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CURSO DE
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES
LABORATORIAIS
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
CURSO DE
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES
LABORATORIAIS
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO III
12 HEMATOLOGIA
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FIGURA 57 - TRANSPORTE DE OXIGÊNIO E GÁS CARBÔNICO PELAS
HEMÁCIAS
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De maneira idêntica, o sangue regula o teor de acidez das células,
controlando substâncias químicas simples que elas contêm, tais como sais,
bicarbonato, ureia e outras. Por meio dessas funções, o sangue mantém constantes
as condições internas do corpo (homeostasia). Os médicos se servem da circulação
para controlar artificialmente várias alterações orgânicas, seja retirando ou
administrando drogas como solução de cloreto de sódio, lactato de sódio, gluconato
de cálcio e outras que são injetadas em uma tentativa de corrigir e equilibrar o meio
orgânico.
O sangue participa até mesmo do controle da temperatura do corpo,
eliminando o calor excessivo por meio de um “desvio” do sangue aquecido às
regiões mais superficiais, próximas à pele, onde o calor é eliminado pela irradiação
direta, através da pele e da transpiração. O sangue ganha importância especial na
defesa da integridade do organismo. Estão concentrados nele os principais meios de
defesa contra o ataque de agentes externos.
Os leucócitos, ou glóbulos brancos, são os principais agentes deste
mecanismo. Substâncias altamente especializadas denominadas anticorpos são
produzidas pelos linfócitos em resposta à invasão de substâncias estranhas ou
microrganismos patogênicos. Encarregado de tantas e variadas atribuições o
sangue é uma variedade de tecido conjuntivo e pode ser considerado o único tecido
líquido do corpo.
É por apresentar essas inúmeras funções que a análise do sangue
representa a grande maioria dos exames laboratoriais realizados, pois analisando a
composição do sangue tem-se um parâmetro da saúde do indivíduo. A composição
do sangue foi descrita sumariamente no início do curso e neste módulo de
Hematologia analisaremos apenas os elementos figurados.
O hemograma é o principal exame hematológico, porém, serão discutidos
posteriormente outros exames que indiretamente analisam os elementos figurados
do sangue, como pesquisa de células LE, VHS, Contagem de Reticulócitos,
Fragilidade osmótica, Hemoglobinopatias, Falcização de hemácias e Determinação
do Grupo Sanguíneo, embora este último possa ser enquadrado no módulo de
imuno-hematologia, que será descrito neste módulo.
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12.2 COMPOSIÇÃO DO SANGUE
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FIGURA 58 – COMPOSIÇÃO DO SANGUE
Linfócito Monócito
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FIGURA 59 - ESFREGAÇO DE SANGUE EM LÂMINA DE VIDRO
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FIGURA 60 – SOLUÇÕES DO SANGUE
12.3 HEMATOPOIESE
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sendo então denominada medula amarela. A partir dos três anos de idade, a região
medular dos ossos longos vai perdendo a atividade de produção celular,
permanecendo apenas nos ossos chatos (esterno, costelas, vértebras, bacia, e
porções proximais dos úmeros e fêmures).
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FIGURA 62 - MEDULA ÓSSEA
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FIGURA 63 - FOTOGRAFIA DE UMA CÉLULA-TRONCO DA MEDULA ÓSSEA
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12.4 HEMOGRAMA
FIGURA 65 – HEMOGRAMA
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Série Branca (Leucograma): Contagem de leucócitos totais e contagem
diferencial de leucócitos.
Plaquetas (Plaquetometria): Contagem de plaquetas. Alguns índices
plaquetários já são possíveis de serem realizados pela automação, porém, ainda,
não encontraram trabalhos científicos que comprovem sua utilidade.
O exame microscópico de esfregaço de sangue corado é útil na identificação
de alterações não detectáveis pelos equipamentos, como inclusões celulares e
algumas células jovens. A análise quantitativa das hemácias, leucócitos totais,
plaquetas e a avaliação dos índices hematimétricos são hoje realizados por meio de
equipamentos automatizados que combinam diferentes métodos de avaliação de
alta tecnologia e precisão à capacidade de análise de milhões de células, permitindo
resultados mais precisos.
A utilização desses equipamentos permite também a avaliação de índices
hematológicos e a visualização em histogramas que demonstram a distribuição dos
diferentes elementos analisados. Essa característica possibilita a identificação de
alguns parâmetros antes impossíveis de serem avaliados ou que eram analisados
subjetivamente, com a visualização do esfregaço em lâmina. Entre esses
parâmetros, temos o índice de anisocitose (RDW), a identificação de populações
mistas de células, a anisocitose plaquetária e alertas para possíveis alterações
presentes na amostra examinada.
