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Objetivos
A proposta deste seminário é discutir alguns dos temas mais relevantes na Teoria do
Estado a partir da perspectiva do chamado Pensamento Político Brasileiro. A escolha
temática tentou mesclar temas mais usualmente explorados (Estado e Nação,
constituição, forma de Estado, forma e sistema de governo, democracia e sociedade)
com outras questões relevantes na atualidade (racismo e mídia), a fim de proporcionar
aos discentes uma discussão ampla. Os autores com os quais se optou por trabalhar
foram escolhidos a partir de duas frentes: de um lado, os clássicos, e, de outro,
contemporâneos. Acredita-se que colocar em um mesmo momento, sempre que
possível, a visão de um clássico e uma perspectiva contemporânea sobre a mesma
questão pode proporcionar resultados mais efetivos na compreensão dos problemas
estruturais brasileiros.
Carga Horária
O seminário terá carga horária de 32 h/a, com dez encontros, realizados nas manhãs de segunda-
feira (09:00-12:00). No primeiro encontro, serão apresentados o conteúdo da disciplina e a
metodologia de trabalho, incluindo as formas de organização da aula e de avaliação.
Regras do Seminário
O ideal é que cada seminário seja conduzido por três discentes, que devem seguir as regras
abaixo:
a) Cada expositor terá um tempo improrrogável de até 20 (vinte) minutos para apresentar,
de uma forma geral, os pontos que considerar mais relevantes dos textos sob sua
responsabilidade;
b) Ao final da última fala, os expositores devem lançar pelo menos 3 (três) questões que
considerem problemáticas sobre o tema para discutir em conjunto com os demais
alunos;
c) Caso considere necessário, farei intervenções explicativas ao final de cada exposição.
Avaliação
A avaliação resultará da combinação de três critérios:
Ementa
(Obs.: as obras e os autores estão sujeitos à revisão, caso se entenda necessário)
1º Semana (14/03)
2ª Semana (21/05)
LYNCH, Christian Edward Cyril. Por que Pensamento e não Teoria? A imaginação
político-social brasileira e o fantasma da condição periférica (1880-1970). Dados –
Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 56, n° 4, 2013, p. 727-767.
MELO, Marcus. Raízes do Brasil político: os caminhos de um projeto liberal. Folha de São
Paulo, 31/01/2016.
SOUZA, Jessé. O partido da sociedade para poucos. Folha de São Paulo, 21/02/2016.
3ª Semana (28/03)
ANDRADA E SILVA; José Bonifácio de. José Bonifácio de Andrada e Silva. Organização e
introdução de Jorge Caldeira. São Paulo: 34, 2002, p. 119-133 e 200-217 (Notas sobre a
organização política do Brasil, quer como reino unido a Portugal, quer como Estado
independente; Lembranças e apontamentos do Governo Provisório da província de São Paulo
para os seus deputados; Representação à Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do
Império do Brasil sobre a escravatura).
JANCSÓ, István. Este livro. In: JANCSÓ, István (Org.). Brasil: formação do Estado e da
nação. São Paulo/Ijuí: HUCITEC/Unijuí, 2003, p. 15-28.
ROWLAND, Robert. Patriotismo, povo e ódio aos portugueses: notas sobre a construção da
identidade nacional no Brasil independente. In: JANCSÓ, István (Org.). Brasil: formação do
Estado e da nação. São Paulo/Ijuí: HUCITEC/Unijuí, 2003, p. 365-388.
4ª Semana (04/04)
Constituição
TORRES, Alberto. A organização nacional. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1938.
VIANNA, Francisco José Oliveira. O idealismo da constituição. 2 ed. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1939.
5ª Semana (11/04)
URUGUAI; Paulino José Soares de Sousa, Visconde de. Ensaio sobre o Direito
Administrativo. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1862, p. 159-220 (cap. 30).
COSER, Ivo. Federal/Federalismo. In: FERES JÚNIOR, João (Org.). Léxico da História dos
Conceitos Políticos do Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2009, p. 91-118.
SOARES, Márcia Miranda; NEIVA, Pedro Robson Pereira. Federalism and public resources in
Brazil: Federal discretionary transfers to States. Brazilian Political Science Review, v. 5, n. 2,
2011, p. 94-116.
6ª Semana (18/04)
LYNCH, Christian Edward Cyril. O Império é que era a República: a monarquia republicana de
Joaquim Nabuco. Lua Nova, São Paulo, 85, 2012, p. 277-311.
7ª Semana (25/04)
PEREIRA, Carlos; MELO, Marcus André. The surprising success of multiparty presidentialism.
Journal of Democracy, vol. 23, n. 3, July 2012, p. 156-170.
8º Semana (02/05)
Democracia e autoritarismo
BARBOSA, Rui. A Crise Moral. Obras Completas de Rui Barbosa. Vol. XL (1913). Tomo
VI. Rio de Janeiro: Secretaria de Cultura; Fundação Casa de Rui Barbosa, 1991, p. 121-182.
MOURA, Almério Lourival de. O que é preciso realizar no Brasil para facilitar-lhe o
cumprimento das missões históricas que lhe couberam. As forças armadas e o destino
histórico nacional. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1937, p. 388-438.
9ª Semana (09/05)
Estado e racismo
VIANNA, Francisco José Oliveira. Raça e assimilação. 3 ed. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1938.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. 3 ed. Rio
de Janeiro: Globo, 2001, p. 819-838 [Capítulo final: A viagem redonda: do patrimonialismo ao
Estamento]
DAMATTA, Roberto. A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. 5 ed. Rio de
Janeiro: Rocco, 1997, p. 29-64.
SOUZA, Jessé. A tolice da inteligência brasileira: ou como o País se deixa manipular pela
elite. São Paulo: LeYa, 2015, p. 51-102.
FEINTUCK, Mike; VARNEY, Mike. Media regulation, public interest and the Law. 2 ed.
Edinburgh: Edinburg University Press, 2008.
FERRAZ, Claudio; FINAN, Frederico. Exposing Corrupt Politicians: The Effects of Brazil’s
Publicly Released Audits on Electoral Outcomes. The Quarterly Journal of Economics
123(2): 703-745, 2008.
MAUERSBERGER, Christof. To be prepared when the time has come: Argentina’s new media
regulation and the social movement for democratizing broadcasting. Media, Culture &
Society, v. 34, n. 5, 2012, p. 588-605.
STEIN, Elizabeth; KELLAM, Marisa. Silencing critics: why and how presidents restrict media
freedom in democracies. Comparative Political Studies, vol. 49, n. 1, 2016, p. 36-77.