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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3

2. OBJECTIVOS .............................................................................................................................. 4

2.1. Objectivos Gerais ...................................................................................................................... 4

2.2. Objectivos Específicos .............................................................................................................. 4

3. Gestão ........................................................................................................................................... 5

4. Mina ............................................................................................................................................. 5

5. Depósito de Estéril ....................................................................................................................... 5

5.1. Pilhas de Estéril ......................................................................................................................... 5

5.2.1. Objectivo da Deposição de Estéril ......................................................................................... 6

5.2. Estabilidade de um depósito de estéril ...................................................................................... 7

5.3. Aspectos gerais de pilhas de estéril ........................................................................................... 7

5.3.1. Caracterização dos materiais constituintes de um depósito de estéril .................................... 7

5.3.2. Planejamento .......................................................................................................................... 8

5.3.3. Construção de Pilha de Estéril ............................................................................................. 10

5.3.4. Preparação da Fundação ....................................................................................................... 10

5.3.5. Controle de Água Superficial ............................................................................................... 11

5.3.6. Método Construtivo.............................................................................................................. 12

5.3.7. Operação ............................................................................................................................... 13

6. Estabilidade física de pilhas de estéril ........................................................................................ 14

7. Custos ......................................................................................................................................... 14

8. Resíduos ..................................................................................................................................... 15

8.1. Operações de gerenciamento de Resíduos .............................................................................. 16

8.2. Relação entre resíduos e atividades do campo ........................................................................ 17

8.3. Tipologia de resíduos gerados pelas diferentes etapas de mineração ..................................... 17


8.4. Transporte do Rejeito .............................................................................................................. 19

9. Barragem de Rejeito ................................................................................................................... 19

9.1. Barragens de Contenção de Rejeitos ....................................................................................... 19

9.1.1. Tipos de Barragem de Rejeito .............................................................................................. 20

10. Estabilidade de barragens ......................................................................................................... 21

11. CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 22

12. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 23

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1. INTRODUÇÃO
No presente trabalho aborda-se o tema da gestão de depósitos de estéril e manuseio de
resíduos num campo de mina. No entanto a mineração é o conjunto de atividades e processos cujo
objetivo é a extração de substâncias minerais a partir de depósitos ou massas minerais. Para o
entendimento das questões relacionadas à geração e disposição de resíduos da mineração é
necessário apresentar alguns conceitos básicos e os processos fundamentais da mineração, é uma
atividade humana reconhecidamente causadora de degradação ambiental, porém essencial ao
desenvolvimento das civilizações e à sociedade contemporânea. O planeamento de um depósito de
estéril não é, geralmente, tão detalhado como um projeto de lavra. Isto é natural, visto que o
objetivo primeiro da mineração é a produção do melhor minério possível para ser processado. O
desenvolvimento de uma mina depende em geral da remoção de estéril, deste modo, promover um
gerenciamento do depósito de estéril, pode significar a diferença entre o lucro e o prejuízo e o
planeamento do depósito deve, frequentemente, reclamar mais atenção do que o esperado. A
degradação ambiental causada pela mineração se relaciona principalmente à extração do bem
mineral e à disposição de resíduos gerados durante a extração e o beneficiamento do minério. A
mineração gera uma grande quantidade de resíduos que são depositados em estruturas conhecidas
como pilhas de estéril e barragens de contenção de rejeitos.

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2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivos Gerais


 Debruçar em torno da Gestão de depósito de estéril e manuseio de Resíduos
Minerais no campo de mina.

2.2. Objectivos Específicos


 Conhecer os resíduos gerados durante as atividades no campo da mina;
 Sintetizar aspetos gerais para o planeamento de uma pilha de estéril;
 Descrever tipos de Resíduos Sólidos gerados na mineração.

4
Angelica
3. Gestão
A gestão, de acordo com definição do (Houaiss), é o conjunto de normas e funções cujo
objetivo é disciplinar os elementos de produção e submeter a produtividade a um controle de
qualidade, para a obtenção de um resultado eficaz, bem como uma satisfação financeira.

4. Mina
Uma mina é um local de produção de matéria-prima que compreende as fases de extração
do minério a partir do depósito para a concentração do mineral útil. É organizado em torno de
grandes infraestruturas de engenharia civil, equipamento e consumíveis. Ele gere todas as entradas
e saídas ligadas a ele, se líquido (águas residuais, efluentes), sólidos (multas, existências de
despejo, as libertações de plantas, produtos semi-acabados e acabados, reagentes químicos) ou
gasoso (pirometalurgia).

5. Depósito de Estéril
O estéril é um agregado natural composto de um ou mais minerais, retirado da mina para
liberar o minério e desprovido de valor econômico. É o produto minerado, mas que não é
processado antes do destino em pilhas de estéril (Robertson et al., 1985).

