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Técnicas de Informática

Autor: Prof. Antônio Palmeira de Araújo Neto


Colaboradores: Prof. Santiago Valverde
Prof. Marcelo Mello
Professor conteudista: Antônio Palmeira de Araújo Neto

Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista – UNIP (2013). Especialista em Gestão da Tecnologia
da Informação pelo Centro Universitário Uninassau, em Pernambuco (2010). Engenheiro de telecomunicações pela
Universidade de Pernambuco (2008). Profissional certificado em ITIL v3 Foundation e COBIT v4.1 Foundation.

Professor de disciplinas de Tecnologia da Informação dos cursos de graduação (presencial e a distância) em Gestão
de TI do Centro Universitário do Senac. Professor de disciplinas de Tecnologia da Informação e Redes de Computadores
na UNIP. Professor de disciplinas técnicas de Telecomunicações do Instituto Técnico de Barueri.

Experiência em Gestão e Governança de TI e prestação de serviços de TI a empresas do segmento financeiro e


concessionárias de serviços de telecomunicações.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

A658t Araújo Neto, Antônio Palmeira de.

Técnicas de informática. / Antônio Palmeira de Araújo Neto. –


São Paulo: Editora Sol, 2015.

96 p., il.

1. Técnicas de informática. 2. Tecnologia da informação. 3.


Infraestrutura de TI. I. Araújo Neto, Antônio Palmeira de. II. Título.

CDU 681.3.06

© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL – UNIPLAN

Reitoria

Reitor: Prof. Yugo Okida

Vice-Reitor: Prof. Fábio Nogueira Carlucci

Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Humberto Venderlino Richter

Pró-Reitor Adminstrativo: Prof. Robson do Nascimento


Sumário
Técnicas de Informática
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................... 10

Unidade I
1 INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)........................................................................ 11
1.1 Histórico e evolução da TI.................................................................................................................. 11
1.1.1 Surgimento da Tecnologia da Informação nas empresas........................................................11
1.1.2 Tecnologia da Informação nos dias de hoje................................................................................. 12
1.2 Conceito de dado, informação e conhecimento...................................................................... 13
1.2.1 Conceito de dado..................................................................................................................................... 13
1.2.2 Conceito de informação....................................................................................................................... 14
1.2.3 Conceito de conhecimento.................................................................................................................. 15
1.3 Conceito de tecnologia....................................................................................................................... 16
1.3.1 A tecnologia e o seu histórico............................................................................................................ 16
1.3.2 Tecnologia da Informação.................................................................................................................... 17
1.4 Infraestrutura de TI e o seu papel nos negócios...................................................................... 17
1.4.1 Conceito de infraestrutura de TI........................................................................................................ 17
1.4.2 Papel da infraestrutura de TI nos negócios................................................................................... 19
1.4.3 Recursos da infraestrutura de TI........................................................................................................ 19
1.4.4 Gestão da infraestrutura de TI........................................................................................................... 20
1.4.5 Custo total de propriedade dos recursos da infraestrutura de TI........................................ 21
2 INFRAESTRUTURA DE TI: HARDWARE..................................................................................................... 22
2.1 Conceito de hardware e de computador..................................................................................... 22
2.1.1 Introdução.................................................................................................................................................. 22
2.1.2 O computador........................................................................................................................................... 23
2.2 Evolução do hardware......................................................................................................................... 24
2.2.1 Antecedentes dos computadores...................................................................................................... 24
2.2.2 Geração zero dos computadores....................................................................................................... 24
2.2.3 Primeira geração dos computadores............................................................................................... 24
2.2.4 Segunda geração dos computadores.............................................................................................. 25
2.2.5 Terceira e quarta gerações dos computadores............................................................................ 25
2.3 Estrutura básica de um sistema computacional...................................................................... 27
2.3.1 Arquitetura básica dos computadores............................................................................................ 27
2.3.2 Unidade central de processamento.................................................................................................. 27
2.3.3 Memórias.................................................................................................................................................... 28
2.3.4 Barramentos.............................................................................................................................................. 29
2.3.5 Dispositivos de entrada e saída.......................................................................................................... 29
2.4 Tipos de computadores e seu uso nos processos de negócios........................................... 30
2.4.1 Tipos de computadores......................................................................................................................... 30
2.4.2 Desktops, notebooks e tablets............................................................................................................ 30
2.4.3 Mainframes e supercomputadores................................................................................................... 31
2.4.4 Capacidade de hardware...................................................................................................................... 32
3 INFRAESTRUTURA DE TI: SOFTWARE........................................................................................................ 32
3.1 Introdução ao software...................................................................................................................... 32
3.1.1 Conceito de software............................................................................................................................. 32
3.1.2 Tipos de software..................................................................................................................................... 34
3.2 Software de sistemas........................................................................................................................... 35
3.2.1 Introdução.................................................................................................................................................. 35
3.2.2 Sistemas operacionais............................................................................................................................ 35
3.2.3 Programas utilitários e middleware................................................................................................. 36
3.3 Software aplicativo............................................................................................................................... 37
3.3.1 Introdução.................................................................................................................................................. 37
3.3.2 Software proprietário e software de prateleira........................................................................... 37
3.3.3 Software de produtividade geral....................................................................................................... 39
3.3.4 Make or buy............................................................................................................................................... 39
3.4 Utilização de softwares nos processos de negócios............................................................... 39
3.4.1 Processadores de texto.......................................................................................................................... 39
3.4.2 Planilha eletrônica................................................................................................................................... 40
3.4.3 Geradores de apresentação................................................................................................................. 41
4 INFRAESTRUTURA DE TI: BANCOS DE DADOS...................................................................................... 41
4.1 Fundamentos dos bancos de dados............................................................................................... 41
4.1.1 Recursos de dados................................................................................................................................... 41
4.1.2 Banco de dados........................................................................................................................................ 42
4.2 Tipos de bancos de dados.................................................................................................................. 43
4.2.1 Banco de dados hierárquico................................................................................................................ 43
4.2.2 Banco de dados do tipo rede.............................................................................................................. 43
4.2.3 Banco de dados relacional................................................................................................................... 44
4.2.4 Banco de dados orientado a objeto................................................................................................. 45
4.3 Sistemas de gerenciamento de bancos de dados (SGBD)..................................................... 46
4.4 Tomada de decisão baseada em dados........................................................................................ 47
4.4.1 Conceitos básicos..................................................................................................................................... 47
4.4.2 Inteligência de negócios....................................................................................................................... 47

Unidade II
5 INFRAESTRUTURA DE TI: REDES DE COMPUTADORES...................................................................... 49
5.1 As telecomunicações e a reinvenção do fluxo da informação........................................... 49
5.1.1 Impacto das redes de computadores na sociedade................................................................... 49
5.1.2 Telecomunicações.................................................................................................................................... 50
5.1.3 Sistemas det............................................................................................................................................... 51
5.2 Tipos de redes e seus elementos..................................................................................................... 51
5.2.1 Classificação das redes de computadores..................................................................................... 51
5.2.2 Elementos de uma rede......................................................................................................................... 52
5.2.3 Meios físicos............................................................................................................................................... 53
5.3 A segurança nas redes de computadores.................................................................................... 54
5.3.1 A segurança da informação................................................................................................................ 54
5.3.2 Ferramentas e soluções de segurança............................................................................................. 55
5.4 Uso das telecomunicações e das redes de computadores
nos processos de negócios........................................................................................................................ 55
5.4.1 A internet.................................................................................................................................................... 55
5.4.2 Videoconferência..................................................................................................................................... 56
5.4.3 Tecnologia de voz sobre IP................................................................................................................... 56
5.4.4 Telefonia móvel celular......................................................................................................................... 57
6 A TI E O SEU PAPEL ESTRATÉGICO NOS NEGÓCIOS............................................................................ 58
6.1 O papel estratégico da TI.................................................................................................................... 58
6.1.1 Introdução.................................................................................................................................................. 58
6.1.2 Impacto estratégico da TI..................................................................................................................... 59
6.2 O valor da TI para os negócios......................................................................................................... 60
6.2.1 As empresas do século XXI e o valor da TI..................................................................................... 60
6.2.2 O valor da TI............................................................................................................................................... 60
6.3 TI e as suas vantagens competitivas............................................................................................. 61
6.3.1 Vantagens competitivas alcançadas por meio da TI................................................................. 61
6.3.2 TI verde......................................................................................................................................................... 61
6.4 Alinhamento estratégico da TI......................................................................................................... 63
6.4.1 Fatores Críticos de Sucesso (FCS)...................................................................................................... 63
6.4.2 Alinhamento entre TI e negócio........................................................................................................ 65
6.4.3 Tipos de alinhamento estratégico..................................................................................................... 67
6.4.4 Evolução do conceito de alinhamento estratégico................................................................... 67
7 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO................................................................................. 68
7.1 Conceito de sistemas........................................................................................................................... 68
7.1.1 Definição de sistemas............................................................................................................................ 68
7.1.2 Características e classificação dos sistemas................................................................................. 69
7.2 Sistemas de informação..................................................................................................................... 70
7.2.1 Introdução.................................................................................................................................................. 70
7.2.2 Dimensões de um sistema de informação.................................................................................... 71
7.2.3 Abordagem sistêmica............................................................................................................................. 72
7.2.4 Tipos de sistemas de informação...................................................................................................... 72
7.3 Sistemas ERP........................................................................................................................................... 73
7.3.1 Conceito de ERP....................................................................................................................................... 73
7.3.2 Composição do ERP................................................................................................................................ 74
7.3.3 Vantagens e desvantagens do ERP................................................................................................... 75
7.4 Sistemas de suporte a decisão......................................................................................................... 76
7.4.1 A tomada de decisão.............................................................................................................................. 76
7.4.2 Tipos de decisões...................................................................................................................................... 77
7.4.3 Sistemas de suporte a decisão........................................................................................................... 78
8 APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NOS NEGÓCIOS.............................................. 79
8.1 Inteligência artificial............................................................................................................................ 79
8.1.1 Visão geral da inteligência artificial................................................................................................. 79
8.1.2 Ramos da inteligência artificial......................................................................................................... 80
8.2 Sistemas de gestão do conhecimento.......................................................................................... 81
8.2.1 Conhecimento........................................................................................................................................... 81
8.2.2 Classificação e tipos de conhecimento........................................................................................... 82
8.2.3 Sistemas de gestão do conhecimento............................................................................................ 82
8.3 Comércio eletrônico............................................................................................................................. 83
8.3.1 Introdução.................................................................................................................................................. 83
8.3.2 Tipos de comércio eletrônico.............................................................................................................. 85
8.4 Outras soluções de TI aplicadas aos negócios........................................................................... 86
8.4.1 Redes sociais.............................................................................................................................................. 86
8.4.2 Identificação por radiofrequência (RFID)....................................................................................... 86
8.4.3 Tecnologia da Informação aplicada à logística........................................................................... 86
8.4.4 Computação nas nuvens...................................................................................................................... 87
8.4.5 Rede virtual privada............................................................................................................................... 87
APRESENTAÇÃO

O objetivo desta disciplina é entender os principais conceitos de Tecnologia da Informação (TI), todo
o seu ferramental e papel dentro de uma perspectiva estratégica, destacando as vantagens competitivas
alcançadas; e discutir a infraestrutura de TI, composta por hardware (sistema computacional como
um todo), software (de sistema e de aplicação), bancos de dados (tipos e o suporte a decisão) e redes
de computadores, apontando o seu uso nos processos de negócios e como é possível agregar valor
às corporações. Completa o conjunto de conteúdos explorados, uma abordagem sobre os sistemas de
informações, assim como as principais soluções de TI utilizadas pelas empresas.

