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ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO SISTEMA DE CONTROLE E

AUTOMAÇÃO DAS BALANÇAS RODOVIÁRIAS DA ARCELORMITTAL


TUBARÃO, COM AUMENTO DA CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE.

Lucianderson Marques Ferreira (1)


José Alfredo A. do Espírito Santo (2)
Laudelino Fonseca Junior (3)
Marcelo Carrilho Soares (4)
Sérgio Valle Júnior (5)

RESUMO
A manutenção e gestão de ativos tem função estratégica nas organizações,
refletindo em benefícios e melhorias nos indicadores de manutenção como
aumento da disponibilidade, redução do índice de falhas, melhoria na
estabilidade e aumento da produtividade. As ferramentas de engenharia de
manutenção e gestão de ativos, alinhadas às novas tecnologias da indústria
4.0 são fundamentais para suportar as decisões estratégicas das organizações.
Com o objetivo de reduzir o índice de falhas e conferir confiabilidade às
balanças rodoviárias da ArcelorMittal Tubarão, foram avaliados os registros de
manutenção para se identificar os componentes que estavam contribuindo para
a redução da disponibilidade das balanças, e assim se avaliar as causas das
falhas dos componentes, onde foi identificado a obsolescência dos
componentes eletroeletrônicos dos sistemas de pesagem, controle e
automação das balanças rodoviárias. Baseado no resultado destas causas foi
realizado uma pesquisa para se identificar as melhores tecnologias para
sistemas de pesagem industrial. Em seguida, foi utilizada uma matriz de
priorização para auxiliar na tomada de decisão sobre a melhor solução. Desta
forma foi realizada a implantação do projeto em cinco balanças rodoviárias,
onde se apresenta a avaliação dos resultados, comprovando-se a melhoria dos
indicadores de manutenção após a implantação do projeto nas balanças
rodoviárias da ArcelorMittal Tubarão.

(1) Engenheiro Eletricista, Especialista em Confiabilidade, Gerência de


Manutenção de Ativos, ArcelorMittal Tubarão, Serra, ES, Brasil.
(2) Engenheiro Eletricista, Especialista em projetos, Gerência de Engenharia
Elétrica e Eletrônica, ArcelorMittal Tubarão, Serra, ES, Brasil.
(3) Engenheiro Eletricista, Especialista em Manutenção e Gestão de ativos,
Gerência de Tecnologia e Confiabilidade, na ArcelorMittal Tubarão
(4) Engenheiro Eletricista, Especialista de Projetos de Investimento, Gerência
de Implementação de Projetos, ArcelorMittal Tubarão, Serra, ES, Brasil.
(5) Engenheiro da Computação, Especialista de Automação, Gerência de Área
de Engenharia de Automação, ArcelorMittal Tubarão, Serra, ES, Brasil.
1 INTRODUÇÃO

1.1 O PROCESSO SIDERÚRGICO DA ARCELORMITTAL TUBARÃO

A ArcelorMittal Tubarão é uma unidade de produção integrada de aços planos,


localizada em região litorânea do Sudeste do Brasil, com capacidade de
produção anual de 7,5 milhões de toneladas de aço em placas e bobinas. Foi
fundada em 1983 e opera desde então ininterruptamente.
As principais unidades do Complexo Siderúrgico de Tubarão, representadas na
Erro! Fonte de referência não encontrada.(I) são: Coqueria, Sinterização,
Alto Forno, Utilidades, Aciaria, Calcinação, Dessulfuração, Convertedor,
Lingotamento Contínuo e Laminação.

