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(b) Espíritos. Os anjos são descritos como espíritos, porque, diferentes dos
homens, eles não estão limitados às condições naturais e físicas. Aparecem e
desaparecem à vontade, e movimentam-se com uma rapidez inconcebível
sem usar meios naturais. Apesar de serem puramente espíritos, têm o poder
de assumir a forma de corpos humanos a fim de tornar visível sua presença
aos sentidos do homem. (Gên. 19:1-3.)
(c) Imortais, isto é, não estão sujeitos à morte. Em Lucas 20:34-36, Jesus explica
aos saduceus que os santos ressuscitados serão como os anjos no sentido de
que não podem mais morrer.
(d) Numerosos. As Escrituras nos ensinam que seu número é muito grande.
"Milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões" (Dan. 7:10). "Mais de
doze legiões de anjos" (Mat. 26:53). "Multidão dos exércitos celestiais" (Luc.
2:13). "E aos muitos milhares de anjos" (Heb. 12:22). Portanto, seu Criador e
Mestre é descrito como o "Senhor dos exércitos".
(e) Sem sexo. Os anjos sempre são descritos como varões, porém na realidade
não têm sexo; não propagam a sua espécie. (Luc. 20:34, 35.)
Sua classificação.
(a) Anjo do Senhor. A maneira pela qual o "Anjo do Senhor" é descrito, distingue-o
de qualquer outro anjo.
(b) Arcanjo. Miguel é mencionado como o arcanjo, o anjo principal. (Jud. 9; Apoc.
12:7; vide 1 Tess. 4:16.) Ele aparece como o anjo protetor da nação israelita. (Dan.
12:1.) A maneira pela qual Gabriel é mencionado, também indica que ele é de uma
classe muito elevada. Ele está diante da presença de Deus (Luc. 1:19) e a ele são
confiadas as mensagens de mais elevada importância com relação ao reino de
Deus. (Dan. 8:16; 9:21.
(c) Anjos eleitos são provavelmente aqueles que permaneceram fiéis a Deus
durante a rebelião de Satanás, (1 Tim. 5:21; Mat. 25:41.)
d) Anjos das nações. Dan. 10:13, 20 parece ensinar que cada nação tem seu anjo
protetor.
(e) Os querubins parecem ser de uma classe elevada de anjos relacionados com os
propósitos retributivos (Gên. 3:24) e redentores (Êxo. 25:22) de Deus, para com o
homem. Eles são descritos como tendo rostos de leão, de homem, de boi e de
águia, e isto sugere que representam uma perfeição de criaturas — força de leão,
inteligência de homem, rapidez de guia, e serviço semelhante ao que o boi presta.
Essa composição de formas e sua aproximação de Deus asseguram que "a própria
criação será libertada do cativeiro da corrupção" (Rom. 8:21, V.B.)
Satanás
Notemos como o frustrado orgulho e ambição ainda o consomem, a ponto de
desejar ser adorado (Mat. 4:9) como "deus deste mundo" (2 Cor. 4:4), uma ambição
que temporariamente será satisfeita quando ele encarnar o anticristo. (Apo. 13:4.)
Como castigo por sua maldade, Satanás foi lançado fora do céu, juntamente com
um grupo de anjos que ele havia alistado em sua rebelião. (Mat. 25:41; Apoc. 12:7;
Efés. 2:2; Mat. 12:24.) Ele procurou ganhar Eva como sua aliada; porém, Deus
frustrou o plano e disse: "Porei inimizade entre ti e a mulher" (Gên. 3:15).
(d) Serpente. "Essa antiga serpente, chamada o diabo" (Apoc. 12:9) nos faz lembrar
aquele que, na antiguidade, usou uma serpente como seu agente para ocasionar a
queda do homem.
(e) Tentador. (Mat. 4:3.) "Tentar" significa literalmente provar ou testar, e o termo é
usado também com relação aos tratos de Deus (Gên. 22:1). Mas, enquanto Deus
põe à prova os homens para seu próprio bem — para purificar e desenvolver o seu
caráter — Satanás tenta-os com o propósito malicioso de destruí-los.
(f) Príncipe e deus deste mundo. (João 12:31; 2 Cor. 4:4.) Esses títulos sugerem
sua influência sobre a sociedade organizada fora ou à parte da influência da
vontade de Deus. "Todo o mundo está no maligno" (no poder do maligno) (1 João
5:19) e está influenciado por ele.
Antropologia
I. A ORIGEM DO HOMEM
O que é Aloctonismo:
A ideia mais aceita no mundo da chegada do homem ao continente americano. A
tese sugere que o homem americano foi à América chegando de outros continentes.
II. A NATUREZA DO HOMEM
Além disso, a ciência apresenta diversos argumentos em favor da unidade da raça humana, como os seguintes:
a. O argumento da história. As tradições da raça dos homens apontam decisivamente para uma origem e uma
linhagem comuns na Ásia Central. A historia das migrações do homem tende a mostrar que houve uma distribuição
partindo de um único centro.
b. O argumento da filosofia. O estudo das línguas da humanidade indica uma origem comum. As línguas indo-
germânicas* têm em suas raízes um idioma primitivo comum, um velho remanescente do qual ainda existe no
sânscrito. Alem disso, há prova que mostra que o antigo idioma egípcio é o elo de ligação entre a língua indo-
européia e a semítica.
c. O argumento da psicologia. A alma é a parte mais importante da natureza constitucional do homem, e a psicologia
revela claramente o fato de que as almas dos homens, quaisquer que sejam as tribos ou nações a que pertençam,
são essencialmente idênticas. Têm em comum os mesmos apetites, instintos e paixões animais, as mesmas
tendências e capacidade, e, acima de tudo, as mesmas qualidades superiores, as características morais e mentais
que pertencem exclusivamente ao homem.
d. O argumento das ciências naturais ou da fisiologia. É agora opinião comum dos especialistas em fisiologia
comparada, que a raça humana constitui tão somente uma única espécie. As diferenças que existem entre as varias
famílias da humanidade são consideradas simplesmente como variedades dessa espécie única. A ciência não
assevera positivamente que a raça humana descende de um único par, mas, não obstante, demonstra que pode
muito bem ter sido este o caso, e que provavelmente é
2. O espírito humano. Habitando a carne humana, existe o espírito dado por Deus em forma individual. (Num.
16:22; 27:16.) O Espírito foi formado pelo Criador na parte interna da natureza do homem, capaz de renovação
e desenvolvimento. (Sal. 51:10.) Esse espírito é o centro e a fonte da vida humana; a alma possui e usa essa
vida e lhe dá expressão por meio do corpo. No princípio Deus soprou o espírito de vida no corpo inanimado e o
homem "foi feito alma vivente". Assim a alma é um espírito encarnado, ou um espírito humano que recebe
expressão mediante o corpo. A combinação desses dois elementos constitui o homem em "alma". A alma
sobrevive à morte porque o espírito a dota de energia; no entanto, a alma e o espírito são inseparáveis porque
o espírito está entrosado e confunde-se com a substância da alma.
3. A alma do homem. (a) A natureza da alma. A alma é aquele princípio inteligente e vivificante que anima o
corpo humano, usando os sentidos físicos como seus agentes na exploração das coisas materiais e os órgãos
do corpo para se expressar e comunicar-se com o mundo exterior.
1. O coração é centro da vida, do desejo, da vontade e do juízo. O amor, o ódio, a determinação, a vontade e o
gozo (Sal. 105:3) unem-se com o coração. O coração sabe, compreende (1 Reis 3:9), delibera, calcula; está
disposto, é dirigido, presta atenção, e inclina-se para as coisas. Tudo o que impressiona a alma se diz estar
fixado, estabelecido, ou escrito no coração. O coração é o depósito de tudo quanto se ouve ou se experimenta
(Lu. 2:51). O coração é a "fábrica", por assim dizer, em que se formam pensamentos e propósitos, sejam bons
ou maus. (Vide Sal.14:1; Mat. 9:4; l Cor. 7:37; 1Reis 8:17.)
2. O coração é o centro da vida emocional. Ao coração atribuem-se todos os graus de gozo, desde o prazer,
(Isa. 65:14) até ao êxtase e exultação (Atos 2:46); todos os graus de dor, desde o descontentamento (Prov.
25:20) e a tristeza (Joao14:1) até ao "ai" lacerante e esmagador (Sal. 109:22; Atos 21:13);
3. O coração é o centro da vida moral. Concentrado no coração pode haver o amor de Deus (Sal.
73:26) ou o orgulho blasfemo (Ezeq. 28:2, 5). O coração é a"oficina" de tudo quanto é bom ou mau
nos pensamentos, nas palavras ou nas ações. (Mat. 15:19.) É onde se reúnem todos os impulsos
bons ou as cobiças más; é a sede dum tesouro bom ou ruim. Do que tiver em abundância ele fala e
opera.(Mat. 12:34, 35.)
4. A alma e o sangue. "Porque a vida (literalmente "alma") da carne está no sangue" (Lev. 17:11). As
Escrituras ensinam que, tanto no homem como no irracional, o sangue é a fonte e o depositário da
vida física. (Lev. 17:11; 3:17; Deut. 12:23; Lam. 2:12; Gên. 4:10; Heb. 12:24; Jo 24:12; Apoc. 6:9,10;
Jer. 2:34; Prov. 28:17.)
(b) Invólucro. (Dan. 7:15). O corpo é a "bainha"da alma. A morte é o desembainhar a espada. (c)
Templo. O templo é um lugar consagrado pela presença de Deus — um lugar onde a onipresença de
Deus é localizada, (1 Reis 8:27, 28.) O corpo de Cristo foi um "templo" (João 2:21) porque Deus estava
nele. (2 Cor. 5:19.) Quando Deus entra em relação espiritual com uma pessoa, o corpo dessa pessoa
toma-se um templo do Espírito Santo. (1 Cor. 6:19.)
"Façamos o homem … nossa imagem, conforme a nossa semelhança." (Vide Gên. 5:1; 9:6; Ecl.
7:29; Atos 17:26,28,29; 1 Cor. 11:7; 2 Cor. 3:18; 4:4; Efés. 4:24; Col. 1:15; 3:10; Tia. 3:9; Isa.
43:7; Efés. 2:10.) O homem foi criado à semelhança de Deus, foi feito como Deus em caráter e
personalidade. E em todas as Escrituras o ideal e alvo exposto diante do homem é o de ser
semelhante a Deus. (Lev. 19:2; Mat. 5:45-48; Efés. 5:1.) E ser como Deus significa ser como
Cristo, que é a imagem do Deus invisível.
Teoria do Pré-existencialismo
De acordo com esta teoria as almas já tiveram uma existência separada, consciente e pessoal, em um estado
prévio; que havendo pecado nesse estado pré-existente, elas são condenadas a nascer nesse mundo em um
estado de pecado e em conexão com um corpo material em algum ponto do começo do seu desenvolvimento.
Teoria do Criacionismo
De acordo com esta escola, a alma e o espírito são criados por Deus e agregados ao corpo do minúsculo ser,
no momento do ato gerativo, ou ao longo do desenvolvimento fetal ou, ainda, no dia do nascimento. O
criacionismo não deve confundir-se com a teoria preexistencialista, a qual preconiza que as almas e os
espíritos foram criados antes da geração humana, e ficaram à espera de corpos que lhes fossem preparados
para sua agregação. O criacionismo, ao contrário, ensina que Deus cria um espírito para cada corpo, no
momento da geração. Entre os adeptos da teoria do criacionismo estão Ambrósio, Jerônimo, Pelágio,
Anselmo, Aquino e a maioria dos católicos romanos e luteranos.
Teoria Traducionista
O termo “traduciano” provém do verbo latino traducere (“levar ou trazer por cima”, “transportar”, “transferir”).
Sustenta que a raça humana foi criada imediatamente em Adão, no que diz respeito à alma como também ao
corpo, e que ambos são propagados da parte dele para a geração natural. Em outras palavras, Deus
outorgou a Adão e Eva os meios pelos quais eles (e todos os seres humanos) teriam descendentes à sua
própria imagem, perfazendo, assim, a totalidade da pessoa material e imaterial.
Essa teoria baseia-se na Bíblia, que parece apresentar este pensamento através de vários de seus textos: Gn
1.28 e 1.22; Gn 2.2 que fala do término da obra criativa de Deus; Gn 2.7 nos fala da origem da alma de Adão,
enquanto que os versos 21-23 mencionam a origem da alma de Eva; outros textos são: Gn 46.26; Sl 52.5;
Rm 1.3; 1Co 11.8; Hb 7.9,10.
O Traducionismo se baseia ainda na hereditariedade do pecado de Adão e na hereditariedade de traços
mentais, físicos e morais que os filhos têm dos pais.
Doutrina do pecado
1. O ateísmo, ao negar a Deus, nega também o pecado, porque, estritamente falando, todo pecado é contra
Deus; e se não há Deus, não há pecado. O homem pode ser culpado de pecar em relação a outros; pode pecar
contra si mesmo, porém estas coisas constituem pecado unicamente em relação a Deus. Enfim, todo mal
praticado é dirigido contra Deus, porque o mal é uma violação do direito, e o direito é a lei de Deus. "Pequei
contra o céu e perante ti", exclamou o pródigo. Portanto, o homem necessita do perdão baseado em uma
provisão divina de expiação.
