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ANÁLISE DA SEGURANÇA NO TRABALHO EM ALTURAS

EM OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL DE GOIÂNIA

Rezende, J.V.P. 1; Silva, P. A.2


Graduandos, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil
Custódio, M. Q. M. 3
Professora Ma., Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil

1
julianavilela1@hotmail.com; 2 paolla_adriana@hotmail.com; 3 mayqm@yahoo.com

RESUMO: Os trabalhos em altura na construção civil oferecem significativo risco aos funcionários. É extremamente importante
que os trabalhadores tenham consciência e sigam as instruções e regras necessárias para uma proteção eficaz, assim como que as
empresas responsáveis exerçam conscientização e fiscalização eficientes no sentido de assegurar a segurança de seus funcionários.
Os equipamentos e procedimentos de segurança são explorados na presente pesquisa com o intuito de estabelecer reflexões sobre
o gerenciamento de riscos envolvidos nas atividades em diferença de nível. O trabalho foi desenvolvido com a finalidade de
demonstrar algumas das principais causas dos acidentes em altura e as medidas de controle e gestão dos acidentes adotadas pelas
empresas e pelos trabalhadores. Para isso, foram realizadas pesquisas em campo com aplicações de questionários para funcionários
e gestores de obras, além de um checklist com análise de variados itens de segurança. Com a compilação dos resultados, é possível
notar a real necessidade de fiscalização constante no canteiro de obras, principalmente por um excesso de autoconfiança por parte
do trabalhador, que pode gerar acidentes. Nota-se também que as próprias empresas ainda pecam quando o assunto é segurança em
trabalhos em altura. Sem o devido cuidado e fiscalização, os trabalhadores ainda não entendem o risco que correm na execução
deste tipo serviço, então cabe à empresa fiscalizar, monitorar e realizar cursos informativos e treinamentos para que, cada vez mais,
os funcionários se conscientizem sobre os riscos que correm e se resguardem contra eles.

Palavras-chaves: trabalho em altura, fiscalização, segurança, equipamentos.

Área de Concentração: 01 – Construção Civil

a tarefas perigosas sem espírito crítico ou capacidade


reivindicativa. (PEREIRA, 2012, p.30)
1 INTRODUÇÃO
Vale ressaltar que a capacitação dos profissionais que
O grande aumento da população e a falta de espaço em trabalham em alturas é extremamente importante para
grandes cidades gera uma alta demanda por construções que os acidentes sejam reduzidos, assim como a
verticais, o que resulta em trabalhadores da construção fiscalização das atividades realizadas. Em grande parte
civil executando cada vez mais trabalhos em alturas, os dos casos, os acidentes não ocorrem por falhas técnicas
quais ocasionam riscos de acidentes que podem ser nos equipamentos, mas sim por mau uso por parte do
fatais. Assim, devido ao perigo inerente à execução trabalhador ou negligência dos gestores.
destes serviços, é de extrema importância a
Segundo Barbosa e Lins (2017), um profissional que
conscientização e a orientação apropriada para que o
execute trabalhos em altura deve participar,
trabalhador realize os trabalhos em altura em
constantemente, de treinamentos teóricos e práticos de
segurança.
forma que esteja devidamente qualificado para executar
O trabalho na construção civil é notoriamente um essa atividade.
serviço pesado e mal remunerado, sendo procurado
O trabalho em altura deve sempre ser precedido de uma
principalmente por trabalhadores com pouca formação
análise de risco para avaliação, identificação e
escolar e profissional. Tais fatores propiciam a sujeição