Figura I – O processo siderúrgico da Arcelormittal Tubarão

1.2 A IMPORTÂNCIA DAS BALANÇAS RODOVIÁRIAS PARA O


PROCESSO SIDERÚRGICO

As Balanças Rodoviárias possuem fundamental importância para a


ArcelorMittal Tubarão, pois todos os materiais que chegam e que saem da
empresa tem a necessidade de serem pesados por motivos fiscais e/ou de
transferência de custódia e passam obrigatoriamente por uma destas balanças.
Assim pode-se afirmar que todos os componentes eletroeletrônicos e também
seus componentes mecânicos precisam oferecer um alto índice de
confiabilidade e disponibilidade, pois do contrário isto pode implicar em atrasos
nos processos de conferência fiscal, gerando sérios transtornos operacionais e
dependendo do material a ser pesado podendo implicar até mesmo em atrasos
na linha de produção da ArcelorMittal Tubarão.
A ArcelorMittal Tubarão contava até o ano de 2017 com cinco balanças
rodoviárias localizadas geograficamente conforme a figura (II).

• BR1 – Balança da portaria industrial;


• BR2 – Balança da portaria do virador de vagões;
• BR3 – Balança do pátio de sucata;
• BR4 – Balança da Coqueria;
• BR5 – Balança da portaria norte.

Figura II – Localização física das balanças rodoviárias

Dessas, apenas as balanças BR-1, BR-2 e BR-5 possuíam algum tipo de


controle automatizado, pois as demais necessitavam de operadores dedicados
para coleta e registro dos pesos dos veículos e emissão dos documentos
fiscais.
Na figura (III) a seguir apresenta-se uma figura ilustrativa da balança
Rodoviária BR1 localizada na portaria industrial da Arcelormittal Tubarão.

Figura III – A Balança Rodoviária BR1 da Arcelormittal Tubarão


Obs.: Em função do sucesso deste projeto e da oportunidade de aumento da
quantidade de caminhões a serem pesados, em 2017 foi instalada uma nova
balança rodoviária na usina, a balança rodoviária BR6.

1.3 O FUNCIONAMENTO DE UMA BALANÇA RODOVIÁRIA

As balanças em geral tem a função básica realizar a medição de massa de um


material qualquer. Esta medição de massa ocorre através das células de carga
que são sensores projetados para medir cargas estáticas e dinâmicas de
tração e compressão.
O principal componente de uma Balança é a célula de carga, que é um
transdutor utilizado para converter uma pressão física em pulsos elétricos, que
são enviados a um módulo de pesagem.
A célula de carga funciona baseada na variação ôhmica sofrida em um sensor
denominado extensômetro elétrico de resistência ou strain gages, quando este
é submetido a deformações. Os strain gages são ligados entre si através de
uma Ponte de Wheatstone equilibrada, o que amplifica os sinais obtidos nas
medições, permitindo uma variação ôhmica mais exata. A partir daí é possível
avaliar as tensões e forças que a mesma está submetida. A figura (IV)
apresenta um extensômetro ou Strain gage, formando a ponte de wheatstone.

Figura IV – Extensômetro (Strain Gage) e Ponte de Wheatstone

Dentre as balanças eletrônicas industriais, os principais tipos são: Balança


Analítica, Balança Semi-Analítica, Balança Eletrônica de Precisão, Balança de
Ponte Rolante, Balança Dosadora, Balança Integradora e Balança Rodoviária.
O foco deste trabalho está nas Balanças rodoviárias, que são utilizadas na
pesagem de caminhões em rodovias para fazer o controle das cargas que
estão sendo transportadas, para que não passem dos limites legais permitidos
ou por empresas que exijam o controle da carga de entrada e saída de
caminhões para o devido controle fiscal e de custódia.
Os principais elementos de uma balança rodoviária são a Plataforma de
Pesagem, as Células de Carga e o Terminal de Pesagem.
2 METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO

Para a apresentação do desenvolvimento deste trabalho será utilizado a


metodologia DMAIC, uma ferramenta muito utilizada pela filosofia Lean 6
sigma, e que conforme as siglas iniciais do nome DMAIC significam:

• D - Definir o problema e os clientes afetados;


• M - Medir Qualitativa e/ou Quantitativamente o problema;
• A - Analisar os dados levantados e as causas dos problemas;
• I - Implementar um estudo com as possíveis ações de melhorias;
• C - Controlar as ações para sustentar a melhoria implantada.