Esses alertas são específicos para alterações das séries vermelha, branca e
das plaquetas, como presença de blastos, granulócitos imaturos, desvio à esquerda,
atipias linfocitárias, grumos plaquetários, microcitose, hipocromia, entre outros.
Realizam, ainda, por uma combinação de métodos de análise celular e coloração, a
contagem diferencial de leucócitos, que serve de orientação para o citologista,
chamando a atenção para situações nas quais a avaliação deve ser mais cuidadosa.
A análise qualitativa é realizada pela avaliação da lâmina corada, associada
aos resultados obtidos pela avaliação eletrônica. A coloração das células diferencia
em detalhes as estruturas nucleares e citoplasmáticas, permitindo a avaliação do
tamanho das células, a relação núcleo/citoplasma, a forma do núcleo, a presença de
nucléolos, o padrão da cromatina e a coloração do citoplasma, a presença de
granulação, vacúolos e outras alterações morfológicas.
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Os resultados auxiliam a identificação de doenças de origem primária ou
secundária de características agudas ou crônicas. São utilizados também para
acompanhar a evolução de uma variedade de doenças e para monitorar os efeitos
colaterais decorrentes do uso de medicamentos. A avaliação eritrocitária pode
identificar processos anêmicos, policitêmicos, alterações de forma e tamanho das
hemácias.
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12.4.1 Técnicas para Realização do Hemograma
FIGURA 68 - ESQUEMA DA
CÂMARA DE NEUBAUER
FIGURA 67 - CÂMARA DE
NEUBAUER
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b) Dosagem da Hemoglobina: a dosagem da hemoglobina é feita após a lise dos
eritrócitos e estabilização da hemoglobina. Em seguida é realizada a leitura
colorimétrica (cianometa-hemoglobina) pela densidade óptica medida em
espectrofotômetro.
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FIGURA 69 - TÉCNICA PARA
CONFECÇÃO DE
ESFREGAÇO SANGUÍNEO FIGURA 70 - LÂMINA
CORADA DE ESFREGAÇO
SANGUÍNEO
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12.4.4 Princípios dos Equipamentos Automatizados
a) Impedância Elétrica:
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Pelo mesmo método são contados os eritrócitos e as plaquetas, porém neste
caso, além de registrar o número de células contadas, o aparelho também registra o
pico correspondente aos seus tamanhos. Muitos aparelhos utilizam a metodologia
da impedância elétrica para a contagem de células. Assim, pode ser realizada a
contagem de eritrócitos, plaquetas e leucócitos (contagem global).
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acessível, durabilidade e fácil manutenção. Atualmente os contadores possuem três
canais de leitura onde é calculada a média de leitura.
Em hematologia, alguns contadores eletrônicos de células determinam, além
dos parâmetros habituais (número de eritrócitos e de leucócitos por milímetro
cúbicos e concentração de hemoglobina), o valor real do VCM (volume corpuscular
médio), HCM (hemoglobina corpuscular média), CHCM (concentração
hemoglobínica corpuscular média) e o cálculo do índice de anisocitose dos
eritrócitos (RDW) e das plaquetas (PDW) e fornecem os histogramas de distribuição
de volumes destas células.
O Volume Corpuscular Médio é medido pela intensidade da alteração da
corrente, quanto maior for a variação, maior foi a célula que passou pelo orifício e,
ao terminar a contagem o equipamento calcula a variação média de alteração da
corrente e determina o VCM além de analisar estatisticamente o coeficiente de
variação desta alteração e assim determinar o RDW (Red Cell Distribution Width) ou
o índice de anisocitose. A partir do valor do VCM, do número de eritrócitos e da
dosagem de hemoglobina, o equipamento calcula os demais índices, como
hematócrito, HCM e CHCM.
c) Dispersão do Laser
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FIGURA 72 - VOLUME
FIGURA 73 -
CONDUTIVIDADE
FIGURA 74 - LASER
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FIGURA 75 – ANÁLISE
SIMULTÂNEA
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FIGURA 77 - GRÁFICO XYZ
(VCS) ONDE:
LINHA VERMELHA =
VOLUME FIGURA 78 - PROJEÇÃO EM
LINHA AZUL = DUAS DIMENSÕES DO
CONDUTIVIDADE GRÁFICO XYZ
LINHA VERDE = LASER
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13 ANÁLISE DO HEMOGRAMA
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indicativos diagnósticos que, quando cruzados com outros dados e/ou resultados,
são de extrema importância clínica.
