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SEMANA 11 (EXTENSIVO)

TEMA O DIREITO À LEITURA E A EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA NO BRASIL


A partir da leitura da coletânea, produza um texto sobre o tema: O direito à leitura e a efetivação da cidadania no Brasil. Seu texto
poderá ser:
1) Uma dissertação argumentativa;
2) Um artigo de opinião de um professor de Língua Portuguesa a ser publicado em uma revista voltada para jovens;
3) Um editorial de um jornal de circulação local produzido por um coletivo de moradores de um bairro periférico.

TEXTO 1 E X TR A ! E XT R A ! O EX T R A OR D I N ÁR I O N O OR DI N Á R I O .

44% da população
brasileira não lê e nunca Para presidente da Câmara
comprou um livro, aponta Brasileira do Livro, falta de Assistir a TV é atividade
pesquisa Retratos da leitura favorece notícias preferida do brasileiro; leitura
Leitura. falsas. fica em 7º.

Estudantes brasileiros devem


Faltam livros nas escolas demorar mais de 260 anos para Brasileiro lê pouco; baixa
brasileiras; apenas 37% atingir qualidade de leitura de renda é uma das causas.
delas possuem biblioteca. países desenvolvidos.

TEXTO 2 P OR FORÇ A D A L EI , É P REC I S O L ER.


LEI N. 13.696, DE 12 DE JULHO DE 2018.
Institui a Política Nacional de Leitura e Escrita.
Art. 2º São diretrizes da Política Nacional de Leitura e Escrita:
I - a universalização do direito ao acesso ao livro, à leitura, à escrita, à literatura e às bibliotecas;
II - o reconhecimento da leitura e da escrita como um direito, a fim de possibilitar a todos, inclusive por meio de políticas de estímulo à leitura, as condições
para exercer plenamente a cidadania, para viver uma vida digna e para contribuir com a construção de uma sociedade mais justa;
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12244.htm>. [Adaptado].

TEXTO 3 NÓS QUE AQUI ES TAMOS P OR VÓS ES P ERAMOS .


A liberdade de leituras e de debates seria a autora do um novo amanhã radioso? A mais claudicante democracia seria melhor do que a mais ágil das
ditaduras? Difícil responder com clareza fora do estado idealizado das coisas. Amamos a democracia como uma abstração e a liberdade como uma utopia. O
Estado Democrático de Direito é defendido por muitos e seguido por alguns. Existe um pessimismo determinista que pode ser baseado no historiador Hyppolyte
Taine (1828-1893) que gozou de imenso prestígio no século 19 e quase esquecimento nos cursos de História de hoje. Tocqueville (1805-1859) achava que a
opinião do senso comum expressa em votações maciças e populares levaria o senso comum ao poder, o homem mediano (quase que, de forma anacrônica
diríamos, o populista). O povo votaria em quem dissesse o que desejava ouvir, nunca o que precisariam ouvir. O povo não estava errado. Apenas seria,
dedução algo aristocrática do juiz Tocqueville... o povo. Taine diria que o povo era condicionado e que suas ações poderiam, inclusive, ser previstas. Em outro
par anacrônico, poderíamos dizer que Tocqueville era o pensador sobre o populismo e Taine, o idealizador do algoritmo médio do consumidor-eleitor.
Citei Taine e Tocqueville. Eles são (por rumos diferentes) clássicos conservadores fascinantes: beleza do texto, influência sobre o pensamento, ideias fortes
e permanente abertura para novas interpretações. Funcionam como Santo Agostinho ou Karl Marx: não dependem da pífia opinião passageira de uma onda
política ou de um leitor que seleciona seus textos pelo viés de confirmação do seu mundinho. Ler Pierre-Joseph Proudhon, Rosa Luxemburgo ou Roger Scruton
não é decidir entre crisântemos ou margaridas em uma floricultura: são todos obrigatórios para quem pensa Estado, revolução, política ou poder.
Faz anos que digo a mesma coisa. Não é possível ler tudo. Não é sequer viável ler a maioria das obras sobre um único tema. O primeiro passo é tratar dos
clássicos que formaram o tema e alguns dos seus maiores comentadores. O inimigo nunca é, de fato, o “Marxismo cultural ou “Neoliberalismo”, o inimigo é
sempre a ignorância. Se você quer pensar, leia. Não o comentador, não um vídeo de YouTube, não um resumo simplificado. Leia o original. Mas é complexo
demais! Paciência. O caminho não tem flores apenas. Se você quer combater uma ideia da qual discorda, leia mais ainda. Leia sobre a ideia em quem a
formulou. Depois, leia os comentadores e críticos clássicos. Para formar uma ortodoxia, é fundamental conhecer a heresia. Quem sabe se, lendo, a crença cega
vira argumento? Boa semana para todos!
Leandro Karnal. Ler o inimigo. Estadão. Disponível em: <https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,ler-o-inimigo,70002789214>.[Adaptado].