2.1 O CENÁRIO ANTERIOR À IMPLANTAÇÃO DA MELHORIA

2.1.1 A DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E OS CLIENTES AFETADOS

A figura (V) abaixo apresenta o levantamento da distribuição das falhas nas


balanças rodoviárias extraídos do sistema de manutenção da Arcelormittal
Tubarão nos últimos cinco anos. Estas falhas estavam afetando diretamente a
área de célula fiscal e indiretamente as áreas produtivas da Arcelormittal
Tubarão.
Pode-se observar que as Balanças rodoviárias BR1 e a antiga balança
rodoviária BR2 eram as que mais estavam contribuindo para o aumento do
índice de falhas e a diminuição da disponibilidade operacional do sistema de
pesagem industrial da ArcelorMittal Tubarão. Desta forma, estas duas balanças
serão o objeto principal do trabalho apresentado, no entanto, vale a pena
informar que ao final do processo todas as demais balanças rodoviárias da
Arcelormittal Tubarão passaram pelo processo de melhoria e atualização
tecnológica.

FALHAS POR BALANÇA RODOVIÁRIA


4% 3%
BALANÇA RODOVIARIA BR-01

BALANÇA RODOVIARIA BR-05


32%
BALANÇA RODOVIARIA BR-02
(ANTIGA)
49% BALANÇA RODOVIARIA BR-02
12% (NOVA)
BALANÇA RODOVIÁRIA BR-06

Figura V – Levantamento de falhas nos últimos cinco anos.


2.1.2 A MEDIÇÃO DOS PROBLEMAS LEVANTADOS

Os defeitos e falhas são medidos e acompanhados através da inserção das


informações das anomalias de manutenção no sistema informatizado de
manutenção da ArcelorMittal Tubarão. Todos os atendimentos de manutenção
corretiva são registrados neste sistema pelo técnico que realizou o
atendimento. A figura (VI) apresenta a tela de abertura do sistema de registro
de anomalias de manutenção da Arcelormittal Tubarão.

Figura VI – Sistema para Registro de Anomalias de Manutenção

Estes registros de anomalias de manutenção são lançados no sistema de


manutenção até o nível de localização do componente. A figura (VII) abaixo
apresenta um exemplo de estrutura de cadastro dos ativos no sistema de
manutenção.

Localização Descricão Ativo Descricão Completa


23.07.048 BALANÇA Sim BALANÇA RODOVIARIA BR-01 || BALANCAS RODO-FERROVIARIAS
RODOVIARIA BR-01 || APOIO A PRODUCAO
23.07.048.001 ESTRUTURAL Sim ESTRUTURAL || BALANÇA RODOVIARIA BR-01 || BALANCAS RODO-
FERROVIARIAS || APOIO A PRODUCAO
23.07.048.001.001 ESTRUTURA Sim ESTRUTURA METÁLICA || ESTRUTURAL || BALANÇA RODOVIARIA BR-
METÁLICA 01 || BALANCAS RODO-FERROVIARIAS || APOIO A PRODUCAO
23.07.048.002 SISTEMA DE Sim SISTEMA DE PESAGEM BR-01 || BALANÇA RODOVIARIA BR-01 ||
PESAGEM BR-01 BALANCAS RODO-FERROVIARIAS || APOIO A PRODUCAO

Figura VII – Estrutura dos itens de cadastro no sistema de Manutenção

A figura (VIII) abaixo apresenta o levantamento das principais causas básicas


de falhas das balanças rodoviárias registrados no sistema de manutenção da
Arcelormittal Tubarão nos últimos cinco anos.
Causas Básicas
30
25 FALHA COMUNIC
20
15 DEF.ELETRONIC
10
5 ESTRUTURA CIVIL
0 COMPROMETIDA
ESTRUTURA CIVIL…

FALHA…

ACOMP.QUALIDADE
FALHA COMUNIC
DEF.ELETRONIC

QUEIMA

FOLGA
TRAVAMENTO
DRENO ENTUPIDO
QUEDA TENSAO

DESAJUSTADO

DESCONHECIDO
MAU CONTATO
QUEBRADO

DESREGULADO
CABO SOLTO

DEFORMACAO
FIM VIDA UTIL
DESALINHAMEN

CURTO CIRCUIT
TRAVAMENTO

DRENO ENTUPIDO

QUEDA TENSAO

Figura VIII – Levantamento das principais causas de falhas nas balanças.