Ao ler este livro-texto, espera-se uma compreensão básica sobre as ferramentas tecnológicas
utilizadas pelas corporações e como elas agregam e entregam valor aos negócios, atendendo às suas
expectativas.

Outro objetivo é o entendimento inicial sobre os sistemas de informações e seus tipos, com um
pouco mais de ênfase nos sistemas de planejamento de recursos empresariais, conhecidos como ERP.

Por fim, um último objetivo é impulsionar você a mergulhar no mundo da tecnologia e fomentar o
hábito de procurar em todas as fontes aconselhadas neste material um entendimento sobre a importância
das ferramentas tecnológicas na vida das pessoas, das empresas e de toda a sociedade.

Este livro-texto apresenta duas unidades. Na primeira unidade será feita uma introdução das
terminologias básicas da TI, mencionando seu histórico, evolução e seu papel nos negócios. Começaremos
a falar sobre os itens da infraestrutura de TI, primeiro sobre o hardware, mostrando um pouco de sua
estrutura básica, evolução e os tipos de computadores mais utilizados.

Essa unidade também será dedicada ao estudo do software, dividindo-se em software de sistemas e
software aplicativo, e algumas das aplicações mais utilizadas no dia a dia das empresas.

Ainda, trará os conceitos de bancos de dados, sua fundamentação e tipos. E como os dados são
importantes para a tomada de decisão organizacional, finalizaremos falando de ferramentas de
inteligência de negócio, muito conhecidas pelo seu nome em inglês business intelligence (BI).

Na unidade II encerra-se o estudo da infraestrutura de TI com os conceitos e fundamentos das redes


de computadores e das telecomunicações.

Serão abordados os conceitos de estratégia de TI, com ênfase no alinhamento estratégico da TI, e em
como a TI agrega e entrega valor aos negócios para atender às suas expectativas.

Essa unidade também traz os conceitos introdutórios de sistemas de informação, com ênfase nos
sistemas de planejamento de recursos empresariais e para os sistemas de suporte a decisão.

Por último, traz um apanhado de outras soluções tecnológicas até então não mencionadas e
utilizadas pelas áreas de negócios.
9
Espero que você tenha uma boa leitura e se sinta motivado a ler e conhecer mais sobre Tecnologia
da Informação.

Boa leitura!

INTRODUÇÃO

Hoje não é possível mais imaginar uma corporação que funcione sem o uso de ferramentas de
Tecnologia da Informação (TI). Seja uma pequena empresa ou escritório até uma multinacional, todas
precisam de acesso à internet, dos editores de texto, das planilhas eletrônicas, enfim, de todo um aparato
tecnológico.

Muitos são os recursos que a TI oferece a partir de toda uma infraestrutura composta por hardware,
software, bancos de dados e redes de computadores. A chave do sucesso é descobrir como utilizar todas
essas “peças” de modo estratégico, em vista de agregar valor ao negócio.

Conhecer e entender TI não é algo fácil, porque nesta área tudo se atualiza muito rápido. Logo as
tecnologias ficam obsoletas. Por isso, a importância da busca constante do conhecimento em TI.

Os futuros gestores, administradores, analistas, profissionais são sempre chamados a compreender


como empregar TI da melhor maneira em seu dia a dia e assim manter-se constantemente atualizado.

10
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

Unidade I
1 INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)

1.1 Histórico e evolução da TI

1.1.1 Surgimento da Tecnologia da Informação nas empresas

Foi na década de 1960 que as empresas, principalmente nos países desenvolvidos, deram
os seus primeiros passos no uso da Tecnologia da Informação. Ela estava marcada pelo uso de
equipamentos de grande porte, conhecidos como mainframes, extremamente caros e disponíveis
por meio de poucas opções tecnológicas. Nesta época, a área de TI tinha a função de apenas
fornecer tecnologia para auxiliar o controle rotineiro da empresa. O centro de processamento de
dados (CPD) era de difícil acesso, atuava principalmente com a disponibilização de tecnologia e
processamento de dados. O CPD tinha o objetivo de manter as máquinas funcionando ou processar
dados por meio de computadores.

As áreas responsáveis pelo desenvolvimento de aplicativos para negócios tinham uma estrutura
tímida e as soluções construídas eram praticamente artesanais, além de não existir ferramentas de
suporte aos processos e aos responsáveis pelo desenvolvimento. A importância maior era dada ao
conhecimento dos sistemas computacionais, bem como dos sistemas operacionais e linguagens de
programação, do que ao processo de fazer software (REINHARD, 1996).

Grande parte das aplicações desenvolvidas era voltada para automação de tarefas manuais,
principalmente administrativas e financeiras. A formação de pessoal qualificado ficava ao cargo das
empresas e dos fornecedores de computadores. Havia uma escassez de mão de obra em todos os setores
de hardware e software.

Na década de 1970 surge o conceito de sistemas de informação como um diferencial no dia a dia
do ambiente organizacional, impactando positivamente sobre os processos de negócios das empresas.
A TI começa a se tornar importante e as corporações começam a percebê-la como um recurso da
organização (REINHART, 1996).

Conforme Reinhard (1996), em 1970, aparecem diversos conceitos que modificam outros já existentes,
com destaque para os de desenvolvimento organizacional, processo decisório, adoção de inovações,
aprendizagem, interfaces homem-máquina, relacionamentos entre profissionais de TI e os usuários.
Inicia-se um período que ficou conhecido como Era do Processamento de Dados. Neste momento, os
recursos de informática se tornam instrumentos de apoio aos negócios, estimulando a construção de
sistemas de apoio à decisão.

11
Unidade I

Já na década de 1980, os vieses de mudança relacionam-se ao modo como a TI presta os seus serviços
para as áreas de negócios. Surgem as terceirizações. Outro ponto de destaque desta época é o crescimento
das empresas e suas internacionalizações, acarretando a criação de sistemas interorganizacionais,
integração dos sistemas e a ênfase nas arquiteturas de sistemas. Sistemas distribuídos regionalmente
e a necessidade do uso maciço das telecomunicações trazem impactos significativos nos processos e
tecnologias de construção de software e hardware. Outros fatores da década envolvem os aspectos
econômicos, legais, políticos e culturais. A execução dos negócios se torna ao final da década dependente
cada vez mais da aplicação da TI (BRITO, 1996).

Na década de 1990, a TI é colocada como centro da estratégia empresarial e, de acordo com muitos
autores, assume um caráter mais estratégico e passa a proporcionar uma transformação dos negócios.
Uma das consequências dessa transformação é que a TI permite a transformação do conhecimento
como uma fonte de geração de valor para as organizações.

No início deste milênio (ano 2000), contempla-se uma mudança do modelo cliente-servidor para os
modelos baseados na web, em que os sistemas são operados por meio da internet. Também se verifica
que os sistemas proprietários vão dando cada vez mais espaço para uma proposta de sistemas abertos,
com o uso do software livre e destaque para o sistema operacional aberto Linux atuando como o
sistema dos servidores das redes no ambiente web.

Observa-se também uma integração cada vez maior entre as práticas gerenciais e de governança
corporativas com as práticas da governança da TI. A qualidade sai do mundo acadêmico e se transforma
numa alternativa quase que obrigatória nos processos e produtos da TI (COSTA et al., 2012).

1.1.2 Tecnologia da Informação nos dias de hoje

A Tecnologia da Informação (TI) tem sido considerada um dos componentes


mais importantes do ambiente empresarial atual, e as organizações
brasileiras têm utilizado ampla e intensamente essa tecnologia, tanto
em nível estratégico como operacional. Essa utilização oferece grandes
oportunidades para as empresas que têm sucesso no aproveitamento dos
benefícios oferecidos por este uso. Ao mesmo tempo, ele também apresenta
desafios para a administração de TI da qual as empresas passam a ter
grande dependência e que apresenta particularidades de gerenciamento.
Neste cenário complexo, um dos desafios críticos é identificar o nível de
contribuição que esta tecnologia oferece aos resultados das empresas
(ALBERTIN; ALBERTIN, 2012, p. 126).

Como estamos na Era da Informação, em que a riqueza nasce de ideias inovadoras e do uso inteligente
da informação, para a maioria das empresas é impossível desligar seus sistemas de computadores,
mesmo que por um curto período de tempo. Isso acontece porque as organizações precisam reagir de
modo rápido aos problemas e às oportunidades que surgem desse ambiente empresarial moderno e
altamente competitivo (FOINA, 2006).

12
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

A Tecnologia da Informação tornou-se realidade inerente à vida de todos, pessoas e empresas, e é


uma ferramenta fundamental para as organizações, agindo diretamente na produtividade e qualidade
dos produtos e serviços.

Para Albertin (2001), as organizações perceberam a importância da TI e seus impactos sociais e


econômicos, deste modo buscam e utilizam essa tecnologia para se tornarem mais competitivas,
analisando mais profundamente e alterando estratégias de atuação e processos operacionais; os
planejamentos futuros passaram a ter como uma de suas bases a TI. A tecnologia tem auxiliado na
habilidade de manipular um grande volume de transações num custo unitário médio decrescente, de
apoiar operações geograficamente dispersas por intermédio do processamento distribuído e de oferecer
novos produtos e canais de distribuição.

1.2 Conceito de dado, informação e conhecimento

1.2.1 Conceito de dado

Dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que, por si só, não conduz a uma
compreensão de determinado fato ou situação. É a representação de algo que não está estruturado
(O’BRIEN; JAMES, 2002).

Como bom exemplo de dado temos uma sequência de números sem qualquer relação uns com os
outros: 1,0; 2,0; 3,0; 5,0. Outros exemplos poderiam ser um determinado valor de temperatura (20 ºC)
ou, um valor de velocidade do vento (30 km/h).

Observe que a sequência de números nada revela por si só, poderia ser uma sequência de notas, ou
tempo em minutos etc. Da mesma forma, a temperatura de 20 ºC nada revela, porque não podemos
afirmar se está quente ou frio, abafado ou fresco.

Laudon e Laudon (2011) afirmam que “dados são como correntes de fatos brutos que representam
eventos que estão ocorrendo nas organizações ou nos ambientes físicos antes de terem sido organizados
ou arranjados para poderem ser usados”.

O quadro a seguir mostra os tipos de dados que podem ser encontrados.

Quadro 1 − Tipos de dados

Tipos de dados Representado por


Dados alfanuméricos Números, letras e outros caracteres
Dados de imagens Imagens gráficas e figuras
Dados de áudio Som, ruídos ou tons
Dados de vídeo Imagens ou figuras em movimento

Fonte: Stair; Reynolds (2011, p. 5).

13
Unidade I

1.2.2 Conceito de informação

Informação é um conjunto de dados organizados com valor adicional, que podem representar algo
estruturado. Gordon e Gordon (2006) definem informação como um conjunto de dados processados,
que foram analisados, filtrados, organizados, formatados e finalizados.

Para melhor exemplificar, lembre-se de que anteriormente mencionaram-se exemplos de dados.


Observe:

• Relacionando uma temperatura de 20 ºC, uma velocidade do vento de 30 km/h, céu nublado,
e entendendo que todos estes dados são da cidade do Recife − PE, tem-se a informação da
temperatura no momento e que (guardando as particularidades regionais) está frio.

• Considerando que os números 1,0; 2,0; 3,0; 5,0 foram colhidos de um diário de classe de um
professor sobre um determinado aluno, tem-se a informação das notas de suas provas.