2. O determinismo é a teoria que afirma ser o livre arbítrio uma ilusão e não uma realidade. Nós imaginamos que
somos livres para fazer nossa escolha, porém realmente nossas opções são ditadas por impulsos internos e
circunstâncias que escaparam ao nosso domínio. A fumaça que sai pela chaminé parece estar livre, porém se
esvai por leis inexoráveis. Sendo assim — continua essa teoria, — uma pessoa não pode deixar de atuar da
maneira como o faz, e estritamente falando, não deve ser louvada por ser boa nem culpada por ser má. O
homem é simplesmente um escravo das circunstâncias. Mas as Escrituras afirmam terminantemente que o
homem é livre para escolher entre o bem e o mal — uma liberdade implícita em todos os mandamentos e
exortações. Longe de ser vítima da fatalidade e casualidade, declara-se que o homem é o árbitro do seu próprio
destino.
3. O hedonismo (da palavra grega que significa "prazer") é a teoria que sustenta que o melhor ou o mais
proveitoso que existe na vida é a conquista do prazer e a fuga à dor; de modo que a primeira pergunta que se faz
não é: "Isto e correto?", mas: "Traz prazer?" Nem todos os hedonistas têm uma vida de vícios, mas a tendência
geral do hedonista é desculpar o pecado e disfarçá-lo, qual pílula açucarada, com designações tais como estas:
"é uma fraqueza inofensiva"; "é pequeno desvio"; "é mania do prazer"; "é fogo da juventude". Eles desculpam o
pecado com expressões como estas: "Errar é humano"; "o que é natural é belo e o que é belo é direito." é sobre
essa teoria que se baseia o ensino moderno de "auto-expressão". Em linguagem técnica, o homem deve "libertar
suas inibições"; em linguagem simples, "ceder à tentação porque reprimi-la é prejudicial à saúde".
“Alguns têm dito que as tentações de Cristo poderiam ser reais somente se fosse possível
para ele pecar em sua natureza humana. Que ele não pecou é devido apenas ao fato dele ser
Deus também. Em face de tal ensino, devemos enfatizar a verdade que não era possível que
ele pecasse. Devemos lembrar que não é uma natureza que peca, mas uma pessoa, e Cristo
é uma pessoa somente, o Filho de Deus. Como uma pessoa divina, ele não poderia pecar.
Dizer que era possível que ele pecasse em sua natureza humana é dizer que Deus poderia
pecar, pois pessoalmente, mesmo em nossa natureza humana, ele é o Filho eterno de
Deus. Essa, cremos, é uma das verdades ensinadas em 2 Coríntios 5:21, que diz que ele não
conheceu pecado, e em Hebreus 7:26, que diz que ele era “santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores”.”
4. Ciência Cristã. Esta seita nega a realidade do pecado. Declara que o pecado não é
algo positivo, mas simplesmente a ausência do bem. Nega que o pecado tenha
existência real e afirmam que é apenas um "erro da mente moral". O homem pensa que
o pecado é real, por conseguinte, seu pensamento necessita de correção. Mas, depois
de examinar o pecado e a ruína que são mais do que reais no mundo, parece que esse
tal "erro da mente mortal" é tão terrível como aquilo que toda gente conhece por
"pecado"! As Escrituras denunciam o pecado como uma violação positiva da lei de
Deus, como uma verdadeira ofensa que merece castigo real num inferno real. 5. A
evolução considera o pecado como herança do animalismo primitivo do homem. Desse
modo em lugar de exortar a gente a deixar o "homem velho", ou o "antigo Adão", os
proponentes dessa teoria deviam admoestá-los a que deixassem o "velho macaco" ou o
"velho tigre"! Como já vimos, a teoria da evolução é antibíblica. Alem disso, os animais
não pecam; eles vivem segundo sua natureza, e não experimentam nenhum sentido de
culpa por seu comportamento. O Dr. Leander Keyser comenta: "Se a luta egoísta e
sangrenta pela existência no reino animal for o método de progresso que trouxe o
homem à existência, por que deverá ser um mal que o homem continue nessa rota
sangrenta?" É certo que o homem tem uma natureza física, porém essa parte inferior
de seu ser foi criação de Deus, e é plano de Deus que esteja sujeita a uma inteligência
divinamente iluminada.
(a) Errar o alvo, que expressa a mesma idéia que a conhecida palavra do Antigo Testamento. (b) Dívida. (Mat.
6:12.) O homem deve (a palavra "deve" vem de dívida) a Deus a guarda dos seus mandamentos; todo pecado
cometido é contração de uma dívida. Incapaz de pagá-la, a única esperança do homem é ser perdoado, ou obter
remissão da dívida. (c) Desordem. "O pecado é iniqüidade" (literalmente "desordem", 1 João 3:4). O pecador é um
rebelde e um idólatra porque deliberadamente quebra um mandamento, ao escolher sua própria vontade em vez
de escolher a vontade de Deus; pior ainda, está se convertendo em lei para si mesmo e, dessa maneira, fazendo
do eu uma divindade. O pecado começou no coração daquele exaltado anjo que disse: "Eu farei", em oposição à
vontade de Deus. (Isa. 14:13, 14). O anticristo é proeminentemente "o sem-lei" (tradução literal de "iníquo"),
porque se exalta a si mesmo sobre tudo que é adorado ou que é chamado Deus. (2 Tess. 2:4-9.) O pecado é
essencialmente obstinação e obstinação é essencialmente pecado. O pecado destronaria a Deus; o pecado
assassinaria Deus. Na Cruz do Filho de Deus, poderiam ter sido escritas estas palavras: "O pecado fez isto!" (d)
Desobediência, literalmente, "ouvir mal"; ouvir com falta de atenção. (Heb. 2:2.) "Vede pois como ouvis" (Luc.
8:18.) (e) Transgressão, literalmente, "ir além do limite" (Rom. 4:15). Os mandamentos de Deus são cercas, por
assim dizer, que impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer prejuízo para sua alma.
(f) Queda, ou falta, ou cair para um lado (Efés. 1:7) no grego, donde a conhecida expressão, cair no pecado.
Pecar é cair de um padrão de conduta. (g) Derrota é o significado literal da palavra "queda" em Rom. 11:12. Ao
rejeitar a Cristo, a nação judaica sofreu uma derrota e perdeu o propósito de Deus. (h) Impiedade, de uma palavra
que significa "sem adoração, ou reverência". (Rom. 1:18; 2 Tim. 2:16.) O homem ímpio é o que dá pouca ou
nenhuma importância a Deus e às coisas sagradas. Estas não produzem nele nenhum sentimento de temor e
reverência. Ele está sem Deus porque não quer saber de Deus. (i) O erro (Heb. 9:7) Descreve aqueles pecados
cometidos como fruto da ignorância, e dessa maneira se diferenciam daqueles pecados cometidos
presunçosamente, apesar da luz esclarecedora. O homem que desafiadoramente decide fazer o mal, incorre em
maior grau de culpa do que aquele que é apanhado em falta, a que foi levado por sua debilidade.
O Semipelagianismo
O semipelagianismo sustenta que, embora a humanidade tenha se enfraquecido com a
natureza de Adão, sobrou livre-arbítrio suficiente para a iniciativa de ter fé em Deus, e então
Ele corresponderá. A natureza enfraquecida é transmitida naturalmente a partir de Adão.
Porém, como se sustenta à justiça de Deus após permitir que pessoas inocentes recebam
uma natureza maculada e como é salvaguardada a natureza impecável de Cristo, ainda não
foi bem explicado. Mais importante, em algumas formulações o semipelagianismo ensina que,
embora a natureza humana esteja tão enfraquecida pela Queda, a ponto de ser inevitável que
as pessoas pequem, a bondade inerente que possuem é suficiente para iniciar a verdadeira
fé.
A Transmissão Natural ou Genética
Essa teoria sustenta que a transmissão da natureza corrupta baseia-se na lei da herança. Toma
por certo que as características espirituais são transmitidas da mesma forma que as naturais.
Tais teorias mencionam usualmente a transmissão da natureza corrompida, mas não a da culpa.
A Imputação Mediada
A imputação mediada entende que Deus imputou culpa aos descendentes de Adão por meios
indiretos, ou mediados. O pecado de Adão o fez culpado e, como castigo, Deus corrompeu-lhe a
natureza. E, como ninguém da sua posteridade tomou parte na sua ação, nenhum de seus
descendentes é culpado. Mesmo assim, recebem a sua natureza como conseqüência natural de
serem descendentes dele (não como julgamento). Porém, antes de cometerem qualquer pecado
real ou pessoal (que a sua natureza necessita), Deus os julga culpados de possuir aquela
natureza corrompida
O Realismo
O realismo e o federalismo (ver abaixo) são as teorias mais importantes. O realismo sustenta que
o “tecido da alma” de todas as pessoas estava real e pessoalmente em Adão (“seminalmente
presente”, segundo o conceito traduciano da origem da alma), participando de fato do seu
pecado. Cada pessoa é culpada porque, na realidade, cada uma pecou.
O Federalismo
A teoria federal da transmissão sustenta que a corrupção e a culpa se estendem a toda a
humanidade porque Adão era a cabeça da raça num sentido representativo, governamental ou
federal quando pecou. Toda pessoa está sujeita à aliança entre Adão e Deus (a aliança adâmica
– ou aliança das obras – por contraste à aliança da graça). Faz-se uma analogia com uma nação
que declara guerra. Seus cidadãos sofrem, quer concordem com ela ou a condenem e mesmo
sem terem participado da decisão. Os descendentes de Adão não estão pessoalmente culpados
até realmente pecarem, mas vivem um estado de culpa e são passíveis do inferno por ter-lhes
sido imputado – de conformidade com a aliança – o pecado de Adão. Por causa desse estado,
Deus os castiga com a corrupção. Muitos federalistas, portanto, distinguem entre o pecado
herdado (a corrupção) e o imputado (a culpa) da parte de Adão. A maioria dos federalistas são
criacionistas no tocante à origem da alma, mas o federalismo não é incompatível com o
traducianismo. A aliança com Adão incluía sua posição de despenseiro da criação – a base
perfeita para Deus amaldiçoar a terra. Cristo, como cabeça de uma nova aliança e de uma nova
raça, está isento do julgamento da corrupção sendo, portanto, impecável.
Cristologia
O docetismo tem uma forte ligação com o gnosticismo tratado há pouco. O nome docetismo
vem do grego dókesis cujo significado é “aparência”. Isto é, os docetas criam que, pelo fato
de a matéria ser intrinsecamente má, Cristo não foi plenamente encarnado na carne, pois
uma vez que a matéria tem essa característica, o espírito, que é bom, não poderia se
envolver com ela. O corpo de Jesus, então, era uma mera ilusão e somente “parecia” que
Cristo tinha sido crucificado.
Um outro ensinamento difundido no século IV por Apolinário, bispo de Laodicéia (310-390),
pregava que Cristo era divino mas não humano (apolinarismo). Ele entendia que Jesus Cristo
não possuía uma alma racional humana, a alma divina (ou logos) teria tomado o lugar da
alma humana. As ideias de Apolinário foram condenadas no concílio de Constantinopla no
ano 381.
A última heresia que negava a humanidade de Cristo foi o eutiquianismo. Essa heresia era
defendida por um monge de Constantinopla chamado Eutiques. Ele defendia que a natureza
divina de Cristo absorveu a natureza humana. Nesse sentido, Cristo teria apenas uma
natureza após a união, a divina, revestida de Carne humana. O eutiquianismo, conhecido
posteriormente como monofisismo, foi condenado em Calcedônia e continuou exercendo
influência sobre Cristãos do Egito, Etiópia, Síria, Armênia e outras regiões. Em oposição ao
monofisismo, o concílio de Calcedônia reconhecia o diofisismo (duas naturezas).
A segunda classe de heresias cristológicas é aquela referente aos ensinamentos que negam
a divindade de Cristo. São Elas: ebionismo, o adocionismo e o arianismo.
Os ebionistas defendiam uma heresia surgida em Israel no final do primeiro século. O
ebionismo parece ter desaparecido conforme a igreja foi se tornando cada vez mais gentílica
e menos judaica. O nome é derivado do hebraico “’ebyôn”, que significa “pobre”,
“necessitado”, etc. O ensino ebionista era que Jesus Cristo não era Deus, mas somente um
profeta extraordinário, o qual se identificava com os pobres (daí o nome), sendo filho natural
de José e Maria. Segundo Berkhof (1992, p.43), os ebionistas “negavam tanto a divindade de
Cristo como o seu nascimento virginal”.