A título de apresentação deste trabalho será utilizado o levantamento de


informações feitas para a balança rodoviária BR1, o que se replicou para todas
as demais balanças rodoviárias da usina.

Segue a seguir o índice de falhas da balança rodoviária BR1 até o ano de


2015, onde se percebe que houve um aumento significativo neste indicador a
partir do ano de 2013, conforme demonstrados na figura (VIX) a seguir.

Índice de Falhas BR01


1,2

1
2013
0,8 2014

0,6 2015
2016
0,4
2017
0,2
2018
0
2013 2014 2015 2016 2017 2018

Figura VIX – Índice de falhas da balança rodoviária BR1.


Outro indicador importante medido foi o índice de disponibilidade operacional
da balança rodoviária BR1, onde se percebe que houve uma redução
significativa neste indicador a partir do ano de 2013, conforme demonstrado na
figura (X) a seguir.

Índice de Disponibilidade BR01


1
0,998
0,996 2013
0,994 2014
0,992
2015
0,99
2016
0,988
2017
0,986
0,984 2018
0,982
2013 2014 2015 2016 2017 2018

Figura X – Índice de disponibilidade da balança rodoviária BR1.

2.1.3 A ANÁLISE DOS DADOS LEVANTADOS SOBRE O PROBLEMA

A figura (XI) a seguir apresenta a distribuição dos 03 sistemas das balanças


rodoviárias que mais falharam segundo os registros de anomalias do sistema
de manutenção da Arcelormittal Tubarão nos últimos cinco anos.

Principais Sistemas em falha

15%
Controle e automação

48% Pesagem

Infraestrutura civil /
37%
mecânica

Figura XI – Distribuição das falhas por sistemas.


Fazendo uma análise dos registros de manutenção e utilizando a Ferramenta
FTA (Fault Tree Analysis) podemos detalhar um pouco mais as causas das
falhas até o nível dos componentes, conforme a figura (XII) a seguir.

Figura XII – FTA referente às Falhas das Balanças Rodoviárias

A figura (XIII) a seguir apresenta os Bad Actor’s responsáveis pela maioria das
falhas no nível dos componentes, conforme os registros do sistema de
manutenção dos últimos cinco anos.

2% Componentes em falha
1%
2%
2% 1% 1% Cartão de comunicação
Plataforma de pesagem
4% 3% Célula de carga
Display
4% 23% Módulo de pesagem
Leitor de código de barras
Sem relatório de retorno
5%
Software
7% Cabo da célula de carga
13% Painel elétrico
Placa de comunicação
9%
Cartão CPU do PLC
10% 15% Sensor
Fonte CLP
Lâmpada do semáforo
Moden de comunicação

Figura XIII – Distribuição das falhas no nível de componentes.


Analisando-se a figura (XIV) a seguir, pode-se observar que as causas básicas
mais relevantes para as falhas das balanças rodoviárias foram falhas de
comunicação, defeito eletrônico e estrutura civil/ mecânica comprometidas.

1% 1% 1% Causas Básicas
1%
2% 1%
1% FALHA COMUNIC
2% 2%
2% 2%
2% DEF.ELETRONIC
3% 28%

3% ESTRUTURA CIVIL
COMPROMETIDA
3%
5% TRAVAMENTO
5%
19%
DRENO ENTUPIDO
17%

QUEDA TENSAO

Figura XIV – Principais causas de falhas das balanças rodoviárias.

Com base nas informações apresentadas anteriormente, foi definido o foco do


projeto que foi eliminar as falhas nos Bad Actor’s, ou seja: Cartões de
comunicação do CLP, da plataforma de pesagem e das células de carga, uma
vez que foram os componentes que tiveram as falhas mais recorrentes.