A figura a seguir esboça o processo de transformação dos dados em informação.

Processo de
transformação
Dados Informação
(Seleção / organização /
manipulação)

Figura 1 − Processo de transformação de dados em informação

A informação pode exercer três papéis fundamentais nas organizações:

• recurso – quando servir como um insumo ou um recurso a ser utilizado no processo produtivo de
bens ou serviços;

• ativo – quando ela se torna uma propriedade de uma pessoa ou organização que agrega valor ao
resultado das corporações;

• produto – quando ela é o resultado do processo produtivo.

Observação

A informação tem muito valor nos dias de hoje para as corporações. No


entanto, o seu valor está diretamente associado ao modo como ela suporta
a tomada de decisão nas empresas.

14
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

1.2.3 Conceito de conhecimento

Conhecimento é a compreensão sobre o valor das informações e a consciência sobre a maneira de


utilizá-las no apoio a tarefas específicas ou para chegar à decisão.

O sucesso de uma corporação depende do conhecimento que ela mantém


e aplica por meio de seus funcionários, executivos, diretoria e sistemas de
informação. Construir este corpo de conhecimento corporativo é o objetivo
primário da maioria dos negócios – que exige um esforço concentrado. Se
negligenciado, o conhecimento corporativo se concentra em certas pessoas,
que o obtém através do tempo e experiência, e torna-se inacessível quando
essas pessoas saem da organização (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 411).

Como são sabidos, os dados são fatos brutos que podem ser processados, organizados em conjunto
com valor, a fim de se obter a informação. Por meio das informações alcança-se o conhecimento. A
figura 2 ilustra o conceito hierárquico de dados, informação e conhecimento.

Conhecimento

Informação

Dados

Figura 2 − Hierarquia dos dados, informação e conhecimento

Recorrendo aos exemplos das seções anteriores (as que mencionam o conceito de dado e de
informação), pode-se afirmar que:

• se em Recife − PE temos a informação de que está frio, o conhecimento ajuda a tomarmos a


decisão de utilizar agasalhos, desligar os condicionadores de ar e ligar os chuveiros elétricos;

• se o aluno tem as informações de notas iguais a 1,0; 2,0; 3,0; 5,0, o conhecimento impulsiona a
estudar mais, porque as notas estão muito baixas.

O conhecimento nas corporações, de modo geral, pode ser classificado em conhecimento tácito ou
explícito. O conhecimento tácito é aquele de propriedade dos indivíduos que não está documentado,
composto por suas conclusões pessoais e intimamente ligado à suas experiências. O conhecimento
explícito é o de maior interesse das corporações, porque está estruturado, documentado, claro para
todos os envolvidos e pode ser disseminado.

15
Unidade I

Saiba mais

Para conhecer um pouco mais sobre o conhecimento, aconselha-


se a leitura do capítulo 8 do livro: COSTA NETO, P. L. O.; CANUTO, S. A.
Administração com qualidade: conhecimentos necessários para a gestão
moderna. São Paulo: Blucher, 2010.

1.3 Conceito de tecnologia

1.3.1 A tecnologia e o seu histórico

O conceito de tecnologia, a princípio, não possui uma associação direta com a informática,
computadores, internet etc. A tecnologia é compreendida como um conjunto de procedimentos,
inovações, processos, métodos, ferramentas e conhecimentos por meio do qual as capacidades humanas
de uma sociedade podem ser ampliadas.

As tecnologias estão presentes na indústria, na medicina, no setor de serviços, na informática, na


sociedade; são verificadas na forma de inovações, que têm contribuído para o aumento da produtividade
e o bem-estar da sociedade. Sem falar em toda a mudança na forma como se vive nos dias de hoje, com
estilos tão diferentes do passado.

Observação

É comum em algumas bibliografias a distinção entre tecnologia e


técnicas. Tecnologia é o conhecimento da técnica. Técnica envolve a
aplicação de conceitos.

Existe um considerável número de estudiosos que associam crescimento tecnológico às Grandes


Guerras, quando aqueles que detêm poder militar na sociedade utilizam aparatos para se defenderem
e atacarem as ameaças aos seus planos. No entanto, há de se afirmar que em tempos de paz essa
sociedade desfruta da mesma tecnologia usada para matar.

Tigre (2006) mostra uma ligação muito forte entre tecnologia e economia, principalmente ao
detalhar informações sobre a evolução tecnológica mundial.

As grandes mudanças tecnológicas são acompanhadas de transformações


econômicas, sociais e institucionais, pois a tecnologia não se difunde no vácuo,
necessitando de regimes jurídicos, motivação econômica e condições político-
institucionais adequados para se desenvolver. O processo de acumulação
primitiva de capital, associado às revoluções burguesas europeias a partir
do século XVI, criou as condições necessárias para as inovações técnicas que

16
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

deram origem à manufatura. Do ponto de vista tecnológico, a revolução


industrial se caracteriza pela substituição da habilidade e do esforço humano
pelas máquinas, pela introdução de novas fontes inanimadas de energia e
pelo uso de matérias-primas novas e muito mais abundantes, sobretudo a
substituição de substâncias vegetais ou animais por minerais. Além dessas
inovações técnicas, ocorreram importantes inovações organizacionais, a
exemplo da divisão de trabalho. Cabe lembrar que as inovações dessa época
não eram ainda produtos da ciência, mas sim de observações, especulações
e experimentação prática. Adam Smith e David Ricardo foram pioneiros na
análise das causas e consequências da automação da manufatura, tendo
em vista suas preocupações em identificar a origem da riqueza das nações
e seus impactos sobre renda e trabalho. A identificação da tecnologia como
fator de dinamismo econômico contrasta com o pensamento dos fisiocratas,
que sustentavam que somente a terra ou a natureza seria capaz de produzir
algo novo. As demais atividades, como a indústria e o comércio, não fariam
mais do que transformar os produtos da terra (TIGRE, 2006, p. 15).

Saiba mais

Para conhecer mais sobre evolução tecnológica e suas relações com a


economia leia:

TIGRE, P. B. Gestão da inovação: a economia da tecnologia do Brasil. Rio


de Janeiro: Elsevier, 2006.

1.3.2 Tecnologia da Informação

A Tecnologia da Informação (TI) é compreendida como o conjunto formado por hardware, softwares,
bancos de dados e redes de computadores, que associados a procedimentos, inovações e métodos,
auxiliam no processo de transformação de dados em informação e de informação em conhecimento, de
modo a gerar valor para as pessoas e organizações que dela se utilizam.

A TI contribui para a tomada de decisão, gerando uma maior rapidez e flexibilidade nos
processos de negócios, reinventando o fluxo de informação e o modo como o ambiente
organizacional se desenvolve.

1.4 Infraestrutura de TI e o seu papel nos negócios

1.4.1 Conceito de infraestrutura de TI

Segundo os conceitos de governança de TI, os autores Weill e Ross (2006) afirmam que a
infraestrutura de TI é o alicerce planejado de Tecnologia da Informação em toda a sua capacidade (tanto

17
Unidade I

no que diz respeito a questões técnicas como recursos humanos), disponibilizada por meio de serviços
compartilhados, confiáveis para todo o negócio e utilizado por aplicações múltiplas.

A figura 3 denota este conceito de infraestrutura de TI, composta por:

• componentes de TI;

• recursos humanos de TI;

• serviços compartilhados de TI;

• aplicações de TI compartilhadas.

A infraestrutura de TI suporta as soluções e aplicações desejadas pelas áreas de negócios. São essas
aplicações que suportam os processos de negócios, dentro da perspectiva do alinhamento estratégico.

Segundo os conceitos de sistemas de informação, os autores Stair e Reynolds (2011) mencionam que
infraestrutura de TI é uma composição de itens compartilhados (hardware, software, bancos de dados,
telecomunicações, pessoas e procedimentos) de sistemas de informação que forma a base dos sistemas
computadorizados.

Aplicações
de negócio

Infraestrutura de TI

Aplicações de TI compartilhadas
e padronizadas

Serviços compartilhados de
Tecnologia da informação

Recursos humanos

Componentes de TI

Figura 3 − Infraestrutura de TI, segundo os conceitos de governança de TI

18
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

1.4.2 Papel da infraestrutura de TI nos negócios

Por ser a base da capacidade planejada de TI, a infraestrutura desponta como um dos itens mais
importantes na área de tecnologia das empresas. Justamente devido a esta importância, os investimentos
em infraestrutura correspondem a aproximadamente 55% do total de investimentos em TI (WEILL;
ROSS, 2006).

Uma boa infraestrutura de TI permite um modelo de negócio flexível, de alta disponibilidade,


garantindo que as organizações aumentem a sua produtividade e contribuindo para o sucesso das
corporações (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007).

Em meio aos negócios, tem crescido uma mudança nos conceitos de infraestrutura para serviços de
infraestrutura, onde os componentes tecnológicos são convertidos em serviços comuns.

Os serviços de infraestrutura de TI de uma empresa incluem,


frequentemente, serviços de rede de telecomunicação; a provisão e
o gerenciamento de computação em larga escala (como servidores e
mainframe); o gerenciamento da base de dados compartilhada de clientes;
a expertise em pesquisa e desenvolvimento, com o fim de identificar a
utilidade de tecnologias emergentes para o negócio; e uma intranet
para toda a empresa. Esses serviços podem ser prestados internamente
ou por companhias terceirizadas, como a IBM Global Services, a
Accenture e a HP. A infraestrutura interna da empresa frequentemente
conecta-se a infraestruturas externas da indústria (como o sistema de
pagamentos bancário) e a infraestrutura públicas (como a internet e as
redes de telecomunicações). O conceito de serviços de infraestrutura de
TI é muito poderoso, uma vez que os administradores podem valorizar
mais prontamente um serviço, do que um componente técnico como
um servidor ou um pacote de software. Além disso, o serviço de prover
o acesso de um computador laptop à internet e a todos os sistemas da
empresa pode ser especificado, mensurado e controlado através de um
acordo de nível de serviço (WEILL; ROSS, 2006, p. 37).

1.4.3 Recursos da infraestrutura de TI

São quatro os recursos de infraestrutura de TI, segundo a maioria dos autores em sistemas de
informações: hardware, software, bancos de dados e redes. Algumas bibliografias incluem também as
pessoas como recursos, outros também incluem os serviços, mas nesta disciplina o recorte trará os
quatro recursos inicialmente mencionados.

O hardware consiste nos recursos computacionais capazes de realizar as atividades de entrada, saída
e processamento de dados. Neste item estão inclusos os computadores pessoais, notebooks, mainframes,
dispositivos móveis e suas constituições.

19
Unidade I

O software abrange os programas de computador que gerenciam as atividades computacionais


(software de sistemas) e que auxiliam o usuário em suas atividades básicas nos processos de negócios
(software aplicativo).

Os bancos de dados são uma coleção de dados organizacionais, contendo informações dos negócios,
na forma de arquivos relacionados. Eles são um componente fundamental e valioso para o funcionamento
dos sistemas computadorizados.

As redes consistem no componente que proporciona a comunicação de dados, voz e imagem dentro
do negócio, por meio de uma transmissão eletrônica de sinais.

1.4.4 Gestão da infraestrutura de TI

Para que a infraestrutura de TI agregue valor aos negócios e atenda às suas expectativas, é necessário
que ela seja bem-gerenciada em seus componentes, ou seja, na forma de serviços.

