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TAUBATÉ – SP
2002
1
TAUBATÉ – SP
2002
2
Data:
Resultado:
COMISSÃO JULGADORA
Prof.:
Assinatura:
Prof.:
Assinatura:
Prof.:
Assinatura:
3
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Para manter a competitividade dentro de uma economia globalizada foram
incorporados conceitos modernos de processo de produção. O principal deles foi o
trabalho organizado em Células de Produção, onde os trabalhadores multifuncionais
cumprem toda uma etapa do processo de produção. O objetivo das empresas é o de
aperfeiçoar continuamente sua organização e os métodos de trabalho para torná-las
mais competitivas, com custos reduzidos e alta qualidade em seus produto. E para isto
todos os seus colaboradores devem estar envolvidos em técnicas e procedimentos
inovadores, onde a qualidade tem que ser garantida em todas as fases do processo e
cada células de produção tem que funcionar como se fosse uma pequena empresa,
com metas definidas, compromissos e autonomia. Este trabalho sobre o Sistema de
Gerenciamento dos Objetivos das Células de Produção, tem como objetivo aprimorar
o Sistema de Produção da Volkswagen do Brasil, proporcionando um gerenciamento
mais uniforme das Células de Produção, conceituando-as realmente como uma
unidade de negócio, isto se dará através de um sistema denominado Orbital, o qual
visa facilitar e direcionar as tomadas de decisões dos Líderes das Células para buscar
de maneira mais rápida a solução dos problemas das Células. A busca incessante
pela qualidade contínua é um dos princípios das Células de Produção; para isto tem
que se buscar insistentemente satisfazer plenamente seus clientes internos e
externos, mantendo este ciclo até o produto final.
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Lay out da Distribuição das Células da Montagem Final .................. 35
LISTA DE SIGLAS
FIFO - First In, First Out (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai)
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................ 05
ABSTRACT ............................................................................................................ 06
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................. 07
LISTA DE SIGLAS ................................................................................................. 08
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
1.1 Sistema Toyota de Produção .................................................................. 11
1.2 Como as Pessoas Aprendem a Melhorar ............................................... 14
1.3 Quem são os Agentes das Melhorias ..................................................... 15
1.4 Como os Trabalhadores da Toyota Aprendem as Regras ...................... 16
CONCLUSÃO .................................................................................................. 54
1 INTRODUヌテO
fornecedor entre cada pessoa e aquele responsável por fornecer á essa pessoa cada
bem ou serviço específico.
Como resultado, não há dúvidas na hora de decidir quem fornece o quê a
quem e quando. Quando um trabalhador requisita peças, não há confusão sobre quem
é o fornecedor, o número de unidades pedidas ou o tempo para entrega. Da mesma
forma, quando uma pessoa precisa de assistência não há confusão sobre quem a
providenciará, como a ajuda será iniciada e que serviços serão fornecidos.
Na Toyota, a interação das pessoas é diferente em relação às outras
companhias. A requisição é feita através do Kanban, um cartão que especifica a peça
desejada, a quantidade, a localização do fornecedor e do usuário que instalará a peça.
É através do Kanban e de outros meios similares que se estabelecem ás ligações
entre os clientes e os fornecedores. Tal conexão é suave, como a passagem do
bastão nas melhores equipes olímpicas de revezamento, porque é treinada e
executada com o mesmo cuidado.
As linhas de produção na Toyota são projetadas de forma que cada produto
siga por um caminho específico e otimizado, o qual não deve mudar, a menos que a
linha de montagem seja expressamente reprojetada. A princípio, não existem
bifurcações ou voltas para complicar o fluxo em qualquer das linhas de suprimento na
Toyota, esta é a terceira regra.
A terceira regra vai contra o senso comum sobre as linhas de montagem e
compartilhamento de recursos, e mesmo contra o que muitos pensam ser o sistema
Toyota. De acordo com esse senso comum, à medida que o produto segue pela linha
de montagem, é passado para a próxima pessoa ou máquina disponível.
Similarmente, a maior parte das pessoas pensa que a ajuda deve vir do primeiro que
esteja disponível e não de um ajudante específico.
