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1. Que significa afirmar que uma norma “N” é válida? Diferençar: (i) validade, (ii)
vigência; (iii) eficácia jurídica; (iv) eficácia técnica e (v) eficácia social.
Resposta:
Entendo que a norma “N” é válida, quando se identifica nela a existência no sistema do
ordenamento jurídico.
Em síntese, a validade deve ser especifica no ordenamento jurídico, eficácia técnica são
fatos definidos com juridicidade; eficácia jurídica são as definições dos fatos que tem
por consequência a efeito da norma concreta sendo aplicada, e, por fim, eficácia social
é sua aceitação pela sociedade da norma concreta.
Questão 2
2. Descreva o percurso gerador de sentido dos textos jurídicos explicando os planos:
(i) dos enunciados tomados no plano da expressão (S1); (ii) dos conteúdos de
significação dos enunciados prescritivos (S2); (iii) das significações normativas (S3);
(iv) das relações entre normas (S4).
Resposta:
Os enunciados tomados no plano da expressão (S1), e conteúdos de significação dos
enunciados prescritivos (S2), são sujeitos geradores de sentido, de modo a incorporar
diretrizes constitucionais e, além disso, são a integração da norma, já (S3) é a estrutura
da norma que prescreve condutas intersubjetivas, contidas no consequente, e, de outro
lado, (S4) é o eixo da subordinação do sistema.
Precisamente ensina Paulo de Barros Carvalho , (S1) compõe o texto em sentido estrito,
passando, mediante o processo gerador de sentido, para o plano do conteúdo dos
enunciados prescritivos (S2), até atingir a plena compreensão das formações
normativas (S3), e a forma superior do sistema normativo (S4), cujo conjunto integra
o texto em sentido amplo.
Questão 3
3. A Lei “A” foi promulgada no dia 01/06/2012 e publicada no dia 30 de junho desse
mesmo mês e ano. A Lei “B” foi promulgada no dia 10/06/2012, tendo sido publicada
no dia 20 desse mesmo mês e ano. Na hipótese de antinomia entre os dois diplomas
normativos, qual deles deve prevalecer? Justificar.
Resposta:
Inicialmente importante tecer alguns comentários sobre antinomia, pois para haver
conflito normativo as duas normas devem ser válidas, pois se uma delas não o for, não
haverá qualquer colisão.
Pois bem a ciência jurídica aponta três critérios são eles: hierárquico, cronológico e de
especialidade a que o aplicador deverá recorrer para sair dessa situação anormal.
O hierárquico está baseado na superioridade de uma fonte de produção jurídica sobre
a outra, ou seja, deve sempre prevalecer a lei superior no conflito. Já o critério da
especialidade visa a consideração da matéria normatizada, de modo que opta pela
prevalência da norma especial em detrimento da norma geral, por outro lado, o
cronológico remonta ao tempo em que as normas começaram a ter vigência, conforme
expressamente prevê o artigo 2º da LINDB.
Feito esse introito tenho que a lei “A” que foi promulgada no dia 01/06/2012, e
publicada no dia 30 de junho terá aplicação, tendo em vista que a lei “B” foi promulgada
no dia 10/06/2012, de modo que analisando o critério cronológico das duas legislações
a eficácia da lei “A” ocorrerá primeiro, com isso, analisamos o referido caso hipotético
utilizando-se o critério cronológico da antinomia.
Questão 4
4. Compete ao legislativo a positivação de interpretações? Existe lei puramente
interpretativa? Tem aplicabilidade o art. 106, I, do CTN ao dispor que a lei tributária
interpretativa se aplica ao fato pretérito? Como confrontar este dispositivo do CTN com
o princípio da irretroatividade? (Vide anexo I).
Resposta:
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Primeiramente nota-se que afronta a violação dos três poderes executivo, judiciário, e
legislativo os quais devem conviver de forma harmoniosa. Isso sem falar que o exercício
do direito estaria petrificado.
Entendo que não existe lei puramente interpretativa, pois a interpretação é produto
individual de cada ser humano, logo não posso dizer que uma interpretação seja
objetivas para todos que a leem, até porque a interpretação é uma ciência humana, e
não uma ciência exata.
Não poderia deixar de lado, as palavras esclarecedoras de Paulo de Barros Carvalho “é
o ser humano que, em contacto com as manifestações expressa do direito positivo, vai
produzindo as respectivas significações. Daí a asserção peremptória segundo a qual é
a interpretação que faz surgir o sentido, inserido na profundidade do contexto, mas
sempre impulsionada pelas fórmulas literais do direito documentalmente objetivado.
Sim, porque já foi dito e redito que não há texto sem contexto ou, de outro modo, não
há plano de expressão sem plano de conteúdo e vice-versa.”
Tem aplicabilidade o art. 106, I, do CTN ao dispor que a lei tributária interpretativa se
aplica ao fato pretérito, mas apenas para beneficiar o contribuinte, com isso preserva
a segurança jurídica, e da relação entre administração (Estado), e administrados.
Confronto o artigo 106, I do CTN com o princípio da irretroatividade, e penso que só
pode ocorrer desde que seja em beneficio do contribuinte/administrado.
Questão 5
5. Dada a seguinte lei, responder às questões que seguem:
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decorrência da não observância dessa obrigação, impondo multa de 50%
sobre o valor do tributo devido.
a) Em 01/06/2012, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em ação direta (com efeito
erga omnes), pela inconstitucionalidade desta lei federal. Identificar nas datas abaixo
fixadas, segundo os critérios indicados, a situação jurídica da regra que instituiu o
tributo, justificando cada uma das situações:
É valida
É vigente
Incide
Apresenta
eficácia
jurídica
Questão 6
6. Uma lei inconstitucional (produzida materialmente em desacordo com a
Constituição Federal – porém ainda não submetida ao controle de constitucionalidade)
é válida? O vício de inconstitucionalidade pode ser sanado por emenda constitucional
posterior? (Vide anexo II).
Resposta:
Entendo que seja valida, e continuará sendo válida até que sai do ordenamento
jurídico, ou seja, revogada. O vício de inconstitucionalidade, não pode ser sanado por
emenda constitucional posterior, admitir raciocínio contrário ao ensejará insegurança
jurídica.
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Com isso, a norma pedagógica do artigo 110 do Código Tributário Nacional ressalta a
impossibilidade de a lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
consagrados institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados expressa ou
implicitamente.