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PROVAÇÕES
CAPÍTULO 1
A carta de Tiago trata, neste capítulo, sobre Provações. Ela revela que Deus
está sempre nos provando e espera que sejamos aprovados. Deus não nos
quer o mal, pelo contrário, ele nos quer bem e quer que subamos de nível e
cheguemos à perfeição. Nosso tema será PROVAÇÕES QUE VISAM
APROVAÇÕES.
Somos provados por Deus naquilo que pensamos sobre nós mesmos.
Provados naquilo que acreditamos que somos ou no grupo que achamos que
pertencemos. O modo como definimos a nós mesmos mostrará se nossa
concepção sobre nós está correta ou incorreta aos olhos de Deus.
Tiago não era um apóstolo e muito menos fora um dos discípulos de Jesus
durante seu ministério terreno. Ele era filho de José e de Maria, mãe de Jesus.
Nesse texto ele se identifica como servo, mas não foi sempre assim, pois os
evangelhos revelam que numa situação Tiago, seus irmãos e Maria, foram à
Jesus para prendê-lo, como se Jesus estivesse louco por cumprir seu
ministério. Eles não entendiam e não aceitavam sua missão.
Alguns textos, como Mateus 13.55 e Marcos 6.3, revelam que Tiago era
irmão de Jesus e que havia outros irmãos e irmãs dele: “E seus irmãos, Tiago,
José, Simão e Judas?” Em Gálatas 1.19, Paulo diz que quando esteve em
Jerusalém não viu nenhum dos apóstolos. Viu apenas a “Tiago, o irmão do
Senhor”.
Quem nós somos. O que devemos pensar de nós mesmos. Paulo nos
ensina a “não pensar de nós mesmos além do que convém”. Devemos saber
quem somos e a importância que temos, mas não podemos exagerar no
conceito que temos de nós mesmos, achando que temos de ser tratados de
modo especial por causa do conceito pessoal que temos de nós mesmos.
Como irmão de Jesus ele podia entender que tinha de ser tratado de modo
especial. Poderia usar o fato de ter sido irmão de Jesus para exigir um
tratamento especial e submeter os outros a si. Poderia querer colocar os
apóstolos de Jesus como seus servos. Mas o texto traz a sua identificação e
mostra que Tiago fora aprovado por Deus na sua concepção pessoal. Ele não
se auto valorizava, pelo contrário. Ele afirma seu estado de “Servo de Deus e
de Jesus Cristo”.
O texto revela uma falha em Tiago. Ele escreve apenas “às doze tribos de
Israel”. Tiago era um crente conservador. Ele trazia em si muito do
exclusivismo do judaísmo. Jesus enviou seus discípulos a todos os povos, mas
Tiago, assim como Pedro, se sentia ministro apenas dos crentes descendentes
do Israel e dos haviam sido circuncidados.
Atos dos Apóstolos revela que Tiago criou alguns problemas por causa da
sua posição conservadora. Pedro, por exemplo, em Antioquia, teve de ser
chamado à atenção, por Paulo, por mudar de comportamento em relação aos
crentes gentios por causa da chegada de Tiago. Mas foi de Tiago a voz que
definiu e trouxe paz no embate no Concílio de Jerusalém.
Você será provado na sua concepção pessoal naquilo que você é, mas
também será provado na sua concepção daquilo que você tem. Quando
digo “no que tem” não estou falando de quem tem muitos bens. Falo também
sobre os que não têm bens.
Muitos se acham superiores por serem ricos. Outros se acham inferiores por
serem pobres e acham que os ricos são superiores porque são ricos. Esta é
um modo de provação divina para medir nosso valor, pois devemos medir
nosso valor pelo valor que o próprio Deus nos deu. Não podemos medir nosso
valor pelos bens que possuímos. Muitos são reprovados na sua concepção
pessoal quanto aos bens que possui.
O texto diz que o irmão humilde deve gloriar-se na sua dignidade. Se Deus
não lhe deu posses seja feliz e se valorize por ser amado por Deus, mesmo
não tendo riquezas. Se alegre naquilo que és. Paulo diz aos servos que devem
servir a Deus como servos, mas se tiver oportunidade de se libertar que se
libertem. Se o pobre pode mudar sua condição, mude, mas não deve, de modo
nenhum, sentir-se inferior por ser servo.
Tiago diz aos ricos que se gloriem na sua insignificância. Os crentes ricos
devem analisar sua vida independente dos seus bens. Conheço um rico que
morreu de fome, com um câncer na garganta. Suas posses não puderam
ajudá-lo. Tiago leva os ricos a entender que seu valor diante de Deus
independe dos bens que possui. Sua vida é tão frágil como a vida do pobre. O
rico não possui nada de diferente ou superior àqueles que possuem menos
bens materiais. Essa diferença é insignificante para Deus.
O texto revela que os ricos são como a erva que se seca com o calor do sol.