2.1.4 A ANTIGA CONFIGURAÇÃO DO HARDWARE DAS BALANÇAS

A figura (XV) a seguir apresenta um exemplo do cartão de comunicação que


era utilizado no CLP das balanças rodoviárias. Estes cartões apresentavam
algumas desvantagens como exemplo estavam obsoletos e descontinuados
pelo Fabricante Allen Bradley.

Figura XV - Cartão de Comunicação Basic (Linguagem ASCII) 1746-BAS


Para a sua configuração de posição física no rack do CLP era necessário uma
configuração via chaves “dip switch”, conforme mostra figura (XVI) abaixo.
CARTÃO DE COMUNICAÇÃO BASIC 1746-BAS SÉRIE: C REVISÃO:A FIRMWARE:6

PORTA DE COMUNICAÇÃO 1
JUMPER JW1 JUMPER JW3
1 5
9 1 5 1
6 9

10 2 6 2
PORTA DE COMUNICAÇÃO 2

1 5

JUMPER JW2 JUMPER JW4


6 9
9 1 5 1
PORTA DE COMUNICAÇÃO 3

10 2 6 2 RS 485

Figura XVI - Configuração das Portas de comunicação do Cartão Basic.

A Figura (XVII) a seguir mostra a configuração original do Hardware utilizado


na rede das balanças rodoviárias, sendo o CLP, os módulos de comunicação
Basic, os cartões de I/O, o Módulo da balança, as células de carga, o leitor de
código de barras, o display de indicação e o sistema de comunicação.

Figura XVII – Configuração antiga das Balanças Rodoviárias

2.1.5 ESTUDO COM AS POSSÍVEIS AÇÕES DE MELHORIAS

Com o objetivo de se eliminar as causas básicas de falhas dos componentes


das balanças rodoviárias foram realizados estudos para se ter uma noção das
várias possibilidades para Hardware, Software e componentes eletrônicos e
eletromecânicos aos quais poderiam ser aplicados, atendendo aos requisitos
inicialmente propostos. Dentre estas opções estudadas, citam-se algumas a
seguir.
Opção 1: Manter o CLP SLC 500, substituir a CPU, eliminar os cartões Basic e
manter os periféricos de pesagem da balança:

Figura XVIII - Proposta nº 1 - Configuração de Rede das Balanças Rodoviárias

Esta opção nº 1 permitiria manter os periféricos de pesagem, eliminando


apenas os cartões Basic do CLP, no entanto apresenta algumas desvantagens,
pois a sobrevida do CLP SLC 500 seria de apenas quatro anos e a dos
periféricos de pesagem de apenas 08 anos.

Opção 2: Eliminar o CLP SLC 500, Instalar um Compact Logix, comunicando


em Ethernet e manter os periféricos de pesagem da balança:

Figura XIX - Proposta nº 2 - Configuração de Rede das Balanças Rodoviárias

Esta opção nº 2 permitiria eliminar o CLP SLC500 e os cartões de


comunicação em Basic com a instalação de um CLP Compact Logix
comunicando em Ethernet, mantendo os periféricos de pesagem e com uma
sobrevida de 15 anos para o CLP. A desvantagem desta opção seria a
sobrevida dos periféricos de pesagem em torno de apenas 08 anos.
Opção 3: Eliminar o CLP SLC 500, Instalar um Compact Logix, comunicando
em Ethernet e substituir os periféricos de pesagem da balança:

Figura XX - Proposta nº 3 - Configuração de Rede das Balanças Rodoviárias

Esta opção nº 3 permitiria eliminar o CLP SLC500 e os cartões de


comunicação em Basic com a instalação de um CLP Compact Logix
comunicando em Ethernet, eliminando também os periféricos de pesagem,
oferecendo uma sobrevida de 15 anos para o CLP e de 20 anos para os
periféricos de campo. Talvez a desvantagem desta opção fosse o custo mais
elevado.