É extremamente importante o exame físico do sangue, que é a avaliação
clínica do paciente ou a justificativa para a solicitação do hemograma ou, ainda, a
suspeita clínica. O histórico do paciente é igualmente importante uma vez que um
resultado isolado não necessariamente conclui um diagnóstico ou mesmo um
prognóstico. Se um determinado paciente apresentar um hemograma alterado, este
mesmo paciente pode ter apresentado um resultado anterior pior e, neste caso, é
um bom prognóstico o resultado deste hemograma.
13.1.1 Eritrograma
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HCM: É a Hemoglobina Corpuscular Média, ou seja, a quantidade média de
hemoglobina presente dentro de cada eritrócito, sendo representada em picogramas
(pg).
CHCM: É a Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média, ou seja, é a
concentração média de hemoglobina em 100 ml de eritrócitos sendo representada
em grama por decilitro (g/dl). O CHCM difere do HCM pelo fato de que a
concentração leva em conta o volume celular e o HCM apenas relaciona a
hemoglobina total com o número de eritrócitos.
Alterações morfológicas da série vermelha: após a descrição dos resultados
acima descritos, o laudo do hemograma deve relatar também a presença de
qualquer alteração morfológica presente no esfregaço sanguíneo. São inúmeras as
alterações e cada uma corresponde a algumas situações clínicas. Caso não seja
detectada alterações o resultado das alterações morfológicas da série vermelha é
expresso como N.D.N., que na nomenclatura médica significa Nada Digno de Nota.
RDW: O índice de RDW ou Red Cell Distribution Width corresponde ao
índice de variação do tamanho dos eritrócitos e em outras palavras significa
anisocitose. Quanto maior for valor do RDW maior será a variação no tamanho dos
eritrócitos, ou seja, maior será a anisocitose.
FIGURA 82 – RDW
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O RDW ainda não é completamente aceito pela classe médica e alguns
laboratórios não determinam numericamente o RDW e simplesmente convertem o
índice em características morfológicas: anisocitose discreta anisocitose (+),
anisocitose (++) ou anisocitose (+++).
13.1.2 Leucograma
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O esquema acima representa uma parte da diferenciação da célula-tronco
da medula óssea. Vale ressaltar que essa divisão é apenas didática e que
biologicamente o processo é dinâmico, ou seja, a célula vai se diferenciando ao
longo do processo até atingir a maturação completa e ser liberada para a corrente
sanguínea.
O bastão ou bastonete não está representado no esquema acima. Trata-se
de um neutrófilo jovem, ficando localizado entre o metamielócito e o neutrófilo, na
imagem acima. O normoblasto representa três fases de maturação: eritroblasto
basófilo, eritroblasto policromatófilo e eritroblasto ortocromático, em seguida
reticulócito e eritrócito.
A presença de células jovens no sangue periférico, ou seja, diferentes das
seis apresentadas, é um indicativo de alteração podendo esta alteração ser
fisiológica ou não. Algumas infecções severas, gestação, anemias, leucemias, etc.
são alguns casos em que podemos encontrar células jovens no sangue periférico. A
contagem diferencial dos leucócitos é representada em porcentagem e em valores
absolutos. Os valores absolutos são apenas calculados com base na porcentagem
dos leucócitos presentes com a contagem global de leucócitos.
13.1.3 Plaquetograma
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13.2 OS VALORES DE REFERÊNCIA DO HEMOGRAMA
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QUADRO 1 – VALORES DE REFERÊNCIA NO HEMOGRAMA
Mulheres:
Eritrócitos: 3,9 a 5,9 milhões/µL
Hemoglobina: 12,0 a 16,0 g/dL
Hematócrito: 35,6 a 48,6 %
VCM: 82,0 a 92,0 fL
HCM: 27,0 a 31,0 pg
CHCM: 32,9 a 36,0 g/dL
Leucócitos: 5.000 a 10.000 /µL
Metamielócitos: 0 a 100 /µL
Bastonetes: 150 a 600 /µL
Segmentados: 2.750 a 6.500 /µL
Neutrófilos: 2.900 a 7.200 /µL
Eosinófilos: 55 a 220 /µL
Basófilos: 0 a 100 /µL
Linfócitos: 1.000 a 3.200 /µL
Monócitos: 200 a 800 /µL
FONTE: GREER, John P. at al.: Wintrobe’s Clinical Hematology, v. 1 e 2, 11. ed. ANO
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Os valores de Hemoglobina, da HCM e da CHCM são estabelecidos para
pacientes vivendo à altitude e à pressão atmosférica de São Paulo (± 750 m e ± 705
mmHg). Pacientes de cidades litorâneas (2 m e 760 mmHg) apresentam valores, em
média, 1% mais baixos e os de cidades altas (1.500 m e 650 mmHg) apresentam
valores, em média, 1% mais altos. O valor médio da faixa de normalidade da HCM
para qualquer altitude pode ser obtido aplicando a equação: HCM = (altitude +
53333)/1864 onde: HCM = HCM média em pg altitude = altitude da cidade habitual
do paciente em metros.