5.1. Pilhas de Estéril


As pilhas de estéril são estruturas geotécnicas formadas pela disposição e empilhamento
dos materiais estéreis provenientes da lavra. De modo geral, é possível afirmar que as pilhas de
estéril são as estruturas de disposição de resíduos mais simples que existem, se assemelhando a um
aterro não controlado, de uma maneira geral. No entanto, as pilhas podem ganhar complexidade
em função de seu porte, caso os materiais dispostos sejam muito heterogêneos ou caso o estéril seja
composto por material sulfetado capaz de gerar drenagem ácida. As pilhas de estéril são geralmente
construídas em talvegues ou encostas situadas nas proximidades imediatas da lavra de modo a
minimizar os custos de transporte deste material. Outra possibilidade é dispor o material estéril em
cavas vizinhas exauridas ou mesmo em áreas exauridas da cava.

Os estudos hidrológicos e hidráulicos são utilizados para o dimensionamento de estruturas de


drenagem, interna e externa (superficial) da pilha e de estruturas de contenção de sedimentos
(diques) que eventualmente venham a ser instaladas. Os estudos geológico-geotécnicos visam

5
caracterizar os materiais de fundação e da pilha de forma a subsidiar as análises de estabilidade e
o projeto geométrico da pilha.

O projeto de uma pilha de estéril deve conter basicamente o arranjo geométrico, o


dimensionamento do sistema de drenagem (interna e superficial), as análises de estabilidade, o
plano de monitoramento e o plano de desativação. A geometria da pilha compreende basicamente
os parâmetros: altura das bancadas, largura mínima das bermas e inclinação de taludes. A geometria
da pilha é condicionada basicamente pela topografia da área de implantação e pelas características
geotécnicas do material estéril.

GOMES (2006) apresenta o seguinte exemplo de geometria típica de pilha de estéril:

 Altura de bancada: 10,0 m;


 Largura das bermas: 5,0 m;
 Ângulo de face do talude: 30 graus .

Os sistemas de drenagem interna de pilhas de estéril tem como objetivo evitar o acúmulo de água
no interior da pilha, drenando a água que infiltra, evitando, assim o aumento da poropressão e
melhorando sua estabilidade geotécnica.

5.2.1. Objectivo da Deposição de Estéril


De acordo com Kennedy (1990) o objetivo do planejamento da disposição de estéril é
projetar uma série de fases de disposição que minimizem as distâncias vertical e horizontal entre a
mina e a área de disposição. Como o manuseio de materiais representa o maior componente no
custo de lavra, depósitos bem planejados desempenham papel importante, afetando o custo total da
operação. O projeto de uma pilha de estéril tem vários desafios técnicos. A qualidade das rochas
são variáveis, sendo mais de 50%, em geral, compostas por materiais com alta tendência para
degradação mecânica e saturação. O estéril pode ainda conter materiais sulfetados, potenciais
geradores de drenagem ácida (PAG, por sua sigla em inglês). Outros ítens que afetam o projeto são
a fundação da pilha, a sua locação em terreno adequado e preferencialmente perto da mina, as
condições climáticas e de precipitação da área, a estabilidade da disposição de modo a se evitar
uma ruptura ou deslizamanento dos taludes da pilha. A esses ítens, ainda se somam questões
práticas de planejamento de mina, como controle de disposição do estéril, caracterização, rotas de

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transporte para cada tipo de estéril, sequenciamento da pilha com o plano da mina, controle de
qualidade e restrições ambientais (Hawley et al., 2003).

A seleção de uma área apropriada é fundamental para que sua retomada se torne viável, assim como
a necessidade de uma disposição em separado do material que não possui formação ferrífera.

A seleção de uma área apropriada é fundamental para que sua retomada se torne viável, assim como
a necessidade de uma disposição em separado do material que não possui formação ferrífera.

5.2. Estabilidade de um depósito de estéril


O estéril de mineração, de uma forma geral, é constituído por solo, rocha sã e alterada, cujas
relações recíprocas (minério ou estéril), dependem do estágio da mineração ou de alterações no
planeamento da lavra decorrente de considerações econômicas. O material apresenta uma
distribuição granulométrica ampla, com partículas de dimensões de argila variando até matacões.

5.3. Aspectos gerais de pilhas de estéril


Planejar, construir e operar pilhas de estéril são algumas das atividades normais de uma empresa
de mineração. As pilhas de estéril constituem uma das maiores estruturas geotécnicas feita pelos
homens, sendo de fundamental importância seu planejamento. Os custos associados a essas
estruturas normalmente representam parcela significativa nos gastos de uma mina (Couzens, 1985).