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antecipação de eventos indesejados ou possibilidade de equipamentos sem identificação e manutenção
ocorrência de acidentes. (BARBOSA; LINS, 2017). adequada, falta de prumo, apoio e amarrações
malfeitas, improvisações e profissionais mal
orientados. Esses são alguns dos problemas enfrentados
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA na montagem dos andaimes que, além da morte dos
trabalhadores, podem resultar em obras com
cronogramas atrasados e desempenhos
2.1 Normas regulamentadoras do trabalho em altura comprometidos”. (FIGUEROLA, 2013, p. 35).
As principais normas brasileiras que se referem ao Outro equipamento muito utilizado é a grua, que possui
trabalho em altura são a NR-35 e NR-18. capacidade de movimento nos eixos horizontal e
A NR-35 – Trabalho em altura (BRASIL, 2016) é o vertical, contribuindo significativamente para o
principal documento normativo no que se refere a aumento da produtividade de uma obra. Há três tipos
trabalho em diferenças de nível, e envolve principais de grua: fixa, móvel e ascensional, sendo que
procedimentos para o planejamento, a organização e a a última é a mais utilizada na construção civil.
execução destes serviços, de forma a garantir a Para operar uma grua, um trabalhador deve ser
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos qualificado “com capacitação mediante treinamento na
De acordo com a norma, é considerado trabalho em empresa, curso ministrado por instituições privadas ou
altura qualquer serviço que ofereça perigo, realizado no públicas (desde que conduzido por profissional
mínimo 2,00 metros acima do nível da superfície. habilitado) ou experiência comprovada em carteira de
(BRASIL, 2016, p. 1). trabalho de pelo menos 6 (seis) meses na função", de
acordo com a NR-18. (BRASIL, 2015, p. 43).
Cabe ressaltar que é indicado que seja feito o
planejamento de medidas para evitar o trabalho em Destacam-se também entre os equipamentos para
alturas sempre que houver outra possibilidade para a trabalhos em alturas os balancins, chamados também de
realização da tarefa exigida. Nos casos em que a altura ‘andaimes suspensos’. “São utilizados para reformas
não puder ser eliminada, indicam-se ações que em fachadas, pinturas, limpezas, impermeabilizações e
diminuam os riscos de queda e suas possíveis instalações de tubulações, de forma que trabalham sem
consequências. (BRASIL, 2016, p. 3). obstruir a passagem dos pedestres no pavimento térreo,
constituindo uma opção segura para estas operações”.
A NR-18 – Condições e Meio ambiente de Trabalho na (ARAÚJO, 2013, p. 1564).
Indústria da Construção (BRASIL, 2015a) também
deve ser considerada no tocante da segurança de Salienta-se que a norma NR-18 foi alterada pela
trabalhos em altura na construção civil, já que em Portaria SIT N° 318, de 8 de maio de 2012, da
algumas de suas especificações, aborda regras que se Secretaria de Inspeção do Trabalho, de forma que, a
encaixam na segurança do trabalho nas alturas. Em seu partir desta data, as edificações com quatro ou mais
item 18.13 (BRASIL, 2015a, p. 13), denominado pavimentos ou altura superior a 12 metros passaram a
“Medidas de proteção contra quedas de altura”, a norma ser obrigadas a contar com dispositivos de ancoragem e
expõe a necessidade da instalação e construção de sustentação de cabos de segurança para serviços de
meios que garantam a segurança do trabalhador civil. limpeza, manutenção e restauração de fachadas. Estes
dispositivos permitem a instalação de balancins sem a
necessidade de contrapesos ou fixação de estruturas
2.2 Equipamentos para trabalhos em altura metálicas na cobertura do edifício.
Entre os principais equipamentos utilizados na Outro equipamento frequentemente utilizado é a
construção civil para trabalhos em alturas, estão os plataforma elevatória, que auxilia principalmente o
andaimes, que consistem em “plataformas necessárias serviço de eletricistas e encanadores, pois possibilita o
à execução de trabalhos em lugares elevados, que não trabalho em pontos altos com boas condições de
possam ser executados em condições de segurança a segurança.
partir do piso. São utilizados em serviços de construção,
reforma, demolição, pintura, limpeza e manutenção”. Salienta-se que, para a segurança do operário, a
(ABNT, 1990, p. 1). plataforma elevatória deve contar com guarda-corpo e
rodapés de proteção. (PERURIFOY et al, 2015, p. 715).
Existem vários tipos de andaimes, entre eles:
simplesmente apoiado, fachadeiro, móvel, em balanço, Também frequentemente utilizado em obras, o elevador
suspenso mecânico, etc. cremalheira é uma máquina de transporte vertical que
funciona por meio da movimentação de engrenagens
De acordo com Figuerola (2013, p. 36), a segurança em mecânicas. Segundo Hipólito, (2011, p. 27), pode
andaimes depende de três fatores: projeto apropriado, suportar cargas de até 2.000 kg e apresenta elevado grau
mão de obra qualificada e treinada e equipamentos em de segurança.
conformidade. "Projetos com pouco detalhamento,