Outra heresia que negava a divindade de Cristo foi o adocionismo. O ensinamento por trás
dessa heresia era que Jesus era simplesmente um homem virtuoso, tão submisso ao Pai que
este o adotou como o salvador dos homens. Tal doutrina foi ensinada por Paulo de
Samosata, bispo de Antioquia. Segundo ele, Jesus teria sido iluminado por Deus de maneira
extraordinária, sendo progressivamente aperfeiçoado até que ele tornou-se Cristo, o filho de
Deus com uma posição divina. Porém, filho por “adoção”, não por natureza. Logo, a
existência eterna de Cristo com o pai foi negada pelos adocionistas também.
Por último, o arianismo foi a principal heresia dos primeiros séculos da história do
cristianismo. Ário foi um presbítero de Alexandria que ensinava que Cristo era apenas
uma criatura, não o Deus eterno. Uma expressão típica desse movimento era que “houve um
tempo quando Cristo não era”. Os debates em torno dessa doutrina resultaram na formulação
de uma das mais importantes confissões de fé cristãs: o credo de Nicéia, elaborado no
primeiro grande concílio da igreja em 325 na cidade de Nicéia (atual İznik, Turquia).
Confessamos que Jesus Cristo é uma Pessoa divina. A Pessoa do Filho foi gerada pelo Pai
na eternidade, como um segundo modo de subsistência na essência da Trindade (Provérbios
8.22-26; Miquéias 5.2; João 1.18).[1] A crença de que Jesus é uma só Pessoa divina deve ser
afirmada contra a heresia nestoriana, segundo a qual “haveria duas pessoas, em Jesus - uma
divina e outra humana - unidas entre si por um vinculo afetivo ou moral”[2], e contra as
heresias unicistas, que negam a distinção pessoal do Filho em relação ao Pai. O fato de
Jesus ser uma única Pessoa significa que a Segunda Pessoa da Trindade é o sujeito de
todas as ações de Cristo, mesmo aquelas feitas em razão de Sua humanidade.
Todavia, não basta afirmar simplesmente que a Pessoa divina do Filho é o Sujeito de suas
ações. Ainda precisamos responder a uma questão levantada por Gary Cramptom: “...se
Jesus Cristo tem duas naturezas completas, uma plenamente divina e outra plenamente
humana, e, todavia, ele é uma Pessoa divina indivisa, como essa Pessoa pode ser
genuinamente humana?”[5] Sobre isso, devemos rejeitar a ideia de que a humanidade de
Cristo é impessoal (anipostasia) e afirmar que a natureza humana de Cristo foi pessoalizada
na Pessoa do Verbo (enipostasia), desse modo a Pessoa do Filho é o Deus – Homem Jesus
Cristo.[6] Por isso podemos dizer que o Homem Jesus é o sujeito mesmo das ações feitas em
razão da Sua divindade (João 3.13; 6.62). É essencial, portanto, que não pensemos que
exista um Jesus Homem e um Jesus Deus, mas sim, que há uma só Pessoa do Filho: o Deus
– Homem, Jesus.
A encarnação de Cristo em sua origem é a obra de toda a santa Trindade, mas o evento é
uma experiência somente do Filho. Somente o Filho assume a natureza humana, que o Pai
formou no Filho pelo Espírito Santo a partir da substância da bendita virgem.
A nossa salvação demonstra a necessidade da encarnação, pois nós somente podemos ser
salvos por um redentor que é Deus e homem na mesma pessoa, e assim o Deus-homem.
A ascensão da natureza humana é o ato pelo qual Cristo assume verdadeiramente um corpo
e alma humana, com as suas propriedades e fraquezas, exceto o pecado.
Cristo assumiu a masculinidade; não uma pessoa, mas a natureza. De outro modo ele não
poderia ser Deus-homem numa pessoa, mas duas pessoas, dois Cristos. A Escritura o
chama de “Emanuel”, porque ele se tornou um conosco (ou seja, aquele que é homem) é
Deus (Is 7:14). A mesma pessoa é chamada de eterno Verbo de Deus feito carne (Jo 1:1). E,
a mesma pessoa é chamada tanto de filho como de Senhor de Davi (Mt 22:43).
De fato, ele assumiu as nossas enfermidades, não aquelas que resultam da condenação,
mas aquelas que resultam em humilhação, bem como as que envolvem sofrimento. Estas
enfermidades são tanto corporais como da alma. As enfermidades do corpo são devidas as
outras causas intrínsecas, como são os danos e torturas infligidas pelos inimigos, ou das
causas intrínsecas, e sempre resultam da natureza daquela felicidade original que foi
removida, seja o frio, o aquecimento, a sede, a fome, sentimento de dor, a fadiga, e etc.
Enfermidades da alma incluem a tristeza, medo, ignorância, etc.
A união hipostática é aquela que a pessoa do Filho de Deus comunicou a sua hypostasisà
natureza humana e, assim uniu-a a si, com a sua natureza divina, mas as propriedades de
cada uma são divinamente preservadas numa pessoa humana.
I. A natureza humana de Cristo não tem individualidade outra do que a hypostase, ou substância do Logos; que é, a do
Filho de Deus. Nisto Cristo difere de todos os outros homens. Como ser humano, além de sua essência, que consiste de
corpo e alma, tem uma hypostasis, ou modo de subsistência, pela qual ele está diferenciado de todas as outras pessoas;
mas a natureza humana de Cristo, que não possui uma subsistência individual, foi assumida na união com a hypostasis da
pessoa divina. É desnecessário argumentar que esta natureza humana de Cristo não é neste ponto inferior as dos outros;
pelo contrário, ela é mais excelente, pelo muito que a hypostasis do Filho de Deus excede àquelas criaturas.
II. É útil para o propósito didático apresentar como a natureza humana se uniu ao Filho de Deus e em que sentido ela não o
foi.[5]
III. Ela não foi uma união de essência, como existe na unidade das pessoas divinas. Ela não foi uma união de essência e
poder, em que o sentido da essência de Cristo esteja presente em todas as coisas. Ela não foi meramente a presença da
graça. Ela não foi uma união natural, tal como aquele do poder e matéria. Ela não foi uma matéria de relação, semelhante
aquela que ocorre entre amigos. Ela não foi mística, semelhante à presença de Cristo no crente. Ela não foi sacramental, do
mesmo modo que é a sua presença na santa Ceia,[6] mas ela foi hipostática ou pessoal; ou seja, para explicar
completamente, e evitando cair nas heresias do eutiquianos e nestorianos, ela é (1) sem mudança da pessoa divina
[atréptos], (2) sem sem separação das naturezas [adiairétos], contrário ao ensino dos nestorianos, (3) sem confusão das
naturezas [asynkútos], contrário ao ensino dos eutiquianos, e (4) sem separação [axorístos].
IV. Há três efeitos nesta união hipostática: (1) a outorga de qualidades especiais de cada natureza para a única pessoa
[communicatio idiomatum], (2) a preeminência da natureza humana, e (3) a conjunta participação das duas naturezas nas
obras divinamente humanas.
V. A outorga das qualidades de cada natureza à pessoa [communicatio idiomatum] é a forma de descrevermos o fato de
que algo que é afirmado acerca de uma natureza de Cristo também pode ser afirmado acerca de sua pessoa.
Isto é ocorre diretamente quando as qualidades da natureza divina são baseadas na pessoa entendidas em termos desta
natureza divina, ou quando qualidades humanas são baseadas nele como uma pessoa humana. João 1:1: “No princípio era
o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Lc 18:22: “o Filho do Homem será entregue aos gentios,
escarnecido, ultrajado e cuspido.”
Isto ocorre indiretamente quando as qualidades da divindade são baseadas de Cristo como homem, ou qualidades da
humanidade de Cristo como Deus. Jo 3:13: “Ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do
Homem que está no céu.” At 20:28: “a qual ele [Deus] comprou com o seu próprio sangue.”
VI. Esta outorga é tanto verbal como real. Ela é verbal, como um meio de descrever [um mistério], e ela é real por causa do
fato básico [ratione fundamenti],[7] isto é, a união pessoal. Deste modo, ambas naturezas verdadeiramente subsistem na
pessoa do Filho de Deus, as propriedades de cada natureza estão mantidas em comum com a pessoa.
VII. Nesta relação as concretas expressões precisam ser distinguidas do que é abstrato; a descrição anterior da pessoa e a
posterior, de uma natureza ou também da outra. Portanto, digo corretamente “Deus é homem” e “Homem é Deus”, mas não
“Deidade é humanidade”, ou “Humanidade é deidade”. Na matéria da natureza, esta distinção permanece verdadeira:
muitas coisas que abstratamente são contrárias, concretamente são [simplesmente] diferentes ou subordinadas. É
corretamente afirmado que “tudo o que é animado é corporal”, e que “qualquer realidade corporal é animada”, mas não que
“uma alma é um corpo”, ou que “um corpo é uma alma”. Do mesmo modo, o completo Cristo está em todo lugar, mas não o
completo Cristo, ou seja, em ambas as naturezas.[8]
VIII. A preeminência da natureza humana de Cristo consiste parcialmente dos dons que surgem da união pessoal, e
parcialmente da honra da adoração.
IX. Entre os dons especiais consideração seja dada ao conhecimento e poder.
X. Apesar daquele eterno conhecimento, que é propriedade essencial da divina natureza, não ser transferido para a
natureza humana, todavia, a natureza humana recebeu um triplo conhecimento - que lhe foi dado, infundido e
experimentado.
XI. O conhecimento concedido [scientia donativa], chamado de conhecimento da benção, é aquele que a natureza humana,
mais intimamente unida com a essência divina, vê aquela essência, apesar de não compreendê-la. O infinito não pode ser
compreendido pelo finito; o finito percebe completamente a Deus, mas não pode vê-lo em sua inteireza [veja os termos
gregos ólon, áll’, onx, ólos].
XII. O conhecimento infuso é aquele que Cristo, ungido pelo Espírito Santo, entende tudo os assuntos celestiais, que não
podem ser vistos, senão à luz da graça.
XIII. O conhecimento da experiência é aquele que Cristo obteve daqueles assuntos que são conhecidos à luz da natureza:
os efeitos das causas, as causas dos efeitos, o oposto da oposição, etc.
XIV. Apesar do conhecimento concedido e o infuso igualmente ultrapassarem o conhecimento dos anjos, não menos do que
os homens têm, o conhecimento eterno, ou onisciência, é algo completamente diferente.
XV. A ignorância é superada pelo conhecimento da experiência, que é atribuída à Cristo. É dito, nesta espécie de
conhecimento, que ele tem crescimento (Lc 2:52).
XVI. O poder concedido à natureza humana [de Cristo] é tal, que ele sobressai àquele dos homens e anjos. Ele recebe o
poder de operar milagres como um agente; o poder de operar milagres, estritamente falando como sendo a onipotência, é
reservado ao Logos, que usa a natureza humana como seu agente.
Espaço reservado para textoXVII. A honra resultante da união hipostática é a adoração [adoratio] da
natureza humana. Não da carne como carne, ou da criatura, mas de Deus que criou a carne.
XVIII. O terceiro resultado da união hipostática é a conjunta participação de ambas as naturezas nos
atos [da única pessoa] que são chamados divinamente humano e perfeito. Nesta conexão quatro
assuntos devem ser considerados: (1) a pessoa que opera, ou o próprio Cristo [‘o energon]; (2) os
meios pelos quais a obra é realizada [tó energetikon, principium secundum quid], que são as duas
naturezas de Cristo; (3) a atual operação [‘e energeia], uma dupla ação de acordo com a dupla
natureza; e, (4) a obra externa [tó energema] pela qual aquelas ações trabalham conjuntamente.
Isto é semelhante a uma espada flamejante, em relação com o que encontra (1) a unidade da espada;
(2) a ação dos dois agentes, o ferro e o fogo; (3) as duas ações de cortar e queimar; e, (4) uma obra
completa um corte queimado.
(5)
Vimos sobre a concepção de Cristo. O seu nascimento é o ato pelo qual Cristo foi nutrido [no ventre]
da bendita virgem para o normal período, e então nasce, traz à luz. Lc 2:6-7: “Estando eles ali,
aconteceu completarem-se-lhes os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou
numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.”
I. Firmemente cremos, ao contrário dos judeus, que nasceu o Messias. A prova é dupla. Primeiro, dos
profetas, pois os lugares nos quais ele nasceu, morou, ensinou e sofreu foram destruídos, e também no
tempo que, de acordo com os oráculos dos profetas, ele deveria nascer, aconteceu. Ele foi nascido em
Belém (Mq 5:2) e habitou em Nazaré (Is 11:1). Ele veio à Jerusalém durante o segundo templo que estava
em construção (Zc 7:9; Ag 2:7-9), ou o cedro que nunca se apartaria de Judá (Gn 49:10). Mas Belém,
Nazaré, Jerusalém e o segundo templo foram destruídos, o quarto reino foi estabelecido, e o cetro
completamente se apartou de Judá. Portanto, o Messias deve ter vindo. O segundo aspecto da prova
pertence a harmonia entre a narrativa de Lucas acerca do nascimento de Cristo, e os oráculos proféticos a
respeito da vinda do Messias (Gn 49:10), sua família (Jr 23:5), a sua virgem mãe (Is 7:14), o seu lugar de
nascimento (Mq 5:2), e finalmente, o seu status (Is 53:2).