5.3.1. Caracterização dos materiais constituintes de um depósito de estéril


As características de resistência do depósito são condicionadas por fatores tais como:

 Tipo e qualidade do material lançado;


 Método de construção e equipamentos utilizados;
 Resistência dos materiais à degradação por agentes químicos e atmosféricos;
 Selagem de porções externas decorrentes de ações intempéricas;
 Nível da água;
 Teor de umidade;
 Estado de compactação (a compactação pode ser controlada por mudanças de equipamento
e por procedimentos de manuseio que influenciam fatores, como: fragmentação, mistura de
solo e rocha, segregação e manuseio seletivo de um horizonte particular, drenagem afetando
teor de umidade etc.);

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 Grau de alteração;
 Presença de argilo-minerais.

5.3.2. Planejamento
O planejamento de uma pilha de estéril não é tão detalhado como um projeto de lavra, mas
o desenvolvimento de uma mina depende em geral da remoção de estéril. Deste modo, realizar
estudos e acompanhar a construção de pilha de estéril pode significar uma medida importante,
evitando problemas técnicos e econômicos no empreendimento mineiro como um todo (Couzens,
1985).

Geralmente, investigações específicas para disposição de estéril não são realizadas durante a fase
inicial de exploração da mina, mas informações básicas coletadas na fase de exploração, como
topografia, geologia, hidrologia, clima, etc. podem ser avaliadas e utilizadas na fase de
planejamento (Eaton et al., 2005).

A fase de planejamento compõe-se de algumas etapas como:

 A fase de exploração,
 A fase de pré-viabilidade,
 A fase de viabilidade e projeto preliminar.

A fase de exploração de uma mina é a etapa em que a maioria das informações são coletadas,
e, geralmente para o planejamento de uma pilha, são utilizados os dados obtidos nesta fase (Eaton
et al., 2005). Segundo Welsh (1985).

A fase de pré-viabilidade compreende a etapa de aquisição de informações específicas sobre os


locais prováveis para disposição do estéril procurando obter um reconhecimento preliminar das
áreas pré-selecionadas, buscando dados referentes à geologia, à topografia, à vegetação, à
hidrologia, ao clima e possíveis informações arqueológicas, como também projetos relevantes ou
publicações (fotos aéreas, mapas geológicos, relatórios de estações climáticas). Além disso, são
também determinados os dados básicos sobre a disposição do estéril, como a quantidade, o tipo do
material, a origem e os métodos propostos para manejo e disposição. Do ponto de vista ambiental,
duas questões devem ser consideradas.

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A primeira trata-se de um estudo prévio das áreas disponíveis para disposição do estéril. É
necessário conhecer os locais pré-selecionados e verificar se esses são destinados a parques
(nacional, estadual ou municipal), à reserva ecológica, se é um sítio arqueológico ou histórico, se
é nascente de alguma bacia hidrográfica. Esses locais devem ser identificados, pois necessitam da
liberação de órgãos competentes. A segunda refere-se à descrição e classificação dos possíveis
impactos ambientais, causados pela pilha de estéril. O local escolhido deverá ser aquele onde os
impactos ambientais sejam preferencialmente mínimos.

Preparar classificações preliminares das estruturas de disposição de estéreis, utilizando, por


exemplo, o sistema de classificação objeto dessa pesquisa, é uma outra opção na fase de pré-
viabilidade.

O sistema de classificação é uma ferramenta de planejamento, pois propicia realizar


classificações preliminares dos possíveis locais para disposição do estéril, tornando-se possível
comparações entre estes locais quanto ao potencial de instabilidade, e estabelecendo o nível de
esforço de investigação, projeto, construção e monitoramento necessários para cada local de acordo
com a cada classe encontrada. A seleção de um local para construção de uma pilha de estéril
envolve algumas considerações de ordem econômica, técnica e ambiental.

Esses fatores devem ser primeiramente analisados em separado, para em seguida serem
avaliados em conjunto, a fim de se determinar um local, onde os objetivos econômicos e técnicos
(por exemplo, a estabilidade) sejam maximizados e os impactos ambientais minimizados. Por outro
lado, esses fatores são inter-relacionados, a importância de um depende fundamentalmente do nível
de estudo adotado na avaliação dos demais (Bohnet, 1985).

As últimas etapas do planejamento são a fase de viabilidade e o projeto preliminar. Na primeira


são conduzidos estudos para o projeto preliminar, além de tratar de questões específicas esboçadas
no estágio anterior, submetidas ao órgão ambiental. Nesta fase realizam-se investigações de campo
para obter uma melhor avaliação das condições do local e sua adequabilidade, além de se
determinar as características do material de fundação (resistência ao cisalhamento, durabilidade,
composição química) e de materiais que vão compor a pilha (Eaton et al., 2005). O projeto
preliminar deve conter informações detalhadas como planos preliminares para a disposição de
estéril, avaliações das condicionantes ambientais, impactos potenciais, estratégias de mitigação
destes impactos e parâmetros de projeto para que possa ser submetido a avaliação dos órgãos

9
Igor
competentes. Finalizado, o projeto deve ser encaminhado ao órgão ambiental para concessão da
licença e caso algum problema seja identificado, a licença não é concedida até que sejam realizados
os estudos necessários para a complementação do mesmo e passar a etapa subseqüente.