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De acordo com a NR-18 (ABNT, 2015a, p. 27), o materiais, pessoas e ferramentas, sendo exemplos
equipamento deve conter um dispositivo eletrônico, de destes equipamentos as bandejas de proteção, as telas
forma a não permitir seu manuseio quando seus acessos de fachadas, os guarda-corpos, entre outros.
estiverem abertos. Não é permitida ainda a operação do
Considerando os riscos específicos do serviço, é
elevador cremalheira sob qualquer condição climática
possível determinar os equipamentos de proteção
que ofereça riscos ao trabalhador, nem tampouco o
necessários e as medidas de segurança ideais para
transporte de pessoas e animais não envolvidos com os
prevenir possíveis acidentes.
serviços executados na plataforma.
Outra medida a ser adotada são os cursos e palestras,
Por fim, a cadeira suspensa constitui um equipamento
que podem ocorrer dentro do próprio canteiro de obra
de movimentação individual de trabalhadores no
onde será realizado o trabalho em altura.
sentido vertical, realizado por manivelas. Esse
equipamento é indicado para serviços de pintura, Devem ser abordados temas que capacitem
limpeza de fachadas e trabalhos em locais confinados. profissionalmente os trabalhadores para exercer com
Durante o trabalho neste equipamento, "o trabalhador segurança trabalhos específicos, e gestores para
deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, fiscalizar corretamente e gerenciar os riscos envolvidos
ligado ao trava-quedas em cabo guia independente". com estes serviços.
(BRASIL, 2015, p.52). De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, só
é permitido que um trabalhador execute tarefas em
2.3 Medidas de proteção para trabalhos em alturas alturas depois de passar por um treinamento obrigatório
baseado na NR-35. O treinamento deve ser teórico e
Em um canteiro de obras, algumas medidas devem sem prático com carga horária de oito horas e incluir no
tomadas visando a segurança do trabalhador e criando conteúdo formas de análise de riscos, sistemas,
um ambiente seguro de trabalho para o mesmo. equipamentos e procedimentos de proteção. Além
A sinalização de segurança em um canteiro de obras é disso, deve preparar os trabalhadores para agir em
de extrema importância, e pode inclusive evitar situações de emergência, com noções de técnicas de
eventuais acidentes de trabalho. A sinalização deve resgate e de primeiros socorros. Este treinamento
chamar a atenção do trabalhador e conter informações promove a capacitação para realizar o trabalho em
claras e objetivas sobre a mensagem a ser passada. altura, tornando o trabalhador apto para o exercício da
função.
“O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo
de: [...] advertir quanto a riscos de queda; alertar Em algumas empresas de Goiânia, é colocado em
quanto à obrigatoriedade do uso de EPI específico para prática ainda o método chamado DSS – Diário de
a atividade executada (com a devida sinalização e Segurança Semanal, de forma que é ministrada uma
advertência próximas ao posto de trabalho); alertar palestra a cada semana (geralmente às segundas-feiras)
quanto ao isolamento das áreas de transporte e para conscientizar os trabalhadores dos riscos e lembrar
circulação de materiais por grua, guincho e guindaste”. as medidas protetivas.
(BRASIL, 2015a, p.35).
Salienta-se que “o canteiro de obras muitas vezes é área 2.4 Acidentes em altura na construção civil
tão complexa que torna a sinalização tão importante
“Considerada uma das maiores indústrias do mundo, a
quanto o uso de Equipamentos de Proteção Individual”.
construção civil também representa,
(PINTO, 2011, p. 1).
proporcionalmente, um dos segmentos com maior
Além da sinalização, outra importante medida a ser índice de acidentes e doenças, num cenário que registra
tomada é o uso dos equipamentos de proteção. Estes um elevado índice de mortes”. (EGLE, 2009, p. 1)
equipamentos podem ser individuais, garantindo a
De acordo com Roque (2005, p. 4), entre as principais
segurança apenas do trabalhador que estiver em uso dos
causas de acidentes na construção civil estão: a
mesmos, ou coletivos, os quais abrangem todos os
ausência e/ou falta de proteção em trabalhos em altura
trabalhadores que estiverem nas proximidades do
e consequente perda de equilíbrio; a falha de uma
equipamento em questão.
instalação ou um meio de segurança; uma metodologia
É de responsabilidade do empregador o fornecimento inadequada de trabalho; e o contato acidental com
destes equipamentos, assim como das informações condutor ou massa sob eletricidade.
sobre a forma que devem ser utilizados
Na figura 1, observa-se um gráfico que mostra as
Segundo Pereira (2012, p.51), os equipamentos de principais causas de acidentes na construção civil, de
proteção individual são usados quando existe iminência acordo com a visão dos trabalhadores. O estudo foi
de perigo para um trabalhador. Já os equipamentos de encomendado pelo Sintracon-SP (Sindicato dos
proteção coletiva, conforme exposto por Figuerola Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo) e
(2012, p. 1), são utilizados para conter queda de realizado pelo IEC (Instituto de Ensino e Cultura), que
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entrevistou 659 operários entre 5 e 30 de junho de 2009 Inspeção em Segurança do Trabalho do Ministério do
na cidade de São Paulo. Trabalho” (FILHO, 2014, p. 1). Cabe ressaltar que,
segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego –
MTE (BRASIL, 2014, p. 1) 40% dos acidentes de
Figura 1 – Motivos de ocorrência de acidentes. trabalho no Brasil estão relacionados a quedas de
Fonte: Egle, 2009. trabalhadores de alturas.
Catai (2014, p. 14) ressalta que muitos acidentes não
são registrados, principalmente quando envolvem
construtoras de pequeno porte, e avalia também que,
parte das causas dos acidentes provem da ausência de
treinamento dos trabalhadores.

