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Última esperança do homem nordestino, não caiu uma gota d´água sequer no
sagrado dia dedicado a São José. Mais uma vez se espraiava pelos carrascais a
desilusão quanto a melhores condições de vida proporcionada por um inverno
promissor, sobretudo em razão que, ano de intenso conflito na Europa, tinha-se
nos empreendimentos capitaneados pelo "Coronel" Delmiro Gouveia em
Alagoas, certeza de absorção da produção sertaneja, com ênfase à cotonicultura
e ao comércio de couro e peles tão valorizados em mercados externos longe
das guerra.
A retirada foi a única perspectiva de alento para vidas sofridas marcadas pela
rigidez de uma situação que com certa constância leva toda uma região ao
desespero inaudito, gerando naquele tempo beatos e cangaceiros.
O silvo rude do alíseo nordeste logo ecoou por plagas distantes espalhadas pela
imensa depressão sertaneja. Era o vento da seca encontrando campo fértil para
espalhar desditas inenarráveis.
Cem anos depois roga-se clemência divina para que não haja reedição do que
houve em 1915 no nordeste brasileiro, não obstante estarmos sentindo os
efeitos climáticos tão conhecidos que caracterizam sobremaneira períodos de
estiagens que tanto infelicitam a gente sertaneja.