 3.30
Exemplo 1
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a)
b)
c)
80
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Exemplo 2
Para o exercício anterior considere que o vapor saturado que sai do evaporador entra no
compressor a –12ºC e o líquido saturado sai a uma pressão de 9bar do condensador. Determine
os mesmos parâmetros para essa nova situação.
a)
b)
c)
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η = h4 – h3 / h4’ – h3 3.31
82
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Outros efeitos que ocorrem no ciclo real são os efeitos de atrito que causam quedas de
pressão na passagem do refrigerante pelo sistema, e os efeitos de superaquecimento e
subresfriamento que são as condições do vapor superaquecido na saída do evaporador ( estado
3), o que difere da condição de vapor saturado no ciclo ideal e o estado subresfriado na saída do
condensador (estado 1’ ), o que difere da condição de líquido saturado no ciclo ideal.
Exemplo 3
Reconsidere o ciclo de refrigeração do exemplo 2, mas inclua uma eficiência do
compressor de 80% e que a temperatura do líquido que deixa o compressor seja de 30ºC. Para
esse ciclo, determine os mesmos parâmetros.
Nesse exemplo nota-se a diminuição da temperatura de condensação que passou de 35,5ºC para
30ºC, ou seja, ocorrência de subresfriamento na saída do condensador.
Hipóteses
• não existem quedas de pressão no evaporador e no condensador.
• O compressor opera adiabaticamente e com uma eficiência de 80%.
• Os efeitos de energia potencial e cinética são desprezíveis.
Assim, podemos construir mais uma tabela das propriedades termodinâmicas do ciclo.
η = h4 – h3 / h4’ – h3
0,8 = 271,25 – 240,15 / h4’ - 240,15
h4’ = 279 kJ/Kg
interpolando na tabela a entropia é de 0,958 kJ/KgK
A expansão ao longo da válvula é um processo de estrangulamento, logo h 2 = h1’. O título e a
entropia no estado 2 são respectivamente
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c)
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R22 Resultados
Estado T(ºC) P(Kpa) h(KJ/Kg) s(KJ/KgK) Vazão 1 18,91
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1 18,91 883 67,75 2,48 2 -25,43
2 -25,43 198 67,75 hiso 3 136,71 KW
3 14,00 198 265,50 1,0660 0,8 4 490,42 KW 139,32 TR
4 87,00 883 309,60 1,0660 5 3,59
4' 101,00 883 320,63 1,10 6 0,98 KW/TR
R12 Resultados
Estado T(ºC) P(Kpa) h(KJ/Kg) s(KJ/KgK) Vazão 1 36,63
1 36,63 883 71,18 2,48 2 -12,79
2 -12,79 198 71,18 hiso 3 92,69 KW
3 14,00 198 198,60 0,7644 0,8 4 316,00 KW 89,77 TR
4 72,14 883 228,50 0,7644 5 3,41
4' 82,43 883 235,98 0,7858 6 1,03 KW/TR
Amônia Resultados
Estado T(ºC) P(Kpa) h(KJ/Kg) s(KJ/KgK) Vazão 1 20,92
1 20,92 883 278,60 2,48 2 -19
2 -19,00 198 278,60 hiso 3 753,3 KW
3 14,00 198 1496,00 5,883 0,8 4 3019,15 KW 857,71 TR
4 129,40 883 1739,00 5,883 5 4,01
4' 154,40 883 1799,75 6,03 6 0,88 KW/TR
R134a Resultados
Estado T(ºC) P(Kpa) h(KJ/Kg) s(KJ/KgK) Vazão 1 34,84
1 34,84 883 98,55 2,48 2 -10,3
2 -10,30 198 98,55 hiso 3 107,57 KW
3 14,00 198 262,50 1,003 0,8 4 406,60 KW 115,51 TR
4 63,00 883 297,20 1,003 5 3,78
4' 71,50 883 305,88 1,028 6 0,93 KW/TR
Resultado geral
Tevap(ºC) Tcond.(ºC) Wcomp.(KW) Qevap.(TR) EER(KW/TR) COP
R22 -25,43 18,91 136,71 139,32 0,98 3,59
R12 -12,79 36,63 92,69 89,77 1,03 3,41
amônia -19 20,92 753,30 857,71 0,88 4,01
R134a -10,3 34,84 107,57 115,51 0,93 3,78
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LINHAS DE SUCÇÃO
LINHAS DE LÍQUIDO
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Exemplo
Considere um sistema de refrigeração que funcione com o refrigerante amônia como
indica o diagrama abaixo, cuja capacidade de refrigeração do evaporador seja de 250W a -
25ºC. o sistema utiliza compressão de dois estágios com resfriador intermediário (flash). A
temperatura de condensação é de 35ºC. Determine a potência requerida pelos dois
compressores utilizados nesse sistema.
