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Abreviaturas e siglas 11
Prefácio 13
Introdução à edição original 17
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no meio de nós, são parte desse povo fiel que Deus nos confia.
Rostos de crianças, de jovens, de adultos... Alguns deles têm
o olhar puro do “discípulo amado”, outros, os olhos baixos
do filho pródigo. Não faltam rostos marcados pela dor e pela
falta de esperança. Mas todos esperam, procuram, desejam ver
Jesus. E por isso necessitam dos crentes, especialmente dos cate-
quistas, “não só que lhes ‘falem’ de Cristo, mas também que de
certa forma lh’O façam ‘ver’… Mas, o nosso testemunho seria
excessivamente pobre, se não fôssemos primeiro contemplati-
vos do seu rosto.” (NMI 16).»
Por isso, quero propor-vos que este ano nos detenhamos
no aprofundamento do tema da adoração.
Hoje, mais do que nunca, é necessário «adorar em espírito
e verdade» (Jo 4,24). É uma tarefa indispensável do catequista
que queira ganhar raízes em Deus, que não queira desfalecer
no meio de tanta comoção.
Hoje, mais do que nunca, é necessário adorar para tornar
possível a «proximidade» que reclamam estes tempos de crise.
Só na contemplação do mistério do Amor que vence distâncias
e se torna perto encontraremos a força para não cair na tenta-
ção de seguir de longe, sem nos determos no caminho.
Hoje, mais do que nunca, é necessário ensinarmos os nossos
catequizandos a adorarem, para que a nossa Catequese seja
verdadeiramente Iniciação e não apenas ensino.
Hoje, mais do que nunca, é necessário adorar para não
confundir com palavras que por vezes ocultam o Mistério,
mas sim darmo-nos o silêncio cheio de admiração que cala
perante a Palavra que se faz presença e proximidade.
Hoje, mais do que nunca, é necessário adorar!
Porque adorar é prostrarmo-nos, é reconhecermos humilde-
mente a grandeza infinita de Deus. Só a verdadeira humil-
dade pode reconhecer a verdadeira grandeza e reconhece
também o pequeno que quer apresentar-se como grande.
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ao largo, por sua vez, valorizam a sua vida, mas apenas parcial-
mente, atrevem-se a olhar apenas uma parte, aquela que creem
ser valiosa: sabem-se eleitos e amados por Deus (curiosamente,
na parábola, são duas personagens religiosas do tempo de Jesus,
um levita e um sacerdote) mas não se atrevem a reconhecer-se
argila, barro frágil. Por isso o caído lhes mete medo e não se
atrevem a reconhecê-lo — como podem reconhecer o barro dos
outros se não aceitam o próprio?
Se alguma coisa caracteriza a pedagogia catequística, se
em alguma coisa deve ser especialista o catequista, é na sua
capacidade de acolhimento, de se encarregar do outro, de cui-
dar que ninguém fique à beira do caminho. Por isso, perante a
gravidade e a extensão da crise, perante o desafio como Igreja
Arquidiocesana de nos comprometermos a «cuidar da fragi-
lidade do nosso povo», convido-vos a que renoveis a vossa
vocação de catequista e ponhais toda a vossa criatividade em
«saber estar» perto do que sofre, tornando realidade uma «peda-
gogia da presença», em que a escuta e a «proximidade» não
sejam apenas um estilo, mas também conteúdo da catequese.
E, nesta bonita vocação artesanal de ser «crisma e carícia
do que sofre», não tenhais medo de cuidar da fragilidade do
irmão com a vossa própria fragilidade: a vossa dor, o vosso
cansaço, as vossas perdas; Deus transforma-os em riqueza,
unguento, sacramento. Recordai o que meditámos juntos no
dia do Corpo de Cristo: há uma fragilidade, a Eucaristia, que
esconde o segredo do partilhar. Há uma fragmentação que per-
mite, no gesto terno do dar, alimentar, unificar, dar sentido à
vida. Que nesta festa de São Pio X possais, em oração, apre-
sentar ao Senhor os vossos cansaços e fadigas, bem como os
das pessoas que o Senhor colocou no vosso caminho, e deixai
que o Senhor abrace a vossa fragilidade, o vosso barro, para o
transformar em força evangelizadora e em fonte de fortaleza.
Assim o experimentou o apóstolo Paulo:
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Nossa Senhora de Lújan é a padroeira da Argentina. [N. dos T.]
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perigo para a Igreja não deva ser procurado fora mas sim entre
os seus filhos; na eterna e subtil tentação do abroquelamento e
do confinamento para se sentirem protegidos e seguros:
A Igreja… não pode recuar perante quem só vê confusão,
perigos e ameaças e perante quem pretende cobrir a variedade e
complexidade de situações com uma capa de ideologias gastas
ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar
e revitalizar a novidade do Evangelho arreigada na nossa his-
tória, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus
Cristo que desperte discípulos e missionários. Isso não depende
muito de grandes programas e estruturas, mas sim de homens e
mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como
discípulos de Jesus Cristo e missionários do seu Reino, prota-
gonistas de vida nova para uma América Latina que se quer
reconhecer com a luz e a força do Espírito.
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