II. Precisamente falando, este não é o nascimento da humanidade de Cristo, mas de Cristo o homem; não o
nascimento da natureza, mas da pessoa.
III. Há duas gerações do Filho: uma eternal, pela qual ele é gerado pelo Pai, e a outra que é temporal, pela
qual ele é nascido da virgem; há duas filiações, a que faz dele o Filho do Pai, e a outra, o Filho de Maria.
IV. Mas é falso qualificar um duplo filho ou dois filhos. Ele não é duas pessoas, mas duas naturezas.
V. Assim, Maria pode não somente ser chamada de mãe de Cristo (como os nestorianos admitem), mas
também de mãe de Deus.
VI. O nascimento de Cristo foi tanto natural como sobrenatural. Ele foi natural naquilo que envolveu o
nascimento num período normal da gravidez e a dilatação do ventre. Ele foi sobrenatural, pelo fato do
nascimento ocorrer duma virgem. Os papistas sob o pretexto de dar pleno direito à virgindade de Maria,
ensinam que Cristo nasceu de um ventre fechado e sem nenhuma dor para a mãe. Apesar disso, assumimos
a doutrina posterior, que os mais antigos teólogos afirmaram, indecisos, juntos negamos que Cristo tenha
nascido de um ventre, pois a lei prova que “todo macho que abrir o ventre será consagrado ao Senhor” é
expressamente aplicada à ele (Lc 2:23). A virgindade de Maria não consiste de um ventre não aberto no
nascimento, mas em não ter conhecido um homem.
VII. Cremos também que Maria permaneceu virgem após o nascimento. O seu casamento com José não
consistiu de ter filhos, mas em conduzir a criança e em viver com seu marido em santidade.[9]
VIII. Apesar de não ter nenhum filho mais novo do que Cristo, ainda assim, ele é corretamente chamado de
primogênito de Maria. De quatro diferentes modos Cristo é chamado de primogênito na Escritura: (1) em
razão de sua geração eterna, pois ele foi gerado antes de qualquer criatura (Cl 1:15); (2) em razão de sua
eleição e dignidade, pela qual ele é “primogênito entre os irmãos” (Rm 8:29); (3) em razão da ressurreição,
pela qual ele é o “primogênito dos mortos” (Cl 1:18); (4) em razão de seu nascimento de uma virgem (Lc
2:7). O “primogênito” não é apenas alguém que tem irmãos mais novos, mas o primeiro a nascer quando se
é filho único, sem irmãos mais novos. Por isso, mesmo antes de se ter irmãos, era consagrado à Deus como
primogênitos (Nm 18:16).
IX. O resultado deste nascimento é apresentado nas declaração e cânticos dos anjos. A declaração (Lc 2:10-
11) é: “Então o anjo disse aos pastores: ‘Não temam, olhem, eu lhes trago palavras de grande alegria, que
será para todo o povo: nasceu-lhes neste dia, na cidade de Davi, um Salvador, que é Cristo o Senhor.’” O
cântico (Lc 2:14) é “Glória à Deus nas alturas e paz na terra aos homens de bem”.[10]
O tríplice ofício de Cristo (“Munus triplex”), o qual ele exerceu tanto em seu estado de humilhação
como no de exaltação, está figurado no Antigo Testamento nos ofícios profético, sacerdotal e real –
ofícios que eram consagrados através de unção (sendo “ungido” o significado do termo grego
“Cristo” e hebraico “Messias”).
Como Profeta, ele nos revela a vontade e a pessoa de Deus. Como Sacerdote, ele é nosso
mediador diante de Deus, oferecendo a si mesmo, uma só vez, em sacrifício para satisfazer a
justiça divina e nos reconciliar com o Pai e vivendo sempre para interceder por aqueles que se
achegam a Deus. Como Rei, ele governa como o vice-regente do Pai sobre o mundo, protege o seu
povo e conquista sobre seus inimigos.
Quatro declarações devem ser compreendidas e afirmadas a fim de se obter uma imagem
completamente bíblica da pessoa de Jesus Cristo:
1. Jesus Cristo é plena e completamente divino.
2. Jesus Cristo é plena e completamente humano.
3. As naturezas divina e humana de Cristo são distintas.
4. As naturezas divina e humana de Cristo estão completamente unidas em uma pessoa.
A Divindade de Cristo
Muitas passagens da Escritura demonstram que Jesus é plena e completamente Deus:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. […] E o Verbo se fez
carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do
unigênito do Pai. (João 1.1,14)
Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou. (João
1.18)
Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! (João 20.28)
[…] deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre
todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém! (Romanos 9.5)
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em
forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou,
assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens […] (Filipenses 2.5-7)
[…] aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador
Cristo Jesus […] (Tito 2.13)
Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela
palavra do seu poder […] (Hebreus 1.3)
[…] mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; […] Ainda: No princípio,
Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos […] (Hebreus 1.8,10)
A maneira preferida de Jesus referir-se a si mesmo era o título Filho do Homem. A expressão “um
filho de homem” podia significar simplesmente “um ser humano”. Mas Jesus referia-se a si mesmo
como oFilho do Homem (sugerindo o singular, bem-conhecido Filho do Homem), o que indicava que
ele via a si mesmo como o Filho do Homem messiânico de Daniel 7, o qual haveria de governar o
mundo inteiro por toda a eternidade:
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o
Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e
glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu
domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. (Daniel 7.13-14)
A maneira preferida de Jesus referir-se a si mesmo era o título Filho do Homem. A expressão “um
filho de homem” podia significar simplesmente “um ser humano”. Mas Jesus referia-se a si mesmo
como oFilho do Homem (sugerindo o singular, bem-conhecido Filho do Homem), o que indicava que
ele via a si mesmo como o Filho do Homem messiânico de Daniel 7, o qual haveria de governar o
mundo inteiro por toda a eternidade:
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o
Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e
glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu
domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. (Daniel 7.13-14)
Jesus tinha uma mente humana, a qual, segundo a vontade do Pai, possuía limitações em
conhecimento: “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem
o Filho, senão o Pai” (Marcos 13.32). A sua mente humana crescia e amadurecia em sabedoria
(Lucas 2.52), e ele até mesmo “aprendeu a obediência” (Hebreus 5.8-9). Dizer que Jesus
“aprendeu a obediência” não significa que ele se moveu da desobediência para a obediência,
mas que ele cresceu em sua capacidade de obedecer à medida que suportou os sofrimentos.
Jesus experimentou tentação humana: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa
semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4.15; cf. Lucas 4.1-2). Embora Jesus tenha
experimentado toda sorte de tentação humana, ele nunca sucumbiu ao pecado (João 8.29, 46;
15.10; 2Coríntios 5.21; Hebreus 7.26; 1Pedro 2.22; 1João 3.5).
Jesus praticava disciplinas espirituais. Ele regularmente orava com paixão (Marcos 14.36; Lucas
10.21; Hebreus 5.7), adorava nos cultos na sinagoga (Lucas 4.16), lia e memorizava a Escritura
(Mateus 4.4-10), praticava a disciplina da solidão (Marcos 1.35; 6.46), observava o Shabbath
(Lucas 4.16), obedecia às leis cerimoniais do AT (João 8.29, 46; 15.10; 2Coríntios 5.21; Hebreus
4.15), e recebia a plenitude do Espírito (Lucas 3.22; 4.1). Essas atividades religiosas eram
desempenhadas com diligência (Hebreus 5.7) e habitualidade (Lucas 4.16) como os meios de um
processo de crescimento espiritual verdadeiramente humano.
Aqui estão dez fatos maravilhosos que nós devemos à ressurreição de Jesus:
1) Um Salvador que jamais pode morrer de novo. “Pois sabemos que, tendo sido ressuscitado
dos mortos, Cristo não pode morrer outra vez: a morte não tem mais domínio sobre ele.”
(Romanos 6:9).
2) Arrependimento. “O Deus dos nossos antepassados ressuscitou Jesus, a quem os senhores
mataram, suspendendo-o num madeiro. Deus o exaltou, colocando-o à sua direita como
Príncipe e Salvador, para dar a Israel arrependimento e perdão de pecados.” (Atos 5:30,31).
3) Regeneração. “Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança
viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1:3).
4) Perdão de pecados. “E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão
em seus pecados.” (1 Coríntios 15:17).
5) O Espírito Santo. “Deus ressuscitou este Jesus, e todos nós somos testemunhas desse fato.
Exaltado à direita de Deus, ele recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou o que
vocês agora vêem e ouvem.” (Atos 2:32,33).
6) Nenhuma condenação para os eleitos. “Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e
mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Romanos 8:34).
7) Companhia e proteção pessoal de Jesus. “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos
tempos.” (Mateus 28:20).
8) Prova do Julgamento vindouro. “Pois [Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o
mundo com justiça, por meio do homem que designou. E deu provas disso a todos,
ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17:31).
9) Salvação da futura ira de Deus. “Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais
ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele!” (Romanos 5:9).
10) Nossa ressurreição dentre os mortos. “porque sabemos que aquele que ressuscitou ao
Senhor Jesus dentre os mortos, também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará com
vocês.” (2 Coríntios 4:14; Romanos 6:4; Romanos 8:11; 1 Coríntios 6:14; 1 Coríntios 15:20).
Devemos, porém, pensar no Espírito Santo como no-lo apresenta a Bíblia, isto é, como uma Pessoa. A
primeira prova da personalidade do Espírito Santo. Todos os atributos de uma pessoa são, pela
Bíblia, atribuídos ao Espírito Santo. Quais são então estes atributos de uma pessoa? São cinco: Pensar,
Sentir, Querer, Consciência Própria e Direção Própria.
Ao Espírito é atribuído o poder de saber até as coisas mais profundas de Deus: «Porém Deus no-las revelou
pelo seu Espírito; porque o Espírito Santo penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Por que,
qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também
ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus» (1 Coríntios 2:10, 11).
O Espírito Santo possui também o poder de querer, segundo lemos em 1 Coríntios 12:11: «Mas um só e o
mesmo Espírito obra todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.»
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção» (Efésios 4:30).
A tristeza segundo esta passagem é outro elemento pessoal do Espírito Santo.
O Espírito Santo fala: «Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: ao que vencer, dar-lhe-ei a
comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus» (Apocalipse 2:7).
O Espírito Santo clama: «E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho,
que clama: «Aba Pai» (Gálatas 4:6).
O Espírito Santo é também o nosso Guia: «Ainda tenho muitas coisas que vos dizer, mas vós não as podeis
suportar agora; porém, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque
não falará de si mesmo, mas falará tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele
me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar» (João 16:12-14).
c) O Espírito Santo ressuscitou a Jesus: «E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus
habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais pelo
seu Espírito, que em vós habita» (Romanos 8:11).
d) O Espírito justificará e santificará o crente: «. . . mas haveis sido santificados, mas haveis sido
justificados em nome do Senhor. Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus» (1 Coríntios 6:11).
e) O Espírito Santo ensina ao crente como deve proceder: «E, quando vos conduzirem às sinagogas, aos
magistrados e potestades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem do que
haveis de falar. Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar» (Lucas
12:11, 12).
f) O Espírito Santo distribui dons espirituais: «Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a
outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo
Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas: e a outro, a profecia; e a outro, o dom de
discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação de línguas; mas um só e o
mesmo Espírito obra todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer» (1Coríntios 12:8-
11).
O Espírito Santo no Velho Testamento
Estudando a história do Espírito Santo no Velho Testamento, encontramos os seguintes fatos: O Espírito Santo é o mesmo Deus, mas,
ao mesmo tempo, de certa maneira, distingue-se de Deus. Porém não no sentido de ensinar a doutrina da Triunidade ou da Trindade,
porque, como já notamos, só encontramos, no Velho Testamento, a doutrina da Unidade de Deus, e não a da Trindade.
No livro de Gênesis, cap. 1, verso 2, encontramos estas palavras: «. . .e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.»
São deste mesmo livro ainda estas palavras: «Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque
ele também é carne: porém os seus dias serão cento e vinte anos» (Gênesis 6:3). No livro dos Salmos temos uma passagem que revela,
assim como as que já citamos, certa distinção entre Deus e o Espírito Santo. «Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim
o teu Espírito voluntário» (Salmos 51:11).
O Velho Testamento ensina:
3.1.1. Que foi o Espírito de Deus que estabeleceu a ordem no caos. Ë interessante notar a palavra que se usa no verso 2 do primeiro
capítulo de Gênesis com referência ao trabalho do Espírito Santo na criação. O vocábulo no original é igual a «incubar», usado no
sentido de chocar ovos. «O Espírito de Deus se movia», isto é, chocava e trazia ordem ao caos.
3.1.2. Que o Espírito de Deus é quem dá vida ao homem:
«Dando-lho tu, eles o recolhem; abres a tua mão, e se enchem de bens. Escondes o teu rosto, e ficam
perturbados: se lhes tiras o fôlego, morrem e voltam para o seu pó. Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra»
(Salmos 104:28-30).