A altivez motivada pelos bens que possui é um erro. Tiago tratará, mais
adiante, sobre o erro de tratar de modo especial o rico e menosprezar o pobre,
mas aqui ele está tratando do modo como você vê a si mesmo por causa dos
bens que possui. Você percebe o teu valor com o que tem, seja muito ou
pouco? O pobre deve sentir-se digno pelo que é diante de Deus e o rico deve
sentir digno pelo que é diante de Deus, pois a riqueza ou pobreza é
insignificante no Reino de Deus.
O irmão que canta bonito na igreja pode exigir tratamento especial por
causa da sua voz e se outro tiver oportunidade que não lhe foi dada, sai da
igreja. Um irmão que fala bem exigirá se tratado com destaque, e se não lhe for
dada as oportunidades se sente ferido e sai da igreja também.
Tiago revela que Deus nos prova com base nos dons que possuímos. Como
esperamos ser tratados com base nos nossos dons? Tiago afirma que todo
dom perfeito vem lá do alto. O que você possui de dom vem de Deus. Foi-lhe
dado por Deus. Você o recebeu pela vontade de Deus. Você não o possui por
herança ou por mérito pessoal.
Os dons que recebemos de Deus são dados com propósito. Ele nos quer
como suas primícias. Paulo diz, na sua 1ª carta aos Coríntios, que “Se
queremos dons espirituais, devemos promover a edificação da
igreja”. Deus não dá dons para o bem pessoal de quem o recebe, mas para
que os dons sejam usados a favor do outro. Por isso, quem recebe dons não
deve se sentir melhor e mais importante que outros, mas mais responsável que
os outros.
Por pensar com orgulho por causa dos dons alguns pregadores escolhem
os seus ouvintes. Perguntam a quem os convida quantas pessoas deverão
ouvi-lo, e se o grupo for pequeno, se negam a falar, pois acham que será um
desperdício gastar seu tempo falando para um grupo pequeno. Estes se acham
bons demais para gastar sua saliva pregando para um grupo pequeno de
pessoas. Esses parecem não ler a Bíblia, pois Felipe, que estava num
ministério frutífero em Samaria foi retirado por Deus de lá para pregar para
apenas um homem que passava pelo deserto. E Felipe não questionou. Foi e
pregou ao eunuco, oficial da rainha Candace. O número dos ouvintes não pode
servir de base para aceitação ou recusa do convite que está sendo feito. Há
festa por “um” pecador que se arrepende.
Não se ache melhor por ter vários dons. Teus dons vieram do alto e
segundo a vontade de Deus. O teu valor não está na quantidade de dons, mas
no fato de ter sido amado por Deus.
Já vimos que você será provado naquilo que você pensa sobre você, como
você se valoriza em relação ao que possui de bens materiais e como você
exige ser tratado pelos dons que possui. Agora veremos outro modo de sermos
provados por Deus.
Romanos 5.1, diz que temos paz com Deus ao aceitarmos pela fé que fomos
justificados por Deus. Jesus faz seu convite para os cansados e oprimidos e diz
que no final encontrarão descanso para a sua alma. Esse descanso na alma
por sabe da inclinação divina em nos fazer o bem e não o mal me faz sentir
alegria nas provações, pois saberei que Deus tem algo de bom para mim,
mesmo em meio das provações.
O texto diz que a perseverança trará benefícios. Ela te fará perfeito. Todo
pintor famoso começou fazendo rabiscos inúteis. Sua perseverança fez dele
perfeito em seus traços únicos e que valorizaram seus quadros. Este é um
benefício da perseverança. Ela fará com que você vá retirando os erros da tua
vida à medida que caminha. As falhas serão percebidas e corrigidas com o
decorrer dos anos.
A tentação é negativa. O diabo nos tenta para nos destruir. Ele quer nosso
mal. Ele usa nossas fraquezas e desejos carnais para nos levar para o fundo
do poço, para nos afastar de Deus. Deus não tenta ninguém, pois não quer o
mal dos seus filhos.
Aí está a questão desse texto. Como devemos responder às privações?
Devemos responder com obediência. O texto trata sobre o pecado praticado
nas provações, provocados pelas privações. As pessoas não gostam de serem
privadas daquilo que desejam. Aí, então, quando privadas respondem com
rebeldia. Pecam contra quem os priva do seu desejo.
O pecado concretiza o desejo. Ele põe o desejo em prática. Você faz o que
não devia fazer e o pecado trará sérias consequências.
Você será provado nas tuas privações. Nas privações você deve responder
com perseverança, com esperança e com obediência. Se você não tem é
porque Deus não quis te dar. Se ele quiser te dar ele dará, mas enquanto não
tiver o que deseja, seja perseverante, esperançoso e obediente. Assim você
será aprovado.
Nem sempre sabemos o modo correto de agir. O que fazer então? Devemos
buscar a sabedoria. Devemos perguntar: como Deus quer que eu aja. No
segundo capítulo de Provérbios encontramos o modo de encontrar sabedoria.