Pressão intermediária:
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Diagrama Px h
Exemplo 2
Compare o exemplo anterior caso fosse utilizado compressão de um estágio.
Estado T ºC P KPa h kJ/Kg s kJ/KgK x Situação
1 35 1352 346,8 1,278 0 Líquido saturado
2 -25 152 346,8 1,403 0,20 Líquido-vapor
3 -25 152 1411 5,691 1 Vapor saturado
4 135 1352 1742 5,691 Vapor
superaquecido
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Diagrama Pxh
Qevap. = m ( h3 – h2 )
250 = m ( 1411 – 346,8)
m = 0,23
W = m (h4 – h3 ) = 0,23. (1742 – 1411) = 76 KW
91
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Nos sistemas contendo água-amônia, a água absorvente possui grande afinidade com o
vapor de amônia e os dois são conjuntamente solúveis. Como o absorvente é muito volátil o
vapor de amônia que sai do gerador, carrega uma quantidade de vapor de água que acaba
indo para o evaporador diminuindo assim o efeito refrigerante. Para evitar esse problema, o
ciclo incorpora os componentes condensador de refluxo(CR) e o retificador(R).
92
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Já na figura 3.24 o modelo ganha mais dois recuperadores de calor. Como a amônia
líquida sai do condensador a uma temperatura elevada ela é agora introduzida no primeiro
recuperador (T1) antes da válvula de expansão em contracorrente ao vapor de amônia em
baixa temperatura proporcionando que o fluido refrigerante chegue mais frio ao evaporador.
O segundo recuperador (T2) pré-aquece a solução rica que vai do condensador ao gerador,
pré-resfriando a solução pobre que vai em sentido inverso.
93
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Condensador
pelo balanço de entropia temos:
Pv = RgásT
var = Rar T/ P
105 N/m2
94
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mar = v/ var
mar = 0,42 m3/s / 0,84091 m3/Kg = 0,5Kg/s
meh - msh = 0
Compressor
0 = mr (s3- s4) +
= mr (s4- s3)
= 0,07.( 0,9822 - 0,9572) = 17,5x10-4 KW/K
Válvula
0 = mr (s1- s2) +
= mr (s2- s1)
= 0,07.( 0,3078 - 0,2936) = 9,94x10-4 KW/K
95
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Através das tabelas de vapor superaquecido para o R22 com e 14bar e s4s = 0,9572 KJ/Kg.K
encontramos:
h4s = 285,58 KJ/Kg, substituindo valores,
A eficiência exergética é:
efs - efe = hs – he – T0( ss – se ) + (Vs2/2 - Ve2/2) + g(zs -ze ) desprezando-se a energia potencial
e cinética obtemos:
Ed = T0
Edcomp. = 273. 17,5x10-4 = 0,478KW
Edvál.= 273. 9,94x10-4 = 0,271KW
Edcond. = 273. 7,95x10-4 = 0,217KW
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Comprimento: 25m
2 válvulas angulares: 2x14,8m
1 válvula retenção: 1x12,6m
3 cotovelos(90º): 3x2,2m
total: 73,8m
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Verificação da velocidade:
V = A. v
v = V/A = 0,124 m3 /s / 0,00865m2 = 14,33m/s como a velocidade recomendada é de
16m/s então o valor encontrado está dentro da especificação.
Comprimento: 30m
1 válvula globo: 1x 26m
1 válvula retenção: 1x 9,1m
3 cotovelos(90º): 3x 2,3 m
total: 72m
Verificação da velocidade:
V = A. v
v = V/A = 0,0409m3 /s / 0,005024 m2 = 8,14 m/s como a velocidade recomendada é
de 16m/s então o valor encontrado está dentro da especificação.