Segundo Magalhães e Pinheiro (2007), a gestão de infraestrutura é composta por cinco atividades:

• desenho – esta atividade consiste na elaboração da arquitetura de TI que deverá ser utilizada no
ambiente organizacional;

• planejamento – esta atividade consiste no planejamento das aquisições, instalações e


disponibilizações dos componentes da infraestrutura TI;

• implementação – esta atividade consiste na instalação e disponibilização para uso dos componentes
da infraestrutura de TI.

• operação – esta atividade consiste na operação da infraestrutura disponível ao negócio;

• suporte – esta atividade consiste nas resoluções dos incidentes e problemas na infraestrutura de
TI.

Visando ao alinhamento estratégico entre TI e negócio, buscando atender às necessidades


dos negócios no que diz respeito a serviços de infraestrutura de TI, muitos frameworks têm sido
criados. Esses frameworks e modelos são um conjunto de boas práticas que elevam a maturidade
da gestão da TI.

Um dos mais conhecidos modelos de gestão de serviços, que incluem a infraestrutura de TI,
é o Information Technology Infraestructure Library (ITIL). O ITIL é um conjunto de boas práticas,
que não é regra obrigatória, para a gestão dos serviços de TI dentro de um ciclo de vida (FREITAS,
2013).

20
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

Saiba mais

Para conhecer mais sobre o Modelo ITIL, leia:

FREITAS, M. A. S. Fundamentos do gerenciamento de serviços de TI. 2.


ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2013.

1.4.5 Custo total de propriedade dos recursos da infraestrutura de TI

Além do custo com a aquisição de recursos de infraestrutura de TI (seja ele hardware, software, redes
ou bancos de dados), há outro custo denominado custo total de propriedade, conhecido pela sigla TCO,
que se refere ao termo em inglês total coast ownership.

Por exemplo, um computador pessoal pode ter um TCO que represente três vezes o custo com a sua
aquisição. E por quê? Porque há custos com energia elétrica, manutenção, instalação, dentre outros.

Laudon e Laudon (2010) mencionam os seguintes itens que compõem o TCO de um recurso da
infraestrutura de TI:

• aquisição de hardware – custo com a aquisição do equipamento ou sistema computacional,


incluindo computadores, notebooks, tablets etc;

• aquisição de software – custo com a compra ou licença de software para cada usuário;

• instalação – custos com a instalação dos sistemas;

• treinamento – custos com treinamento de especialistas e usuários;

• suporte – custos com suporte técnico continuado;

• manutenção – custos de atualização da plataforma tecnológica;

• espaço e energia – custos imobiliários e com energia elétrica para alimentação dos equipamentos.

A avaliação do TCO é importante para uma organização priorizar seus


investimentos na área de TI, compreender os seus custos atuais e tomar decisões
tecnologicamente viáveis. A implementação de metodologia de apuração do
TCO deixou de ser restrita a poucos iniciados para se tornar uma necessidade
na área de gerenciamento de serviços de TI. No panorama atual em constantes
mudança, como poderá uma organização suportar os custos relacionados à
infraestrutura de TI? Paralelamente ao crescimento quase diário do grau de
dependência dos negócios em relação aos serviços de TI, também crescem

21
Unidade I

os custos das atividades a eles relacionados, tais como: aprovisionamento,


instalação, utilização e modificação. Geralmente, à medida que a organização
passa de sistemas desenvolvidos para sistemas emergentes, verifica-se uma
mudança de processos e custos de TI bem-pensados para estruturas de custos,
processos e estratégias de gerenciamento pobres. Esses são os maiores riscos
para uma boa administração dos serviços de TI. As ferramentas e metodologias
de apuração do TCO ajudam os gestores da área de TI a planejar cuidadosamente
o orçamento e os recursos que serão necessários, identificando oportunidades
e satisfazendo as exigências da área de TI e das áreas-cliente dos seus serviços
(MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007, p. 81).

Quando o administrador de TI utiliza o TCO, ele tem condições de:

• auditar os resultados para apontar pontos fortes e fracos dos custos de TI;

• criar uma estrutura ideal de TI, base em custos aderentes às estratégias de negócios;

• fornecer simulação de custos e benefícios dos recursos de TI;

• conhecer os conceitos de apuração de custos;

• explorar situações e variáveis ligadas aos custos com infraestrutura de TI;

• redução de custos;

• desenvolvimento de orçamentos confiáveis;

• quantificar e priorizar alternativas de infraestrutura de TI.

2 INFRAESTRUTURA DE TI: HARDWARE

2.1 Conceito de hardware e de computador

2.1.1 Introdução

Os administradores normalmente não necessitam entender exatamente


como um computador trabalha para fazerem seu trabalho, não mais do
que motoristas precisam saber sobre o funcionamento de automóveis
para poderem dirigi-los. Mas, da mesma forma que motoristas tornam-se
melhores em dirigir e comprar carros na proporção em que entendem de
mecânica de automóveis, assim também um usuário, comprador e diretor,
à medida que utilizam computadores em sua organização e conhecem
mais sobre a maneira com o os computadores trabalham (GORDON;
GORDON, 2006, p. 60).
22
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

Segundo Stair e Reynolds (2011), hardware é qualquer maquinário (utilizando circuitos digitais) que
auxilia tarefas de entrada, saída, processamento e armazenamento de um sistema de informação.

Como componente da infraestrutura de TI, o hardware desponta como o item básico para a criação
de vantagem competitiva. As organizações investem em hardware por diversos motivos, dentre eles:

• aumento da produtividade dos funcionários;

• aumento nas receitas;

• redução de custos de produção;

• melhoria nos serviços entregues aos clientes;

• aumento da velocidade dos processos de negócios;

• aumento da colaboração entre os seus trabalhadores.

2.1.2 O computador

O computador é o aparelho ou dispositivo capaz de realizar operações lógicas ou matemáticas. Ou


seja, computador é aquele que computa, que calcula.

Trata-se na verdade de um sistema, porque é formado por partes em vista de um objetivo. Na


verdade, seu objetivo é efetuar o máximo de tarefas em substituição à pessoa humana, por isso que são
sempre feitas analogias entre os computadores e as pessoas.

No entanto, por mais que se tente assemelhar um computador a uma pessoa, ainda estamos muito
longe disso. Pelo simples motivo de que o computador não “vê” a realidade do modo como vemos, porque
todas as suas tarefas e processamentos são baseados em informações pré-instaladas que trabalham
com as entradas e saídas.

Um computador realiza as suas operações por meio de instruções primitivas, denominadas linguagem
de máquina. A linguagem de máquina remete ao primeiro nível de uma estrutura de computador, que
não é “entendível” pelo usuário. O usuário “enxerga” a linguagem de alto nível do computador, que está
separada e distante da linguagem de baixo nível ou linguagem de máquina.

Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre computadores, leia:
STALLINGS, W. Organização e arquitetura de computadores. São Paulo:
Prentice Hall, 2010.

23
Unidade I

2.2 Evolução do hardware

2.2.1 Antecedentes dos computadores

Antes de entender os computadores de hoje, é necessário conhecer um pouco sobre a sua evolução.
Compreendendo que “ao pé da letra” computar é calcular, inicialmente o intuito do ser humano foi
descobrir um dispositivo que calculasse.

O ábaco foi o primeiro instrumento de cálculo, que apareceu milênios atrás (acredita-se que com
os fenícios, espalhando-se depois em outras diferentes culturas), servindo apenas para operações de
somar e subtrair. O ábaco consistia num artefato formado por uma moldura com bastões paralelos, que
correspondem, da direita para a esquerda, às unidades, dezenas, centenas.

Por volta de 1622, surge outro dispositivo de cálculo, inventado pelo inglês William Oughtred. Esse
instrumento, conhecido como régua de cálculo, continha escalas em que a posição dos números era
proporcional ao seu logaritmo, permitindo operações básicas com precisão de até quatro dígitos.

2.2.2 Geração zero dos computadores

A geração zero dos computadores vai de 1642 até 1945. No início dessa geração, dois
dispositivos de cálculo foram criados. O primeiro dispositivo, chamado Pascalina, foi criado em
1642 por Blaise Pascal. Este dispositivo era totalmente mecânico e servia para operações de soma
e subtração. Em 1672, Gottfried Wilhelm Von Leibniz criou a Staffelwalze, uma calculadora com
as quatro operações básicas.

Por volta de 1800, Charles Babbage projetou um dispositivo mecânico, chamado de máquina
diferencial, capaz de executar um algoritmo (sequência de instruções de um programa). Foi uma
inovação até então, porque os outros dispositivos realizavam apenas operações simples, enquanto este
novo produzia tabelas úteis para a navegação marítima.

Após Babbage, diversos dispositivos de calcular e programar foram desenvolvidos, até que em 1944,
nos Estados Unidos, Howard Aiken criou o primeiro computador digital chamado de Mark I, marcando
o fim dessa Era.

2.2.3 Primeira geração dos computadores

A primeira geração dos computadores vai de 1945 até 1955 e é conhecida como geração das
válvulas (primeiro dispositivo utilizado em circuitos eletrônicos). O desenvolvimento de computadores
desta geração é muito associado à Segunda Guerra Mundial e ao Pós-guerra, com o surgimento de
computadores com fins militares na Alemanha e nos Estados Unidos.

O maior invento dessa época é o Eletronic Numerical Integrator and Computer (Eniac),
desenvolvido em 1946 nos Estados Unidos, pesando 30 toneladas, consumindo 140 quilowatts de
energia. O Eniac é também considerado o primeiro computador de uso geral, sendo uma resposta às
24
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

necessidades dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra, de cálculos balísticos mais precisos.
Antes esses cálculos eram feitos de forma manual e levavam muito tempo para serem concluídos.

É nesta geração que a empresa International Business Machines (IBM) começa a se firmar no mercado
de computadores comerciais voltados para aplicações científicas.

2.2.4 Segunda geração dos computadores

A segunda geração dos computadores vai de 1955 até 1965 e é conhecida como geração dos
transistores (substituiu as válvulas nos circuitos eletrônicos). Como os transistores eram bem menores
que as válvulas e com uma vida útil bem maior, os computadores desta época diminuíram drasticamente
de tamanho e houve um aumento nas capacidades computacionais.

O Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveu o primeiro computador, chamado de


TX0. No entanto, foi a IBM e a empresa Digital Equipment Corporation (DEC), com as suas disputas por
“fatias do mercado”, que criaram uma série de computadores para aplicações científicas e comerciais
que marcaram esta geração.

2.2.5 Terceira e quarta gerações dos computadores

A terceira geração de computadores vai de 1965 até 1980 e é conhecida como geração dos circuitos
integrados (chip que substituía muitos transistores num circuito eletrônico). Os chips permitiram a
miniaturização dos sistemas computacionais.

Nesta época, a IBM era a líder no mercado de computadores com os modelos IBM7094 e o IBM1401.
Eram duas máquinas diferentes e incompatíveis, o que forçou a IBM a substituí-las por um único produto
já com circuito integrado, a família System/360.

As tecnologias com computadores de grande porte, também conhecidos por mainframes, surgiram
nesse momento com a família System/360 da IBM. A empresa, que já tinha uma base de clientes, entrou
no mercado com um conceito de família e modelos distintos, mas compatíveis. Nesse cenário, empresas
com necessidades mais modestas tinham acesso à mesma tecnologia que as grandes corporações, o
que mudava era o tempo de resposta dos equipamentos. Esse modelo foi de tal sucesso que a empresa
chegou a deter 70% do mercado da época. Com algumas atualizações, essa arquitetura permanece nos
dias atuais.

Outras empresas, como a Unisys, durante um bom tempo disputaram mercado de mainframe com a
IBM, mas sendo rapidamente superadas.