TEXTO 4 ES TE T EX TO VAI MUD AR S UA VI D A


A literatura corresponde a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque, pelo fato de dar forma aos sentimentos e
à visão do mundo, ela nos organiza, nos liberta do caos e, portanto, nos humaniza. Negar a fruição da literatura é mutilar a nossa humanidade. Em segundo lugar, a
literatura pode ser um instrumento consciente de desmascaramento, pelo fato de focalizar as situações de restrição dos direitos, ou de negação deles, como a miséria, a
servidão, a mutilação espiritual. Tanto num nível quanto no outro ela tem muito a ver com a luta pelos direitos humanos.
A organização da sociedade pode restringir ou ampliar a fruição deste bem humanizador. O que há de grave numa sociedade como a brasileira é que ela mantém
com a maior dureza a estratificação das possibilidades, tratando como se fossem compressíveis muitos bens materiais e espirituais que são incompressíveis. Em nossa
sociedade, há fruição segundo as classes na medida em que um homem do povo está praticamente privado da possibilidade de conhecer e aproveitar a leitura de
Machado de Assis ou Mário de Andrade. Para ele, ficam a literatura de massa, o folclore, a sabedoria espontânea, a canção popular, o provérbio. Estas modalidades são
importantes e nobres, mas é grave considerá-las como suficientes para a grande maioria, que, devido à pobreza e à ignorância, é impedida de chegar às obras eruditas.
Para que a literatura chamada erudita deixe de ser privilégio de pequenos grupos, é preciso que a organização da sociedade seja feita de maneira a garantir uma
distribuição equitativa dos bens. Em princípio, só numa sociedade igualitária os produtos literários poderão circular sem barreiras, e, neste domínio, a situação é
particularmente dramática em países como o Brasil, onde a maioria da população é analfabeta, ou quase, e vive em condições que não permitem a margem de lazer
indispensável à leitura. Por isso, numa sociedade estratificada deste tipo a fruição da literatura se estratifica de maneira abrupta e alienante.
Antonio Candido. Direito à literatura. In: Vários escritos. São Paulo, Duas Cidades, 2011. [Adaptado].

UMA IMAGEM VALE MAIS TEXTO 6 OS NÚMEROS NÃ O MENTEM. SERÁ?


TEXTO 5
QUE MIL PALAVRAS?

Disponível em: <http://blogjailmaoliveira.blogspot.com/2012/03/retratos-de-


leitura-no-brasil.html>.
Instituto Pró-Livro. Retratos da leitura no Brasil. 4.ed. 2016.

TEXTO 4 S EN TE-S E, QUE L Á VEM C RÔNI C A!


Ler é um direito e não ler também. Preferências de cada um devem ser respeitadas, embora possam significar algo mais. O que me faz dizer isso? Sou
escritora e penso ser este um lugar de fala legítimo. Mas, a meu ver, há um problema imenso na cultura brasileira, um problema que diz respeito ao que o
sociólogo francês Pierre Bourdieu, por exemplo, chamou de habitus aquele modo de viver que é introjetado e resulta em um modo de sentir, de pensar e ser.
Ora, há um nexo a ser compreendido entre a “despolitização” ou “antipolitização” da vida e a falta de interesse pelo que há de mais complexo e mais difícil e
que, de um modo geral, faz parte do mundo dos livros e da leitura. Ler e não ler também são atos políticos. E políticas da leitura e da escrita não podem ser
deixadas de lado quando se trata de pensar um mundo melhor para se viver com pessoas melhor preparadas subjetivamente.
Entre a política e a leitura há uma analogia que nos ajuda a entender a nossa época. São dois hábitos que exigem esforço e que, depois de transpostas as
dificuldades do hábito, se não definem um novo prazer, pelo menos nos ajudam na expansão de nossas visões de mundo.
Eu fico triste de ver que telas (sejam de televisão, sejam de computador) suplantem os livros em nossa época. Que tipo de subjetividade surge desse
habitus da não leitura, em uma época em que a escrita é instrumentalizada de tantas formas, inclusive na internet, é uma questão para pensar.
Márcia Tiburi. Ler ou não ler, eis a questão: uma crônica sobre livros e leitura. Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/home/cronica-leitura-politica/>.
[Adaptado].

DICAS PARA VOAR AINDA MAIS ALTO

E FAÇA O PROVOCATIVO
A ENTREVISTA DE ZOARA A CANÇÃO “LIVROS”, DE
A BELA CRÔNICA “A TUDO E MAIS UM POUCO TESTE DE
FAILLA, COORDENADORA CAETANO VELOSO: “O
ARTE DE SABER LER ”, DE NA PÁGINA DO INTERPRETAÇÃO.
DA PESQUISA “RETRATOS QU E P OD E LA NÇ A R
RUBEM ALVES. INSTITUTO PRÓ-LIVRO. QUE TIPO DE LEITOR
D A LE ITURA NO BRA S IL ”. MUNDOS NO MUNDO.”
VOCÊ É?

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