Valores abaixo do valor inferior normal são denominados “...penia” e os
valores acima do valor superior normal são denominados “...citose” ou “...filia”. Por
exemplo: Uma contagem de leucócitos de 15.000 / µL para uma mulher é dito que
esta paciente está com “leucocitose” e um homem com contagem de neutrófilos de
1.900 / µL está com “neutropenia”.
14 ALTERAÇÕES NO HEMOGRAMA
14.1 ERITRÓCITOS
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primeiramente analisada a pseudoeritrocitose, que nada mais é que uma eritrocitose
causada não pelo aumento no número de eritrócitos e sim pela diminuição do
volume plasmático, o que resulta em uma concentração maior de eritrócitos.
A pseudoeritrocitose pode ser causada por desidratação, uso de diuréticos e
outros fatores que possam reduzir o volume plasmático. De uma forma geral a
eritrocitose é benéfica para o organismo uma vez que gera um maior transporte de
oxigênio no organismo, porém quando o hematócrito ultrapassa 55% aumenta-se a
viscosidade do sangue e esta passa a ser prejudicial. As eritrocitoses acentuadas
(hematócrito acima de 60% para homens e 50% para mulheres) costumam ser reais,
ou seja, há um aumento patológico na produção de hemácias.
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Doenças como tumores secretantes de eritropoetina são mais graves. A
mais comum é o hipernefroma, um tumor no rim e como este órgão produz
eritropoetina (hormônio que estimula a produção de hemácias) há um aumento de
eritrócitos proporcional ao tumor. Cardiopatias congênitas e hemoglobinopatias
também elevam a produção de hemácias como forma de compensar a deficiência na
oxigenação dos tecidos.
Policitemia Vera é uma doença mieloproliferativa crônica, clonal, que
acomete pessoas na faixa etária de 60-65 anos. O hemograma apresenta
eritrocitose, leucocitose e plaquetose e o tratamento é por meio de sangrias. A
redução no número de eritrócitos será discutida juntamente com a hemoglobina,
uma vez que estão intimamente relacionadas.
14.2 HEMOGLOBINA
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FIGURA 85 – GRUPO HEME
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14.2.1 Anemia
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O resultado do hemograma é essencial para se detectar o quadro de anemia
e como a anemia é sinal de doença subjacente, deve-se investigar a causa, sendo
as mais comuns.
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Mesmo com a falta de hemoglobina, os eritrócitos continuam seguindo seu
processo de maturação na medula óssea, porém são produzidos “sem conteúdo”, ou
seja, com volumes menores. A dificuldade em oxigenar os tecidos faz com a medula
óssea libere os eritrócitos mais cedo na corrente sanguínea, resultado em aumento
de reticulócitos e policromasia. Ao analisar a anemia ferropriva deve-se sempre estar
atento à presença ou não de eosinofilia, uma vez que a presença concomitante de
ambas sugere a possibilidade de parasitoses intestinais, já que os parasitas
alimentam-se de sangue no intestino e dificultam a absorção de nutrientes.
A causa mais frequente em crianças é a carência nutricional e em adultos é
a perda crônica de sangue (menstruação excessiva e presença de sangue oculto
nas fezes). Durante o tratamento à base de sulfato ferroso observa-se reticulocitose
na segunda semana e aumento da hemoglobina na faixa de 1% ao dia, devendo
repetir o hemograma após 40-60 dias e analisar as reservas de ferro do organismo
após três meses.
14.2.1.3 Hemoglobinopatias
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A presença de hemoglobinopatias resulta em uma completa alteração na
estrutura quaternária da hemoglobina e, como esta representa 97% da composição
seca dos eritrócitos, há uma alteração na morfologia e na estrutura química dos
mesmos, o que resulta em reconhecimento destas células como algo estranho no
organismo pelo sistema imunológico e consequentemente há uma destruição destas
células, ocasionando uma das formas de anemia hemolítica e, em consequência
desta destruição dos eritrócitos há uma redução na dosagem de hemoglobina.