Ao exigir que cada produto siga um caminho específico, a regra garante que
um experimento ocorrerá à cada vez que o caminho for usado. Existem hipóteses
implícitas em cada caminho projetado conforme a terceira regra. Cada fornecedor
conectado à linha é necessário e cada fornecedor não necessário não está conectado.
Se os operários se encontram com vontade de encaminhar as peças para outra
máquina, ou se começam a procurar ajuda com outra pessoa além daquela indicada,
eles concluem que sua capacidade, ou demanda real, não corresponde às suas
expectativas. E não haverá ambigü idade sobre quais as máquinas envolvidas, então o
projeto da linha poderá ser revisto, assim a regra três, como a anterior, permite à
Toyota realizar seus experimentos e permanecer flexível.
Identificar os problemas é apenas o primeiro passo para fazer, de maneira
consistente, mudanças efetivas. As pessoas precisam saber como mudar e quem são
14
2 HISTÓRICO DA VOLKSWAGEN
3 O SIST E M A D E P R O D U ヌ テ O V O L K S W A G E N
Ø Sistema de materiais;
Ø Processos Padronizados de Qualidade;
Ø TPM;
Ø Qualificação e treinamento.
todos os turnos. Esta deve ficar arquivada em pasta de fácil acesso, pois é a base
para o treinamento de novos funcionários e de funcionários transferidos.
A responsabilidade de preencher a FTD será dos monitores auxiliados pela
Engenharia Industrial, bem como a manutenção da mesma ou este documento deverá
ser representado a real seqüência de trabalho abrangendo todos os turnos, sendo que
qualquer modificação ou movimentação deverá também ser informada à Engenharia
Industrial, pois a FTD reflete o conteúdo e os tempos das tarefas seqüenciais a serem
realizadas conforme o boletim de estudo de tempos.
3.8 P r o c e s s o P a d r o n i z a do d e Q u a l i d a d e
Cada grupo deverá ter um monitor, que será um membro do grupo com
capacidade para treinar novos operadores para as atividades do grupo, substituir
operadores ausentes e contribuir na realização dos objetivos da célula.
A Figura 1 mostra a distribuição das Células de Produção dentro da Montagem
Final.
Painel
FLUXO
Vidros
ÁREADE
LIBERAÇÃO
Para-choque Dress up
Bancos
ÁREADE ÁREADE
LIBERAÇÃO LIBERAÇÃO
Pneus
Pneus
ZP 8 ZP7
Door less
Oficina
Fonte:Volkswagen (2002)
Figura 1 - Layout da distribuição das Células da Montagem Final
VOLKSWAGEN do Brasil R2
Operações Montagem Final - TBT VIDROS
R2
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
2002 Junho Julho KW26 KW27 KW28 KW29 KW30
Retrabalho 10,7 11,8 9,7 19,7 12,6 8,1 12,1
R2 10,7 11,8 9,7 19,7 12,4 8,1 12,1
Prognóse
R3
5,5
4,5
3,5
2,5
1,5
0,5
Média
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2002
Objetivo
R3 2,9 3,9 5,4 3,5 2,2 2,2 3,5 3,2 2,1
PROGNOSE
Ocorrências / Defeito JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Revestimento Lat. Tras. / Riscado / Não ajusta 0,0104 0,0004 0,0036
Alça de Segurança / Deslocada 0,0036 0,0047 0,0025
Soleira Interna / Solta / Não ajusta 0,0014 0,0056 0,0017
O ponto de controle R4, também denominado Audit, tem como finalidade tratar
as não-conformidades detectadas no ponto de liberação final do veículo completo,
permitindo, deste modo, que os envolvidos com o problema atuem de modo sistêmico,
evitando a detecção do problema no cliente final. Este é um indicador que classifica o
produto final através de uma lista padronizada de defeitos, classificando estes defeitos
em “Classes de defeitos”. Existem quatro classes de defeitos, que são:
Ø Classe A1: veículos que não podem ser vendidos;
Ø Classe A: cliente reclama de imediato;
Ø Classe B: qualquer cliente reclama;
Ø Classe C: somente clientes criteriosos reclamam.
Cada classe de defeito possui pontuações específicas e quanto mais alta estas
pontuações, maior a gravidade do defeito. A Figura 4, na página a seguir, ilustra os
defeitos apontados por este indicador.
