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O documento discute a relação dialética entre o positivo e o transpositivo no Direito. Aponta que os textos legais expressam a juricidade, mas esta está para além deles. Também distingue normas, que prescrevem fins, de regras técnicas, que indicam meios para alcançar esses fins.
Originalbeschreibung:
Texto do professor português Baptista Machado
Originaltitel
MACHADO. O Sistema Cientifico e a Teoria de Kelsen
O documento discute a relação dialética entre o positivo e o transpositivo no Direito. Aponta que os textos legais expressam a juricidade, mas esta está para além deles. Também distingue normas, que prescrevem fins, de regras técnicas, que indicam meios para alcançar esses fins.
O documento discute a relação dialética entre o positivo e o transpositivo no Direito. Aponta que os textos legais expressam a juricidade, mas esta está para além deles. Também distingue normas, que prescrevem fins, de regras técnicas, que indicam meios para alcançar esses fins.
C) A dialéctica do <positivo» e do «trans-positívo». ..-posit
eran s� Do exposto se segue que existe necessariamente uma rel ,.,, 1he a: de tensão (e de transactividade) dialéctica entre o pólo p os �ªº º e o pólo · ~ extrapositivo · ou «trans-positivo>> · do Direito. Os tex;os e:,ds t1 1egais nao d eternunam ou criam «autonomamente» o jurídico d.os juridicidade: antes, eles são já uma expressão ou tradução d�s: que juricidade, a qual por princípio, e como referente último, está já ser e para além deles, está fora deles. Desse referente, da sua <<pré aqut -compreensão>> tem o intérprete de partir necessariamente se -pre pretende sequer entender esses textos como jur{dicos, como no] portadores de um sentido jur{dico (17). tens Se o legislador positiva a sua visão da ordem jurídica nos entt textos legislativos, ele está impossibilitado de o fazer sem, por essa um: via, nos remeter para algo que estáfora desses textos (embora neles pressuposto) e, portanto, para algo de extrapositivo ou trans- ord clai nac tem dois pólos: a realidade empírica que nos é dada e os valores em função util dos quajs o Direito nos prescreve o modo de regular a acção que nós art' exercemos sobre ela ou no seu quadro, fundando-se a descoberta ou a qu1 invenção dos meios desta acção sobre as ciências positivas( ...), ao passo que a COl escolha dos fins ao serviço dos quais ele ajusta estes meios é determinada pelos valores aos quais aderem, conscientemente ou não, espontânea ou en: resignadamente, os homens que o criam e o efectivam...». Donde conclui taI que «o conteúdo do Direito não pode ser aprofundado, a sua estrutura ar1 nitidamente recortada e a sua natureza bem escfarecida senão pela análise dos valores em que ele se apoia e pela pesquisa do seu fundamento». Obser vemos a prop6sito que, se o Direito tem dois pólos, é lógico que tenha , também dois «referentes». 6. - No mesmo trabalho, a pp. 377, adverte HussoN que, «se se quer falar com precisão, é preciso distinguir as normas, que recomenaam ou prescrevem fins, das regras técnicas, que indicam os meios expeditivos de os alcançar,. As regras técnicas fundar-se-iam sobre a análise das realidades re sobre as quais nos propomos agir, ao passo que as normas supõem uma escolha entre fins possíveis e o critério desta escolha encontra-se nos valores Cl (ih., p. 378). Desejamos a prop6sito salientar que, neste escrito, apenas falaremos de normas neste sentido estrito, isto é, enquanto regras de conduta directame,nte fwidadas numa opção valorativa. Deixaremos de fora d.as - nossas considerações, portanto, as leis-medida e outras regras técnicas. (17) Neste mesmo sentido,]. HRUSCHKA, oh. cit., passim.
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