Ele nos diz que devemos procurá-lo como se procura um tesouro. Se
soubéssemos que num lugar há um tesouro escondido nós cavaríamos e se
não o encontrássemos ficaríamos pensando nele até encontrar. Assim
devemos procurar a sabedoria, como a um tesouro.
O texto diz que não tem sabedoria quem não pede a Deus, pois quando
pedimos, ele nos dá. Ele nos colocará em situações que devemos agir de
acordo com a sabedoria que nos deu. É o caso de Salomão, que pediu a Deus
sabedoria e Deus o colocou diante de duas mulheres que lutavam pela guarda
de uma criança. Deus nos colocará diante de situações difíceis e com base na
vontade de Deus agiremos com a sabedoria que ele nos deu.
Devemos pedir a Deus a sabedoria, mas pedir com fé. Confie na resposta de
Deus, pois quem duvida é como onda do mar impelida pelo vento. É assim o
homem sem fé, pois pede sem confiança, assim não espera e não recebe
também.
O texto diz que a ira do homem não produz a justiça de Deus. Quando você
se vinga, você se torna tão pecador quanto aquele que te fez o mal. É assim
com os justiceiros, pois matam os culpados na justificativa de que a justiça é
lenta. Eles se tornam tão assassinos quanto aqueles que mataram por tê-los
feito o mal. Devemos confiar na justiça de Deus. Esperar que Ele aplique Sua
justiça, principalmente porque sabemos que Ele é duro no seu julgamento.
Você quer ser bem aventurado? Seja praticante da Palavra de Deus. Mas
encontramos aqui uma “Lei da Liberdade”. É estranho, pois toda lei proíbe algo.
Ela restringe a liberdade. Mas Tiago fala da lei da liberdade. É que Jesus Cristo
nos chamou para sermos livres. Devemos responder às situações não como
tendo um observador que nos poderá punir, mas como libertos em Cristo
para fazermos o que é certo. Somos convidados por Jesus para vivermos a
alegria de sermos libertos por ele para livremente obedecermos a Deus. É por
isso que o crente tem prazer em fazer a vontade de Deus, pois não a faz como
constrangido, mas livremente.
Por fim, no versículo 26 e 27, diz: “Se alguém supõe ser religioso,
deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua
religião é vã. A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai,
é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo
guardar-se incontaminado do mundo”.
Vimos também que o religioso deve refrear a língua, caso contrário, estará
enganando o seu coração. Tiago falará mais sobre o poder destruidor da
língua. Ela tem de ser domada, caso contrário, sua religião é uma mentira.
Devemos lutar com todas as nossas forças para sermos aprovados por
Deus. Quem desiste se torna um derrotado. Quem luta com perseverança
encontrará a vitória.
Seja você, meu irmão, um entre os vencedores que foram aprovados por
Deus.
A CONSUMAÇÃO DA FÉ
CAPÍTULO 2
No estudo passado vimos que Tiago revelou o modo como Deus prova seu
povo para que, no final, após várias provações, seja aprovado e usufrua das
benesses e do prazer da aprovação. Ele revelou que nada acontece por acaso
na vida do crente. Deus o acompanha e o prepara para viver nesse mundo,
como peregrino, é claro, porém da melhor forma possível, olhando sempre para
o seu destino final – o Céu.
O homem por si só não procura a Deus. Tanto o salmista (Sl 14.2), como
Paulo (Rm 3.9-18) deixaram registrado na Palavra de Deus que: “Não existe
nenhum justo, nenhum sequer. Não há quem o tema, não há quem busque a
Deus”. Diante desta incapacidade humana e da falta de interesse do pecador
por Deus, o próprio Deus veio ao encontro do homem, o salvou, vivificou e
despertou nele o desejo pela salvação e por Sua presença. Tendo consciência
desse fato, o pecador perdoado e salvo através da morte de Jesus Cristo,
inicia, então, o processo de purificação pessoal, lutando contra suas
inclinações pecaminosas e batalhando para fazer a vontade de Deus, tentando
agradá-lo com a obediência, para mostrar a Deus que é grato pela salvação
recebida.
Tiago já nos revelou que a religião se revela pura quando nos apiedamos
dos necessitados (órfãos e viúvas) nas suas tribulações e nos guardamos
incontaminados do mundo.
Sabemos que “Crente” é aquele que crê que Cristo morreu no seu lugar. Ele
crê que Sua morte lhe purificou de todos os pecados e lhe garantiu a entrada
no Céu. Paulo fala fartamente sobre a importância de crer e depender de Jesus
Cristo, sabendo que não há nada que o homem possa fazer para entrar no céu,
a não ser crer e depender da obra redentora de Jesus Cristo.
Somos crentes em Jesus Cristo. Ele é nosso Salvador. Por sua obra temos
livre acesso ao Pai e temos nossa entrada no céu garantida. No entanto, Cristo
não foi apenas o nosso Salvador. Ele também viveu e nos deu o exemplo do
modo como devemos viver. Tornarmo-nos seus discípulos é repetir em nossa
vida o modo como Cristo viveu. É obedecer a Deus exatamente como Jesus
obedeceu.