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GOL 4P GIII
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
2001 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
OBJETIVO 10,46 7,77 7,77 7,77 7,77 7,77 7,77 7,77 7,77 7,77 7,77 7,77 7,77
GOL 4P. Glll 9,80 7,80 2,60 3,60 2,90 7,30 3,60 5,71 3,64 6,50
Prognóse 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0
Ocorrências JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Cobertura soleira 0,00 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 1,90 0,00 0,40
Cob. soleira Folga 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,50 0,00 0,40
Rev. Inferior Col. C solto 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00
Vidro janela traseira 0,00 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40
Cobertura porta malas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,40 1,30
Rev. lateral tras. Posição 0,00 0,00 0,00 0,60 0,50 5,70 1,40 0,00 0,80
BRP
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
2001 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Objetivo 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0
BRP 75,4 83,6 70,6 69,8 76,0 67,2 60,8
Prognóse 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0 85,0
Fonte:Volkswagen (2002)
50,0 Balanceamento
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
2001 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Objetivo 16,00 14,00 15,00 15,00 15,00 16,30 16,30 16,30 16,30 16,30 16,30 16,30 16,30
Balanceamento 23,00 23,00 19,00 19,50 19,90 16,32 16,41
Prognose 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00
Fonte:Volkswagen (2002)
Figura 6 - Balanceamento de Linha
5 O SISTEMA ORBITAL
VOLKSWAGEN do Brasil
O B J E T I V O S D A C É L U L A
ABSENTEÍSMO PRODUTIVIDADE CUSTOS QUALIDADE
Absenteísmo 2,40 BRP 85% Horas Extras 0 AUDIT - 4P 7,77 PPU
VDA 6.3 90% Treinamento 6 h / homem AUDIT - Parati 6,45 PPU
SPVW 90% Refugo (R$ 000) 3,51 AUDIT - 2p GIII 6,31 PPU
Acidentes - Taxa 34 Suprimentos (R$ 000) 4,14 AUDIT - 2p GII 7,19 PPU
Frequência Ferramentas (R$ 000) 0,48 FUNKTIONS
GERENTE
FÁBRICA
G ERENTE
MONT. FINAL
SUPERVISOR
M. FINAL
APOIO
GERENTE
CÉLULAS
SUPERVISOR APOIO LOGÍSTICA
M. FINAL
MANUTENÇÃO SUPORTE MF
APOIO
QUALIDADE SUPERVISOR
ENGª
LOGÍSTICA
PROCESSO
APOIO
APOIO
L Í D E R E S LOGÍSTICA
MANUTENÇÃO 1° TURNO
FERRAMENTARIA 2° TURNO
3° TURNO
GERENTE
APOIO SUPERVISOR RH
MONITORES
RECURSOS RH
1o.T - GR1
HUMANOS
APOIO GR2
ENGª
SUPERVISOR GR3
INDUSTRIAL
ENGª IND. GR4 (CPM)
2o.T - GR1
APOIO
GR2 CONTROLLER
GER. ENG.IND.
M.SITE APOIO GR3
MANUTENÇÃO SITE GR4 (CPM)
3o.T - GR1 SUPERVISOR
CONTROLLER
SUPERVISOR GR2 GERENTE
MANUT. SITE GR3 CONTROLLER
APOIO GR4 (CPM) APOIO
QUALIDADE ARMAÇÃO
ASSEGURADA
SUPERVISOR SUPERVISOR
QA PINTURA
GERENTE GERENTE
QA PINTURA
Fonte:Volkswagen (2002)
que servirá para que os líderes das células registrem todas as pendências de cada
um destes integrantes. Após o preenchimento deste chart o responsável deverá anotar
o plano de ação para solucionar o problema.
Cada líder de célula deverá fazer reuniões semanais para tratar dos assuntos
mais relevantes e que precisam de métodos específicos de tratamento. Estas reuniões
deverão ser registradas em uma ata para certificar o histórico do problema e também
do Sistema Orbital.
Mensalmente o líder deverá se reunir com todos os integrantes da primeira
órbita para expor todos os objetivos da célula, os quais foram atingidos e os quais não
foram e também traçar e direcionar um plano de ação para atingí-los.
