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Importante notar que um feto de alto peso também aumenta o risco de distocia
biacromial.
Situação 2: Oh My God – Distocia de biacromial
Ocorre quando a cabeça saiu, mas os ombros não soltam. É uma complicação rara,
porém grave. O principal fator de risco são fetos com peso superior a 4000 g, o
que pode ocorrer na obesidade materna, pós-datismo (idade gestacional avançada)
e diabetes mellitus gestacional.
É uma situação que impõe riscos maternos e fetais. Para a mãe, o risco é de
laceração do canal do parto, disjunção da sínfise púbica, rotura uterina e atonia
uterina (com hemorragia). Para o feto, vai desde uma lesão do plexo braquial,
fratura de clavícula e úmero, até óbito.
O principal mecanismo é a entrada dos ombros alinhados com o diâmetro
anteroposterior do estreito superior. A espádua anterior fica simplesmente
encravada na sínfise púbica!
As medidas preventivas incluem principalmente evitar que o feto atinja esse peso
gestacional, e identificar pelo exame clínico e ultrassonográfico quando presente.
Como é difícil de prever e prevenir, o principal é realizar uma assistência
adequada na tentativa de resolver essa grave situação
Assistência de biacromial (NT: agora o bicho pega):
1. Não puxar a cabeça: só aumenta o risco de lesão do plexo braquial
2. Realizar episiostomia
3. Realizar a manobra de McRoberts: hiperflexão e abdução das coxas, com
consequente deslocamento cranial da sínfise púbica e retificação da lordose
lombar. Isso libera o ombro impactado. A manobra de McRoberts pode ser
Kelly – Turma 87
6. Manobra de Woods: o obstetra deve fazer uma pressão na face anterior (sobre
clavícula do ombro posterior), com o auxílio de dois dedos, fazendo uma
Kelly – Turma 87
abdução, ao mesmo tempo que roda o feto em 180 graus. Isso desprende um
dos membros. Parece um saca rolha. Depois roda de novo para tirar o outro.