Jesus Cristo nos deixou o exemplo de como devemos tratar o próximo, seja
ele quem for. Não encontramos uma só situação em que Jesus tenha
menosprezado alguém. Ele conversou e se relacionou com todo tipo de gente.
Os pobres e os ricos estiveram em sua presença, sem distinção. Todos
ouviram suas mensagens sem preleções separadas por grupos. Ele curou o
servo do rico, como também o filho da viúva. Ele valorizou a mulher adúltera,
como a samaritana, assim como o rico e respeitado centurião romano. Jesus
nos ensinou que as pessoas valem o que valem, independente da sua situação
financeira, raça ou cor.
Isto se chama: “Acepção de pessoas”. Quem age desse modo no trato com
o próximo, sejam pastores ou crentes, revelam não serem discípulos do
Mestre, pois ele nunca agiu com acepção de pessoas (Rm 2.11). Tiago revela
que quando fazemos acepção de pessoas revelamos que ainda somos
crianças espirituais e faltam-nos muito aprendizado e amadurecimento da
nossa fé. Nossa fé ainda não se consumou. Teremos de andar muito ainda até
que nos revelemos discípulos do Mestre Jesus Cristo.
Ele nos induz a “Observar a lei régia”. Lei régia é a lei que dirige todas as
demais leis. A lei que nos fará obedecer às demais é: “Amarás o teu próximo
como a ti mesmo”. Quando se trata o próximo como gostaria de ser tratado, a
pessoa não faz nada de mal ou traz qualquer tipo de descontentamento ou
tristeza ao próximo, pois “Fará ao próximo aquilo que gostaria que fosse feito a
si mesmo”.
O texto deixa claro que agir com acepção de pessoas é pecado: “Se,
todavia, fazeis acepção de pessoas,cometeis pecado, sendo argüidos pela
lei como transgressores”. Transgredir a lei de Deus é atrair juízo divino.
Tratar o próximo em acepção de pessoas é tão pecado como trair a esposa ou
marido, mentir, roubar e até mesmo matar. Pecado é transgredir a lei de Deus
e tratar o próximo fazendo distinção entre um e outro é praticar pecado.
Estando numa vã ouvi uma conversa de uma mulher que se definia como
pastora e ela conversava com outra. Seu discurso triunfalista era admirável.
Dizia à outra que nada de mal poderia acontecer a ela porque Deus não
deixaria. Se ela confiasse em Deus nenhum mal viria sobre sua vida e que tudo
que ela imaginasse de bom se tornaria uma realidade na vida dela. Só que o
discurso se demonstrou falso e mentiroso. Chegando à parada da mulher a
“pastora” lhe disse: “irmã, não desça aqui não. Desça comigo na parada
seguinte e vamos juntas, pois aqui é perigoso”. E o discurso? Não dissera que
nada de mal lhe aconteceria? Será que a proteção e a companhia da outra
mulher seria melhor do que a proteção e companhia divina. Seu discurso se
mostrou falho, pois não se concretizou na prática.
Uma preocupação de Paulo era “não ser reprovado naquilo que aprovava”.
Todos nós fazemos a defesa daquilo que acreditamos ser bom e agradável.
Defendemos o direito e a justiça que é boa aos nossos olhos. Afirmamos crer e
confiar em Deus e exigimos que os outros sejam fiéis a Deus. Não aceitamos a
falha do próximo. Até aí tudo bem. Porém, as cobranças que fazemos para a
vida do próximo também se aplicam à nossa vida. Nosso discurso,
obrigatoriamente, terá de se refletir na nossa prática religiosa, caso contrário,
ele nos será um grande engano.
Jesus desprezou alguns judeus da sua época que agiam assim. Ele disse a
seus discípulos que “Deveriam fazer o que ele falavam, mas não o que eles
faziam”. Fariseus eram rigorosos no discurso, mas falhos na prática. Essa
atitude revela uma fé falsa, talvez inexistente.
Teu discurso terá de ser igual à tua prática, caso contrário, você revelará
que tua fé está sendo falha ou inoperante. A fé que tens em Cristo deve
regulamentar tua prática de vida. Se dizes que crês nEle, então deves viver
como discípulo fiel. Discurso e prática iguais. Isto é o correto.
No capitulo anterior Tiago deixou claro que “somos tentados de acordo com
nossa cobiça”. Nosso corpo deseja o prazer e procura satisfazê-lo. Nossa fé
nos diz que aquela prática é incorreta e no nosso discurso afirmamos ser
incorreto. Aí, então, estamos diante da situação de pecado. O corpo deseja e
pede o prazer. A mente diz que é errado, então, entra-se no dilema pessoal:
obedecer a Deus ou aos instintos carnais? A prática da fé revelará se tua fé é
verdadeira ou apenas uma mentira que você vem praticando durante a tua
vida. O fiel agirá de acordo com a sua fé.