Comprimento: 55m
2 válvulas angulares: 2x7,7m
3 cotovelos(90º): 3x1,6m
total: 75,2m
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Verificação da velocidade:
V = A. v
v = V/A = 0,000198m3 /s / 0,002289 m2 = 0,086m/s como a velocidade recomendada
é de 1,5m/s então o valor encontrado está dentro da especificação.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
1)Um ciclo de potência como indica a figura, possui uma vazão de vapor d’água de
25Kg/s, considerando que os diâmetros dos tubos de entrada e saída da turbina são
respectivamente 200m e 150mm, determinar:
a) a potência gerada na turbina;
b) a taxa de calor no condensador;
c) a taxa de calor na caldeira;
d) as velocidades na entrada e saída da turbina.
Ponto 1 2 3 4
Pressão (MPa) 5,5 0,01 0,009 4
Temperatura (ºC) 490 40 40
4) Um ciclo de refrigeração por compressão de vapor ideal opera usando refrigerante 134ª como
fluido de trabalho. O vapor saturado entra no compressor a -12ºC e o líquido saturado deixa o
condensador a 28ºC e a vazão em massa é de 5Kg/min. Determine:
a) a potência do compressor, em KW R. 1,98KW
b) a capacidade frigorífica, em TR R. 3,5TR
c) o coeficiente de desempenho R. 6,3
100
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s2 = s1
s4 = s3
Calcule:
a) A vazão de vapor em Kg/s R. 15,86Kg/s
b) A potência de compressão utilizada pela bomba. R. 1541,5Kw
c) O fluxo de calor trocado na caldeira. R. 31961KW
d) O calor transmitido pelo condensador. R. 22464KW
e) O rendimento térmico do ciclo. R. 29,7%
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BIBLIOGRAFIA
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APÊNDICE
Há situações em que os dados das tabelas não contém valores numéricos que as vezes
necessitamos.Vamos supor que seja necessário conhecer o volume específico da água a 198ºC
com título de 50%. Como na informação aparece o título, a conclusão é que estamos lidando
com mistura de líquido vapor. Consultando uma tabela como indicada abaixo, notamos que
temos informações na temperatura de 195 e 200ºC, assim, devemos proceder à uma
interpolação linear simples.
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Nesse caso é necessário realizarmos duas interpolações simples. Vamos supor que seja
necessário conhecer o volume específico do vapor superaquecido a 190ºC e pressão de 35 kPa.
Consultando a tabela obtemos
O valor de z para essa interpolação é de v = 10,675 m 3/Kg. Valores mais exatos poderiam ser
obtidos através de um programa de computador.
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Continuação
Volume específico m3/Kg Energia int.KJ/Kg Entapia KJ/Kg Entropia KJ/KgK
líq. Sat. vap. Sat. líq. Sat. vap. Sat. líq. Sat. Evap. vap. Sat. líq. Sat. vap. Sat.
Temp. Pressão
ºC bar vf x103 vg uf ug hf hfg hg sf sg
85 0,5783 1,0325 2,828 355,84 2488,2 355,9 2296 2651,9 1,1343 7,5445
90 0,7014 1,0361 2,361 376,85 2494,5 376,92 2283,2 2660,1 1,1925 7,4791
95 0,8455 1,0397 1,982 397,88 2500,6 397,96 2270,2 2668,1 1,25 7,4159
100 1,014 1,0435 1,673 418,94 2506,5 419,04 2257 2676,1 1,3069 7,3549
110 1,433 1,0516 1,211 461,14 2518,1 461,3 2230,2 2691,5 1,4185 7,2387
120 1,985 1,0603 0,8919 503,5 2529,3 503,71 2202,6 2706,3 1,5276 7,1296
130 2,701 1,0697 0,6685 546,02 2539,9 546,31 2174,2 2720,5 1,6344 7,0269
140 3,613 1,0797 0,5089 588,74 2550 589,13 2144,7 2733,9 1,7391 6,9299
150 4,758 1,0905 0,3928 631,68 2559,5 632,2 2114,3 2746,5 1,8418 6,8379
160 6,178 1,102 0,3071 674,86 2568,4 675,55 2082,6 2758,1 1,9427 6,7502
170 7,917 1,1143 0,2428 718,33 2576,5 719,21 2049,5 2768,7 2,0419 6,6663
180 10,02 1,1274 0,1941 762,09 2583,7 763,22 2015 2778,2 2,1396 6,5857
190 12,54 1,1414 0,1565 806,19 2590 807,62 1978,8 2786,4 2,2359 6,5079
200 15,54 1,1565 0,1274 850,65 2593,3 852,45 1940,7 2793,2 2,3309 6,4323
106
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3
Volume específ. m /Kg Energia int.KJ/Kg Entapia KJ/Kg Entropia KJ/KgK
líq. Sat. vap. Sat. líq. Sat. vap. Sat. líq. Sat. Evap. vap. Sat. líq. Sat. vap. Sat.