Dentre as hemoglobinas “mutantes” temos:
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A prevalência é maior em negros e se apresenta sob a forma homozigoto
(SS) mais grave e heterozigotos (AS) mais branda. Vale ressaltar que a eletroforese
de hemoglobina e o teste de falcização de hemácias, que serão descritos
posteriormente, são os exames de escolha para diagnosticar esse quadro.
* Hemoglobina A2 (HbA2): É formada por duas cadeias alfa e duas cadeias
delta, correspondem de 1% a 3% das Hemoglobinas do adulto normal.
* Hemoglobina Fetal (HbF): É formada por duas cadeias alfa e duas cadeias
gama, correspondendo a 1% das Hemoglobinas do adulto normal. É a prevalente
nos recém-natos até seis meses de vida, sendo que na fase adulta a presença de
Hemoglobina F é indicativa de hemoglobinopatia.
* Hemoglobina C: É uma Hemoglobina mutante, formada por um defeito
genético na síntese da cadeia beta da Hemoglobina A1. Devido à alteração genética
ocorre a troca do aminoácido ácido glutâmico pela lisina no sexto aminoácido da
cadeia beta da HbA1.
* Hemoglobina D: A substituição também ocorre na cadeia beta, porém na
posição 121, o ácido glutâmico é substituído pela glicina.
* Hemoglobina E: Na cadeia beta, 26º posição o ácido glutâmico é
substituído por uma lisina.
14.2.1.4 Talassemias
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total). Dependendo da gravidade da deficiência, existem vários estados da doença,
mas comumente se identificam dois grupos: Talassemia Minor e Talassemia Major.
* Talassemia Minor: Na Talassemia Minor, a pessoa produz normalmente as
duas cadeias alfa e uma das cadeias beta. O quadro possui bom prognóstico e faz
com que a pessoa se desenvolva e viva normalmente, sem precisar de nenhum
tratamento, pois o papel da cadeia beta ausente é compensado por uma maior
atividade da cadeia beta existente.
É muito importante saber, todavia, que a Talassemia Minor, por se tratar de
uma deficiência genética, pode ser transmitida aos filhos e, se a pessoa se casar
com outra também portadora de Talassemia Minor, tem 25% de chance em cada
gravidez de gerar um filho com Talassemia Major. Os sintomas são semelhantes à
anemia ferropriva, com a dosagem de hemoglobina na faixa de 9 a 11 g/dL e CHCM
normal ou levemente reduzido.
FONTE: Ciência News. Disponível em: <www.ciencianews.com.br>. Acesso em: 12 fev. 2010
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par para formar o tetrâmero, deformando o glóbulo vermelho, que será destruído ao
passar através do baço.
As crianças são aparentemente saudáveis ao nascer, desenvolvem ao longo
do primeiro ano de vida os primeiros sinais da anemia que caracteriza a doença:
palidez, desânimo, falta de apetite e hipodesenvolvimento. Com o tempo tornam-se
ictéricos (a pele e a esclerótica ocular tornam-se amarelos). A anemia persistente
leva a um aumento do baço, fígado e coração. Os problemas cardíacos e as
infecções são as causa mais comuns de morte entre as crianças com Talassemia
Major.
FONTE: Blog Estudandoraras. Disponível em: < estudandoraras.blogspot.com >. Acesso em: 12 fev.
2010
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FONTE: Scielo. Disponível em: <www.scielo.br/.../rbhh/v27n2/a07fig02.jpg>. Acesso em: 12 fev. 2010
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discutido posteriormente) está aumentado nas doenças que causam a ADC e
reduzido na anemia ferropriva e talassemia. A dosagem da Transferrina (que
também será discutida posteriormente) e a dosagem de Ferritina sérica é muito útil e
atualmente é o melhor método para diferenciá-las.
Se a dosagem for menor que 12 ng/ml é indicativo de ferropenia (anemia
ferropriva), se estiver normal ou elevada (principalmente) é indicativo de ADC.
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Cianocobalamina é absorvida no íleo (início do intestino) e para tal necessita o
chamado Fator Intrínseco, uma proteína sintetizada pelas células parietais do
estômago, que se liga à Vitamina B12, fazendo com que a mesma seja absorvida
pelo intestino.
A ausência do Fator Intrínseco resulta em redução na síntese de DNA e
pode ser detectada em pacientes que realizaram gastrectomia (cirurgia para redução
do estômago), gastrite atrófica e pessoas de meia-idade.