A quarta geração de computadores vai de 1980 até os dias de hoje. É conhecida pela integração
em larga escala, ou seja, a inclusão de milhares de transistores num chip de circuito integrado. Essa
integração promoveu o surgimento do computador pessoal e de grandes empresas de Tecnologia da
Informação, como a Microsoft e a Apple (fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak).

25
Unidade I

A miniaturização favoreceu também a fabricação e comercialização de computadores portáteis,


como laptops e smartphones, causando uma verdadeira revolução nos sistemas computacionais.

Com o surgimento dos servidores e sua popularização nos dias de hoje é que se permitiu a tecnologia
de computação das nuvens, que dispensa o uso de computadores de alta capacidade de armazenamento
por parte do usuário, de modo que tudo seja armazenado em poderosos centros de dados.

Os principais computadores criados no início desta época foram:

• Altair 8800 – utilizado para processar textos e planilhas;

• Apple I – popular entre os usuários domésticos e escolas, fazendo da Apple Computadores um


participante sério no mercado da noite para o dia;

• IBM PC – funcionando com o sistema operacional MS-DOS da Microsoft;

• Macintosh – primeiro computador com interface gráfica para o usuário, permitindo maior
interação.

Saiba mais

Para conhecer um pouco mais sobre a evolução dos computadores, leia:

TANENBAUM, A. S. Organização estruturada de computadores. 5. ed.


São Paulo. Ed. Pearson Prentice Hall, 2007.

O quadro a seguir mostra uma relação entre as gerações de computadores e suas respectivas
velocidades de operação.

Quadro 2 − Comparação entre as gerações dos computadores

Geração Tecnologia de eletrônica Velocidade


Primeira Válvula 40.000 operações por segundo
Segunda Transistor 200.000 operações por segundo
Terceira Circuito integrado 1.000.000 operações por segundo
Quarta Circuito integrado 1.000.000.000 operações por segundo

Fonte: Stalling (2010, p. 27).

26
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

2.3 Estrutura básica de um sistema computacional

2.3.1 Arquitetura básica dos computadores

De modo geral, é possível afirmar que a arquitetura básica de um sistema computacional é a mesma
desde que foi inventada por John Von Neumann na década de 1940, quando o Eniac foi desenvolvido
nos Estados Unidos.

O sistema computacional básico é formado pelos seguintes componentes:

• Unidade central de processamento ou CPU – controla a operação do computador e realiza as


funções de processamento de dados;

• Memória primária e secundária – armazenam dados;

• Entrada e saída – move dados entre o computador e seu ambiente externo;

• Barramento – mecanismo que oferece comunicação entre a CPU, E/S e memórias.

A figura a seguir mostra a estrutura básica do sistema computacional.

Memórias Entrada
primárias e e saída
secundárias

Barramento

CPU

Figura 4 − Estrutura básica do sistema computacional

2.3.2 Unidade central de processamento

A unidade central de processamento (UCP), também conhecida como processador ou CPU (central
processing unit), é o coração do sistema computacional. Ela é responsável pela execução das instruções
dos programas de computador.

As funções de uma CPU são:

• busca de instrução – lê uma instrução da memória;


27
Unidade I

• interpretação da instrução – decodificação da instrução;

• busca de dados – uma instrução pode necessitar de diferentes dados da memória ou de E/S;

• processamento de dados – execução aritmética ou lógica sobre os dados;

• escrita de dados – os resultados podem necessitar escrever dados na memória ou em E/S.

O processador é composto por três componentes: unidade lógica e aritmética (ULA); unidade de
controle; registradores.

A unidade de controle é responsável por buscar informações na memória principal. A unidade lógica
e aritmética é responsável por realizar os cálculos e comparação entre os valores. Os registradores
compõem uma memória de alta velocidade (interna a CPU) utilizada para armazenar resultados
temporários e para o controle do fluxo de informações.

2.3.3 Memórias

A memória é um item da estrutura interna do computador onde são armazenados os programas e os


dados. Há diversos tipos de memória no computador organizados de maneira hierárquica, que podem ser
classificados quanto a sua proximidade do processador e também de acordo com as suas características.

Dentre todas as características das memórias, duas são fundamentais para o bom funcionamento do
computador: tempo de acesso e capacidade armazenamento.

O tempo de acesso, também conhecido como latência, é tempo gasto para realizar uma operação de
leitura e escrita. A operação de leitura é nada mais que copiar algo da memória, e a operação de escrita
é copiar algo na memória. A outra característica importante é a capacidade, que expressa a quantidade
de bytes que podem ser armazenados na memória.

Os principais tipos de memórias são:

• armazenamento temporário, conhecidas como memórias RAM (Random Access Memory), que
significa memória de acesso aleatório. Quando o computador é desligado tudo que estava na
memória é apagado;

• apenas de leitura, conhecidas como memórias ROM (Read Only Memory), que significa memória
apenas de leitura. Quando o computador é desligado, nada do que estava na memória é perdido.

Exemplo de aplicação

Faça uma pesquisa em sites que comercializam equipamentos de informática e pesquise a capacidade
das memórias de computadores e notebooks.

28
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

2.3.4 Barramentos

Os barramentos são caminhos elétricos que promovem a ligação de dois ou mais dispositivos. Na
história da computação existiram diversos tipos de barramentos; alguns já estão em desuso, enquanto
outros continuam sendo utilizados por diversas placas.

Os principais tipos de barramentos são: ISA (Industry Standard Architecture); PCI (Peripheral
Component Interconnect); AGP (Accelerated Graphics Port); AMR (Audio Modem Riser); CNR
(Communications and Network Riser; ACR (Advanced Communications Riser); SATA (Serial Advanced
Technology Attachment); SCSI (Small Computer System Interface); USB (Universal Serial Bus).

A USB é a tecnologia que permitiu o avanço da comunicação do computador com memórias


secundárias. Promoveu a comunicação mais rápida, simples, que permitia a qualquer usuário colocar
dispositivos no computador e utilizá-lo.

2.3.5 Dispositivos de entrada e saída

Os dispositivos de entrada e saída são os componentes do sistema computacional básico que fazem
a interface deste com o mundo exterior, ou seja, com o usuário.

Os equipamentos de entrada e saída são conhecidos como periféricos. Dentre os principais, temos:
teclado, mouse, monitor e impressora. Estes dispositivos também são conectados ao restante do sistema
computacional por meio de barramentos e portas de comunicação.

Cada dispositivo de E/S consiste de duas partes: o dispositivo em si e o seu controlador. A função
principal do controlador é controlar seu dispositivo de entrada e saída, garantindo o acesso ao barramento.

Em geral, as empresas desejam dispositivos de entrada que permitam colocar


rapidamente os dados em um sistema computacional e querem dispositivos
de saída que produzam resultados em tempo hábil. Quando selecionam os
dispositivos de entrada e saída, as empresas também precisam considerar a
forma da saída que desejam, a natureza dos dados necessários para gerar
essa saída e a velocidade e exatidão de que necessitam para ambas. Algumas
organizações têm necessidades muito específicas para a entrada e saída,
exigindo dispositivos que desempenhem funções específicas. Quanto mais
especializado o aplicativo, mais especializados são os dispositivos de entrada
e saída do sistema associado. A velocidade e as funções dos dispositivos de
entrada e saída devem ser equilibradas em relação a seu custo, controle
e complexidade. Dispositivos mais sofisticados podem tornar mais fácil a
entrada de dados ou as informações da saída, mas eles são geralmente mais
caros, menos flexíveis e mais suscetíveis ao mau funcionamento (STAIR;
REYNOLDS, 2011, p. 95).

29
Unidade I

Lembrete
Todos os componentes do sistema computacional são controlados de
modo geral pela CPU.

2.4 Tipos de computadores e seu uso nos processos de negócios

2.4.1 Tipos de computadores

Considerando que o conceito de computador está associado a um dispositivo que processa os dados
e supre as suas necessidades de informática, encontra-se em uso pelas pessoas e pelas organizações
uma grande variedade destas máquinas.

Os principais tipos de computadores encontrados no dia a dia são: desktop (computadores pessoais),
notebooks, mainframes, supercomputadores, tablets e smartphones.

2.4.2 Desktops, notebooks e tablets

O termo desktop significa computador de mesa e também computador pessoal, conhecido pela sigla
PC das palavras em inglês personal computer.

O primeiro computador pessoal foi projetado por John Blankenbaker em 1971 e o seu nome era
Kenbak-1. Segundo o Computer History Museum, ele não possuía processador, sendo formado por chips
numa placa de circuito e forma; foram comercializados apenas 40 equipamentos.

O Micral 1973 foi o primeiro computador pessoal com um processador (utilizou o processador Intel 8080).
Desenvolvido por Thi Truong, foi comercializado por U$ 1.750,00 e nunca entrou no mercado americano.

O Altair 8800 foi lançado em 1975 com uma capacidade bem-superior que o anterior, projetado por
Ed Roberts, que cunhou pela primeira vez o termo computador pessoal. Ele custava U$ 297,00 e teve
alta penetração no mercado americano.

Por volta de 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak fundaram a Apple e projetaram o Apple I e, logo após,
em 1977, o Apple II, computador pessoal um pouco mais parecido com a ideia de desktop que se tem
hoje. O Apple III foi o PC projetado para concorrer com a IBM em 1981, que já comercializava os seus
PCs. Em 1984, a Apple lança o Macintosh, o primeiro computador com interface gráfica.

Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre a história dos computadores
pessoais, acesse o site <http://www.computerhistory.org>, do Computer
History Museum, e conheça a linha do tempo da evolução dos PCs.

30
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

O uso do desktop tem sido ainda frequente por usuários domésticos e também nos ambientes
organizacionais. No entanto, o computador pessoal tem perdido cada vez mais espaço para os tablets,
notebooks e até para os smartphones de ultima geração.

Dentro de um contexto corporativo e organizacional, a grande necessidade de mobilidade tem


substituído o desktop pelo notebook. Este, que surgiu pela primeira vez em 1981 pelas mãos de Adam
Osborne, recebeu o nome de Osborne 1, não se parece muito com os modelos mais modernos e parrudos
de hoje em dia.

Saiba mais

Em recente pesquisa feita pela consultoria de tecnologia IDC, comentou-


se que o número de vendas de tablets e de notebooks ultrapassou as de
desktop em 2013 pela primeira vez.

RAMACHANDRA, A.; DEHART, M.; LEVITAS, D. ConsumerScape 360:


Worldwide and Brazil Tablet, PC, and Smartphone Cannibalization.
IDC, mar. 2014. Disponível em: <http://www.idc.com/getdoc.
jsp?containerId=247153>. Acesso em: 2 dez. 2014.

Assim como os notebooks, os tablets são computadores portáteis bem mais leves, permitindo que se
trabalhe de modo semelhante a uma “prancheta”, pode ser utilizado com uma caneta ou com a simples
ponta dos dedos. Os tablets alcançaram muita popularidade por meio dos iPads da Apple, lançados no
início desta década.

Misturando os conceitos de notebook e tablets, tem sido comum a comercialização dos notebooks
conversíveis, que ora são utilizados com uma função ora com outra, claro que com um preço diferenciado
e maior que um notebook ou um tablet.

2.4.3 Mainframes e supercomputadores

Os mainframes são computadores potentes de alto desempenho e capacidade, desenvolvidos nos


anos 1960 pela IBM para muitas corporações, mas hoje restrito a um número menor de modelos de
negócios, tais como: bancos, varejistas, seguradoras, companhias aéreas, empresas de cartões de crédito,
governos, entre outros. Normalmente são mantidos em centros de dados com acesso restrito e processam
grandes quantidades de transações.