Opção 4: Eliminar o CLP SLC 500, Instalar um sistema de pesagem dedicado


da Toledo – Sistema Guardian:

Figura XXI - Proposta nº 4 - Configuração de Rede das Balanças Rodoviárias

Esta opção nº 4 permitiria eliminar o CLP SLC500 e os cartões de


comunicação em Basic com a instalação de um sistema dedicado da TOLEDO
comunicando em Ethernet, eliminando também os periféricos de pesagem
antigos, oferecendo diversas vantagens como uma sobrevida de 20 anos para
os periféricos de campo, eliminaria a necessidade de programação em CLP
uma vez que toda a lógica de controle é realizado pelo módulo de pesagem.
2.1.6 A TOMADA DE DECISÃO SOBRE A MELHOR SOLUÇÃO

Foram apresentados na seção anterior, quatro opções para a resolução das


ocorrências de falhas eletrônicas e de comunicação das balanças rodoviárias,
que estavam relacionadas, principalmente, ao Sistema de controle (PLC) ou ao
sistema de comunicação de dados da balança.

Para auxiliar na escolha da proposta mais adequada foi utilizada a ferramenta


matriz de priorização das soluções, conhecida como matriz B.A.S.I.C.O, que é
uma metodologia para priorizar alternativas com base na relação Custo,
Benefício e Exequibilidade. Esta matriz considera Benefícios, Abrangência,
Satisfação dos clientes e o Investimento necessário, conforme a figura (XXII).

Figura XXII - Matriz BASICO e critérios para a Pontuação.

Para cada opção de solução tecnológica apresentada foi aplicada a


metodologia da matriz de priorização BASICO, conforme figura (XXIII),
Sendo que a opção escolhida foi a opção de nº 4, ou seja, eliminar o CLP SLC
500, Instalar um sistema de controle e pesagem dedicado da Toledo,
conhecido como Sistema Guardian.

Figura XXIII – Resultado obtido com a pontuação da Matriz BASICO.


2.2 O CENÁRIO ATUAL COM A MELHORIA IMPLANTADA

2.2.1 AS AÇÕES DE CONTROLE PARA SUSTENTAR A MELHORIA

Após definida a melhor solução tecnológica, foram feitas ações de controle


para eliminar o problema inicial e evitar sua reincidência. Problema este que
era o alto índice de falhas e baixa disponibilidade das balanças rodoviárias,
oferecendo confiabilidade ao novo sistema. As ações estão mostradas abaixo.

A primeira ação foi implantar o projeto, o que é uma solução inovadora no setor
siderúrgico, composto por um módulo de pesagem moderno que realiza toda a
lógica de controle substituindo o antigo CLP e seus cartões de comunicação
que estavam obsoletos, um conjunto de oito células de carga inteligentes de
última geração, um sistema de antenas para a leitura da carga por tags RFID,
os demais periféricos de pesagem como sensores de entrada e saída, display
de indicação do peso e por fim o sistema de automação em nível 2 para que as
informações sejam processadas na célula fiscal da empresa. Ver figura (XXIV).

Figura XXIV – Nova configuração de Automação para as Balanças Rodoviárias.

Outra ação importante foi a revisão dos planos de manutenção e inspeção das
balanças rodoviárias conforme figura (XXV) abaixo.

Figura XXV – Revisão dos Planos de manutenção e Inspeção das balanças.


Também foi estabelecida uma reunião semanal para acompanhamento e
gestão dos Indicadores de manutenção, conforme figura (XXVI) abaixo.

Figura XXVI – Acompanhamento semanal dos KPIs de manutenção.

Também foi realizada a reforma da estrutura civil e metálica e implantada uma


rotina para realização de inspeção preditiva semestral, conforme figura (XXVII).

Figura XXVII – Plano de ação - Estrutura e rotina de inspeção preditiva.

A figura (XXVIII) a seguir apresenta um treinamento realizado para a


capacitação das equipes de manutenção após a implantação do projeto.

Figura XXVIII – Treinamento de capacitação das equipes de manutenção.


A figura (XXIX) a seguir apresenta um modelo de um padrão de manutenção e
calibração das balanças rodoviárias, revisado após as reformas.

Figura XXIX – Revisão do Padrão de Manutenção e calibração das balanças.