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14.2.1.10 Anemia hemolítica
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* Hemoglobinúria Paroxística Noturna: doença adquirida em que as células
precursoras geram eritrócitos com membranas estruturalmente anormais, resultado
em susceptibilidade aumentada dos eritrócitos ao Sistema Complemento (auxilia o
sistema imune na destruição de substâncias estranhas). A hemólise é intravascular,
resultando na presença de hemoglobina na urina sem a presença de hemácias. O
resultado é confirmado pelo Teste de Ham, que consiste em uma prova de lise ácida
realizada em soro acidificado a 37ºC, na qual as hemácias comprometidas,
diferentemente das normais, sofrem lise na presença de complemento. É um teste
pouco sensível, mas com alta especificidade.
* Hemoglobinopatias: todas as hemoglobinopatias resultam em anemia
hemolítica com redução nos níveis de hemoglobina e aumento no nível de Bilirrubina
Indireta.
* Enzimopatias: a mais comum enzimopatia relacionada à Anemia
Hemolítica é a Deficiência da Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD). Esse erro
inato é causado por mutações no gene codificante para esta enzima que se encontra
localizado no cromossomo X, sendo, portanto, uma herança ligada ao sexo. Como a
deficiência está ligada ao cromossomo feminino (X), para que ocorra a expressão
total da doença o gene não deve ser antagonizado por um cromossomo X normal.
Portanto, a manifestação é mais grave nos homens (XY) e em um número
reduzido de mulheres que apresentam ambos os X alterados. Mais de 400 mutações
distintas já foram determinadas como responsáveis pela deficiência de G6PD. Tal
deficiência afeta cerca de 400.000 indivíduos no mundo; no Brasil, 1 em cada 50
nascidos-vivos apresenta tal deficiência.
A deficiência da glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) altera diretamente
a estabilidade das hemácias, tornando-as vulneráveis à desnaturação oxidativa da
hemoglobina, o que por sua vez leva a episódios hemolíticos intermitentes e à
presença de corpúsculos de Heinz (discutidos posteriormente). A suscetibilidade à
hemólise dos portadores da deficiência pode ser aumentada pela exposição a
drogas com propriedades oxidantes, em situações de agressões virais ou
bacterianas e na presença de distúrbios metabólicos.
A apresentação clínica mais grave é a hemólise intravascular aguda, com
hemoglobinúria e icterícia após quadros infecciosos ou exposição a drogas com
efeitos oxidantes (sulfonamidas, sulfonas, analgésicos, antipiréticos, antimaláricos
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etc.). As manifestações clínicas podem aparecer ao nascimento ou os pacientes
podem permanecer assintomáticos por vários anos, conhecendo a enfermidade
após infecções ou exposição aos medicamentos supracitados.
Quando o aparecimento dos sintomas é precoce, icterícia neonatal é comum
e se desenvolve em um a quatro dias após o nascimento. Pode se apresentar de
forma grave, evoluindo para acometimento renal, sequelas cerebrais ou mesmo
óbito. O rastreamento neonatal é pertinente por se considerar a alta frequência do
gene defectivo na população e pela possibilidade de profilaxia de crises hemolíticas
causadas por drogas e pela opção de medidas terapêuticas cabíveis, levando a um
bom prognóstico.
* Malária: o agente causador da malária (Plasmodium vivax e Palsmodium
falciparum) utiliza-se de eritrócitos durante algum estágio do seu desenvolvimento, o
que resulta em anemia hemolítica, uma vez que o organismo reconhece como
estranho esse eritrócito parasitado. Há policromasia e aumento da Bilirrubina
Indireta.
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imunológico. Outra causa é a doença autoimune causada pela presença de
anticorpos da classe IgG dirigidos contra a superfície das hemácias, fazendo com
que as mesmas sejam capturadas pelo SRE. Há aumento de Bilirrubina Indireta e o
teste de Coombs é positivo.
14.3 HEMATÓCRITO
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14.4 ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS
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14.4.2 Hemoglobina Corpuscular Média (HCM)
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150
14.4.4 Red Cell Distributions Width (RDW)
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151
* Anisocitose: Diretamente relacionado com o RDW, sendo a representação
morfológica deste. Embora seu significado ainda não seja bem definido, observa-se
a presença precocemente na deficiência de ferro, mesmo antes da alteração de
outros parâmetros, como a alteração do VCM e a diminuição da hemoglobina.
FIGURA 98 -
FIGURA 97 - MACROCITOSE
FIGURA 96 - MICROCITOSE ANISOCITOSE
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152
14.5.3 Alterações com Relação à Forma/Coloração
Variação geral das formas das hemácias, que Presença simultânea de eritrócitos azulados
normalmente se apresentam em formato (eritrócitos jovens) com eritrócitos normais.
circular e com um halo central claro. Presente em tratamento com ferro,
sangramento, hemólise, hipóxia acentuada.