Os supercomputadores são também potentes, com altíssimo desempenho, mas, diferentemente dos
mainframes, são utilizados em aplicações específicas que exigem capacidades computacionais extensas
e rápidas. Entre as aplicações do mainframe, encontram-se pesquisas militares, previsão de desastres
naturais, pesquisas nas áreas de saúde, dentre outros.

31
Unidade I

Saiba mais

Acesse o site <www.top500.org> e conheça a lista dos mais potentes


supercomputadores do mundo. O maior supercomputador do Brasil está
em Salvador e ocupa a posição 95 do ranking.

2.4.4 Capacidade de hardware

As estruturas de hardware precisam ter a sua capacidade medida. Essas medidas, ou melhor, as
unidades de medida são de grande importância, porque indicam a velocidade ou a quantidade de
operações que determinado componente desempenha ou comunica. Em algumas situações, um mesmo
componente tem duas medidas para identificar seu desempenho. Por exemplo:

• velocidade do processador é medida em GHz;


• memórias, CD (Compact Disk), DVD (Digital Versatile Disc) e HDD (Hard Disk Drive) são medidos em
KB, MB, GB, TB, entre outros;
• placas de rede são medidas em Mbps.

No entanto, não há uma medida única para cada elemento devido à existência de mais de uma
característica que é inerente a cada um.

A medida de GHz serve para indicar a que velocidade trabalha um processador. Esta é a principal
medida, mas há outras, como a quantidade de transistores, e até núcleos dentro do processador para
medir seu desempenho.

3 INFRAESTRUTURA DE TI: SOFTWARE

3.1 Introdução ao software

3.1.1 Conceito de software

O software é indispensável a qualquer sistema de computador e às pessoas


que o utilizam. Sem o software de sistema, os computadores não seriam
capazes de dar entrada aos dados através do teclado, fazer cálculos ou
imprimir resultados. O software de aplicação é a chave para ajuda-lo
a atingir as metas de sua carreira. Os vendedores utilizam software para
dar entrada nos pedidos de compras e ajudam seus clientes a obter o que
desejam. Operadores de ações e títulos utilizam o software para tomar
decisões em frações de segundo, que envolvem milhões de dólares. Os
cientistas utilizam software para analisar a ameaça do aquecimento global.
Independentemente de seu trabalho, você também provavelmente utilizará
32
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

software para ajudá-lo a avançar em sua carreira e ganhar melhores


salários. Hoje muitas organizações não poderiam funcionar sem software
de contabilidade para imprimir cheques de pagamento, dar entrada em
pedidos de compra e enviar faturas. Pode-se usar o software para ajudar na
preparação de seu imposto de renda, manter um orçamento e jogar jogos
divertidos (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 122).

Os softwares são os programas que comandam a operação do computador e disponibilizam para


o usuário aplicações para serem utilizadas em suas tarefas diárias. Estes programas são um conjunto
de instruções que dizem o quê, quando e como devem ser realizadas as operações pelo sistema
computacional.

O software praticamente surgiu junto com o hardware, quando o computador foi entendido
não apenas como um instrumento para fazer cálculos. O primeiro programa surgiu no instrumento
computacional criado por Charles Babbage, por volta de 1800. Este programa foi criado por uma
jovem de nome Ada Augusta Lovelace, considerada a primeira programadora do mundo. No entanto, é
importante ressaltar que este programa tem pouca relação com o que se conhece de moderno nos dias
de hoje.

Só em 1960 que os softwares com as características conhecidas atualmente foram desenvolvidos.


Claro que com o desenvolvimento de forma artesanal, com linguagens muito próximas das linguagens de
máquina, os softwares eram praticamente voltados para automação de tarefas manuais, principalmente
administrativas e financeiras.

Na década de 1970, os sistemas de informação (primeiras aplicações estruturadas) surgem de forma


marcante nas empresas, fomentando o aumento no volume de desenvolvimento de software, bem como
as exigências em relação aos produtos construídos. Os desenvolvedores passam a considerar os conceitos
de desenvolvimento organizacional como estratégicos para a organização e melhor desenvolvimento de
software.

Da Era Artesanal, passou-se ainda pelo uso dos sistemas ERP (Planejamento de Recursos Empresariais),
sistemas CRM (Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente) até chegar ao momento vivido nos
dias de hoje: a era da qualidade do software.

Atualmente o processo de software é enxergado, de certo modo, como um processo produtivo,


principalmente com os conceitos de fábrica de software e de linha de produto de software.

Hoje, o conceito de fábrica de software já está razoavelmente difundido no


mercado, inclusive com fábricas dispersas geograficamente pelo país e pelo
mundo que usam o mesmo processo operacional. Entretanto, um novo
conceito surgiu no final da década de 1990, denominado Software Product
Line (SPL), que tem por objetivo criar uma manufatura de software nos mesmos
moldes de uma linha de montagem de automóveis, o que vem resolver a
questão da fábrica de componentes. Esperamos que esse conceito comece a
33
Unidade I

ser adotado, à medida que as novas plataformas de ambientes distribuídos se


disseminem de forma generalizada e que surjam novas ferramentas de apoio
ao desenvolvimento (FERNANDES; TEIXEIRA, 2004, p. 24).

Saiba mais

Para conhecer um pouco mais sobre os conceitos e como funciona uma


fábrica de software, consulte:

FERNANDES, A. A.; TEIXEIRA, D. S. Fábrica de software: implantação e


gestão de operações. São Paulo: Atlas, 2004.

3.1.2 Tipos de software

Os softwares podem ser classificados de modo geral em software de sistemas e software de aplicação.

Já os softwares de sistemas são aqueles utilizados para comandar o hardware, gerenciando e


coordenando as suas funcionalidades, fazendo a interface entre as aplicações (software de aplicação) e
todo o aparato de hardware. O melhor exemplo de software de sistemas são os sistemas operacionais.

Por fim, os softwares de aplicação auxiliam na execução das tarefas de negócios, ou seja, são
voltados para expectativas específicas dos usuários atendendo finalidades gerais e específicas. Entre
os exemplos de software de aplicação estão Processadores de texto, planilhas eletrônicas, softwares de
e-mail, geradores de apresentação etc.

O quadro a seguir mostra uma relação entre o software de aplicação e o software de sistemas.

Quadro 3 − Comparação entre o software de aplicação e o software de sistemas

Característica Software de aplicação Software de sistemas


Tarefa Satisfazer necessidades do negócio Administrar o ambiente computacional
Profissionais do negócio e profissionais de
Usuários Profissionais do negócio computação
Processadores de textos, planilhas,
Subtipos Sistemas operacionais, utilitários etc.
geradores de apresentação etc.

Fonte: Stair; Reynolds (2011, p. 123).

Lembrete

Os recursos de infraestrutura de TI são: hardware, software, bancos de


dados e as redes de computadores.
34
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

3.2 Software de sistemas

3.2.1 Introdução

O software de sistemas controla as operações do hardware do computador, bem como suporta os


recursos em vista da resolução de problemas de aplicações. Os principais tipos de software de sistemas
são: sistemas operacionais, programas utilitários e middleware.

De modo geral, os softwares de sistemas podem ser agrupados em duas categorias:

• programas de gerenciamento de sistemas – programas que gerenciam recursos de hardware,


software, rede e dados de computador;

• programas de desenvolvimento de sistemas – programas de auxílio aos usuários no desenvolvimento


de programas e em procedimentos de sistemas de informações para funcionamento em
computador.

3.2.2 Sistemas operacionais

O sistema operacional é um conjunto de programas que controla o hardware do computador, os


recursos de entrada e saída e armazenagem dos programas e dados, agindo como interface com os
softwares aplicativos.

Normalmente, o sistema operacional está armazenado em um disco: logo após a inicialização do


sistema computacional, partes do sistema operacional são carregadas na memória do computador.

A efetividade do computador está diretamente ligada à atuação do sistema operacional. Devido a


isso, é de suma importância a escolha do sistema operacional alinhado ao sistema computacional para
que as necessidades tanto de hardware quanto de software estejam aderentes.

Stair e Reynolds (2011) destacam que um sistema operacional desempenha as seguintes tarefas:

• execução de funções comuns de hardware – conversão da necessidade básica dos aplicativos em


instruções inteligíveis de hardware, possibilitando acesso a dispositivos de entrada e saída;

• fornecimento de interface entre usuário e os dispositivos de entrada e saída – o usuário enxerga


todo o sistema computacional por meio da interface fornecida pelo sistema operacional;

• fornecimento de independência de hardware em determinado nível – os projetos de aplicação e


de hardware caminham sem independência um do outro;

• gerenciamento do sistema de memória do computador – o sistema operacional gerencia a


quantidade de memória acessada e maximiza a memória e o armazenamento disponíveis;

35
Unidade I

• gerenciamento de tarefas de processamento – o sistema operacional lida com as atividades de


processamento, alocando os devidos recursos de sistema as tarefas solicitadas;

• fornecimento de recursos de rede – os sistemas operacional e de gerenciamento fornecem recursos


de rede, que permitem a comunicação de dados;

• gerenciamento de arquivos – gerencia o armazenamento secundário de arquivos.

Os sistemas operacionais mais conhecidos e mais utilizados de mercado são os da Microsoft


(Windows) para desktop e notebooks. Para smartphones e tablets, os mais utilizados são os da Apple
(IOS) e da Google (Android).

• Processadores de textos
Software • Planilhas eletrônicas
de aplicação • Geradores de apresentação

Software • Sistema operacional


de sistemas

• Memória
• Processador
Hardware
• Dispositivos de entrada e saída

Figura 5 − Interface estabelecida pelo sistema operacional

Exemplo de aplicação

Faça uma busca em sites que tenham a TI como temática e procure os sistemas operacionais mais
utilizados pelos smartphones.

3.2.3 Programas utilitários e middleware

Os programas utilitários suportam a realização da manutenção e correção de problemas nos sistemas


computacionais, ajudando-os a operarem melhor e por mais tempo sem incidentes.

Os principais tipos de utilitários são: utilitários de hardware; utilitários de segurança; utilitários de


compactação de arquivos; utilitários para bloquear spam e pop-ups; utilitários para rede e internet;
utilitários de servidor e computador e mainframe.

36
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

Middleware é um software que permite a comunicação entre sistemas e que eles troquem dados,
podendo ser utilizado com interface entre a internet e outros sistemas legados mais antigos.

Observação

Software legado é uma versão anterior que ainda continua sendo


utilizada.

3.3 Software aplicativo

3.3.1 Introdução

O software aplicativo, também chamado de software de aplicação, é dedicado ao atendimento das


necessidades gerais e específicas dos usuários.

Segundo Stair e Reynolds (2011), os softwares de aplicação interagem com os softwares de sistemas
para utilizar os recursos de hardware necessários a sua operação e assim exercer as suas funcionalidades.

Os softwares de aplicação podem ser divididos em:

• software vertical – específicos de uma indústria;

• software horizontal – destinados a qualquer negócio.

Os softwares verticais executam tarefas comuns a um determinado ramo de negócio, por exemplo,
construção cível, área financeira e contábil, educação, entre outros. Este tipo de software nasce das
necessidades específicas de cada indústria ou ramo da indústria, por isso eles não são dedicados a um
mercado de massa e têm uma estratégia de vendas e disseminação diferente dos softwares de uso geral.

Já os softwares horizontais são dedicados a todos os ramos de negócio, pois automatizam processos
comuns a todas as indústrias. A competitividade entre empresas que comercializam este tipo de software
é maior devido ao custo relativamente menor que os verticais.