3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada para execução da pesquisa é


composta por levantamento bibliográfico, pesquisa em
campo e análise de dados, visando fornecer um estudo
qualitativo e quantitativo envolvendo a realização de
trabalhos em alturas em obras de construção civil. Na
O auditor fiscal de trabalho Juarez Correia, da
primeira parte do trabalho, foi utilizado o método
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de
Estado da Arte, que objetiva compilar todo o
São Paulo, do Ministério do Trabalho e Emprego,
conhecimento existente em distintas fontes de
ressalta que a interpretação dos trabalhadores pode estar
informação bibliográfica, com o intuito de fazer uma
equivocada: "Não estou afirmando que a pesquisa está
análise geral sobre os fatores que envolvem o trabalho
errada, acredito, aliás, que está certa. Mas o trabalhador
em alturas e despertar uma maior conscientização
não tem informação suficiente para analisar que os
acerca deste tema.
acidentes podem surgir nos canteiros por falta de
investimento da empresa, de uma política interna de Em seguida, foram realizadas visitas técnicas em dez
prevenção, de treinamento, de uma série de outros obras de Goiânia e região metropolitana, de diferentes
fatores que estão sob responsabilidade dos gestores. Ele construtoras, ocorrendo a aplicação de questionários
traz para si a responsabilidade. Essa é a minha (em que o público alvo de aplicação das perguntas
preocupação", explica. (ROCHA, 2009. p. 1) foram funcionários de diferentes serviços e gestores das
obras) e checklists (em que foi conferido no local o uso
A análise do gráfico mostra que mais da metade dos
dos equipamentos e procedimentos de segurança).
trabalhadores considera que a falta de atenção é o
principal motivo que leva a acidentes em um canteiro A partir do questionário realizado, foi feita uma análise
de obras, mas não é levantado no gráfico qual seria a qualitativa, com o objetivo de demonstrar algumas das
razão da falta de atenção e nem como evitá-la. Outro principais causas dos acidentes em altura e as medidas
motivo citado pelos trabalhadores na pesquisa é a falta de controle e gestão dos acidentes de trabalho adotadas
de uso de EPI e a falta de proteção, o que nos mostra, pelas empresas.
mais uma vez, a grande necessidade de implantar
A aplicação dos checklists para conferência do uso dos
medidas de segurança que protejam o trabalhador. As
principais procedimentos de segurança e equipamentos
faltas de fiscalização, de sinalização e de investimento
de proteção individual e coletiva, possibilitou uma
em segurança do trabalho também aparecem na opinião
análise de dados mais quantitativa, representada por
dos trabalhadores como fatores causadores de
meio de tabelas e gráficos.
acidentes, mostrando que ainda que é preciso
conscientizar as empresas responsáveis sobre a
importância da realização de cursos e palestras e a 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
necessidade de uma sinalização eficiente e uma
fiscalização constante dentro do canteiro de obras. Os resultados obtidos por meio dos questionários que
“De acordo com dados estatísticos do Ministério da foram aplicados aos trabalhadores e gestores das obras
Previdência Social (MPS), o setor da construção visitadas permitem uma análise ampla em relação à
registrou 59.808 acidentes de trabalho em 2011, o que, segurança que envolve o trabalho em alturas,
comparando com os dados de 2010, mostra um destacando a extrema importância do gerenciamento de
crescimento de 6,9%. Diante deste cenário, a indústria riscos envolvidos nestas atividades, assim como da
da construção foi o setor mais autuado pela Auditoria necessidade de conscientização em relação às
Fiscal do Trabalho, segundo dados divulgados pela adequadas medidas de segurança e prevenção.

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Na Figura 2, observa-se um gráfico que foi elaborado e não obediência às normas de segurança necessárias
de forma a demonstrar o percentual de trabalhadores, para proteção dos operários são fatores agravantes para
em relação à totalidade dos entrevistados, que já o aumento do perigo de acidentes em altura.
mencionou já ter sido vítima ou presenciado algum
acidente de trabalho em altura na construção civil.
Figura 3 – Fosso de elevador sem proteção (2017).