Depois de passar por todas as etapas descritas acima, entra-se na fase de desenvolvimento do
projeto executivo, em que são delineadas todas as características da pilha, desde suas características
geométricas, passando pelo dimensionamento da drenagem interna e superficial até a proteção final
das bermas e o acabamento paisagístico. Uma questão importante a ser considerada refere-se à
análise da estabilidade da pilha. Essa análise baseia-se em dados obtidos durante os estudos
preliminares. São avaliadas várias hipóteses de ruptura para as diversas situações das pilhas, sob
diferentes condições hidrogeológicas.

5.3.3. Construção de Pilha de Estéril


Finalizada a etapa de elaboração do projeto, passa-se à fase de construção. De um modo
geral, a formação ordenada de uma pilha de estéril deve compreender os seguintes pontos básicos:

5.3.4. Preparação da Fundação


A limpeza da cobertura vegetal, caso a pilha seja construída em área de mata densa ou
floresta, deve ser executado (ABNT, 2006). De acordo com Eaton et al. (2005), os depósitos
espessos de solos orgânicos ou turfosos devem ser removidos favorecendo assim a estabilidade,
pois estas camadas podem funcionar como uma superfície desvaforável entre o terreno de fundação
mais resistente e o material da pilha.

Quando os depósitos de solos moles são pouco espessos e a remoção seria a opção óbvia, análises
devem ser realizadas a fim de se verificar se o processo de disposição de estéril deslocará ou
adensará, suficientemente, o terreno de fundação fraco. Caso positivo, a remoção ou outras medidas
de remediação podem ser evitadas.

No local deverão ser executados os serviços de drenagem e desvio dos cursos d’água
existentes. Os drenos de areia/pedregulhos podem ser uma alternativa nos casos de áreas 9 com
surgências ou solos úmidos, direcionando a água para uma vala coletora. Os drenos de fundo podem
consistir em colchões ou valas preenchidas de pedregulhos. Onde se espera grandes vazões, tubos
perfurados podem ser instalados de modo a garantir maior vazão (Eaton et al., 2005). Um dreno de

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pedras de mão pode ser necessário no pé de empilhamentos de estéreis em vale fechado, como se
pode observar na Figura.

Figura 1.Dreno de fundo (Freitas, 2004)


Em qualquer caso, os benefícios e o desempenho dos drenos devem ser avaliados sempre
que possível e acompanhados no tempo por meio de monitoramento.

A formação de um aterro para adensar o solo de fundação é uma alternativa à remoção e à drenagem
de solos fracos e saturados. Esses pré-carregamentos consistem, tipicamente, de aterros de 10 a 15
m (Eaton et al., 2005).

5.3.5. Controle de Água Superficial


Segundo McCarter (1990), as pilhas de estéreis frequentemente cobrem grandes áreas e
certos cuidados precisam ser estabelecidos no sentido de controlar a água superficial. A água
superficial deve ser manejada de modo a impedir a saturação dos taludes expostos, prevenindo o
desenvolvimento de superfície freática dentro da pilha, protegendo a estrutura contra a perda de
finos por “piping”, além de minimizar erosões superficiais ou o desenvolvimento de rupturas por
fluxo de água nas superfícies dos taludes.

A água superficial proveniente da precipitação ou de outras fontes deve ser coletada e direcionada
para canais de escoamento ao redor da estrutura, ou conduzida por drenagem interna.

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Desvios da água superficial são frequentemente viáveis em pilhas construídas em encostas ou em
áreas planas, mas são difíceis de serem incorporados no caso de pilhas em vales fechados e curtos
e aterros que cruzam vales extensos.

A plataforma de disposição da pilha deve ter um caimento de 1-2% a partir da crista para direcionar
a água coletada para uma valeta situada na parte posterior da plataforma (Eaton et al., 2005).

Dreno de fundo de enrocamento é uma alternativa viável e econômica frente a canais de desvios
de superfície, que são uma construções caras e de difícil manutenção. Os drenos de fundo de
enrocamento são geralmente aceitáveis, no caso de fluxo de até 20 m3/s (Eaton et al., 2005).

5.3.6. Método Construtivo


A disposição de estéril é feita normalmente por meio de camadas espessas, formando uma
sucessão de plataformas de lançamento espaçadas a intervalos de 10 m ou mais. A estabilidade do
aterro pode aumentar, controlando a largura e o comprimento das plataformas, e o espaçamento
vertical entre elas. Entre as plataformas deixam-se bermas, tendo como finalidades o acesso,
auxiliar na drenagem superficial e controle de erosão, além de suavizar o talude geral da pilha
(Eaton et al., 2005).