Por fim, os softwares de aplicação também podem se dividir em softwares proprietários e softwares
de prateleira.

3.3.2 Software proprietário e software de prateleira

O software proprietário é desenvolvido para atender a uma necessidade específica da organização.


Pode ser desenvolvido internamente (pelos profissionais de TI) ou por empresas terceirizadas com
expertise suficiente. Quando esse desenvolvimento ocorre internamente na organização, permite maior
controle sobre os processos de desenvolvimento e, consequentemente, sobre os resultados.

37
Unidade I

As principais vantagens do software proprietário são:

• conseguir exatamente o que se necessita, no que tange a características de relatórios;

• estar envolvido no processo de desenvolvimento, com eventual controle de resultados;

• facilidade na modificação de características que precisem contrapor a uma iniciativa dos


concorrentes;

As principais desvantagens do software proprietário são:

• pode consumir muito tempo e recursos significativos para o desenvolvimento de características


necessárias;

• funcionários que trabalham no desenvolvimento normalmente recebem alta pressão para fornecer
os níveis exigidos;

• há um risco potencial de desempenho limitado.

Os softwares de prateleira são adquiridos diretamente da prateleira da loja, por meio de empresas
especializadas que desenvolvem soluções-padrão e pré-formatadas com as melhores práticas e
costumes das organizações para apoio aos processos de negócios. A opção pelo uso dos softwares de
prateleira requer do profissional de TI e da organização uma análise detalhada das funcionalidades e das
características do software a se adquirir versus a necessidade e as solicitações das diversas áreas e dos
setores da organização.

As principais vantagens do software de prateleira são:

• custo inicial de desenvolvimento é mais baixo;

• software normalmente atende aos requisitos básicos apresentados;

• pacotes de software de alta qualidade.

As principais desvantagens do software de prateleira são:

• em muitas situações, as organizações pagam por características não requisitadas;

• software pode não ter características importantes, exigindo futuras modificações ou


personalizações;

• software pode não atender aos processos atuais de trabalho.

38
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

3.3.3 Software de produtividade geral

Os usuários de softwares de aplicação de um modo geral se interessam por pacotes de software


para sua produtividade pessoal. Há centenas de aplicações que suportam os usuários em seu cotidiano,
dentre eles, poderíamos citar: processadores de texto, planilhas eletrônicas, gerenciadores de bancos de
dados, ilustradores de gráficos, gerenciadores de projetos, gerenciadores financeiros, criatividade etc.

Com a disseminação do uso de smartphones e tablets, outras centenas de aplicações foram e são
criadas em todas as partes do mundo. São aplicativos para táxi, para ver as condições do trânsito, do
tempo, para culinária, serviços do governo, acesso a bancos, entre outros.

3.3.4 Make or buy

A expressão em inglês make or buy é utilizada para designar a escolha que muitos administradores
precisam fazer sobre software. Significa tomar a decisão de desenvolver com mão de obra própria ou
comprar o software já pronto.

Esta decisão normalmente recai na escolha do software vertical, pois ele deve ser bem-específico
para uma indústria, exigindo que, normalmente, sejam respeitadas diversas particularidades.

A maioria dos softwares verticais requer algum grau de adaptação. O


software de prateleira geralmente apresenta operações durante a instalação
e pode oferecer um menu de opções a partir do qual usuários autorizados
podem mudar características da configuração. Mas muitos usuários
requerem mais opções do que as disponíveis nesta forma de configuração.
O software customizável, também frequentemente referido na literatura
como software adaptado, modifica o software de prateleira com programas
de computador especificamente projetados para as especificações de um
cliente (GORDON; GORDON, 2006, p. 83).

3.4 Utilização de softwares nos processos de negócios

3.4.1 Processadores de texto

Os processadores de texto são os aplicativos mais populares, porque permitem aos usuários criar,
editar, revisar e imprimir textos com aparência profissional por meio da disponibilização de diversas
ferramentas de criação e formatação de frases, expressões e parágrafos.

Os processadores de texto mais populares atualmente são o Microsoft Word, da Microsoft, e o


BrOffice. No entanto, já existem soluções de processadores de texto na própria nuvem da internet, o
Google Docs, por exemplo.

Por meio de recursos avançados, como corretores ortográficos, os processadores de texto identificam
e corrigem erros de grafia, sugerem formação de frases e melhorias no texto redigido, além de
39
Unidade I

implementarem correções gramaticais e de pontuação. A maioria deles permite que o usuário crie
documentos com gráficos, formas, imagens e figuras criadas e diagramadas a partir dos recursos de
ilustração do próprio processador de texto ou importadas de outros processadores.

Os processadores de texto têm funções de formatação básicas que permitem alterar tamanho e
modelo de letra, negritar letras e palavras, implementar funções de sobrescrito e subscrito, formatar
letras em itálico, tachar palavras ou frases, alterar cores de letras, marcadores de texto, sublinhar textos,
entre outras funções.

Frases e parágrafos podem ser formatados de acordo com seu posicionamento em relação à margem
(recuos), pode-se definir o alinhamento de texto (direita, centro, esquerdo e justificado), o espaçamento
entre linhas, marcadores, numeração, sombreamento, formatação de bordas, entre outras funções.

Os documentos processados por um processador de textos podem conter número de páginas, textos
de cabeçalho e rodapés, data e hora e marcas d’água. Podem conter também hiperlinks para outros
documentos importantes e referências cruzadas para textos, ilustrações e tabelas.

Outra função importante dos processadores de texto atuais é o gerenciamento de fontes


bibliográficas e notas de rodapé. Por meio desses recursos, a montagem da bibliografia do trabalho se
torna uma atividade rápida e fácil de ser executada. Com comandos simples, todas as obras consultadas
na elaboração do documento podem ser cadastradas para posterior montagem do índice bibliográfico,
utilizando para isso apenas um comando.

As notas de rodapés e citações também podem ser inseridas de forma simples e ágil, facilitando a
ação do usuário e permitindo criar documentos com aspecto profissional.

Outra funcionalidade interessante dos processadores de texto é a criação de correspondências,


malas diretas, envelopes e etiquetas. Com esta função é possível criar listas de distribuição, utilizar lista
de destinatários existentes, vincular com os contatos do correio eletrônico, entre outras opções.

3.4.2 Planilha eletrônica

Como um dos softwares aplicativos mais populares no mundo corporativo, as planilhas eletrônicas
têm se mostrado grandes aliadas na montagem de modelagem, no planejamento e na análise de
negócios que requerem cálculos diretos e interdependentes, com apresentação de resultados gráficos,
tendências, objetivos etc.

Os dados são inseridos cada um em uma célula específica (que possui uma correspondente
identificação de coluna versus linha) e são manipulados, agrupados, somados e submetidos à aplicação
de fórmulas diversas que poderão apresentar resultados estatísticos, tendência de valores e muito mais.

À medida que os dados são inseridos e as fórmulas são criadas formando um relacionamento entre
células, é possível criar uma planilha eletrônica que faça cálculos automáticos conforme alguns valores
principais (valores de entrada da planilha) sejam alterados pelo usuário.
40
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

O importante é entender que as planilhas eletrônicas oferecem ao usuário um grande potencial de


cálculos, formatações e gráficos, de forma a auxiliar uma tomada de decisão, uma análise de processo,
uma avaliação de tendências, bem como o cumprimento de metas preestabelecidas.

Por meio de recursos avançados, como corretores ortográficos, as planilhas eletrônicas, assim como
os processadores de texto, identificam e corrigem erros de grafia, sugerem formação de palavras,
implementam correções gramaticais e de pontuação, apresentam sinônimos para palavras selecionadas
e traduzem termos para outros idiomas.

Uma das funcionalidades mais importantes de uma planilha eletrônica é a capacidade de formatação
gráfica dos dados em análise. A maioria das planilhas de mercado é apresentada por meio de gráficos
do tipo colunas, linhas, pizza, barras, área, dispersão e outros, que permitem que o usuário faça uma
análise visual das informações ali contidas de forma a rapidamente, identificá-las e, assim, partir para
uma tomada de decisão imediata.

3.4.3 Geradores de apresentação

Os softwares aplicativos geradores de apresentação são muito populares e importantes no mundo


corporativo, uma vez que os geradores de apresentação têm se mostrado um grande aliado na
montagem de apresentações que exigem recursos multimídia, como gráficos, fotos, animações, imagens
e videoclipes.

Normalmente, os softwares aplicativos geradores de apresentação se apresentam em formatos de


slides. Assim como em uma prancheta de desenho, o usuário poderá montar sua apresentação utilizando
todos os recursos gráficos e de multimídia disponibilizados pela ferramenta. Por meio dessas funções, o
usuário pode criar novas apresentações ou lançar mão de apresentações predefinidas (sugeridas) para
modelar seus dados.

Os recursos de apresentação têm como finalidade chamar a atenção da plateia ou público para
informações importantes constantes nos slides e proporcionar certa dinamização da apresentação. Os
geradores de apresentação normalmente disponibilizam animações do tipo desvanecimento, entrada de
texto pela direita, entrada de texto pela esquerda, de cima para baixo, de baixo para cima, granularização,
efeito persiana vertical e horizontal, entre outros.

4 INFRAESTRUTURA DE TI: BANCOS DE DADOS

4.1 Fundamentos dos bancos de dados

4.1.1 Recursos de dados

Uma organização não pode concluir com sucesso a maior parte das
atividades do negócio sem dados e sem a capacidade gerenciá-los. Ela não
poderia pagar os funcionários, enviar contas, solicitar pedidos ao estoque
ou produzir informações para auxiliar os gerentes na tomada de decisão.
41
Unidade I

Não esqueça: os dados são constituídos de fatos brutos, como o número de


funcionários e números de vendas. Para que os dados possam ser convertidos
em informações úteis devem ser organizados de forma que tenham um
significado (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 170).

Os dados representam a matéria-prima para a geração da informação completa e precisa. Conforme


visto em seções anteriores, eles podem se apresentar de diversas formas, obedecendo a uma hierarquia
que se inicia na menor porção de dados manipulável por um sistema computacional: o bit.

O bit é um sinal digital 0 ou 1 que representa a ausência ou a presença de um sinal elétrico. Um


conjunto de 8 bits formam um byte, que representa um caractere, que pode ser uma letra minúscula,
maiúscula, número ou caractere especial. Vários caracteres organizados formam o campo. Um conjunto
de campos agrupados forma um registro. Registros inter-relacionados formam arquivos que se
relacionados entre si formam uma base de dados.

4.1.2 Banco de dados

Um banco de dados, também conhecido por base de dados, é uma coleção organizada de fatos e
informações, consistindo em dois ou mais arquivos de dados relacionados. Auxiliam as empresas a gerir
informações para reduzir custos, aumentar lucros, acompanhar atividades anteriores do negócio e criar
novas oportunidades de negócios.

Nos sistemas legados e antigos cada aplicação tinha o seu arquivo de dados, onde eram armazenados.
Esta abordagem tradicional contrasta com as de hoje, chamada de abordagem gerenciada, em que
múltiplos programas compartilham o mesmo conjunto de dados relacionados.

Os bancos de dados com características modernas têm sido desenvolvidos desde 1960 e dividem-
se em: banco de dados hierárquico; banco de dados do tipo rede; banco de dados relacional; banco de
dados orientado a objeto.