Figura 2 – Gráfico de trabalhadores que já foram vítimas


ou presenciaram acidentes de trabalho em altura (2017).

Você já foi vítima ou presenciou


algum acidente em altura?

12%

88%
Sim
Não

Fonte: Autoria própria.


Fonte: Autoria própria.

Como era esperado, pode-se observar que a pesquisa Figura 4 – Fosso de elevador sem proteção (2017).
em campo revelou que é significativa a quantidade de
trabalhadores que já sofreu ou presenciou algum tipo de
acidente em altura. Esse resultado ressalta a
importância da conscientização por parte dos
empregados e dos empregadores, em relação aos
cuidados a serem tomados quando é preciso ser
executado algum serviço em desnível.
Cabe ressaltar que, de acordo com o relato dos
trabalhadores entrevistados, dos acidentes sofridos ou
presenciados, nenhum resultou em graves
consequências.
Motivos como falta de atenção e imprudência foram
ressaltados inúmeras vezes pelos próprios
trabalhadores durante as entrevistas como os principais
causadores dos acidentes, reproduzindo um quadro
parecido com aquele analisado por ROCHA (2009, p.
1) acerca da pesquisa realizada pelo Sintracon-SP em Fonte: Autoria própria.
2009. Faz-se importante recordar que uma das
conclusões da pesquisa em questão foi de que, por não
ter informação suficiente para analisar fatores de Na Figura 5, constata-se um operário realizando
responsabilidade da gestão das obras, que podem trabalho em altura na fachada de uma edificação, sem
acarretar acidentes em obras, os trabalhadores acabam utilizar os equipamentos de proteção coletiva e
por trazer para si a responsabilidade e culpar individuais necessários, o que demonstra grande
exclusivamente a sua imprudência ou falta de atenção. imprudência por parte não só do trabalhador, mas
Nas Figuras 3 e 4, observa-se os fossos de elevador de também do gestor responsável por fiscalizar a obra e
duas das obras visitadas, que estavam sem a proteção garantir o cumprimento das regras de segurança.
necessária no momento da visita, oferecendo grande
risco de queda aos trabalhadores do local. A negligência

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Figura 5 – Operário trabalhando sem os equipamentos Cabe ressaltar que, de acordo com os entrevistados, nos
de proteção coletiva e individuais necessários (2017). acidentes relatados, todos os trabalhadores envolvidos
estavam utilizando os equipamentos de segurança
corretos, o que evitou tragédias e possíveis sanções
legais aos empreendimentos envolvidos por motivos de
segurança.
Na Figura 7, é possível observar o resultado de um
acidente envolvendo um andaime suspenso (balancim),
que ocorreu em uma das obras visitadas. O trabalhador
que estava operando este equipamento saiu ileso, pois
estava usando os EPI’s necessários, ficando protegido
da queda pelo cinto de segurança com trava-quedas.

Figura 7 – Acidente em andaime suspenso (2017).

Fonte: Autoria própria.

Na Figura 6, o gráfico informa quais tipos de


equipamentos utilizados na construção civil foram
responsáveis pelos acidentes em altura presenciados
pelos trabalhadores entrevistados, de acordo com os
mesmos.

Figura 6 – Gráfico de equipamentos que mais causaram


acidentes em altura (2017).

Equipamentos que mais causaram


acidentes em altura
70%
60%
Fonte: Autoria própria.
50%
40%
Na Figura 8, o gráfico apresenta a porcentagem de
30% trabalhadores que relatam sentir ou já ter sentido medo
20% de realizar algum serviço em altura.
10% Figura 8 – Trabalhadores que relatam sentir medo de
0% realizar algum serviço em altura (2017).
Balancim Cadeira Andaimes
suspensa
Você já teve medo de executar serviço
Fonte: Autoria própria. em altura?

Dos acidentes sofridos ou presenciados pelos 25%


trabalhadores entrevistados, a maioria ocorreu durante
a utilização de balancins, sendo que cadeiras suspensas
e andaimes também foram citados como equipamentos 75%
em que ocorreram acidentes. Sim
Os motivos citados pelos trabalhadores para que Não
ocorressem acidentes com estes equipamentos foram:
falta de travamento correto no andaime, falta de testes
Fonte: Autoria própria.
nos equipamentos novos, e rompimentos de cabos.
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Dentre os trabalhadores entrevistados, as mulheres se Figura 11 – Reação dos trabalhadores na ocorrência de
mostraram significativamente mais atenciosas e acidentes em altura (2017).
cuidadosas quando se trata desse assunto. 100% das
mulheres entrevistas relataram sentir medo de executar
Você sabe como reagir a um acidente em
serviços em alturas e demonstraram que, mesmo já
altura?
tendo tido várias experiências, têm receio a cada novo
serviço deste tipo. Em contrapartida, os homens se
mostram muito mais confiantes devido à experiência, e
a grande maioria disse não sentir medo de executar esse 32%
tipo de serviço.
As Figuras 9 e 10, apresentam trabalhadores exercendo 68%
serviços em altura sem a proteção adequada para a
execução desse tipo de trabalho, em obras visitadas. Não
Sim

Figura 9 – Trabalhador sem proteção exercendo serviço


em altura (2017). Fonte: Autoria própria.

