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MORRIS, Leon. Pecado, Culpa. In: HAWTHORNE, G. F.; MARTIN, R. P.

;
REID, D. G. Dicionário de Paulo e suas cartas. São Paulo: Edições
Loyola, 2008. p. 968-973.

De acordo com Morris (2008, p.968) “No NT há mais de 30 palavras que


transmitem alguma noção de pecado, e Paulo emprega pelo menos 24
delas.”

Mas com isso também precisamos dizer que a atitude paulina


predominante não é de tristeza e pessimismo não aliviados. Antes, ele
se alegra continuamente porque, em Cristo, o pecado foi derrotado para
que o fiel nada tenha a temer neste mundo nem no outro (MORRIS,
2008, p.969).
Paulo apresenta uma sólida análise do problema do pecado na Carta
aos Romanos*, onde usa o substantivo para “pecado” (hamartia) 48
vezes, o substantivo “falta” (paraptõma) 9 vezes, o verbo “pecar”
(hamartanõ) 7 vezes, “pecador” (hamartõlos) 4 vezes, “mau” (kakos) 15
vezes e “injustiça” (adikia) 7 vezes (MORRIS, 2008, p.969).
O rompimento de um relacionamento justo com Deus resulta no
impedimento de relações justas com os outros, mas a ofensa a Deus é
primordial (MORRIS, 2008, p.969).

A queda
Para ele o pecado foi trazido ao mundo por Adão e é, desde então,
cometido por todo o gênero humano, pois “todos pecaram” (Rm 3,23).
De fato, todos cometem seus próprios pecados, mas, de certo modo,
todos estão presos ao pecado de Adão, pois “pela falta de um só a
multidão sofreu a morte” (Rm 5,15) (MORRIS, 2008, p.969).
Paulo não considera o pecado parte da natureza humana como Deus a
criou. Deus não é responsável por uma criação com falhas. Foi isso que
fez o pecado de Adão tão grave. Significou trazer o pecado a uma criação
que originalmente não tinha falhas (MORRIS, 2008, p.969).

A universalidade do pecado
E não é nenhum problema secundário, pois abrange todo o gênero
humano e tem conseqüências calamitosas para todos os pecadores
(MORRIS, 2008, p.969).

O pecado e a lei
A função da lei era deixar claro o que o pecado é; sua definição rigorosa
do certo e do errado deixava claro serem pecaminosas muitas coisas
que as pessoas de todos os tempos foram preparadas para negligenciar
(MORRIS, 2008, p.970).

Os efeitos do pecado
Ele reconhece que, embora os pecados de alguns não sejam idênticos à
transgressão de Adão, mesmo assim a morte reinou sobre todos (Rm
5,14; cf. 5,21), porque parece que toda a humanidade está representada
em Adão (Rm 5,12) (MORRIS, 2008, p.970).
Em Romanos 7,11.13, Paulo repete a idéia de que o pecado,
conceitualizado como poder (talvez com a sugestão de que o pecado é
como um demônio ou monstro), o matou. Na verdade, o tema do pecado
como poder hostil, potente e ativo ocorre repetidamente em Rm. 5-7
(MORRIS, 2008, p. 970).

Paulo revela a gravidade do pecado de outra maneira ao insistir que os


pecadores são escravos do pecado (MORRIS, 2008, p. 970).

Eles podem imaginar que quando cometem um ato mau estão livres e
fazem o que decidiram fazer, mas Paulo não concorda. Ele lembra aos
romanos que no estado de pré-cristâos eles eram “escravos do pecado”
(Rm 6,17.20). Diz que ele próprio é “carnal, vendido como escravo ao
pecado” (Rm 7,14) e “prisioneiro da lei do pecado” (Rm 7,23). Repetindo
Ovídio, ele observa que quer fazer o bem, mas ainda faz o mal (Rm
7,19). Pela inteligência, ele está sujeito à lei de Deus, mas pela carne* é
escravo da “lei do pecado” (Rm 7,25). Mesmo quando quer fazer o bem o
mal está com ele, na verdade o pecado “habita” nele (Rm 7,20-21)
(MORRIS, 2008, p. 970).

O pecado cria um abismo entre os pecadores e Deus, como Paulo deixa


claro em Romanos 1,21-25 (MORRIS, 2008, p. 970).

Ele fala especificamente que os gentios “são estranhos à vida de Deus”


(Ef 4,18) e diz que outrora os colossenses eram “estrangeiros” ocupados
em “obras más” que “manifestavam a hostilidade profunda” (Cl 1,21).
De qualquer modo, é bastante óbvio que quando seres criados pecam
contra o criador erguem um obstáculo entre Deus e eles mesmos
(MORRIS, 2008, p. 970).

Eles também rompem as relações uns com os outros, como deixa claro,
por exemplo, a lista de pecados em Romanos 1: cupidez, inveja,
homicídios, brigas, dolo, provocação, desobediência à aliança e o resto.
Os seres humanos estão unidos no pecado, mas isso não os faz unidos
uns aos outros (MORRIS, 2008, p. 970).

Em todos os seus escritos está claro que Paulo considera o pecado, de


qualquer modo que ele seja descrito, uma questão séria e algo que se
encontra em todo o gênero humano (MORRIS, 2008, p. 970).

Com clarividência, Paulo considera o pecado operante em todo o gênero


humano e uma coisa que vai durar por toda a história da humanidade.
(MORRIS, 2008, p. 971).

Se considera o pecado universal, espalhado por todo o gênero humano,


ele também o considera difuso na pessoa toda. Há quem, às vezes, ache
que o pecado se encontra somente nas funções corporais, sendo puros o
“coração”, a “inteligência” e o “espirito”. (MORRIS, 2008, p. 971).
Os escritos paulinos como um todo demonstram que, para ele, o pecado
envolve a pessoa inteira, não apenas uma parte (MORRIS, 2008, p.
971).

Superação do pecado
Ele está bem ciente de que o pecado está enraizado tão firmemente na
natureza humana que nesta vida é presunção afirmar que estamos
livres de todo pecado (MORRIS, 2008, p. 972).

E pela graça que o fiel é salvo e é pela graça que toda a vida cristã é
vivida (MORRIS, 2008, p. 972).

O julgamento do pecado
É inevitável que o pecado leve ao juízo final*. Certo pressentimento do
futuro é um julgamento presente, pois cometer pecado significa fazer-se
pecador. A terrível conseqüência de ser pecador revela-se no triplo
“Deus os entregou” em Romanos 1,24.26.28, com sua lista horripilante
das conseqüências do pecado aqui e agora (ver Cólera). Paulo também
deixa claro que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6,23). Ele também
menciona que colhemos o que semeamos e que semear para a carne
significa colher corrupção (G1 6,7-8). Isso significa que o pecado leva ao
julgamento aqui e agora (MORRIS, 2008, p. 973).

No entanto, Paulo também insiste que o pecado será tratado


definitivamente no julgamento no tribunal de Cristo, verdade que ele
revela com eficácia em, digamos, Romanos 2,1-12.16. Esse julgamento
faz parte da verdade cristã e indica o tratamento definitivo do mal (ICor
4,4-6) (MORRIS, 2008, p. 973).

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