Sabemos que não somos salvos pelas boas obras que praticamos e sim
pelo desejo de Deus em nos salvar, concretizado na morte e ressurreição de
Jesus Cristo. No entanto, um observador desatento dirá que Tiago defende a
salvação pelas obras, o que não é o caso. Se isto acontecesse teríamos aqui
uma contradição bíblica e o Espírito Santo que inspirou os autores bíblicos teria
falhado caso isto fosse verdade.
Tiago defende sim que: “A fé opera juntamente com as suas obras; com
efeito, é pelas obras que a fé se consuma”. Tiago não entra no mérito da
predestinação, adoção do pecador e da escolha divina. Ele observa a vida
prática do crente. Ele ressalta que o crente verdadeiro revelará, em sua vida, a
fé que recebeu de Deus. Ele combate os falsos crentes, que dizem que são
crentes, parecem crentes, mas a sua prática de vida não revela a sua fé. Tiago
os chama de mentirosos e falsos. Diz que se enganam a si mesmos. Para
Tiago a fé que o crente tem será revelada ao mundo através da sua prática de
vida. Não se trata apenas de fazer boas obras, mas de ter uma prática de vida
com obras dignas de um crente verdadeiro.
Seu exemplo visa revelar a inutilidade da fé de alguém que diz que crê, mas
a sua fé não regula a sua prática de vida. Isto é tão inútil quanto despedir o
faminto esperando que se sacie sem que tenha recebido o alimento necessário
ou que se aqueça sem que tenha recebido o cobertor.
A fé destes dois foi usada por Tiago para atestar que eles confirmaram que
criam de verdade não apenas porque diziam que criam, mas porque, na hora
da provação eles não tiveram dúvida de que sua fé era verdadeira e agiram
com base nela. Sua fé se concretizou no ato prático. Eles não somente
disseram que criam. Eles mostraram, com ação, que sua fé dirigia as suas
vidas. É por isso que Tiago disse: “Vês como a fé operava juntamente com as
suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou”. A teoria de
Tiago é clara: Fé e obras andam juntas.
Romanos 5.1, diz: “Justificado, pois, pela fé, temos paz com Deus”. Paulo
ensina que, quando temos a fé que Deus nos justificou através de Jesus Cristo,
nós, então, podemos e teremos a paz com Deus. Já Tiago diz: “Verificais que
uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente”. Tiago não rejeita a
justificação pela fé, mas não aceita que uma pessoa se afirme como salva e
redimida por Deus e não pratique sua fé, como confirmação da transformação
que Deus fez em seu coração. Para Tiago a fé anda junto com a prática cristã
verdadeira. Na sua comparação ele diz: “Porque, assim como o corpo sem
espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta”.
Irmão, a mensagem desse capítulo da carta de Tiago visa nos fazer colocar
em prática a nossa fé. Pedro disse que não podemos ser infrutíferos. Jesus
contou uma parábola em que a árvore que tendo recebido adubo e tendo sido
cuidada e mesmo assim não dava frutos, foi cortada. Deus quer que
frutifiquemos e que nossa fé se confirme na prática.
Seja um crente operoso. Não seja apenas ouvinte, mas um crente praticante
da Palavra de Deus, de modo que a tua fé regule o teu discurso e dirija a tua
vida para uma prática frutífera e verdadeira.
Deus disse à Abraão: “Sê tu uma bênção”. Ele foi uma bênção, de fato, mas
porque a sua fé não ficou apenas nas palavras, mas se tornaram ativas e
dominaram os atos dele. Faça o mesmo e seja uma bênção.
LÍNGUA
CAPÍTULO 3
O Rev. Jader Sathler passou em aperto em sua igreja. A bela construção foi
invadida pela água de chuva. Fizeram tudo certo na construção, mas um CD foi
jogado por garotos e um acabou em cima da boca do cano. A chuva veio. A
água encheu a calha e caiu tudo pra dentro da igreja. O forro não agüentou e o
prejuízo foi inevitável.
Tiago compara a língua a “uma fagulha que põe em brasas tão grande
selva!” Quantos problemas históricos foram criados pelo uso da língua.
Quantas vidas foram destruídas pelo seu uso. Uma mulher descontrolada
afirmou que um casal de idosos, que tinham um colégio, abusava sexualmente
de seu filho. A população se revoltou, queimou o colégio do casal e destruiu
suas vidas. No final foi comprovado que tudo não passou de um engano. Ô
língua! Vidas foram arruinadas por seu uso impensado.
Tiago diz que ela, além de ser “Fogo”, como já dissemos, é “Mundo de
iniquidades”. Quando a Bíblia se refere ao iníquo ela diz que ele é alguém
absolutamente perdido, sem perdão e mal por natureza. Suas atitudes não
visam o bem e sempre visam a destruição do próximo e o seu mal. É como a
natureza do iníquo que a Deus compara a língua.