A pilha pode ser construída de forma descendente ou ascendente. A construção ascendente, como
mostra a Figura 2.2, é preferida porque cada alteamento sucessivo é suportado pelo anterior, cujo
comportamento pode ser documentado e compreendido.

Qualquer ruptura terá de passar pelo banco anterior, que também atua como apoio para o pé do
talude do banco e fornece certo confinamento para os solos de fundação. Outro ponto positivo é
que o pé de cada banco é suportado em uma superfície plana, ou seja, na berma superior (Eaton et
al., 2005).

A construção de pilha pelo método ascendente pode dar-se de duas formas por camadas ou por
bancadas. Na construção por camada a pilha vai sendo desenvolvida em horizontes com espessura
de até 1,5 m (camada), já na construção por bancada a pilha vai desenvolvendo na altura de um
banco (10, 15, 20 m,).

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Figura 2. Construção de uma pilha pelo método ascendente por camada (Freitas, 2004)
A construção descendente, como mostra a Figura, não é recomendada porque a camada posterior
é suportada no pé do talude anterior. Neste caso, as condições de fundação e os taludes do terreno
natural na região do pé da pilha frequentemente são quem controlam a estabilidade.

Figura 3. Construção de uma pilha pelo método descendente (Freitas, 2004)

5.3.7. Operação
A disposição do estéril deve ser feita preferencialmente ao longo do comprimento da crista,
de modo a fazer desta a mais longa possível, minimizando a taxa de avanço de elevação do aterro,
o que favorece a estabilidade. A disposição deve ser planejada de modo a tirar o máximo proveito
das condições geomorfológicas do terreno, particularmente onde o avanço da disposição ocorre
sobre terrenos muito íngremes (BC Mine Waste Rock Pile Research Committee, 1991).

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No desenvolvimento de uma pilha, a disposição deve ser feita em vários setores, não
utilizando um único local. O uso de várias frentes permite a suspensão temporária em setores com
excessiva subsidência, até que condições favoráveis se estabeleçam.

A deposição de materiais obedece a critérios de qualidade dos mesmos, ou seja, materiais de


estabilidades inferiores (baixo ângulo de atrito, alta umidade e alta percentagem de argilas) não
devem ser depositados em contato com o terreno natural ou nos taludes finais das bancadas.

6. Estabilidade física de pilhas de estéril


A estabilidade é um aspecto que deve ser assegurado durante todas as fases de uma pilha. Os
fatores considerados são os seguintes:

 Configuração da pilha;
 Inclinação do talude de fundação e grau de confinamento;
 Tipo de fundação;
 Qualidade do material da pilha;
 Método de construção;
 Condições piezométricas e climáticas;
 Taxa de Disposição;
 Sismicidade.

A configuração e as dimensões da pilha têm uma relação direta com a estabilidade. A altura da
pilha, por exemplo, está ligada à carga que será exercida sobre um determinado terreno de
fundação. As variáveis geométricas primárias são a altura, o volume e a inclinação geral do talude.

7. Custos
Os custos de disposição de estéril de mina estão concentrados no transporte, na
drenagem/proteção vegetal, na retenção de finos gerados por carreamento durante e após a
formação da pilha e na manutenção de drenagens ao longo dos anos. Destes custos, o mais
significativo em qualquer situação é o transporte do estéril da mina até a pilha e cuja otimização
depende mais dos equipamentos e perfis de transportes e menos do projeto ou do método executivo
da pilha. Porém os outros custos, apesar das pequenas incidências percentuais, podem significar
grandes montantes de desembolso ao longo e após a formação da pilha. Estes custos podem ser
minimizados através de um bom projeto de engenharia e de métodos executivos apropriados.
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A formação controlada de depósitos de estéreis é evidentemente mais onerosa ao empreendimento
mineiro que o simples basculamento do material nas encostas ou terrenos adjacentes à mina.
Entretanto, como benefícios, podem ser apontados, dentre outros, a ocupação racional das áreas
disponíveis, estabilidade dos taludes, controle da erosão e drenagem, estética, possibilidade de
recomposição da paisagem natural e reaproveitamento futuro do material. Com um bom
conhecimento geológico/geotécnico, o projeto do depósito pode levar em conta muitas variáveis
otimizáveis como:

 Drenagem de fundação;
 Drenagem interna da pilha;
 Forma e altura de lançamento das camadas;
 Zoneamento de acordo com características geotécnicas dos materiais lançados;
 Dimensionamento das bermas de drenagens, de taludes (gerais e entre bermas);
 Localização e forma dos acessos de construção e de manutenção;
 Acabamento das bermas e taludes / revestimento vegetal;
 Drenagem superficial;
 Monitoração de deformações durante e após a formação da pilha.