3.1.3. Que diversos poderes foram conferidos ao homem pelo Espírito Santo, como vimos nos casos de Sansão e Jefté. «Então o
Espírito do Senhor veio sobre Jefté, e atravessou ele por Gileade e Manassés: porque passou até Mizpá de Gileade, e de Mizpá de
Gileade passou até aos filhos de Amom» (Juízes 11:29). «Então o Espírito do Senhor se apossou dele tão possantemente que o fendeu
dalto a baixo, como quem fende um cabrito, sem ter nada na sua mão; porém nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que o filho
tinha feito» (Juízes 14:6).
O Espírito Santa nos Evangelhos
Nos quatro Evangelhos se nos deparam as atividades do Espírito Santo, especialmente, em relação ao
ministério de Jesus. Nenhuma outra pessoa há, no Novo Testamento, tão relacionada com o Espírito
quanto Jesus.
3.2.1. Jesus foi concebido pelo poder do Espírito Santo: E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá
sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o
Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus» (Lucas 1:35).
3.2.2. E Jesus encheu-se do Espírito Santo por ocasião do batismo. «E aconteceu que, como todo o
povo fosse batizado e sendo batizado também Jesus, e orando, abriu-se o céu, e o Espírito Santo
desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: «Tu és o
meu Filho amado, em ti me tenho comprazido» (Lucas 3:21,22).
3.2.3. Jesus foi guiado pelo Espírito Santo: «E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi
levado pelo Espírito ao deserto» (Lucas 4:1). «O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me
ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração» (Lucas 4:18).
3.2.4. Jesus expulsou demônios pelo poder do Espírito Santo:
«Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o reino de
Deus» (Mateus 12:28).
3.2.5. Jesus foi apontado por João Batista como aquele que havia de batizar com o Espírito Santo, e
esta promessa confirmou-a o próprio João Batista no seu último discurso: «E eu, na verdade, vos batizo
com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas
alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo» (Mateus 3:11). O
cumprimento desta promessa encontramos narrado em Atos 2:4: «E todos foram cheios do Espírito
Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. »
3.2.6. Jesus foi levado ao deserto pelo Espírito Santo, e ali, pelo seu poder, venceu o tentador: «Então
foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo» (Mateus 4:1). E no verso 2
deste mesmo capítulo encontramos: «Então o diabo o deixou; e eis que chegaram os anjos, e o
serviram.»
3.2.7. Jesus ofereceu-se em sacrifício na cruz pelo poder do Espírito Santo: «Quanto mais o sangue de
Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas
consciências
das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?» (Hebreus 9:14).
3.2.8. Jesus foi ressuscitado pelo poder do Espírito Santo: «Declarado Filho de Deus em poder, segundo
o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor» (Romanos 1:4).
Existe um grande debate entre os cristãos sobre o que é o batismo com o Espírito Santo. Esse
debate surgiu especialmente a partir do século 20 com a ascensão do movimento carismático, e discute a
natureza do batismo com o Espírito, quando e como ele ocorre e qual o seu verdadeiro significado. Toda
essa discussão se resume em duas posições predominantes acerca do que é o batismo com o Espírito
Santo.
A primeira interpretação defende que o batismo com o Espírito Santo está diretamente ligado à
regeneração e a conversão do pecador. Sob esse aspecto, todos aqueles que verdadeiramente
nasceram de novo necessariamente são batizados com o Espírito Santo. Esta é a posição tradicional e
predominante no Cristianismo histórico e defendida ainda hoje principalmente pelas igrejas reformadas.
A segunda interpretação entende que o batismo com o Espírito Santo é uma experiência distinta da
regeneração e posterior a ela. Seria um tipo de “segunda benção” que eleva os cristãos a um nível
superior de espiritualidade. Nesse caso, nem todos os cristãos são batizados com o Espírito Santo. Esta
é a interpretação característica dentro do pentecostalismo.
Existe um grande debate entre os cristãos sobre o que é o batismo com o Espírito Santo. Esse
debate surgiu especialmente a partir do século 20 com a ascensão do movimento carismático, e discute a
natureza do batismo com o Espírito, quando e como ele ocorre e qual o seu verdadeiro significado. Toda
essa discussão se resume em duas posições predominantes acerca do que é o batismo com o Espírito
Santo.
A primeira interpretação defende que o batismo com o Espírito Santo está diretamente ligado à
regeneração e a conversão do pecador. Sob esse aspecto, todos aqueles que verdadeiramente
nasceram de novo necessariamente são batizados com o Espírito Santo. Esta é a posição tradicional e
predominante no Cristianismo histórico e defendida ainda hoje principalmente pelas igrejas reformadas.
A segunda interpretação entende que o batismo com o Espírito Santo é uma experiência distinta da
regeneração e posterior a ela. Seria um tipo de “segunda benção” que eleva os cristãos a um nível
superior de espiritualidade. Nesse caso, nem todos os cristãos são batizados com o Espírito Santo. Esta
é a interpretação característica dentro do pentecostalismo.
Dons
Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da
ciência;
E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a
outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.
1 Coríntios 12:8-10
E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores,
depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
1 Coríntios 12:28
De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a
medida da fé;
Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com
cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
Romanos 12:6-8
Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.
Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro,e deu dons aos homens.
Ora, isto - ele subiu - que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?
Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores,
Efésios 4:7-11
Fruto do Espírito
O fruto do Espírito é uma seleção de virtudes produzidas pelo Espírito Santo na vida daqueles
que foram feitos novas criaturas. Esse fruto resulta em uma conduta de vida integra e de acordo
com a vontade de Deus. O fruto do Espírito Santo é descrito pelo apóstolo Paulo em Gálatas
5:22,23.
Não somos nós que produzimos esse fruto, mas o Espírito Santo que o produz em nós. Ele assim
o faz de um modo em que uma virtude está diretamente ligada a outra. Por tanto, essas virtudes
são indivisíveis e juntas formam “o fruto”. Pense em cada virtude como sendo gomos de um
mesmo fruto.
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança.
Gálatas 5:22
Sotereologia
De uma forma simples, podemos dizer que “salvação é o fato do homem ser salvo do poder e
dos efeitos do pecado
“O vocábulo português se deriva do latim salvare, “salvar” e de salus, “saúde”, “ajuda”, e traduz
o termo hebraico yeshu’a e cognatos (largura, facilidade, segurança) e o vocábulo grego
sõteria, e cognatos (cura, recuperação, redenção, remédio, salvação, bem estar). Significa a
ação ou o resultado de livramento ou preservação de algum perigo ou enfermidade,
subentendendo segurança, saúde e prosperidade. Nas Escrituras, o movimento parte dos
aspectos mais físicos para o livramento moral e espiritual. Assim é que as porções mais antigas
do AT dão ênfase aos meios dos servos individuais de Deus escaparem das mãos de seus
inimigos, a emancipação de Seu povo da escravidão e o estabelecimento dos mesmos numa
terra de bundância; já as porções posteriores dão maior ênfase às condições e qualidades
morais e religiosas da bem-aventurança, e estende suas amenidades além das fronteiras
nacionais” (O Novo Dicionário da Bíblia, Vol-II, p 1464 – 5).
Em primeira instância, o verbo sõzõ, “salvar” bem como o substantivo sõtêria, “salvação”,
denotam o “salvamento” e a “libertação” no sentido de evitar algum perigo que ameaça a vida.
Pode ocorrer na guerra ou em alto mar. Aquilo de que se recebe o livramento pode, no entanto,
ser uma doença. Onde não se menciona qualquer perigo imediato, também podem significar
“conservar” ou “preservar”. O verbo e o substantivo podem até significar “voltar com segurança”
para casa.
SALVAÇÃO E O PASSADO
Atos 17:30 Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que
todos os homens em todos os lugares se arrependam. Suponhamos que uma pessoa que
não saiba nadar esteja prestes a afogar-se; mas, felizmente alguém o salva. A salvação
nada tem haver com o passado da pessoa salva.
A SALVAÇÃO E O FUTURO
Imaginemos agora, um condenado a morte, porém perdoado por alguém cheio de bondade e
amor. Este perdão garante ao condenado o livramento do castigo merecido. Esta salvação
visou o livramento do castigo futuro.
ELEMENTOS BÁSICOS PARA A SALVAÇÃO
Rom. 3 : 24 – 25 E são justificados gratuitamente pela sua Graça, pela redenção que há em Cristo
Jesus. Deus o propôs para propiciação pela Fé no seu Sangue, para demonstrar a sua justiça pela
remissão dos pecados dantes cometidos sob a tolerância de Deus.
Os elementos básicos estabelecidos para salvação conf. escrito pelo Apóstolo Paulo aos Romanos
são:
A GRAÇA
Tito 2:11 Pois a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens. Graça
significa, primeiramente, favor, ou a disposição bondosa da parte de Deus. ( Favor não merecido).
A graça de Deus aos pecadores revela-se no fato de que ele mesmo pela expiação de Cristo,
pagou toda a pena do pecado. Por conseguinte, ele pode justamente perdoar o pecado sem levar
em conta os merecimentos ou não merecimentos. A graça manifesta-se independente das obras
dos homens. A graça é conhecida como Fonte da Salvação.
O SANGUE
I Jo. 1 : 7 O sangue de Jesus Cristo , seu Filho, nos purifica de todo pecado. Em virtude do
sacrifício de Cristo no calvário, o crente é separado para Deus, seus pecados perdoados e sua
alma purificada. Sangue é conhecido como a Base da Salvação.
A FÉ
Efésios 2 : 8 – 9 Pois é pela graça que sois salvos, por meio da Fé; e isto não vem de vós, é dom
de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Pela fé reconhece o homem a
necessidade de salvação, e pela mesma fé é ele levado a crer em Cristo Jesus. Heb. 11 : 6 Ora,
sem Fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. A Fé conduz-nos ao Salvador, a Fé
coloca a verdade na mente e Cristo no coração. A Fé é a ponte que dá passagem ao mundo
espiritual, por isso concluímos que a Fé é o Meio para a Salvação.
Cristo Nossa Imputação Rom. 4 : 6 …Bem-aventurado o homem a quem Deus imputa justiça sem as obras,… Imputar é
atribuir a alguém a responsabilidade pelos atos de outro. Isto é Jesus Cristo assumiu nossos pecados, Deus permitiu
que Jesus pagasse nosso débito.
Cristo Nossa Substituição Gal. 3 : 13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo ele próprio maldição em nosso
lugar,… Como nosso substituto, Cristo Jesus ganhou esta justiça para nós, morrendo em nosso lugar, a fim de nos
salvar e garantir o perdão dos nossos pecados. Somos agora aceitos por Deus, porque nos foi creditada a perfeita
Justiça de Cristo.
Justiça de Cristo I Cor. 1 : 30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, Justiça, e
santificação, e redenção. Esta justiça foi adquirida pela morte expiatória de Cristo. Sua morte foi ato perfeito de justiça,
porque satisfez a lei de Deus. Foi também um ato perfeito de obediência. Tudo isto foi feito por nós e posto a nosso
crédito.
REGENERAÇÃO REGENERAR SIGNIFICA
Restaurar o que esta destruído. Quando se trata do ser humano, Regeneração é uma mudança radical, operada pelo
Espírito Santo na alma do homem. Esta Regeneração, atinge, portanto todas as faculdades do homem ou seja :
Intelecto, Volição e a Sensibilidade. O homem regenerado não faz tanta questão de satisfazer à sua própria vontade
como de satisfazer à de Deus. Na Regeneração, ele passa a pensar de modo diferente, sentir de modo diferente e
querer de modo diferente: tudo se transforma. II Cor. 5 : 17 Portanto, se alguém está em Cristo, Nova Criatura é; as
coisas velhas já passaram, tudo se fez novo. A bíblia descreve a regeneração como:
Nascimento João 3 : 3 Jesus respondeu, e disse : Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus. Uma pessoa, para pertencer a aliança feita a Israel e gozar de todos os seus direitos,
precisava somente nascer de pais judaicos. Para pertencer ao reino do Messias, contudo, uma pessoa precisa nascer de
novo. Ezeq. 36 : 26 Dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro em vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de
pedra, e vos darei um coração de carne.
Vivificação A essência da regeneração é um nova vida concedida por Deus, mediante Jesus Cristo e pela operação do
Espírito Santo. Jo. 10 : 10 … Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Viver É estar com vida.
Vivificar É dar vida. Vivificação: É o Ato, a Ação ou o efeito de viver. É usufruir da vida espiritual que Deus concedeu.
Purificação Ato ou efeito de purificar. Tito 3 : 5 Não por obras de justiça que houvéssemos feitos, mas segundo a sua
misericórdia, ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo. A alma foi lavada
completamente das imundícias da vida de outrora.
SANTIFICAÇÃO
Santificar é tornar sagrado, separar, consagrar, fazer santo. A Palavra santo tem muitos significados:
Separação Representa o que está separado de tudo quanto seja terreno e humano. I Ped. 3 : 11 Aparte-se do mal, e
faça o bem; busque a paz, e siga-a.
Dedicação Representa o que está dedicado a Deus, no sentido ser sua propriedade. Rm 12 : 1 Portanto, rogo-vos,
irmãos, pela compaixão de Deus,
que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Purificação Algo que separado e dedicado tem de ser purificado, para melhor ser apresentado. (imaculado) II Cor. 7 : 1
Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza tanto da carne, como do espírito,
aperfeiçoando a nossa santificação no temor de Deus.