FONTE: Forobioquímico. Disponível em:
<www.forobioquimico.com.ar>.
Acesso em: 12 jan. 2010 FONTE: Forobioquímico. Disponível em:
<www.forobioquimico.com.ar>.
Acesso em: 12 jan. 2010
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FIGURA 103 - DACRIÓCITOS FIGURA 104 - CODÓCITOS
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154
FIGURA 108 -
FIGURA 107 - DREPANÓCITOS ACANTÓCITOS
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FIGURA 110 -
CORPÚSCULOS DE HOWEL
FIGURA 109 - ANEL DE CABOT
JOLLY
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156
intoxicação por metais, especialmente o hemolíticas por algumas drogas, na
chumbo, nas talassemias, e em outras deficiência da glicose-6-fosfato hidrogenase e
alterações da hemoglobina, nas nas síndromes das hemoglobinas instáveis.
mielodisplasias e em outras formas de anemia Para sua visualização é necessária coloração
severa. especial, como azul de cresil brilhante, que
não é o caso da imagem acima.
FONTE: Forobioquímico. Disponível em:
<www.forobioquimico.com.ar>.
FONTE: Forobioquímico. Disponível em:
Acesso em: 12 jan. 2010
<www.forobioquimico.com.ar>.
Acesso em: 12 jan. 2010
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FIGURA 115 - CORPÚSCULO
DE PAPPENHEIMER
14.6 LEUCÓCITOS
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linfoblasto, monoblasto, eritroblasto e megacarioblasto) são raramente encontrados
no sangue periférico e quando estão presentes é significativo e é mau prognóstico.
Dentre as causas mais comuns de erro na contagem global de leucócitos
estão: falta de homogeneização do sangue diluído, presença de coágulos; mistura
insuficiente com anticoagulante; problemas de bolhas da diluição e, para contagens
manuais, inclinação da câmara de Neubauer ou presença de bolhas nos retículos.
Para uma análise morfológica, o esfregaço sanguíneo deve ser realizado
observando algumas recomendações:
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FIGURA 117 - LOCAIS DE LEITURA DO ESFREGAÇO SANGUÍNEO
Núcleo grande, contendo cromatina fina e Núcleo grande, quase sempre se posiciona na
pontilhada, dois ou mais nucléolos delineados periferia da célula e apresenta cromatina frouxa,
pela cromatina circundante. Citoplasma pode ou não apresentar nucléolo. Citoplasma
intensamente basófilo e não tem borda clara basófilo e apresenta granulações primárias.
ao redor do nucléolo.
FONTE: Forobioquímico. Disponível em:
FONTE: Forobioquímico. Disponível em: <www.forobioquimico.com.ar>.
<www.forobioquimico.com.ar>. Acesso em: 12 jan. 2010
Acesso em: 12 jan. 2010
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FIGURA 120 - MIELÓCITO FIGURA 121 - METAMIELÓCITO
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FIGURA 124 - EOSINÓFILO FIGURA 125 - BASÓFILO
Núcleo: maduro, possui normalmente dois Núcleo normalmente sem lóbulos ou com dois,
lobos. Citoplasma: possui granulações raramente acima de três. Citoplasma possui
específicas menos numerosas e bem maiores relação 1:1 com núcleo e coloração azul clara,
que os neutrófilos. ocultada pelas granulações escuras e
grosseiras.
FONTE: Wadsworth. Disponível em:
<http://www.wadsworth.org/>.
Acesso em: 12 jan. 2010 FONTE: Wadsworth. Disponível em:
<http://www.wadsworth.org/>.
Acesso em: 12 jan. 2010
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FIGURA 129 - MONÓCITO
FIGURA 128 - MONOBLASTO
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Após o reconhecimento do patógeno pelo sistema imunológico é que a
produção celular passa a ser direcionada contra o agente causador, ocorrendo
neutrofilia, eosinofilia, linfocitose, etc. Os sinais hematológicos de prognóstico
desfavorável são:
* Aumento moderado do número total de leucócitos associados com desvio à
esquerda acentuado (é comum verificar células mais jovens);
* Desaparecimento de eosinófilos: reação de alarme (devido ao estresse,
problemas físicos e psicológicos ocorrem à liberação de adrenalina, que excita a
hipófise, libera a ACTH e ocorre queda de eosinófilos e aumento de neutrófilo);
* Diminuição do número absoluto de linfócitos;
* Número excessivo de neutrófilos.
14.6.3 Neutrófilos
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alterações fisiológicas como gravidez, frio, calor, estresse, alterações metabólicas e
químicas.