8. Resíduos
Resíduo é qualquer material inútil, indesejável ou descartado, na forma sólida, líquida ou
gasosa, de origem domiciliar, industrial, agrícola, comercial, de serviços ou de serviços de saúde
(CETESB, 2002). Inicialmente percebe-se o caráter negativo do resíduo, considerado inútil ou
mesmo indesejável. O resíduo pode ser tanto um objeto que perdeu sua utilidade, quanto o resto ou
refugo de uma atividade humana. Assim, a definição de determinado material como resíduo
depende fundamentalmente de sua utilidade ou da perceção quanto à sua utilidade. Além disso,
subentende-se que diferentes tipos de materiais de diversas origens podem ser considerados
resíduos. Outra implicação importante do conceito apresentado, mais especificamente relacionada
ao adjetivo “descartado”, é a associação dos resíduos com algum tipo de destinação ou disposição
final.

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Azevedo
8.1. Operações de gerenciamento de Resíduos
As boas práticas sugerem uma hierarquia para as operações de gerenciamento de resíduos
classificando-as de acordo com os benefícios ambientais e energéticos (DIAZ et al., 2005). Tal
hierarquia, considerada a base fundamental das práticas modernas de gerenciamento de resíduos, é
apresentada a seguir, listando as operações de gerenciamento de resíduos em ordem decrescente de
prioridade:

 Prevenir a produção de resíduos ou reduzir a quantidade gerada;


 Reduzir a toxicidade ou os impactos negativos dos resíduos gerados;
 Reutilizar materiais (“resíduos”) recuperados em sua forma corrente;
 Reciclar, compostar (específico para resíduos com matéria orgânica, não se aplica aos
resíduos típicos de mineração) ou recuperar materiais para uso direto ou indireto como
matéria prima para novos produtos;
 Recuperar a energia do resíduo por incineração, digestão anaeróbia (específico para
resíduos com matéria orgânica, não se aplica aos resíduos típicos de mineração) ou processo
similar;
 Reduzir o volume dos resíduos antes da disposição;
 Dispor os resíduos de maneira ambientalmente adequada.

Os resíduos gerados pela indústria mineira são principalmente durante o período processo de
extração, de beneficiamento e processamento de minerais.

Pode-se dizer que resíduos são:

 Coisas sem interesse para quem os produz e daí o seu desinteresse pelo respectivo
destino;
 Coisas que acarretam encargos;
 Coisas que, em muitos casos, nem se sabe o que são (composição físico-química);
 Coisas que incomodam pelos efeitos (visual, águas, solos,);
 Em suma, coisas que não interessavam a ninguém mas que atualmente também podem ser
úteis e lucrativa enfim, um conceito controverso a diferentes níveis.

Extração que é uma primeira fase que consiste na remoção inicial do minério a Partindo da terra
que é feito pelo processo de decapagem que resulta na geração de um grande volume de resíduos

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como solo, detritos e outro material que é inútil para uma indústria e é apenas armazenado em
grandes pilhas dentro da área de arrendamento da mina, e, por vezes, em terras públicas. Esta é
uma das maneiras pela qual grande quantidade de desperdício gerada por o processo.

Os resíduos sólidos têm recebido tratamento de segunda categoria e ainda não existe vocação e
uma consciência política dos governantes, parlamentares e demais autoridades, efetivamente
comprometida com a implementação de políticas preventivas e corretivas (BARROS, 2002).

Brandt (2004) descreve a caracterização, quantificação e qualifica os diversos tipos de resíduos


gerados pela empresa em todas as suas atividades, pois através desses estudos de caracterização,
qualificação e quantificação será possível evitar vários tipos de Riscos provenientes de Resíduos
Sólidos de uma Indústria de Mineração, tais como:

 Contaminação do Solo,
 Contaminação da Água,
 Riscos de Propagação de Doenças,
 Riscos de Emissões Atmosféricas sem Controlo,
 Destruição da Flora local e afastamento da Fauna, Riscos de Afeto na Imagem Institucional,
aumento de materiais particulados contaminados, risco no manejo com o ácido sulfúrico,
etc.

Sendo assim, torna-se necessária a implantação de um sistema eficiente para a gestão destes
resíduos, de forma a controlar as etapas envolvidas desde a geração até sua disposição final. Este
sistema, além de evitar danos ao meio ambiente citados acima, permite também a implementação
de uma política de reutilização e reciclagem de resíduos, reduzindo o volume a ser disposto em
aterros.

8.2. Relação entre resíduos e atividades do campo


Quanto maior a escala da mina, maior será resíduos gerados no campo de extração.