Consagração No sentido de viver uma vida santa e justa. Lev. 11 : 44 Eu sou o Senhor vosso Deus; consagrai-vos, e
sede santos, porque eu sou santo.
Muito acentuada se acha no Velho Testamento a idéia de que a santificação consta de uma relação especial com Deus.
As coisas consagradas ao Senhor eram consideradas santas: Arca do Concerto, O Templo, O Tabernáculo, O Altar, Os
Vasos, Os Sacerdotes.
No Novo Testamento, a idéia é a de que a santificação consiste no processo do homem ser perfeito como Ele é perfeito.
Jesus ensinou que o homem deve procurar aperfeiçoar-se cada vez mais. “Bem-aventurado os limpos de coração,
porque eles verão a Deus
OS MEIOS DIVINOS DE SANTIFICAÇÃO
O Sangue de Cristo I Jo.1: 7 O sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo o pecado.
O Espírito Santo Fil. 1 : 6 Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou boa obra a aperfeiçoará
até o dia de Jesus Cristo.
A Palavra de Deus Jo. 17 : 17 Santifica-os na verdade a tua palavra é a verdade.
O CALVINISMO
A salvação é inteiramente de Deus; o homem absolutamente nada tem a ver com a sua salvação.
Romanos 8 : 35 Quem nos separará do amor de Cristo ? Será tribulação, ou angustia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou
perigo, ou espada?
Isto porque a sua vontade se corrompeu com o pecado. Desta forma o homem não pode se arrepender sem a ajuda de Deus.
Efésios 1 : 4 – 5 Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e
em amor. Nos predestinou para ele, para adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.
A doutrina calvinista ensina que Deus predestinou alguns para serem salvos e outros para serem perdidos. A predestinação é o
eterno decreto de Deus, pelo qual ele decidiu o que será de cada um.
O ARMINIANISMO
A vontade de Deus é que todos os homens sejam Salvos, porque Cristo morreu por todos.
I Tim. 2 : 4 O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
As Escrituras ensinam uma predestinação, mas não individual. Ele predestina a todos os que querem ser salvos.
Tito 2 : 11 Portanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.
O homem pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de livre arbítrio sempre permanece.
REGENERAÇÃO
Do lado divino, a mudança de coração é chamada de regeneração, de novo nascimento; do lado humano, é chamada de conversão.
Na regeneração, a alma é passiva; na conversão, é ativa. Podemos definir a concessão de uma nova natureza (2 Pe 1:4) ou coração
(Jr 24:7; Ez 11:19; 36:26), e a produção de uma nova criação (2 Co 5:17; Ef 2:10; 4:24). No entanto, a regeneração não é uma
mudança as substância da alma. Hodge o diz muito bem:
Como a mudança não é na substância nem no mero exercício da alma, ela ocorre naquelas disposições, princípios, gostos ou
hábitos imanentes aos quais todo o exercício consciente está subordinado, e que determinam o caráter do homem e de todas as
suas ações.
A NECESSIDADE DA REGENERAÇÃO
A Escritura declara repetidamente que o homem tem que ser regenerado antes de poder ver a Deus. Estas afirmações da Palavra
de Deus são reforçadas pela razão e pela consciência.
A santidade é uma condição indispensável para sermos aceitos na comunhão com Deus. Mas toda a humanidade é pecadora por
natureza, e quando chega a consciência moral, torna-se culpada de transgressão real. Portanto, em seu estado natural, a
humanidade não pode ter comunhão com Deus. Agora, esta mudança moral no homem somente pode ser feita por um ato do
Espírito de Deus.
Ele regenera o coração e comunica a este a vida e a natureza de Deus. As Escrituras mostram esta experiência como sendo um
novo nascimento, pelo qual o homem se transforma em Filho de Deus (Jô 1:12; 3:3 – 5; 1 Jo 3:1). Por natureza, os homens são: (1)
Filhos da ira – Ef 2:3; (2) Filhos da desobediência – Ef 2:2; (3) Filhos do Mundo – Lc 16:8; (4) Filhos do Diabo – Mt 13:38; 23:15; At
13:10; 1 Jo 3:10. Esta última expressão é usada especialmente para os que rejeitaram a Cristo, em João 8:44. Somente o novo
nascimento pode produzir uma natureza santa dentro dos pecadores de modo a tornar possível a comunhão com Deus.
OS MEIOS DA REGENERAÇÃO
A Escritura apresenta a regeneração como obra de Deus. Mas há numerosos meios e agências envolvidos na experiência, que
faremos bem em notar.
A VONTADE DE DEUS.
Somos nascidos “da vontade de Deus” (Jô 1:13). As palavras de Tiago esclarecem ainda mais: “Pois, segundo seu querer, ele nos
gerou pela palavra da verdade” (Tg 1:18).
A MORTE E RESSURREIÇÃO.
Precisamos nos lembrar que o novo nascimento é condicionado à fé no Cristo crucificado (Jô 3:14 – 16); e que a ressurreição de
Cristo está igualmente envolvida em nossa regeneração (1 Pe 1:3).
A PALAVRA DE DEUS.
É um dos principais agentes para a nossa regeneração, como já vimos em Tiago 1:18. O mesmo pensamento é expresso em Jô 3:5;
1 Pe 1:23. Que a água a que se refere João 3:5 não é o batismo é evidenciado pelo fato de que em Ef 5:26 a nossa purificação é
relacionada à Palavra. Deve-se explicar Tito 3:5 da mesma maneira, pois é claro que a água não tem poder regenerador. Paulo
havia gerado os coríntios mediante o Evangelho (1 Co 4:15), mas havia batizado apenas alguns deles (1 Co 1:14 – 16). Zaqueu (Lc
19:9), o ladrão arrependido (Lc 23:42 – 43, e Cornélio (At 10:47) foram declarados salvos antes de terem sido.
Há três aspectos da salvação, e cada qual se caracteriza por uma palavra que define ou ilustra cada aspecto:
(a) Justificação é um termo forense que nos faz lembrar um tribunal. O homem, culpado e condenado,
perante Deus, é absolvido e declarado justo — isto é, justificado. (b) Regeneração (a experiência subjetiva) e
Adoção (o privilégio objetivo) sugerem uma cena familiar. A alma, morta em transgressões e ofensas, precisa
duma nova vida, sendo esta concedida por um ato divino de regeneração. A pessoa, por conseguinte, torna-
se herdeira de Deus e membro de sua família.
(c) A palavra santificação sugere uma cena do templo, pois essa palavra relaciona-se com o culto a Deus.
Harmonizadas suas relações com a lei de Deus e tendo recebido uma nova vida, a pessoa, dessa hora em
diante, dedica-se ao serviço de Deus.
O homem salvo, portanto, é aquele cuja vida foi harmonizada com Deus, foi adotado na família divina, e
agora dedica-se a servilo. Em outras palavras, sua experiência da salvação, ou seu estado de graça, consiste
em justificação, regeneração (e adoção), e santificação. Sendo justificado, ele pertence aos justos; sendo
regenerado, ele é filho de Deus; sendo santificado, ele é "santo" (literalmente uma pessoa santa).
(a) A justiça, em primeiro lugar, é mudança de posição, mas é acompanhada por mudança de condições. A
justiça tanto é imputada com também conferida. (b) A adoção refere-se a conferir o privilégio da divina
filiação; a regeneração trata da vida interna que corresponde à nossa chamada e que nos faz "participantes
da natureza divina". (c) A santificação é tanto externa como interna. De modo externo é separação do pecado
e dedicação a Deus; de modo interno é purificação do pecado. O aspecto externo da graça é provido pela
obra expiatória de Cristo; o aspecto interno é a operação do Espírito Santo.
Eclesiologia
Palavras que descrevem a igreja. A palavra grega no Novo Testamento para igreja é
"ekklesia", que significa "uma assembléia de chamados para fora". O termo aplica-se a:
1) Todo o corpo de cristãos em uma cidade (Atos 11:22; 13:1.) 2) Uma congregação,
(1Cor. 14:19,35; Rom. 16:5.) 3) Todo o corpo de crentes na terra. (Efés. 5:32.)
O Novo Testamento estabelece as seguintes condições para os membros da igreja: - fé implícita
no Evangelho e confiança sincera e de coração em Cristo como o único e divino Salvador (Atos
16:31); - submeter-se ao batismo nas águas como testemunho simbólico da fé em Cristo; e -
confessar verbalmente essa fé. (Rom.10:9,10.)
A OBRA DA IGREJA. 1. Pregar a salvação. A obra da igreja é pregar o Evangelho a toda a criatura (Mat.
28:19, 20), e explanar o plano da salvação tal qual é ensinado nas Escrituras. Cristo tornou acessível a
salvação por provê-la; a igreja deve torná-la real por proclamá-la. 2. Prover meios de adoração. Israel
possuía um sistema de adoração divinamente estabelecido, pelo qual se chegava a Deus em todas as
necessidades e crises da vida. Assim também a igreja deve ser uma casa de oração para todos os
povos, onde Deus é cultuado em adoração, oração e testemunho. 3. Prover comunhão religiosa. O
homem é um ser social; ele anela comunhão e intercâmbio de amizade. é natural que ele se congregue
com aqueles que participam dos mesmos interesses. A igreja provê uma comunhão baseada na
Paternidade de Deus e no fato de ser Jesus o Senhor de todos. É uma fraternidade daqueles que
participam duma experiência espiritual comum. O calor dessa comunhão era uma das características
notáveis da igreja primitiva. Num mundo governado pela máquina política do Império Romano, em que o
indivíduo era praticamente ignorado, os homens anelavam uma comunhão onde pudessem livrar-se do
sentimento de solidão e desamparo. Em tal mundo, uma das características mais atraentes da igreja era
o calor e a solidariedade da comunhão — comunhão em que todas as distinções terrenas eram
eliminadas e os homens e mulheres tomavam-se irmãos e irmãs em Cristo. 4. Sustentar uma norma de
conduta moral. A igreja é "a luz do mundo", que afasta a ignorância moral; é o "sal da terra", que a
preserva da corrupção moral. A igreja deve ensinar aos homens como viver bem, e a maneira de se
preparar para a morte. Deve proclamar o plano de Deus para regulamentar todas as esferas da vida e
sua atividade. Contra as tendências para a corrupção da sociedade, deve ela levantar a sua voz de
admoestação. Em todos os pontos de perigo deve colocar uma luz como sinal de perigo.
AS ORDENANÇAS DA IGREJA
O batismo nas águas é o rito do ingresso na igreja cristã, e simboliza o começo da vida espiritual. A Ceia do
Senhor é o rito de comunhão e significa a continuação da vida espiritual. O primeiro sugere a fé em Cristo; o
segundo sugere a comunhão com Cristo. O primeiro é administrado somente uma vez, porque pode haver
apenas um começo da vida espiritual; o segundo é administrado freqüentemente, ensinando que a vida
espiritual deve ser alimentada.
O batismo. (a) O modo. A palavra "batizar", usada na fórmula de Mateus 28:19.20. significa literalmente
mergulhar ou imergir.
A fórmula. "Batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Mat. 28:19).
O recipiente. Todos os que sinceramente se arrependem de seu pecado, professam a fé no Senhor Jesus,
são elegíveis para o batismo.
A eficácia. O batismo nas águas, em si não tem poder para salvar; as pessoas são batizadas, não para
serem salvas, mas porque já são salvas.
As últimas coisas
A morte é a separação da alma do corpo pela qual o homem é introduzido no mundo invisível. Essa experiência
descrevese como "dormir" (João 11:11; Deut. 31:16), o desfazer da casa terrestre deste Tabernáculo (2Cor. 5:1),
deixar este tabernáculo (2Ped. 1:4), Deus pedindo a alma (Luc. 12:20), seguir o caminho por onde não tornará
(Jo 16:22), ser congregado ao seu povo (Gên. 49:33), descer ao silêncio (Sal. 115:17), expirar (Atos 5:10),
tornar-se em pó (Gên.3:19), fugir como a sombra (Jo 14:2), e partir (Fil. 1:23).
A morte é o primeiro efeito externo ou manifestação visível do pecado, e será o último efeito do pecado, do qual
seremos salvos. (Rom. 5:12; 1Cor. 15:26.) O Salvador aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo
evangelho, (1Tim. 1:10.) A palavra "abolir" significa anular ou tornar negativo. A morte fica anulada como
sentença condenatória e a vida é oferecida a todos. Entretanto, embora a morte física continue a manifestar-se,
ela torna-se uma porta que conduz a vida para aqueles que aceitam a Cristo.