Em casos de infecções graves pode haver o que chamamos de desvio à
esquerda que nada mais é que um deslocamento das células jovens mieloides para
a corrente sanguínea, obedecendo a uma proporção. Como forma de combater a
infecção a medula óssea “libera” segmentados imaturos para o sangue periférico.
Como causa de leucopenia com neutropenia temos: estágios iniciais de
doenças infecciosas, como febre tifoide, viroses, malária, septicemia; alterações
imunológicas como Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES); alterações hematológicas
como agranulocitose, aplasia tóxica medular; e causas medicamentosas como
quimioterapia, antibióticos (cloranfenicol), analgésicos.
14.6.4 Eosinófilos
14.6.5 Basófilos
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14.6.6 Linfócitos
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14.6.8 Alterações dos Leucócitos
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Degenerações Vacuolares: São espaços circulares brancos de tamanho variado.
Onde há vacúolo é sinal degenerativo de leucócitos. Encontrado em processo
supurativo, septicemia, febre tifoide, meningite.
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FIGURA 132 - ANEMIA LEUCOCITÁRIA CHEDIAK-HIGASHI
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FIGURA 134 - HIPERSEGMENTAÇÃO DE NEUTRÓFILO
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Pelger-Huet: É uma alteração hereditária autossômica dominante rara, que se
caracteriza pelo achado de neutrófilos hipossegmentados, sem que, no entanto,
ocorra alteração da função da célula. Ocorre em infecções graves, leucemias,
câncer ósseo, pacientes tratados com sulfonamidas. Os neutrófilos aparecem na
periferia com discreta segmentação (bilobulados) ou mesmo sem segmentação
(como bastões). Como não leva a alterações funcionais, não apresenta
repercussões clínicas. Seu diagnóstico assume importância para evitar sua
interpretação como um desvio à esquerda. Pode também ser encontrada nos
eosinófilos. Existe, ainda, um quadro chamado de pseudo Pelger-Huet, no qual essa
alteração pode ser adquirida, sendo causada por reações a drogas e em alguns
casos de mielodisplasias e leucemias.
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ostioarticular, cardíacos. Manifestações neurológicas mais severas; retardamento
mental progressivo; alteração do esqueleto, pele, córnea, SNC, pulmão e sistema
cardiovascular.
15 PLAQUETAS
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FIGURA 137 - PLAQUETAS NORMAIS EM FIGURA 138 - PLAQUETA GIGANTE
SANGUE PERIFÉRICO (VPM ALTO)
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16 VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS)
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FIGURA 141 - O TESTE DE VHS
Arquivo Pessoal
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TABELA 2
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17 RETICULÓCITOS
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Sua avaliação é importante, pois serve como indicador da produção de
eritrócitos pela medula óssea. As causas mais comuns de reticulocitose são as
hemorragias agudas, as anemias hemolíticas agudas e crônicas e a resposta ao
tratamento de reposição de ferro, folato e vitamina B12. Uma contagem diminuída de
reticulócitos pode ocorrer nas anemias aplásticas, na invasão medular e nas
anemias carenciais antes do tratamento.
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como a Hb Bart e a HbC Harlem. O teste pode ser falsamente negativo em baixas
concentrações de HbS e em altas concentrações de Hb fetal.
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etapas, conhecidas como: fase fria (reativos à temperatura ambiente), geralmente
anticorpos da classe IgM; fase em meio proteico, identifica os anticorpos IgM e
também anticorpos incompletos (da classe IgG); fase quente (à temperatura de
37°C), detecta anticorpos que só reagem a essa temperatura (geralmente IgG); e a
última etapa, que identifica aglutininas da classe IgG e anticorpos fixadores de
complemento.
A ocorrência de aglutinação e/ou de hemólise durante quaisquer das etapas
indica a possibilidade da presença de anticorpos irregulares.
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Os grupos A e B apresentam subgrupos de pouca importância clínica em
relação às transfusões. Em algumas situações é possível encontrarmos discordância
entre as duas técnicas e/ou dificuldades na classificação. Esses casos podem ser
encontrados em subgrupos mais fracos, com fenótipos raros. Entre as diferentes
causas de discordância na classificação ABO podemos citar os idosos e recém-
natos, por baixa atividade do antígeno (aglutinina), presença de autoanticorpos frios,
imunossupressão, anticorpos ABO adquiridos passivamente ou, ainda mais
raramente, alterações dos antígenos em patologias graves como a depressão
antigênica observada em leucemias e em outras patologias, especialmente
neoplasias. Encontra-se também o antígeno B adquirido, associado aos cânceres de
cólon e gástrico.
TABELA 3
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23 PESQUISA DE CÉLULAS LE
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