8.3. Tipologia de resíduos gerados pelas diferentes etapas de mineração


Cada uma das etapas de minério de mineração e processamento pode gerar mineração
resíduos. Este desperdício geralmente tem diferentes propriedades físicas e químicas, resultando
em diferentes potenciais impactos ambientais. Os respetivos volumes de resíduos produzidos

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essencialmente depender do tipo de depósito e as alternativas tecnológicas utilizadas para
mineração e para o processamento de minério; descarnar dos depósitos em pedreiras extraído de
tira é frequentemente um dos passos que produzem a maior parte dos resíduos, durante as operações
de extracção de minério. A composição química dos resíduos varia consideravelmente de acordo
com a substância extraído e a natureza da formação geológica que contém o depósito.

Os principais tipos de resíduos mineiros, além de solo superficial e estéril podem ser classificados
em duas categorias:

 Resíduos de rocha (pilhas mina de rocha);


 Rejeitos (resíduos de processamento);

Figura 4. Diferentes tipos de resíduos atividade de mineração

Podemos citar mais dois tipos de "resíduos" por causa da necessidade de sua gestão ambiental:

 Armazenagens temporárias de minério;


 Escórias (fora do bito do presente estudo, porque a escória deriva a partir de uma fase
posterior de utilização de metal)

O principal tipo de rochas residuais é gerado pela superfície (ou rocha estéril) de extração para
expor o minério raso.

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Este é rocha que é resistido em diferentes graus, embora cada vez mais fresco com profundidade e
que mostra as características geológicas do material circundante local. A sua composição é
semelhante às rochas do setor. A maior (em tonelagem) quantidade de rocha árida vem de descascar
para minas a céu aberto. Em minas subterrâneas, estas rochas estéreis são gerados pelas passagens
(eixos, crosscuts).

8.4. Transporte do Rejeito


O transporte da polpa de rejeitos até a barragem, geralmente, é feito por gravidade por meio
de tubulação ou canais escavados. O lançamento dos rejeitos no reservatório pode ser realizado de
diferentes maneiras: em um único ponto (no caso do lançamento de rejeitos de montante para
jusante com o uso de canais) ou em vários pontos em linha com a utilização de hidroclones, canhões
ou espigotes. O processo de deposição dos rejeitos é governado pelo escoamento e infiltração da
água contida na polpa e pela sedimentação e adensamento da fração sólida, formando uma praia de
rejeitos junto ao ponto de lançamento (GOMES, 2006).

9. Barragem de Rejeito

9.1. Barragens de Contenção de Rejeitos


As barragens de contenção de rejeitos são estruturas de disposição de resíduos formadas
por barramento, cujo objetivo é conter os rejeitos do processo de beneficiamento de minério e por
um reservatório, cujo objetivo e armazenar os rejeitos e, em alguns casos, água.

O barramento pode ser construído de solo e rocha, ou até mesmo com o próprio rejeito, desde que
este apresente características geotécnicas necessárias.

No presente trabalho será utilizado o termo “barragem de rejeitos” para se referir ao conjunto
formado pelo barramento e pelo reservatório, independentemente do material de construção do
barramento. É importante ressaltar que existem outros métodos de disposição de rejeitos de
mineração tais como backfilling, co-disposição, disposição de rejeitos em pasta e disposição de
rejeitos a seco, dentre outros, porém estes não serão abordados no presente trabalho.

A norma estabelece a necessidade de estudos locacionais, estudos hidrológicos e hidráulicos,


estudos geológicos geotécnicos e estudos sedimentológicos, além de requisitos mínimos e critérios
de projeto. Historicamente, a disposição de rejeitos se iniciou com a prática de despejar os rejeitos

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em drenagens próximas e progrediu para o projeto empírico de bacias por parte dos mineradores,
com base na tentativa e erro. A partir da década de 1960 os princípios da engenharia geotécnica
passaram a ser aplicados nas estruturas de contenção de rejeitos, seguindo conceitos e práticas
utilizados em projetos de barragens de água. Atualmente o planeamento e projeto de bacias de
rejeitos se tornou uma atividade multidisciplinar, que requer um conhecimento mais amplo em
diversos campos, indo além das tradicionais aplicações do conhecimento geotécnico (VICK, 1990).

9.1.1. Tipos de Barragem de Rejeito


Existem diferentes tipos ou configurações de barragens de rejeitos:

 Barragens em vale;
 Barragens em meia encosta e bacias de contenção ou “ponds” .

A escolha da configuração da barragem de rejeitos dependerá basicamente da topografia natural,


das características dos rejeitos e de fatores econômicos.