Qual a conexão entre a morte e a doutrina da imortalidade? Há dois termos, "imortalidade" e "incorrupção" que
se usam em referência à ressurreição do corpo, (1Cor. 15:53,54.) A imortalidade significa não estar sujeito à
morte, e nas Escrituras emprega-se em referência ao corpo e não à alma (embora esteja implícita a imortalidade
da alma. Mesmo os cristãos estão sujeitos à morte por serem mortais os seus corpos. Depois da ressurreição e
do arrebatamento da igreja, os cristãos desfrutarão da imortalidade. Isto é, receberão corpos glorificados que não
estarão sujeitos à morte. Os ímpios também serão ressuscitados. Mas isso quer dizer que desfrutarão dessa
imortalidade do corpo? Não; sua inteira condição é a de morte, e separação de Deus. Embora tenham existência,
não gozam de comunhão com Deus e nem da glorificação do corpo, a qual realmente constitui a imortalidade.
Conscientemente existirão numa condição de sujeição à morte. A sua ressurreição não é a "ressurreição da
vida", mas a "ressurreição para a condenação" (João 5:29). Se a "imortalidade", à qual se referem as Escrituras,
se referisse ao corpo, como se justificaria a referência à imortalidade da alma? Tanto no Antigo como no Novo
Testamento, a morte é a separação do corpo e da alma; o corpo morre e volta ao pó, a alma ou o espírito
continua a existir conscientemente no mundo invisível dos espíritos desencarnados. Assim o homem é mortal,
estando o seu corpo sujeito à morte, embora seja imortal a sua alma, que sobrevive à morte do corpo. Qual a
distinção entre imortalidade e vida eterna? A imortalidade é futura (Rom. 2:7; 1Cor. 15:53,54), e refere-se à
glorificação dos nossos corpos mortais na ocasião da ressurreição. A vida eterna refere-se principalmente ao
espírito do homem: é uma possessão que não é afetada pela morte do corpo. A vida eterna alcançará sua
perfeição na vinda de Cristo, e será vivida em um corpo glorificado que a morte não mais poderá destruir.
O espiritismo ensina que é possível alguém comunicarse com os espíritos de pessoas falecidas,
sendo essas comunicações conseguidas por meio dum "médium".
Sono da alma. Certos grupos, como os Adventistas do Sétimo Dia, crêem que a alma
permanecerá num estado inconsciente até à ressurreição. Essa crença, conhecida como "sono da
alma", é também adotada por indivíduos em outros grupos religiosos. É verdade que a Bíblia
descreve a morte como um sono, mas isso em razão de o crente, ao falecer, perder a consciência
para com o mundo cheio de fadiga e sofrimento e acordar num reino de paz e felicidade. O Antigo
Testamento ensina que, embora o corpo entre na sepultura, o espírito que se separou do corpo
entra no Seol (traduzido "inferno" na versão de Almeida), onde vive em estado consciente. (Vide
Isa. 14:9-11; Sal. 16:10; Luc. 16:23; 23:43; 2Cor. 5:8; Fs. 1:23; Apo. 6:9.)
Os justos são destinados à vida eterna na presença de Deus. Deus criou o homem para ser ele
conhecido pelo homem, amado e servido por ele no presente mundo, como também gozar
eternamente de sua presença no mundo vindouro.
O destino dos ímpios é estar eternamente separados de Deus e sofrer eternamente o castigo que
se chama a segunda morte.
O universalismo ensina que todos os homens, no fim, serão salvos, argumentando que Deus é
amoroso demais para excluir alguém do céu. Essa teoria é refutada pelas seguintes passagens:
Rom. 6:23; Luc. 16:19-31; João 3:36 e outras.
O restauracionismo. A doutrina da restauração de todas as coisas ensina que o inferno não é
eterno, e, sim, apenas uma experiência temporária que tem por fim purificar o pecador para que
possa entrar no céu. Se assim fosse, então o fogo infernal teria mais poder do que o sangue de
Cristo. Também, a experiência nos ensina que a punição, em si, não regenera; ela pode restringir
mas não transformar
Segundo período probatório. Ensina que todos, no tempo entre a morte e a ressurreição, terão
outra oportunidade para aceitar a salvação. As Escrituras, entretanto, ensinam que na morte já se
fixou o destino do homem. (Heb. 9:27.) Além disso, quantos aceitarão a presente oportunidade se
pensarem que haverá outra? E, segundo as leis da natureza humana, se negligenciarem a
primeira oportunidade, estarão menos dispostos a aceitar a segunda.
Aniquilamento. Ensina que Deus aniquilará os ímpios. Os partidários dessa doutrina citam 2Tess.
1:9 e outras passagens que afirmam que os ímpios serão destruídos. Contudo, o sentido da
palavra, como usada nas Escrituras, não é "aniquilar", mas causar ruína.
O fato da segunda vinda de Cristo é mencionado mais de 300 vezes no Novo
Testamento. Paulo refere-se ao evento umas cinqüenta vezes. Alguém já disse que a
segunda vinda é mencionada oito vezes mais do que a primeira. Epístolas inteiras (Cl
e 2Tess.) e capítulos inteiros (Mat. 24, Mat. 13) são dedicados ao assunto. Sem
dúvida, é uma das doutrinas mais importantes do Novo Testamento.
Será de maneira pessoal (João 14:3; Atos 1:10,11; 1Tess. 4:16; Apo. 1:7; 22:7), literal
(Atos 1:10; 1Tess. 4:16, 17; Apo. 1:7; Zac. 14:4), visível (Heb. 9:28; Fps. 3:20; Zac.
12:10) e gloriosa (Mat. 16:27; 25:31; 2Tess. 1:7-9; Gál. 3:4).
A palavra dispensação deriva do termo grego “oikonimia” que por sua vez significa
economia que é a “boa ordem na administração na despesa de uma casa”.
As sete dispensações são:
3.1 – Dispensação da Inocência
Seu início deu-se na criação e findou-se na queda de Adão. O tempo não é revelado.
3.2 – Dispensação da Consciência
Esta dispensação começou em Gn. 3 e durou cerca de 1656 anos: de zero (0 ) a 1656
a.C., abrangendo o período desde a queda do homem até o dilúvio; Gn. 7.21,22.
3.3 – Dispensação do Governo Humano
Esta dispensação começou em Gn. 8.20 e perdurou cerca de 427 anos. Desde o
tempo do Dilúvio até a dispersão dos homens sobre a superfície da terra, sendo
consolidada com a chamada de Abraão; Gn. 10.15; 11.10-19;12.1.
3.4 – Dispensação Patriarcal
Teve início com a Aliança de Deus com Abraão, cerca de 1963 a.C., ou seja, 427 anos
depois do dilúvio. Sua duração foi de 430 anos; Gl. 3.17; Hb. 11.9,13. A palavra chave
é PROMESSA. Por meio desta dispensação, Abraão e seus descendentes vieram a
ser herdeiros da promessa.
3.5 – Dispensação da Lei
Ela teve início em Êx. 19.8, quando o povo de Israel proclamou dizendo que “tudo que
o Senhor falou, faremos.” Sua extensão é de 1430 anos. Do Sinai ao Calvário; do
Êxodo à cruz.
3.6 – Dispensação da graça
Esta dispensação começou com a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo
e terminará em plenitude com o arrebatamento da Igreja; porém, oficialmente falando,
seus efeitos continuarão até Apocalipse 8.1-4.
3.7 – Dispensação do Reino
Esta dispensação terá, de acordo com a própria escritura, a duração de 1.000 anos;
Ap. 20.1-6. É também chamada de a dispensação do Governo Divino.
Esta dispensação é algo para o futuro, logo após o julgamento das nações descrito
em Mt. 25.31-46, e antes do Juízo do Grande Trono Branco (GTB).
Existem diferentes interpretações escatológicas a respeito do fim. Não podemos estudar todas em uma única lição, porém
estudaremos algumas:
Futurista. Essa interpretação considera que a maior parte das profecias ainda vai se cumprir, começando com o
arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes. Sem dúvida, é a mais adequada à realidade das profecias sobre
os últimos tempos. Essa corrente, porém, subdivide-se em:
a) Pré-tribulacionista. Esta corrente afirma que o Senhor Jesus arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de sete anos (Jo
14.1-3; 1Ts 4-5). Segundo Tim Lahaye, aqueles que “interpretam a Bíblia literalmente encontram razões fortes para crer
que o arrebatamento será pré-tribulacional”. O ensino a respeito do arrebatamento é uma doutrina fundamental, porém, o
povo de Deus não precisa estar dividido quanto a tal assunto. O importante é que Jesus voltará para buscar a sua Igreja.
É importante ressaltar que a corrente pré-tribulacionista está mais de acordo com o livro de Apocalipse (Ap 4.1-2). Para
os pré-tribulacionistas os crentes serão guardados da Tribulação. Segundo esta corrente o propósito da Tribulação não é
preparar a Igreja para estar com Cristo, mas, preparar Israel para a restauração do plano de Deus.
b) Pré-milenista. Essa corrente conclui que a Vinda de Cristo ocorrerá antes do milênio, quando Cristo virá reinar sobre a
Terra.
Grande parte dos cristãos do primeiro século, eram pré-milenistas. Segundo o pastor Claudionor de Andrade “tal
posicionamento foi duramente combatido por Orígenes que, influenciado pela filosofia grega, passou a ensinar que o
Milênio nada mais era que uma referência alegórica à ação do Evangelho na vida das nações”.
c) Midi-tribulacionistas. Os midi-tribulacionistas entendem que a Igreja será arrebatada no meio da Tribulação.
d) Pós-tribulacionistas. Os pós-tribulacionistas pregam que a Igreja vai passar pela Grande Tribulação. No entanto, esse
ensino não tem base sólida na Palavra de Deus. Jesus disse à igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que iria
guardá-la “da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). A Igreja
não estará mais na Terra quando começar a Grande Tribulação. Paulo ensina que devemos “[...] esperar dos céus a seu
Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10).
Histórica. Considera que o Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte. Mas tal
entendimento não corresponde à realidade bíblica.
Preterista. Os preteristas entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a
destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C. Entretanto, as profecias bíblicas sobre os fins dos tempos indicam que diversos
eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17), a Grande Tribulação ou “a
hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10), a Vinda de Cristo em glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap
20.2-5).
Simbolista. É também chamada de interpretação idealista ou espiritualista. Tudo é “espiritualizado”, simbólico; nada é
histórico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal. Nessa linha de pensamento, há o ensino amilenista,
segundo o qual não haverá um período literal de mil anos para o reinado de Cristo. Ensinam que a Igreja está vivendo um
milênio simbólico, mas as referências que indicam que o milênio será literal são muitas (Ap 20.2-5; Hc 2.14). Há os pós-
milenistas que pregam que Jesus só voltará depois do milênio. Os textos bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente
dos acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos salvos ocorrerá na vinda de Cristo (1Ts 4.13-17). A volta de
Jesus é tão literal quanto o foi a sua Ascensão (cf. At 1.9,11).
Os intérpretes do Apocalipse estão também divididos na forma COMO ABORDAM O MILÊNIO. (Os mil anos
mencionados no cap. 20). A maneira como se encara o Milênio afeta a interpretação do Apocalipse como um todo. É
necessário levantarmos, aqui, alguns pontos.
1º – Amilenistas. Ensinam que não haverá nenhum Milênio, pelo menos não na terra. Alguns simplesmente dizem que,
como o Apocalipse é simbólico, não há sentido algum em se falar em Milênio Literal. Outros interpretam os mil anos como
algo que ocorrerá no céu. Pegam o número mil como um algarismo ideal, um período indefinido. Assim, esperam que
este período da Igreja termine com a ressurreição e julgamento geral, tanto do justo como do ímpio, seguindo-se
imediatamente o reinado eterno no novo céu e na nova terra. A maioria dos amilenistas consideram Agostinho (o bispo de
Hipona, no Norte da África 396 – 430 d.C.) um dos principais promotores do amilenismo.
2º – Pós-Milenista. Começou a espalhar-se a partir do século XVIII. Seus adeptos interpretam os mil anos do Milênio,
como uma extensão do período atual da Igreja. Ensinam que o poder do Evangelho ganhará todo o mundo para Cristo, e
a Igreja assumirá o controle dos reinos seculares. Após haverá a ressurreição e o julgamento geral tanto do justo como
do ímpio, seguido pelo reinado eterno no novo céu e na nova terra. O pós-milenismo também espiritualiza irritadamente
as profecias da Bíblia, não dando espaço à restauração de Israel ou reinado literal de Cristo sobre a terra durante o
Milênio.
3º – Pré-Milenista. Acreditam que, o retorno de Cristo, a ressurreição dos salvos e o tribunal de Cristo, será antes do
Milênio. No final deste, Satanás será solto, engana as nações, mas há de ser prontamente derrotado para todo o sempre.
Segue-se o julgamento do GTB, que sentenciará o restante dos mortos. Aí sim, teremos o reino eterno no novo céu e na
nova terra.
O rapto da Igreja. Também chamado Consiste dos santos ressuscitados e dos vivos transformados, todos
trasladados para o Céu por Jesus. O Arrebatamento terá lugar nos céus, nas nuvens (1Co. 15.51-52; 1Ts. 4.14-
16).
Julgamento da Igreja no Tribunal de Cristo, para galardão. Uma evidência disso, a esta altura dos acontecimentos,
é que o “linho fino”, das vestes da Igreja, são “os atos de justiça” dos santos (Ap. 19.7-8) – resultados do
julgamento no Tribunal de Cristo.