Pressão Temp.
bar ºC vf x10-3 vg uf ug hf hfg hg sf sg
0,04 28,96 1,004 34,8001 121,45 2415 121,45 2433 2554,5 0,4226 8,4746
0,06 36,16 1,0064 23,739 151,53 2425 151,53 2416 2567,4 0,521 8,3304
0,08 41,5 1,0084 18,103 173,87 2432 173,88 2403 2577 0,5926 8,2287
0,1 45,81 1,0102 14,674 191,82 2438 191,83 2393 2584,7 0,6493 8,1502
0,2 60 1,0172 7,649 251,38 2456,6 251,45 2358 2610 0,832 7,9085
0,3 69 1,0223 5,229 289,21 2468,5 289,23 2336 2625 0,9439 7,7686
0,4 75,8 1,0265 3,993 317,53 2477 317,58 2319 2637 1,0259 7,67
0,5 81,3 1,03 3,24 340,44 2484 340,51 2305,5 2646 1,0911 7,5939
0,6 85,9 1,0331 2,732 359,79 2489,5 359,86 2293,6 2653,5 1,1453 7,5321
0,7 89,95 1,036 2,365 376,63 2494,5 376,71 2283,4 2660 1,1919 7,4797
0,8 93,5 1,038 2,087 391,58 2498 391,66 2274 2666 1,2329 7,4346
0,9 96,7 1,041 1,869 405,06 2502 405,15 2266 2671 1,2695 7,3949
1 99,63 1,0432 1,694 417,36 2506 417,46 2258 2675,5 1,3029 7,3594
1,5 111 1,0528 1,159 466,94 2519,7 467,11 2226,5 2693,6 1,4336 7,2233
2 120 1,0605 0,8857 504,49 2529,5 504,71 2202 2706,7 1,5301 7,1271
2,5 127 1,0647 0,7187 535,1 2537 535,37 2181,5 2717 1,6072 7,0527
3 133,6 1,0732 0,6058 561,15 2543,5 561,47 2164 2725 1,6718 6,9919
4 143,6 1,0836 0,4625 604,31 2553,6 604,75 2134 2738 1,7766 6,8959
5 152 1,0629 0,3749 639,68 2561 640,23 2108,5 2749 1,8607 6,8212
6 159 1,1006 0,3157 670 2567,4 670,56 2086 2757 1,9312 6,7611
7 165 1,108 0,2729 696,5 2572,5 997,22 2066 2763,5 1,9922 6,708
8 170 1,1148 0,2409 720 2576,8 721,11 2048 2769 2,0462 6,6628
9 175,4 1,1212 0,2152 741,85 2580,5 742,83 2031 2774 2,0946 6,6226
10 180 1,1273 0,1944 761,68 2583,6 762,81 2015 2778 2,1387 6,5863
15 198 1,1539 0,1318 843,19 2594,5 844,84 1947 2792 2,3151 6,4448
20 212 1,1767 0,09963 906,45 2600 908,79 1890,7 2799,5 2,4474 6,3409
25 224 1,1973 0,07998 959 2603 962,11 1841 2803 2,5547 6,2575
30 234 1,2165 0,06668 1004,8 2604 1008,4 1795,7 2804 2,6457 6,1869
35 243 1,2347 0,05707 1045 2603,7 1049,8 1754 2803 2,7253 6,1253
40 250 1,2522 0,04978 1082 2602 1087,3 1714 2801 2,7964 6,0701
45 257,5 1,2692 0,04406 1116 2600 1121,9 1676,5 2798 2,8611 6,0199
50 264 1,2859 0,03944 1148 2597 1154 1640 2794 2,9202 5,9734
60 275,6 1,3187 0,03245 1205,5 2589,7 1213 1571 2784 3,0264 5,8892
70 285,7 1,3513 0,02737 1257,6 2580,5 1267 1505 2772 3,1211 5,8133
80 295 1,3842 0,02352 1305,6 2569,8 1316,6 1441,4 2758 3,2068 5,7432
90 303 1,4178 0,02048 1350,5 2557,8 1363,4 1379 2742 3,2858 5,6772
100 311 1,4524 0,01803 1393 2544,5 1407,6 1317 2725 3,3596 5,6141
110 318 1,4886 0,01599 1433,7 2529,8 1450 1255,5 2705,6 3,4295 5,5527
120 325 1,5267 0,01426 1473 2513,7 1491,5 1193,6 2685 3,4962 5,4924