Além da iniquidade natural da língua, Tiago diz que ela “Contamina o corpo
inteiro”. É pela boca que as pessoas são envenenadas e com a boca que elas
envenenam a vida do próximo. A língua não faz mal somente a ela mesma. Ela
destruirá a vida de quem a usa de modo impensado. Ela será danosa para
quem a utilizar para o mal. Ela causará grande mal ao próximo, mas também
contaminará todo o corpo de quem a utilizou de modo errado.
Ela também “Se condena ao inferno”. Lembre-se que não estamos falando
desse pedaço de músculos que fica na boca, mas do uso que você faz da fala.
Com a tua boca você se condena. Tua boca, sendo mal usada, pode te
condenar ao juízo terreno e também à condenação eterna.
Por outro lado o uso da língua revelará a ausência da sabedoria: “Se, pelo
contrário, tende em vosso coração inveja amargurada e sentimentos facciosos,
não vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria
que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca, pois, onde há
inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins”.
O texto revela ainda que “Esta não é a sabedoria que desce lá do alto;
antes, é terrena, animal e demoníaca, pois, onde há inveja e sentimento
faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins”. Estes são
sentimentos maus que herdamos de nossa natureza caída. Eles são
sentimentos demoníacos alimentados pela natureza rebelde e má. Devem ser
combatidos e de modo algum aceitos como naturais e aceitáveis.
Tua fala dirá quem você é: se sábio ou se néscio. Assuma a tua posição
nesta batalha e lute contra os maus sentimentos e desejos que há dentro de
você. Tua língua indomada tem de ser dominada. É possível bendizer a Deus e
fazer o bem com ela, mas ela tem de ser vigiada em todo tempo. Seja sábio e
domine a tua língua.
Seja o senhor do teu corpo. É você quem manda nele e não o contrário.
Aprenda na Palavra de Deus qual deve ser o seu modo de agir e aja de acordo
com a vontade de Deus. Não se deixe dominar pelo mal, mas vença o mal com
o bem. No uso da tua língua revele que você, temendo a Deus, tornou-se
sábio, então, tendo dominado a tua língua, Deus o usará em Sua Igreja como
um “Mestre” sábio e útil.
CONTENDAS
CAPÍTULO 4.1-17
Um método não muito antigo de demolição é a implosão. Antes só se usava
a explosão, mas ela era muito perigosa, pois se corria o risco de ferir pessoas
ao lançar destroços à longa distância. Ao contrário da explosão, a implosão
despeja os destroços sobre ela mesma. Assim fere somente a ela mesma.
Tiago inicia o capítulo quarto com uma pergunta retórica: “De onde
procedem guerras e contendas que há entre vós?”
Sendo tão má, a cobiça tem de ser tratada. Como tratar a cobiça e seus
efeitos? Tiago responde:
a) “Sujeitai-vos, portanto, a Deus” – Abandonar a sujeição aos desejos
carnais e se sujeitar a Deus é o primeiro passo. Todo crente deve conhecer
qual é a vontade de Deus para sua vida e obedecer. Deve rejeitar seus
desejos, pois o coração humano é enganoso.
b) Deve “Resistir ao Diabo, e ele fugirá de vós” – Diabo não se amarra.
Resiste-se e foge dele. Várias serão as situações em que estaremos expostos
ao pecado. Nesses momentos descobriremos o quanto naturalmente
desejamos praticá-lo. Satanás sabe direitinho quais são as “pedras” que deve
colocar diante de nós para tropeçarmos, pois somos tentados naquilo que
gostamos. Então, o tratamento contra a cobiça é resistir.
Gordinhos fazem regime na tentativa de emagrecer. É duro deixar de comer
as coisas gostosas que estão diante da gente, mas quem quer emagrecer tem
de resistir à vontade natural de comer. Assim é que resistimos a Satanás. Não
nos entregamos aos nossos desejos, assim ele, derrotado, foge de nós.
c) Não basta afastar o diabo de tua vida. É preciso se aproximar de
Deus: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros”. O garoto
magrinho se sente seguro quando está ao lado do amigo fortão. Assim também
será conosco quando estivermos na presença de Deus. Íntimos dEle e ao Seu
lado, nos sentiremos seguros contra o inimigo e mais motivados a não nos
deixarmos dominar pela cobiça dos desejos carnais.
d) Deus não habita em casa suja. Então devemos: “Purificar as mãos,
pecadores e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração”. Os desejos
insistirão em continuar lá. Teremos então, que fazer uma faxina em nossas
mãos e coração. Devemos tirar de nosso coração qualquer resquício do desejo
das coisas do mundo e no lugar dele colocar o prazer de obedecer a Deus.
e) O tratamento da cobiça exige mais: “Afligi-vos, lamentai e chorai.
Converta-se o vosso riso em pranto e a vossa alegria em tristeza”. Será
necessário um tratamento de choque. Você precisa lutar contra os teus
instintos naturais. Terá de passar a ver a ti mesmo como teu pior inimigo. E aí,
deve recusar o prazer do pecado. Deve sentir nojo por ter desejado algo que
Deus abomina.