Na segunda órbita deverá constar o setor, nome e ramal dos supervisores
imediatos dos integrantes da primeira órbita. Se um dos integrantes da primeira órbita
não estiver atendendo as expectativas para o cumprimento dos objetivos, o líder da
célula deverá solicitar ao supervisor imediato deste integrante a substituição do
mesmo, ou se um problema está dificultando à célula para atingir seus objetivos e este
problema foge da alçada tanto do líder quanto dos integrantes dos setores auxiliares, o
supervisor do setor de apoio que está diretamente ligado ao problema deverá ser
acionado e então fazer parte do grupo para atuar na solução do mesmo.
Na terceira órbita deverá constar o setor, nome e ramal dos gerentes de cada
integrante da primeira órbita e conseqüentemente do supervisor deste integrante. A
regra é a mesma, ou seja, se alguém que estiver alocado nas camadas inferiores não
estiver atendendo ou mesmo um problema que não tenha sido solucionado com o
auxílio das camadas inferiores, o supervisor deverá solicitar ajuda para a camada
gerencial.
Desta maneira, o Sistema Orbital torna-se um sistema fechado tendo no seu
núcleo o corpo central das Células de Produção, ou seja, os Líderes e os Monitores e
em toda a sua volta um time definido, com grande potencial técnico e com um enorme
respaldo dos superiores imediatos.
Este sistema tem uma característica própria no seu funcionamento, ou seja,
tem que funcionar como se fosse uma explosão, de dentro para fora, explorando todos
os recursos oferecidos por todas as camadas que cercam o seu núcleo, por isto será
muito importante a atuação, o empenho, a dedicação e principalmente o
comprometimento de todas as pessoas em prol deste sistema e, conseqüentemente,
os objetivos serão alcançados.
46
Fonte:Volkswagen (2002)
Figura 8 - Matriz de Objetivos e Responsabilidades
48
Fonte:Volkswagen (2002)
Figura 9 - Sistema de Avaliação
49
Fonte:Volkswagen (2002)
Figura 10 - Rugas
50
Neste caso, o Líder deverá convocar uma reunião com os integrantes dos
setores de apoio do Sistema Orbital de sua Célula, direcionando este convite para os
integrantes das áreas que realmente estejam envolvidas neste tipo de problema, ou
seja, não adianta convocar para este tipo de reunião o integrante do setor de Relações
Humanas, deve-se verificar na Matriz de Responsabilidade e Abrangência as pessoas
específicas de acordo com o problema. Nesta primeira reunião o Líder deverá expor
para o grupo o problema e o que este problema está afetando o seu indicador, no caso
o R2.
Para atacar os problemas de maneira eficaz o grupo deverá usar os métodos
científicos disponíveis dentro do Sistema de Produção da Volkswagen. A Figura 11
mostra o diagrama de causa e efeito aplicado no caso.
CAUSAS
Fonte:Volkswagen (2002)
Figura 11 - Diagrama de causa e efeito
Forma irregular da
2 Corrigir forma QAPC Diego LW30 OK
guarnição na coluna "B"
Dimensional da lateral
7 externa não em ordem
Corrigir dimensional Armação João LW31 OK
Controlar processo de
8 Flange irregular
rebarba da flange
Armação João LW30 OK
Como para toda ação deverá ter um responsável, esta ação deverá constar no
chart da Certificação do Processo da área de responsabilidade deste responsável, ou
seja, o chart da Certificação neste caso será uma réplica do plano de ação.
Este procedimento serve também para que todos possam visualizar, com
extrema facilidade, quem é que não está colaborando de maneira eficaz com as
atribuições designadas, e na reunião mensal na qual deverá participar todos os
integrantes do Sistema Orbital pertencentes a esta Célula, na qual o grupo analisará
todos os objetivos atingidos e também o porque daqueles que não foram atingidos, e
cobrar neste momento um melhor empenho do integrante inadimplente com suas
pendências e prazos.
52
Certificação do Processo
Setor de
apoio
Qualidade Assegurada Peças Compradas Resp: Diego R 6286
Item Causa Ação Área Resp. Prazo Status
Forma irregular da
2 guarnição na coluna "B"
Corrigir forma QAPC Diego LW30 OK
Fonte:Volkswagen (2002)
Figura 13 - Certificação do Processo
6 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Luis Alvarenga.
Taubaté, janeiro/2003.
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