130 331 1,5671 0,01278 1511 2496,1 1531,5 1130,7 2662 3,5606 5,4323
140 337 1,6107 0,01149 1548,6 2476,8 1571 1066,5 2638 3,6232 5,3717
150 342 1,6581 0,01034 1585,5 2455,5 1610,5 1000 2610,5 3,6848 5,3098
160 347,5 1,7107 0,009305 1622,7 2431,7 1650 930,6 2580,6 3,7461 5,2455
170 352,5 1,7702 0,008365 1660 2405 1690 857 2547 3,8079 5,1777
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P = 1,0 bar
100 1,696 2506,7 2676 7,3614
120 1,793 2537,3 2716,6 7,4668
160 1,984 2597,8 2796,2 7,6597
200 2,172 2658,1 2875,5 7,8343
240 2,359 2,718,5 2957,5 7,9949
280 2,546 2,779,6 3034 8,1445
320 2,732 2841,5 3114,6 8,2849
360 2,917 2904,2 3196 8,4175
400 3,103 2968 3278 8,5435
440 2,288 3032,6 3361,5 8,6636
500 3,564 3131,6 3488 8,8342
P = 1,5 bar
100 1,088 2521 2692,4 7,2123
120 1,188 2533 2711,5 7,2993
160 1,317 2595 2792,7 7,4665
200 1,444 2656 2873 7,6433
240 1,571 2717 2953 7,8052
280 1,695 2778,6 3033 7,9555
320 1,819 2840,6 3113,5 8,0964
360 1,943 2903,5 3195 8,2293
400 2,067 2967 3277 8,3555
440 2,191 3032 3360,7 8,4757
500 2,376 3131 3704 8,6466
P = 3 bar
100 0,493 2453,5 2705,6 6,7455
120 0,623 2521,6 2752,4 7,0895
160 0,651 2587 2782,8 7,1276
200 0,716 2650,7 2865,5 7,3115
240 0,781 2713 2947,4 7,4774
280 0,844 2775,4 3028,6 7,6299
320 0,907 2838 3110 7,7722
360 0,969 2901,4 3192 7,9061
400 1,032 2965,5 3275 8,033
440 1,094 3030,6 3359 8,1539
500 1,187 3300,8 3486 8,3251
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A8 ENERGIA E TRABALHO
Joule = 1N.m
W Kw Kgfm/s Cv Kcal/h
W 1 10-3 1,02x10-1 1,36x10-3 8,598x10-1
KW 103 1 1,02x102 1,36 8,598x102
Kgfm/s 9,807 9,807x10-3 1 1,333x10-2 8,432
Cv 7,355x102 7,355x10-1 75 1 6,322x102
Kcal/h 1,163 1,163x10-3 1,186x10-1 1,582x10-3 1
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mm m pol pé jarda
mm 1 10-3 0,0394 0,0033 0,001094
m 103 1 39,4 3,28 1,094
pol(inch) 25,4 0,0254 1 0,0833 0,0278
pé(foot) 304,8 0,3048 12 1 0,3333
jarda 914,4 0,9144 36 3 1
1Pa = 1N/m2
1Pé de coluna d’água = 62,425 libras por pé quadrado = 0,4335 Psi = 0,0295 atm =0,8826
Pol.Hg
1Psi = 2,307 pés de coluna d’água = 0,0703 Kgf/cm2 = 4,882 Kgf/m2
1Pol de Hg = 345,3 Kgf/m2 = 0,03453 Kgf/cm2 = 70,73 lb/pé = 0,4912 Psi =1,133 pé de coluna
d’água
1atm = 14,7 Psi = 29,92 Pol de Hg a 32ºF = 33,947 pés de água a 62ºF = 101,3 Kpa = 2116,8
lb/pé2
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BTU/hpé2 ºR4
Cte molar dos gases,R 8,31 KJ/molK,1,986 BTU/lbmolºR,0,082atm.l/molK
Volume molar do gás ideal CNTP 2,24x10-2 m3/mol
Gravitacional, G 6,67x10-11 m3/s2 Kg
Permissividade do vácuo 8,85x10-12 F/m
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