Esta será uma tarefa difícil. Haverá choro, lamento e muita dor. Ninguém
anda no caminho da santidade sem luta. Há uma verdadeira guerra espiritual.
Há duas forças que lutam dentro do teu ser. Se afligires a tua alma para que
ela obedeça ao Senhor, então vencerás a cobiça. Se optares pelo mundo a tua
derrota é certa.
f) O último elemento no tratamento da cobiça é: “Humilhai-vos na
presença do Senhor e ele vos exaltará”. Se você se humilhar na presença
do Senhor você conseguirá vencer a cobiça. O cobiçoso se exalta para obter o
que deseja. O humilde busca satisfazer ao seu Senhor. A vitória está em se
submeter à vontade santa de Deus. Desse modo vencerás a cobiça e tua igreja
estará livre das contendas causadas por ela.
Outra questão é que, além de falar mal do irmão, muitos ainda julgam e
condenam o irmão sem dar-lhe a chance de se defender e se corrigir. Agem
como se eles mesmos não merecessem ser condenados por seus pecados. A
questão é que quem julga o próximo se acha superior à justiça divina. Torna-se
justiceiro: “Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da
lei e julga a lei”.
Quem como pessoa poderia julgar e condenar quem quer que seja?
Ninguém. Nem juiz, nem pastor, nem presbítero e muito menos os irmãos.
Sendo assim deveríamos aprender esta lição e nos calarmos na hora em que
formos tentados a expor nossos julgamentos. Se os julgamentos indevidos
acabassem dentro da Igreja as contendas também acabariam, pois este é um
item das causas das contendas no seio da igreja.
Para concluir quero lembrar a questão levanta por Tiago: “De onde
procedem guerras e contendas que há entre vós?”. Baseado nesta
pergunta tratamos sobre A ORIGEM DAS CONTENDAS. Descobrimos, no
estudo do texto, que as contendas...
a) PROCEDEM DA COBIÇA DOS PRAZERES DA CARNE;
b) PROCEDEM DOS JULGAMENTOS ALHEIOS SEM
MISERICÓRDIA; e,
c) PROCEDEM DA JACTÂNCIA INDIVIDUALISTA.
As contendas que surgem dentro das igrejas podem e devem ser evitadas.
Sua origem está dentro de nós. O mal não é externo, é interno. Se nos
tratarmos as contendas findarão. Então, a partir de hoje, cumpra o preceito
bíblico:“Se depender de vós, tende paz com todos os homens”.
Que haja paz na Igreja do nosso Senhor Jesus Cristo e na tua vida, meu
irmão. Deus te abençoe!
Tiago, quase no fim de sua carta, entrou neste assunto. Ele tocou no
calcanhar de Aquiles da humanidade. Sua última oração, no capitulo anterior
foi: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não faz nisto está
pecando”. Ai, então, ele tocou no bolso dos seus leitores. Para se fazer o bem
às pessoas é necessário gastar dinheiro.
Um erro enorme é achar que falar de dinheiro é tocar apenas nos ricos.
Tiago mostra que não, pois o rico egoísta e desonesto erra no seu modo de
adquirir seus bens e o pobre desejoso de possuir o que o rico tem também erra
quando, querendo fazer justiça, aplica meios desonestos para adquirir os bens
que deseja ter.
Deus cobrará dos desonestos e trará desventuras para suas vidas por
causa do modo como adquiriram seus bens. Veja o que Tiago disse:“Atendei,
agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que
vos sobrevirão”.
Provérbios 11.24b e 15.27a, diz: “Ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-
á em pura perda” e “O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa”.
O sábio deixa claro que quem adquire desonestamente os seus bens atrairá
para si e para sua família desventuras sem fim. Todos os que ajuntam mais do
que necessitam acabam tirando algo de outro que necessita. O que sobra em
tua mesa é o que falta na mesa de outros.
Outro julga ter feito um ótimo negócio porque comprou a casa de uma
pessoa que estava desesperada para salvar a vida de seus filhos vítima de
bandidos e por isso vendeu a casa pela metade do preço. Não julgue que você
fez um bom negócio, pois sabendo o preço justo, e tendo pago pela casa muito
menos do que o valor de mercado, aproveitando a situação, saiba que você
roubou daquela pessoa e Deus, tendo visto isto, cobrará de ti cada centavo que
você deixou de pagar.
Quando fores pagar pelo serviço de alguém você deve aplicar o princípio
cristão de fazer ao próximo o que gostaria que fizessem a ti, ou seja, pague ao
próximo pelo seu serviço o quanto você mesmo gostaria de receber caso você
fosse o trabalhador que trabalha para ti. Sendo justo você não transformará os
teus bens adquiridos em maldição para tua vida.