As principais vantagens dos bancos de dados são:

• utilização estratégica aperfeiçoada dos dados corporativos;

• redução na redundância de dados;

• melhoria na integridade dos dados;

• modificação e atualização mais fáceis;

• independência dos programas;

• melhor acesso nos dados e informações;

42
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

• padronização no acesso de dados;

• estrutura para desenvolvimento de programas;

• melhor proteção dos dados;

• compartilhamento do recurso de dados.

4.2 Tipos de bancos de dados

4.2.1 Banco de dados hierárquico

O banco de dados hierárquico é aquele cuja estrutura de registros é formada como uma árvore
e suas ligações. Os registros são organizados de forma que um registro é considerado pai e outros
registros denominados de filhos ficam hierarquicamente conectados a esse registro pai. Um registro
pai ou possuidor pode estar ligado a diversos registros filhos, mas um registro filho pode somente estar
conectado a um registro pai.

Este tipo de banco de dados foi muito utilizado nos primeiros sistemas computacionais de alta
plataforma, apresentando diversas restrições, já que no mundo real nem sempre existe essa limitação de
conexão de registros e é difícil trabalhar apenas com estruturas hierárquicas.

Dessa forma, os bancos de dados hierárquicos atendem às necessidades de entidades envolvidas que
correspondem fielmente a uma estrutura hierárquica, criando uma solução muito fácil para responder
a algumas questões, mas tornando-se muito difícil para dar respostas a outras questões do mundo real.
Quando aparecem relacionamentos “muitos-para-muitos”, são necessárias outras formas de banco de
dados.

4.2.2 Banco de dados do tipo rede

O banco de dados do tipo rede é semelhante ao hierárquico, mas com a diferença de que não há a
limitação de que cada registro poderia ter apenas um pai. Ou seja, cada registro filho pode ser ligado a
mais de um registro pai. Essa limitação do modelo hierárquico acabava criando sistemas complexos, com
vários links, a fim de obter as relações necessárias.

Este tipo de banco é composto de uma estrutura mais completa, possui as propriedades básicas
de registros, conjuntos e ocorrências e utiliza a linguagem de definição de BD (DDL) e a linguagem de
manipulação de dados (DML), além de permitir evolução mais eficiente do modelo.

Tanto o modelo hierárquico quanto o de rede são chamados de sistemas de navegação,


pois as aplicações devem ser construídas para atravessar um conjunto de registros interligados
previamente.

43
Unidade I

4.2.3 Banco de dados relacional

O banco de dados relacional é aquele que organiza os dados em tabelas bidimensionais (denominadas
relações) com colunas e linhas. Toda informação neste banco de dados é representada por valores em
relações ou tabelas. Assim, as tabelas não são relacionadas umas às outras no momento do projeto.
Entretanto, os projetistas utilizam o mesmo domínio em várias relações e, se um atributo é dependente
de outro, essa dependência é garantida por meio da integridade referencial.

Neste tipo de campo trabalha-se com o conceito de campo e registro. O campo (coluna) é o atributo
específico das entidades de um banco de dados relacional. O registro (linha) é a informação específica
sobre uma entidade. A Tabela a seguir mostra um banco de dados relacional contendo quatro registros
e cinco campos.

Tabela 1 − Tabela de um banco de dados relacional

Número_ Nome_ Endereço_ Cidade_ Estado_


Fornecedor Fornecedor Fornecedor Fornecedor Fornecedor
0001 Papelaria Correia Avenida Paulista, 335 São Paulo SP
0002 BKL Informática Avenida dos Autonomistas, 206 Osasco SP
Turin Serv. de
0003 Rua Grupo Bandeirantes, 23 Barueri SP
Infraestrurura
0004 Atacadão Silva Avenida São José, 190 Santo André SP

Outro conceito importante neste tipo de banco de dados é o de chave primária, também conhecida
como campo-chave, que na verdade é um campo que identifica exclusivamente um registro. Na tabela
anterior afirma-se que a chave primária é o campo Número_Fonecedor.

A lógica de trabalho do banco de dados relacional é o uso do relacionamento, pelo fato de determinar
o modo como cada registro de cada tabela se associa a registros de outras tabelas.

O relacionamento indica a ligação entre os participantes das entidades de dados em um determinado


banco de dados e permite ao projetista de BD criar um modelo lógico consistente da informação a ser
armazenada. No entanto, só existirá um relacionamento se houver um campo de pesquisa específico de
uma tabela chamado de chave estrangeira.

A figura a seguir mostra um relacionamento entre duas tabelas de um banco de dados relacional. A
primeira é tabela de fornecedores com a chave primária igual ao campo Número_Fornecedor. A segunda
é a tabela de produtos com a chave primária igual ao campo Número_Produto. A chave estrangeira que
se encontra na tabela de produtos é o campo Número_Fornecedor.

44
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

Número_ Nome_ Endereço_ Cidade_ Estado_


Fornecedor Fornecedor Fornecedor Fornecedor Fornecedor
0001 Papelaria Correia Avenida Paulista, 335 São Paulo SP
0002 BKL Informática Avenida dos Autonomistas, 206 Osasco SP
Turin Serv. de
0003 Rua Grupo Bandeirantes, 23 Barueri SP
Infraestrurura
0004 Atacadão Silva Avenida São José, 190 Santo André SP

Número_ Descrição_ Preço Número_


Produto Produto unitário Fornecedor
Resma de papel
130 13,00 0001
sulfite
Cartucho para
141 25,00 0002
impressora
Pasta plástica para
156 5,00 0003
documentos
160 Kit de limpeza 35,00 0004

Figura 6 − Relacionamento em um banco de dados relacional

Os relacionamentos podem ser de três tipos:

• relacionamento um para um – quando um registro de uma tabela se relaciona apenas com um


registro de outra tabela;

• relacionamento um para muitos – quando um registro de uma tabela se relaciona com muitos
registros de outra tabela;

• relacionamento muitos para muitos – quando muitos registros de uma tabela se relacionam com
muitos registros de outra tabela.

Na figura apresentada anteriormente encontra-se um relacionamento um para muitos, porque


temos um registro de fornecedor que aparece muitas vezes na tabela de produtos. Nada mais normal,
pois um fornecedor pode comercializar muitos produtos.

4.2.4 Banco de dados orientado a objeto

Os sistemas de banco de dados orientado a objetos começaram a ser desenvolvidos no início


da década de 1960. No entanto, somente em meados da década de 1980 surgiram aplicações
específicas com a necessidade real de uma tecnologia que superasse os limites existentes do banco
de dados relacional para o tratamento de dados complexos e a representação mais clara e próxima
do mundo real.

45
Unidade I

Este banco de dados integra a tecnologia de orientação a objeto com aptidões de banco de dados,
que consiste em usuários poderem obter o estado em que os objetos se encontram, e vários usuários
poderem ao mesmo tempo compartilhar a mesma informação.

O modelo orientado a objeto foi concebido e desenvolvido para uma geração de tecnologias baseadas
na web, estabelecendo que um objeto consiste em valores de dados que descrevem os atributos de uma
entidade, somando a isso as operações realizadas pelos dados.

4.3 Sistemas de gerenciamento de bancos de dados (SGBD)

Um sistema de gerenciamento de bancos de dados (SGBD) é um software específico usado para


criar, armazenar, organizar e acessar dados a partir de um banco de dados. Ele é responsável pelo
gerenciamento do acesso simultâneo aos dados e por providenciar a execução de comandos de leitura
e gravação no banco de dados por meio da linguagem padrão.

Segundo Stair e Reynolds (2011), os SGBDs variam de pacotes de software de menor porte e custo
até os mais modernos e sofisticados sistemas com altíssimos custos.

A ideia do SGBD é que ele funcione como uma interface entre a base de dados e as aplicações que
necessitam acesso ao banco de dados. A figura a seguir esboça esta ideia.

Aplicação 1 Aplicação 1 Aplicação 1

SGBD

Banco
de dados

Figura 7 − Sistema de gerenciamento de banco de dados

46
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

4.4 Tomada de decisão baseada em dados

4.4.1 Conceitos básicos

A eficiente tomada de decisões em uma corporação tem que ser baseada em dados, ao invés de
palpites ou opiniões subjetivas sem qualquer embasamento técnico. É justamente no banco de dados
que se encontra este “ouro” das corporações.

O entendimento da importância que os dados têm para as corporações pode e deve gerar a
necessidade de maior valorização destes. No entanto, trabalhar com todos os dados de forma bruta com
todo o conjunto de informações que os acompanham pode limitar as ações do processo de tomada de
decisão ao invés de ajudar.

Dessa necessidade é que emerge o conceito de data warehouse (DW), que nada mais é que um
subconjunto de dados correntes e históricos de potencial interesse para os tomadores de decisão de
toda a empresa. Os DW podem ser ainda mais segmentados em grupos menores chamados de data mart,
que é um subconjunto do DW.

4.4.2 Inteligência de negócios

Uma vez que os dados foram colhidos e estão disponíveis nos data warehouse e data mart, eles
ficam disponíveis para análises dentro do contexto da estratégia de negócios. Para isso há uma série de
ferramentas conhecidas como ferramentas de inteligência de negócios.

A inteligência de negócios, também conhecida por seu nome em inglês business intelligence, ou pelo
acrônimo BI, é um conjunto de ferramentas que consolidam, analisam e acessam vastas quantidades de
dados para ajudar os usuários a tomarem as melhores decisões empresariais.

As principais ferramentas de BI são:

• Processamento analítico on-line (OLAP) – é uma ferramenta não orientada a descoberta que
permite a análise multidimensional de dados, de forma que os usuários vejam os mesmos dados
de diferentes maneiras, pois usa múltipla dimensão.

• Data mining (mineração de dados) – é uma ferramenta orientada a descoberta, fornecendo


percepções dos dados corporativos que não podem ser obtidas com o OLAP, descobrindo padrões
e relacionamentos ocultos em grandes bancos de dados e inferindo regras a partir deles para
prever comportamentos futuros.

47
Unidade I

Resumo

Esta unidade lança os conceitos que são as bases fundamentais


da Tecnologia da Informação, fazendo primeiro uma introdução às
terminologias tecnológicas e três itens constituintes dos recursos de
infraestrutura de tecnologia da informação.

Primeiro, mencionou-se o histórico e a evolução da tecnologia


nas organizações e na sociedade de um modo geral. Foram abordados
também os conceitos de dados, informação e conhecimento e como um
vai sendo gerado por meio do outro. Concluiu-se falando sobre os itens
da infraestrutura de Tecnologia da Informação, que são formados por
hardware, software, bancos de dados e redes de computadores.

Em seguida, abordaram-se os conceitos de hardware e de computador,


sua evolução, todas as suas eras e como o desenvolvimento dos circuitos
eletrônicos (primeiro a válvula, depois com transistor e depois com circuito
integrado) contribuiu para o surgimento dos primeiros computadores
pessoais. Esboçou-se a estrutura do sistema computacional e os seus
componentes (unidade central de processamento, memórias, barramentos
e dispositivos de entrada/saída), citando as características dos tipos
de computadores (mainframe, supercomputadores, desktops, tablets,
notebooks).

Ainda, a unidade ateve-se ao item software, que se divide em software


de sistemas e software aplicativo. Software de sistemas como aquele
responsável por gerenciar o sistema computacional, e software aplicativo
como aquele que atende às necessidades do usuário.

Por fim, uma abordagem sobre os bancos de dados. Mencionaram-se


alguns fundamentos dos bancos de dados, os seus tipos e quais são as
vantagens de se usar um banco de dados moderno. A unidade foi concluída
com os conceitos de sistemas de gerenciamento de banco de dados e como
os dados e suas ferramentas de análise podem ser utilizados no processo
de tomada de decisão.

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