Sobre a reação e o que fazer em caso de acidentes em


alturas, o número de trabalhadores que alegam que
simplesmente não saberiam como reagir é grande, fato
que preocupa, já que uma reação assertiva, segura e
correta é capaz de salvar vidas em situações extremas.
Com base nesse resultado, é importante ressaltar a
necessidade de treinamento adequado, assim como a
conscientização dos trabalhadores por meio de cursos e
palestras, pelo qual eles irão obter todas as instruções
necessárias, de forma a saber aplicar com destreza os
procedimentos corretos em casos necessários.
Na Figura 12, apresenta-se um gráfico que analisa o
quanto informados a respeito das normas brasileiras de
Fonte: Autoria própria.
segurança estão os gestores das obras visitadas. Foi
questionado a eles por quanto tempo é válido um
Figura 10 – Trabalhadores sem proteção exercendo certificado de curso da NR-35 realizado por um
serviço em altura (2017). trabalhador em sua obra.

Figura 12 – Validade dos certificados considerada nas


obras para cursos de treinamento da NR-35 (2017).

Validade dos certificados considerada


nas obras para cursos sobre a NR-35

2 ANOS 56%

1 ANO 16%
NÃO SOUBE
INFORMAR 20%
Fonte: Autoria própria. ATÉ O FIM DA OBRA 8%

Na Figura 11, o gráfico analisa se os trabalhadores 0% 20% 40% 60%


alegam que saberiam como agir diante da ocorrência de
acidentes em altura, ou seja, se eles procederiam da Fonte: Autoria própria.
maneira adequada, no caso de alguma fatalidade.