O Salmo 12.51, diz: “Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos
necessitados, eu me levantarei agora, diz o Senhor; e porei a salvo a quem por
isso suspira”. Provérbios 22.22,23, confirma o comportamento divino: “Não
roubes ao pobre, porque é pobre, nem oprimas em juízo ao aflito, porque o
Senhor defenderá a causa deles e tirará a vida aos que os despojam”. E diz
mais: (Pv 14.31 e 17.5) “O que oprime o pobre insulta aquele que o criou, mas
a este honra o que se compadece do necessitado”.
Viver no luxo sem se importar com aqueles que vivem no lixo é pecado. É
ser injusto e apoiar a injustiça social. É associar-se ao sistema capitalista
desonesto que faz o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre.
Não pense você que Deus não verá e não te julgará por causa desta situação
injusta e desonesta.
Vi isso dentro da minha casa e me serviu de lição. Minha mãe havia feito
muita comida para receber um grupo de pessoas em casa. O grupo foi menor
do que o esperado. Ela serviu e sobrou muito. Ela me pediu para ir à casa de
vizinhos pobres e perguntar se eles aceitariam a nossa comida. A resposta foi
afirmativa. Levamos tudo para sua casa. Comeram, fartaram-se e louvaram a
Deus pelo alimento recebido. Essa atitude é o que devíamos fazer sempre,
pois esbanjar e jogar no lixo o que falta na mesa do necessitado é pecado e
Deus, que vê isto, cobrará caro.
Pare para pensar e veja se está correta a tua gastança. Você gasta uma
fortuna com carros. Gasta rios de dinheiro com roupas e calçados luxuosos.
Desperdiça o dinheiro, gastando dissolutamente, sendo que este dinheiro está
fazendo falta na mesa de tantos necessitados. Porque não levar uma vida mais
simples e melhorar a vida de quem não tem nada?
Saiba que (Pv 28.27) “O que dá ao pobre não terá falta, mas o que dele
esconde os olhos será cumulado de maldições”. Quando você se importa com
o próximo e socorre o necessitado Deus vê e abre as portas dos céus e faz de
você uma pessoa ainda mais abençoada e abastada. No entanto, o contrário é
verdadeiro, pois quando você se nega a pensar na necessidade alheia e se
justifica por possuir o que tem e acha justo que o necessitado padeça da falta
das coisas básicas, você receberá do Senhor maldições por ter um coração tão
duro e insensível.
Em segundo lugar veremos que Tiago direciona sua atenção para o outro
lado. Ele acabou de mostrar que a riqueza que os ricos adquiriram injusta e
desonestamente é alvo do juízo de Deus. Agora ele mira sua atenção para os
pobres que se julgam injustiçados e correm o risco de fazer injustiça e sofrer
penalidades por agir assim.
Tiago usa o exemplo do lavrador para mostrar como deve ser nossa
paciência: “Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da
terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também
pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está
próxima”.
Cuidado: Orar para que Deus faça justiça não é exigir a punição daquele
que foi injusto conosco. A justiça de Deus é diferente da nossa. Para fazer
justiça aos que o rejeitavam (nós) Deus matou o seu próprio Filho. Veja que os
caminhos divinos se diferem muito dos nossos e Sua justiça é aplicada de
modo absolutamente diferente dos nossos.
Se você está sofrendo algum tipo de injustiça e se sente roubado nos seus
direitos cuidado com o que pretende fazer para alcançar os teus direitos. Teu
coração pode planejar, mas a resposta dependerá de Deus. Teus caminhos
podem parecer puros e corretos, mas o coração humano é enganoso e
corrupto, então não confie nele. Confia ao Senhor todos os teus caminhos.
Coloque tua causa no altar do Senhor, dê os passos necessários e espere
confiante pela resposta divina.
Cuidado para que não venhas a pecar na busca pelos teus direitos. Queixas
e ações horizontais fazem do justo um réu. Veja o que Tiago diz:“Irmãos, não
vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados”. Quando julgamos
aos outros nós nos colocamos na posição de juízes e acabamos atraindo juízo
sobre nós mesmos. O justiceiro toma o lugar do verdadeiro Juiz: “Eis que o
juiz está às portas”. Confie que o Juiz de verdade fará justiça.
Pode ser que você não veja o fruto do teu trabalho e seja vítima da injustiça
dos teus patrões ou dos teus superiores. Mesmo que venhas a sofrer injustiça
não se torne injusto fazendo injustiça para alcançar os teus direitos. Não
prejudique inocentes, pois assim tornar-te-ás réu e sofrerá punição. Confia tua
causa ao Senhor e lute com armas justas e corretas. Saiba que mesmo que
pareça que nada de bom acontecerá, no final, assim com aconteceu a Jó, Deus
te recompensará por tua perseverança.
Devemos aprender a lidar com nosso desejo de possuir bens neste mundo.
A conquista deles deve ser acompanhada de justiça e honestidade. Ninguém
que obtenha bens desonestos terá prazer em usufruir deles, seja o rico ou o
pobre.
RECOMENDAÇÕES FINAIS
Tiago 5.12-20