Figura 5. Tipos de barragens de rejeitos (VICK, 1990)


Normalmente, o tipo de barragem que apresenta a menor relação entre volume de barramento e
volume de armazenamento de rejeitos é a barragem em vale. Já os “ponds” ou bacias de contenção
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são o tipo de estrutura que resulta na maior relação entre volume de barramento e volume de
armazenamento. Como os custos de construção de barragens de rejeitos são diretamente
relacionados com a quantidade (e tipo) de material utilizado no barramento, geralmente, opta-se
pelas barragens em vale. Grandes economias podem ser obtidas através da minimização do
tamanho do barramento e da maximização do uso de materiais locais, em particular os próprios
rejeitos.

De um modo geral, os “ponds” são construídos em locais planos, onde a topografia não permite a
construção de barragens em vale, ou quando se pretende revestir (impermeabilizar) o reservatório
devido às características químicas dos rejeitos (resíduos classificados como perigosos). Isto porque
é mais fácil revestir internamente os “ponds” com geomembrana ou mesmo solos de baixa
permeabilidade do que os reservatórios de barragens em vale.

10. Estabilidade de barragens


Uma barragem é considerada segura caso seu desempenho satisfaça as exigências de
comportamento necessárias para evitar acidentes estruturais, econômicos, ambientais e sociais.
Segundo o Manual de segurança e inspeção de barragens, uma barragem de rejeito requer um alto
grau de segurança, quando classificada em relação a perdas materiais e ambientais. Assim,
referente às análises de estabilidade interna e externa do maciço, faz-se necessário um Fator de
Segurança2 mínimo de 1,5. De acordo com Victorino (2007), os projetos geotécnicos de barragens
devem passar pela análise de estabilidade de seus taludes, sendo para isso necessário o
conhecimento dos parâmetros geotécnicos de resistência que podem ser determinados através de
ensaios de campo e laboratório do material de rejeito e da fundação. A falta de conhecimento e
controle dos aspectos geotécnicos ligados aos materiais envolvidos na construção das barragens de
rejeito pode desencadear processos de instabilização de taludes RIBEIRO (1995) apud
VICTORINO (2007).

Além disso, verifica-se, em estudos sobre segurança de barragens de rejeito nos Estados
Unidos, que os gastos com estudos preliminares, que garantam a segurança das estruturas, são
muito menores do que os custos de um eventual acidente MELLO (1981) apud LOZANO (2006).

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11. CONCLUSÃO
As empresas do setor de mineração vêm procurando novas alternativas para a disposição
dos rejeitos de forma mais econômica e segura. Isso porque, os rejeitos, apesar de não possuírem
valor econômico, são produzidos em grande escala, o que torna imprescindível a utilização de
processos sistemáticos de disposição.

Frequentemente, o mineral não pode ser comercializado tal como se apresenta na natureza, sendo
necessários diversos processos de tratamento da rocha que o contém. Paralelamente ao
beneficiamento do minério, ocorre, inevitavelmente, a produção de materiais de descarte
conhecidos como resíduos estéreis e rejeitos.

os rejeitos são resultantes do processo de beneficiamento físico do minério e também eventual


tratamento químico. Assim como os resíduos estéreis, os rejeitos não possuem valor econômico,
porém diferem dos rejeitos, pois estes últimos possuem grande quantidade de água.

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12. BIBLIOGRAFIA
 PULINO, Alexandre Masocatto. Índices de estimativa de custos de fechamento de pilhas
de estéril e barragens de rejeitos: Pilhas de Estéril. Belo Horizonte
2010.
 PASSOS , Nathalia Christina De Souza Tavares. Barragem de rejeito: avaliação dos
parâmetros geotécnicos de rejeitos de minério de ferro utilizando ensaios de campo –
um estudo de caso. CURITIBA 2009.
 DA ROCHA, Antônio Carlos Pereira. Avaliação do material estéril de formação
ferrífera em mineração para disposição seletiva e reaproveitamento futuro. Outubro de
2015 , Ouro Preto/MG.
 ARAGÃO, Giani Aparecida Santana. Classificação de pilhas de estéril na mineração de
ferro. Ouro Preto – fevereiro de 2008
 Waste management in mining industry rajdeep das and ipseet Choudhury, capturado
do site: https://www.ijsr.in/upload/1080184324CHAPTER_24.pdf
 Resíduos sólidos da indústria de mineração, capturado do site:
http://www.pucgoias.edu.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/Continua/RES%C3
%8DDUOS%20S%C3%93LIDOS%20DA%20IND%C3%9ASTRIA%20DE%20MINER
A%C3%87%C3%83O(1).pdf
 Dissertação comportamento geotécnico pilha, capturado do site:
http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3618/1/DISSERTA%C3%87%C3%
83O_ComportamentoGeot%C3%A9cnicoPilha.pdf
 Selecao locais barragens rejeitos, capturado do site:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3145/tde-14122006
123702/publico/Selecaolocaisbarragensrejeitos.pdf

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