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Este resultado apresenta distintas respostas dadas Todos os trabalhadores entendem que correm riscos
pelos gestores entrevistados, mostrando a falta de durante a execução desse tipo de trabalho, mas mesmo
informações precisas por parte destes. Por norma, o com esta consciência, por vezes deixam de utilizar os
curso da NR-35 possui validade de dois anos. Sendo EPI’s e EPC’s apropriados. Sendo assim, é de extrema
assim, ao final desse prazo, o trabalhador deve fazer importância a fiscalização quanto ao uso dos
o curso de reciclagem, mesmo que esteja trabalhando equipamentos de segurança por parte dos gestores das
na mesma obra e na mesma função. No entanto, obras, estabelecendo o uso correto e em tempo integral
muitos gestores demonstraram não ter o de trabalho.
conhecimento sobre esta questão.
Durante as entrevistas, foram relatados vários tipos de
Sobre a exigência de certificados da NR-35 nas obras acidentes em canteiro de obras, mas a maioria deles não
de Goiânia, a Figura 13 analisa a resposta dos relacionados à altura. Isto porque no serviço em alturas,
trabalhadores, tanto em relação às obras visitadas por ser notadamente um trabalho de grande risco, onde
quanto a outras relatadas pelos entrevistados. caso aconteça um acidente, as consequências são
maiores e mais graves, os cuidados acabam sendo
redobrados em relação a outros serviços.
Figura 13 – Exigência do curso para trabalho em
altura na obra (2017). O medo ou receio de executar um trabalho em altura é
facilmente perdido pelos trabalhadores depois das
primeiras experiências bem-sucedidas com esse tipo de
Foi exigido o curso para trabalho em trabalho. A autoconfiança é um dos fatores que
altura? contribuem para que eles deixem de utilizar os devidos
equipamentos de segurança, principalmente quando
têm experiências anteriores com esses trabalhos. As
97,5% mulheres tendem a ter mais cautela nos serviços em
alturas (durante as entrevistas, elas foram bastante
específicas sobre os cuidados que têm durante esse tipo
de trabalho, por exemplo, utilizando os equipamentos
2,50%
necessários e conferindo se os mesmos estão em
NÃO SIM condições adequadas de uso).
Todas as obras visitadas contam com técnicos ou
Fonte: Autoria própria. engenheiros de segurança em tempo integral, o que
demonstra preocupação das empresas construtoras com
Salienta-se que os entrevistados que responderam a segurança do trabalhador.
“não” em relação à exigência do curso da NR-35 para Além disso, todas elas possuem também almoxarifado
trabalhos em altura relataram que a resposta é referente em lugar acessível e disponibilizam todos os
a obras antigas em que trabalharam anteriormente, não equipamentos necessários para a segurança dos
valendo para as que estavam trabalhando no momento, envolvidos com serviços em alturas.
e onde foram entrevistados.
Vale ressaltar que as leis trabalhistas brasileiras têm se
tornado cada vez mais criteriosas, de forma que uma
5 CONCLUSÕES empresa corre riscos reais, em âmbitos financeiros,
civis e até criminais, quando não se enquadra em todos
os requisitos de segurança no ambiente de trabalho.
Por meio dos questionários e checklists realizados, foi Assim, conclui-se que as boas práticas observadas
possível estabelecer análises sobre a segurança no durante as visitas ocorrem nas obras não
trabalho em alturas em obras da construção civil em exclusivamente pelo zelo em relação à segurança dos
Goiânia e região metropolitana. trabalhadores, mas também por preocupações
Os resultados obtidos demonstram que quase todos os coorporativas.
entrevistados fizeram o curso específico para a É importante salientar também que, apesar das
realização do trabalho em alturas, mas vale ressaltar que entrevistas fornecerem resultados satisfatórios em
as entrevistas foram feitas, em sua maioria, em obras relação à preocupação dos gestores e dos próprios
realizadas por construtoras de grande porte, o que trabalhadores quanto à sua segurança, algumas
acarreta um maior grau de cumprimento em relação às observações in loco mostraram que, na prática, muitas
exigências. Quando o cenário ocorre em pequenas falhas ainda acontecem, como pôde ser notado nas
construtoras, é sabido que muitas vezes as normas não ocasiões em que foram fotografados trabalhadores
são tão criteriosamente cumpridas e alguns acidentes executando serviços em altura sem equipamentos de
acontecem, não sendo ao menos registrados, em alguns proteção e vãos perigosos sem proteção periférica.
casos.
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Deve-se investir, cada vez mais, em fiscalização e em FIGUEROLA, Valentina. Andaime Seguro. TÉCHNE.
treinamentos, para que o trabalhador tenha consciência Edição 199, 2013.
do risco que corre e utilize corretamente os FIGUEROLA, Valentina. Proteção nas alturas. TÉCHNE.
equipamentos fornecidos, assegurando sua segurança e Edição 190, 2012. Disponível em:
<http://techne.pini.com.br>. Acesso em: 01 de maio de
um ambiente de trabalho saudável na construção civil.
2017.
FILHO, Ayrton. Acidentes de Trabalho na Construção
Civil. 2014. Disponível em:
6 AGRADECIMENTOS <https://qualidadeonline.wordpress.com>. Acesso em:
01 de maio de 2017.
HIPÓLITO, Rodrigo. Logística aplicada ao canteiro de
A concretização do trabalho realizado foi possível por
obras. Salvador, 2011.
meio da colaboração e suporte da professora Mayara LINS, Manuela. BORSA, Juliane., Avaliação Psicológica.
Custódio, e apoio da professora Erika Satai, as quais Aspectos teóricos e práticos. Petrópolis, Rio de Janeiro,
deram grande incentivo para o desenvolvimento do 2017.
tema. Portanto, as autoras agradecem as envolvidas. PERURIFOY, Robert. et al. Planejamento, equipamentos
e métodos para a construção civil. 8ª Edição. São Paulo,
2015
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PEREIRA, Telmo. Segurança na construção: PSS E CS.
Coimbra, 2012
ARAÚJO, Giovanni. Normas regulamentadoras PINTO, João Carlos. Sinalização da obra. Novembro, 2011.
comentadas e ilustradas. Ed8. Brasil, 2013. Disponível em:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. <http://equipedeobra.pini.com.br/construção-reforma>.
NBR 6494: Segurança em Andaimes. Rio de Janeiro, Acesso em: 1 de abril 2017.
1990. ROCHA, Ana. Pesquisa aponta principais causas dos
BORSA, Juliane LINS, Manuela., Avaliação Psicológica. acidentes em obras. piniweb. Agosto, 2009. Disponível
Aspectos teóricos e práticos. Petrópolis, Rio de Janeiro, em: <http://piniweb.pini.com.br>. Acesso em: 17 de maio
2017. de 2017
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Análise de ROQUE, Alexandre. Prevenção de acidentes nos trabalhos
acidentes do trabalho. 2014. em altura. 2005. Disponível em: <
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 – http://www.saudeetrabalho.com.br>. Acesso em: 01 de
Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria maio de 2017.
da Construção. Redação pela Portaria GM n.º 3.214,
1978. Última atualização pela Portaria MTPS n.º 208,
2015. 8 APÊNDICES
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 35 –
Trabalho em altura. Redação pela Portaria GM n.º São apresentados a seguir os questionários e checklists
3.214, 1978. Última atualização pela Portaria MTb n.º utilizados para análise da segurança em trabalhos em
1.113, 2016. altura, aplicados durante as visitas técnicas em obras de
CATAI, Rodrigo. Canteiro Seguro. TÉCHNE. Edição 206,
Goiânia e região metropolitana.
2014.
EGLE, Telma. Radiografia da (in)segurança. TÉCHNE.
Edição 153, 2009. Disponível em:
<http://piniweb.pini.com.br>. Acesso em: 05 de maio de
2017.