As Bodas do Cordeiro (Ap. 19.7-9). As bodas ocorrerão entre o Arrebatamento e a revelação pessoal de Jesus em
glória. Uma evidência disso é que, ao descer o Senhor, as bodas já ocorreram, como se vê, comparando
Apocalipse 19.7-9 com 19.11-14. Assim, enquanto os juízos divinos caem sobre a terra, durante a Grande
Tribulação haverá festa no Céu.
Retirada daquele que restringe o pecado. Trata-se da pessoa do Espírito Santo. O pecado e seus males terão
então livre curso. Esse afastamento do Espírito Santo é quanto à ação do pecado. A sua operação na salvação
dos pecadores é evidente que continua, como se vê em Apocalipse (ler 2Tessalonicenses 2.3-10).
Surgimento do Anticristo no cenário mundial (Ap. 13.1-2). O início da carreira do Anticristo será algo insignificante.
É denominado chifre pequeno em Daniel 7.8. Mas logo depois, numa demonstração de força, ele derrubará três
reis, isto é, ocupará três países (Dn. 7.24). E prosseguirá na escalada do poder, tornando-se governante de uma
confederação de dez países (Dn. 7.24; Ap. 17.12).
Surgimento do Falso Profeta. O Anticristo (a mesma Besta de Apocalipse 13.1-8) será um líder político; um ditador
mundial. O Falso Profeta será seu ministro de cultos, que estará à frente da igreja mundial de Satanás (Ap. 13.11-
16).
O pacto de 7 anos do Anticristo com Israel. Israel será então uma nação forte a ponto do Anticristo fazer um pacto
com ela. A princípio, Israel gozará de imunidades, reconstruirá seu templo e reiniciará a prática dos sacrifícios (Dn.
9.27). Após os primeiros três anos e meio o Anticristo anulará o pacto feito e começará a perseguir os judeus.
Os juízos do Céu sob os sete selos de Apocalipse 6. À essa altura dos acontecimentos, a terra estará sendo
atingida em cheio pelos juízos divinos sob os sete selos do capítulo 6 de Apocalipse.
1º selo. O Anticristo e seu falso milênio, através de uma paz e um progresso ilusório (Ap 6.2). Ele se apresentará
como o salvador do mundo.
2º selo. Guerra através da terra e muito sangue derramado, à medida que o Anticristo galga o poder sobre as
nações (Ap. 6.4).
3º selo. Fome mundial sem precedentes, resultante da guerra e suas consequências (Ap. 6.5-6).
4º selo. Um quarto da população da terra é eliminado por fome, peste e guerra (Ap. 6.8).
5º selo. Mártires e mais mártires nesse tempo (Ap. 6.9-11).
6º selo. Catástrofes físicas nos céus e na terra. Um grande terremoto fará a terra tremer. Fumaça e cinza
escurecerão o sol (Jl. 12.30-31; Ap. 6.12-13). Deus será visto no seu trono de juízo, o que apavorará os ímpios
(Ap. 6.14-17). Fim dos primeiros três anos e meio de Tribulação.
7º selo. Acha-se no capítulo 8.1-5 de Apocalipse. Está ligado a novas catástrofes na terra e comoções nos céus.
As duas testemunhas e sua missão nos primeiros três anos e meio. Isso ocorrera nos primeiros três anos e meio
de pacto do Anticristo com Israel (Ap. 11.3-12).
000 judeus salvos em Israel. Salvos dentre as 12 tribos para testemunharem na terra. Mais tarde eles aparecem
no Céu, triunfantes (Ap. 14.1-5).
O Anticristo continua a se fortalecer à frente do bloco de dez nações.
O bloco de nações do Norte – “Gogue e Magogue” (a Rússia) também continuará com suas provocações e
desafios, logrando adesões do bloco árabe.
A igreja falsa mundial continuará se projetando, com a união de todas as religiões.
A pregação do evangelho do reino. Será pregado em toda parte pelos judeus salvos (Mt. 24.14).
Gogue e Magogue invadem Israel. Noutras palavras: a Rússia e seus aliados invadem Israel, mas são destruídos
sobrenaturalmente por Deus (Ez. capítulos 38 e 39). Hoje só se fala em conflito Leste-Oeste; então será Norte- Sul
(Dn. 11.40).
O Anticristo romperá seu acordo com Israel e começará a persegui-lo. Ele colocará uma imagem sua no templo
dos judeus e exigirá adoração. Talvez seja nesse tempo que ele será mortalmente ferido e logo a seguir curado
pelo poder satânico (Ap. 13.3). Ele estabelecerá seu palácio em Jerusalém (Dn. 11.45).
A igreja falsa mundial que predominou na terra sob a égide do Anticristo, por três anos e meio, será
destruída pelos dez países sob a chefia do próprio Anticristo (Ap. 17.16-18). Em seu lugar surgirá imediatamente a
adoração compulsória da Besta, promovida pelo líder religioso denominado Falso Profeta. O termo Falso Profeta
implica religião (Ap. 13.8,11-17).
Uma vez destruída a super-igreja falsa, na metade da Tribulação, o único culto permitido será o da adoração da
Besta (Ap. 13.8). Computadores cada vez mais sofisticados controlarão a população da terra, de modo que quem
não adotar a nova religião não possa comprar nem vender, seja para sustento da família, seja para comerciar.
As duas testemunhas serão mortas no início desse período, mas ressuscitarão à vista de todos e ascenderão ao
Céu.
Talvez nesse tempo os 144.000 judeus serão martirizados, como dá a entender Apocalipse 14. De igual modo
serão martirizados os gentios que professarem sua fé em Cristo.
Mais juízos sobre a terra sob as sete
1ª trombeta. Saraiva, fogo e sangue sobre a terra. Um terço da vegetação destruída (Ap. 8.7).
2ª trombeta. Algo como uma grande montanha cai no mar. Um terço da vida marinha e das embarcações são
destruídas (Ap. 8.8-9).
3a trombeta. Rios e fontes de água contaminados. Um terço de toda a água da terra poluída (Ap. 8.10-11). Isso
certamente contribuirá para a posterior secagem do Eufrates em Apocalipse 16.12.
4ª trombeta. Escuridão na terra. Desaparece um terço do brilho do sol, lua e estrelas (Ap. 8.12).
5a trombeta. A invasão da terra por demônios em forma de gafanhotos gigantes. Os habitantes da terra são
atormentados por cinco meses. Apenas 144.000 são poupados (Ap. 9.1-11).
6a trombeta. Uma horda de cavalos e cavaleiros infernais, isto é, seres infernais invadem a terra, comandados por
quatro anjos decaídos que estavam presos junto ao rio Eufrates. João diz que o número deles era de 200 milhões
(literalmente, no original). Morre um terço da população da terra (Ap. 9.13-21).
7a trombeta. Esta introduz os últimos e os piores juízos de Deus sobre o reino do Anticristo, sob as sete taças.
Uma grande multidão de israelitas fieis fugirá para os montes do deserto de Edom, no Sul de Israel, onde estarão
protegidos de destruição (Mt. 24.16; Ap. 12.6). Elias protegido aí, no passado, pode ter sido figura desse episódio.
Os últimos juízos divinos sobre o mundo. São as sete taças da ira divina, descritas em Apocalipse, capítulos 15 e
16. São flagelos e catástrofes em escala mundial e de efeitos destruidores jamais conhecidos.
1a taça. Chagas malignas sobre os adoradores da Besta (Ap. 16.2).
2a taça. O mar inteiro contaminado e tornado em sangue (Ap. 16.3). A vida marinha desaparece.
3a taça. Rios e fontes de água doce contaminados (Ap. 16.4). Este juízo decorre do derramamento de sangue
pelo homem, através dos milênios.
4a taça. O aumento de temperatura do sol, queimando os homens (Ap. 16.8-9). Este castigo resulta em blasfêmia
das massas, em vez de arrependimento.
5a taça. Trevas reais envolvem o reino do Anticristo (Ap. 16.10-11). Este juízo acarretará problemas imprevisíveis
na administração do Anticristo, seu reinado e seus negócios. Mais blasfêmias em massa, da humanidade, em vez
de arrependimento.
6ª taça. O rio Eufrates seca, assinalando os fatos iniciais da Batalha de Armagedom. Essa secagem agilizará o
avanço dos exércitos do Oriente, na sua marcha para Israel. Espíritos demoníacos incitarão as nações, que pela
instrumentalidade de Satanás, concentrarão seus exércitos em Israel. A essa altura, todos já estão plenamente
conscientizados de que o Senhor está para descer. Os estrategistas concluirão que o poderio combinado dos
exércitos do mundo inteiro destruirá Israel e o próprio Deus. A loucura do homem, causada pelos demônios, os
levará a esse ponto. Seu alvo principal é Jerusalém. O grosso das tropas ficará em Armagedom, ao norte de
Israel (Ap. 16.14-16), e parte também em Edom, ao sul (Is. 34.5-8; 63.1-6).
7a taça. Um terremoto mundial convulsionará violentamente toda a terra, anunciando o fim do mundo (Ap. 16.17-
21). Espetaculares mudanças ocorrerão na superfície da terra, destruindo cidades, abaixando montanhas,
elevando planícies e alterando todo o contorno dos mares.
A quase destruição de Israel. Os judeus lutarão desesperadamente. Será grande o morticínio em Israel (Zc. 13.8).
A capital (Jerusalém) será tomada, com requintes de perversidade, vandalismo e abuso contra a população,
especialmente mulheres (Zc. 14.2). Quando não houver mais esperança de salvação para os judeus, eles
clamarão a Deus (Is. 64.1-12), e nesse momento Jesus descerá visivelmente com seus santos. Todos verão isso
(Ap. 1.7; Jd v. 14). A presença e a palavra da boca do Senhor eliminarão num instante os exércitos do Anticristo
(2Ts 2.7; Ap. 19.11-21).
Eventos geofísicos. No momento em que Jesus tocar o Monte das Oliveiras, este se dividirá ao meio, produzindo
um grande vale (Zc. 14.4). Certamente toda área de Jerusalém e cercanias se tornarão em planície, ficando
Jerusalém num planalto, uma vez que da fonte que brotar em Jerusalém, águas correrão para o Mar Morto e o
Mar Mediterrâneo igualmente (Ez. 47.8-12). O Mar Morto onde atualmente não há vida, será um viveiro de peixes.
Julgamento das nações Os que escaparam da Tribulação serão agora julgados. A base do julgamento será a
maneira como as nações trataram os “irmãos de Jesus” (os judeus). Nações serão poupadas e ingressarão no
Milênio. Nações serão destruídas ali mesmo, isto é, seus habitantes serão eliminados (Mt. 25.21-46).
O final da carreira do Anticristo e do Falso Profeta. Serão imediatamente lançados no lago de fogo e enxofre, após
a descida de Jesus à terra.
O remanescente judaico que escapar de Armagedom. Dois terços dos judeus morrerão na investida
destruidora das forças do Anticristo. Um terço remanescente se arrependerá aceitando Jesus como o seu
Messias (Zc. 13.8-9; 12.10). Esse remanescente constituirá o núcleo dos “filhos de Abraão”, que
ingressarão no Milênio em seus corpos mortais, iniciando o reino milenar do Messias, gerarão filhos
carentes de salvação, uma vez que a salvação não é transmissível.
Satanás aprisionado. O agente divino para isso certamente será o arcanjo Miguel (Ap. 20.1-3). E o
epílogo do ato por ele iniciado em Apocalipse 12.7-12.
O reino milenar de Cristo (Ap. 20.4-6). O Milênio será o glorioso reinado de Cristo na terra por mil anos,
prevalecendo a justiça e a paz. Ingressarão no Milênio as nações que forem poupadas no Julgamento
das Nações, bem como os judeus que escaparem da campanha do Armagedom (Zc. 13.8).
O final da carreira de Satanás (Ap. 20.7-10). Sua carreira nefanda termina ai, após um rastro de muitos
milênios de males de toda espécie perpetrados contra a humanidade.
O Juízo Final (Ap.11-15). Todos os mortos ímpios ressuscitarão aqui, e serão julgados conforme suas
obras e enviados para o seu destino eterno: o lago de fogo e enxofre. Nessa ocasião, a Morte também
encerrará sua missão (Ap. 20.14).
Novos céus e nova terra. (Ap. 21 e 22). Aqui, o pecado terminou o seu curso. Os salvos já estarão
glorificados. Os perdidos estarão no seu lugar – o Inferno. Céus e terra serão renovados. Tornar-se-ão
como eram no princípio – sem pecado e mal.
Então, Deus será tudo em todos (1Co 15.28). Para sempre continuará o eterno e perfeito estado.
Concluindo este ligeiro estudo de Escatologia Bíblica, o autor deste livro diz para si mesmo o que disse o
patriarca Jó, no passado: “Porventura desvendarás os arcanos de Deus, ou penetrarás até a perfeição do
Todo-poderoso? Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás fazer? Mais profunda é ela
do que o abismo; que poderás saber?” (Jó 11.7-8).