Com o objetivo de confirmação, foi feita uma amostragem com trinta pesagens
antes e depois da implantação da atualização tecnológica e do sistema RFID.
Pode se observar na Figura (XXX), o tempo médio de pesagem antes da
implantação da tecnologia RFID era algo em torno de 50 segundos e após a
melhoria o tempo médio passou para 20 segundos, logo uma redução de 60%
do tempo de pesagem. Um ganho na produtividade do processo de pesagem.

60
TEMPO (SEGUNDOS)

50 Antes da Melhoria

40
30
20 Após a Melhoria

10
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29
AMOSTRAS

Figura XXX – KPI – Comparação dos tempos de pesagem antes e depois.

Com as ações de controle apresentadas, pode-se afirmar que a implantação do


projeto resultou em excelentes resultados como aumento da disponibilidade
operacional, redução drástica do índice de falhas, e uma redução significativa
no tempo de pesagem por caminhão, conforme figuras (XXX), figura (XXXI) e
Figura (XXXII).
Índice de Disponibilidade Operacional BR01
1
0,998
0,996
2013
0,994
2014
0,992
2015
0,99
2016
0,988
2017
0,986
2018
0,984
0,982
2013 2014 2015 2016 2017 2018

Figura XXXI – KPI – Aumento do Índice de disponibilidade da Balança BR1.

A seguir a figura (XXXII) com a redução do índice de falhas da balança BR1.

Índice de Falhas da Balança BR01


1,2
1,041666667
1

2013
0,8
2014
0,6 0,522260274 2015
2016
0,4 2017
0,288242009
2018
0,2 0,165525114
0,108447489
0,074200913

0
2013 2014 2015 2016 2017 2018

Figura XXXII – KPI – Redução do Índice de falhas da Balança BR1.

A figura (XXXIII) abaixo apresenta uma ilustração física de como ficaram as


novas balanças rodoviárias da Arcelormittal Tubarão após o projeto de
atualização tecnológica.
Figura XXXIII – Novo Lay out físico das Balanças Rodoviárias.

As figuras (XXXIV e XXXV) a seguir apresentam uma visão das balanças


rodoviária BR1 e BR2 após as etapas de atualização tecnológica.

Figura XXXIV – Balança Rodoviária BR1 da Arcelormittal Tubarão.

Figura XXXV – Balança Rodoviária BR2 da Arcelormittal Tubarão.


3 CONCLUSÃO

Com o trabalho apresentado confirma-se que é muito importante para uma


organização ter um bom sistema de manutenção que permita o registro e
análise de falhas de equipamentos, bem como a correta gestão dos KPI’s
envolvidos, pois estes sistemas podem resultar em excelentes fontes de
estudos para suportar as equipes de engenharia e de manutenção nos projetos
de confiabilidade e melhorias de equipamentos, principalmente quando estes
projetos estão alinhados aos conceitos de soluções tecnológicas modernas,
como a indústria 4.0 e as tecnologias digitais.

Com os dados demonstrados neste projeto pode-se concluir que a melhoria


realizada nas cinco Balanças rodoviárias da Arcelormittal Tubarão trouxe os
seguintes resultados para a companhia:

• Aumento da confiabilidade dos equipamentos;


• Aumento da disponibilidade operacional das balanças;
• Redução do risco de paradas operacionais do processo produtivo;
• Redução de 84,5% do índice de falhas;
• Aumento de 60% na eficiência do tempo de pesagem das balanças;
• Aumento de produtividade para as áreas produtivas;

4 REFERÊNCIAS

1 Lucianderson MF, Michelle DD. Proposta de Atualização Tecnológica do


Sistema de Controle e Automação da Balança Rodoviária BR1 da Portaria
Industrial da AMT. 2013:42-60.

2 TOLEDO. IND780 - Terminal de pesagem industrial. Parcerias


Estratégicas. 2001 [acesso em 07 maio. 2018]. Disponível em:
https://www.toledobrasil.com.br/balanca/indicadores-terminais/ind780.

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