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Curso de Engenharia Civil 2017/2 9


Apêndice A: QUESTIONÁRIO 1 (Trabalhadores envolvidos com serviços em alturas):

ITENS SIM NÃO OBS.


1 - Foi necessário o curso para que você executasse
o serviço em altura?
2 - A empresa exigiu certificado deste curso?
3 - Foram repassadas para você as orientações
sobre EPI e EPC? Por quem?
4 - Existe na obra algum engenheiro ou técnico de
segurança? Em período integral?
5 - Na obra, você sempre teve disponíveis os
equipamentos necessários para sua segurança?
6 - Você já foi vítima de algum acidente em altura
na obra ou já presenciou algum caso? Se sim, foi
fatal o acidente?

7 - E em outras obras que você já trabalhou?

8 - Você acha a obra bem sinalizada?

9 - Você já teve medo de executar algum serviço


em altura?
10 - Onde são guardados os equipamentos de
proteção na obra? O local é acessível? Como é
feito o controle sobre a retirada e a devolução
destes equipamentos?
11 - Em caso de acidente, você sabe a quem
recorrer ou como reagir no momento?
12 - Como você acha que a obra lida com a
segurança do trabalhador?

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Curso de Engenharia Civil 2017/2 10


Apêndice B: QUESTIONÁRIO 2 (Gestores / engenheiros / técnicos de segurança):

ITENS SIM NÃO OBS.


1 - A obra faz com frequência reuniões para a
orientação sobre segurança? Quem participa dessas
reuniões?
2 - Você costuma andar pela obra observando se os
trabalhadores estão com EPI?

3 - Você considera a obra bem sinalizada?

4 - Existe algum serviço na obra que não pode ser


realizado sem a apresentação de algum documento
comprobatório de experiência? Que documentos são
estes?
5 - No caso dos cursos sobre a NR-35 exigidos dos
trabalhadores de serviços em alturas, qual é a validade
dos certificados considerada na obra?

6 - Há quanto tempo a obra está sem acidentes?

7 - Qual foi o máximo tempo que a obra ficou sem


acidentes?
8 - Já houveram acidentes envolvendo serviços
executados em altura na obra? Você pode falar um
pouco deles?
9 - Na sua opinião, por que ainda ocorrem acidentes
relacionados a serviços em altura?
10 - Você acha que seus trabalhadores têm a
compreensão do perigo e os cuidados em serviços na
altura?

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Curso de Engenharia Civil 2017/2 11


Apêndice C: CHECKLIST DE SEGURANÇA (Aplicação em visitas em campo):

ITENS SIM NÃO OBS.


1 - A obra disponibiliza todos os equipamentos
de segurança necessários para os funcionários?
2 - Há um estoque de equipamentos de
segurança em local acessível?
3 - O estoque de equipamentos de segurança
tem controle de retirada e devolução?
4 - Existem na obra telas periféricas em todos
os vãos não vedados?
5 - Existe na obra fosso de elevador ou qualquer
tipo de abertura não protegida devidamente?
6 - A obra disponibiliza cursos de segurança
para os trabalhadores?
7 - A obra exige dos trabalhadores de serviços
em alturas o certificado do curso específico?
8 - Os equipamentos que realizam trabalhos em
alturas (gruas, cremalheiras, plataformas,
andaimes...) estão em acordo com a norma?
9 - Todos os trabalhadores na obra estavam no
momento da visita técnica utilizado os
equipamentos de segurança necessários?
10 - Já ocorreu algum tipo de acidente
relacionado a trabalhos em altura na obra?

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Curso de Engenharia Civil 2017/2 12

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