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Vanrhagen e a historiografia brasileira no sex XIX

- Ode à corte portuguesa: história do brasil interpretada como uma edificação do colono
português e de seus heróis passados e presentes com o intuito de unificação do império vigente
no brasil do sec. XIX.

- De grande importância para escrita histórica ao utilizar métodos na pesquisa de sua obra e
reunir documentos, levantamento de fontes que corroborassem com a história brasileira
descrita por ele.

“Antes dele, o Brasil não tinha consciência de sua história” p.29

- Capistrano de Abreu reconhece os problemas na obra de varnhagen: uniformizou a história


brasileira, tornando-a sempre igual e repetitiva; ignorou os movimentos populares, rebeliões e
outros problemas sociais maiores; Apesar disso, reconhece a importância à evolução da história
brasileira que o serviço da obra de Varnhagen trouxe para construção da historiografia nacional.

- a obra A história Geral do Brasil recebeu inúmeras críticas ao seu conteúdo histórico: para
alguns analistas, vanrhagen alcunha um expoente da história construída mediante pesquisa e
fontes documentais; outros, consideram sua obra unilateral e lamentam sua influência que
exerceu por tanto tempo; expressa uma visão de mundo que não interessa mais ao
conhecimento histórico.

- formula e defende o Brasil das elites brancas e da família real, a qual a teoria da miscigenação
visando o branqueamento dos grupos sociais.

“Os sujeitos da história são os homens brancos e o Estado Imperial” p.31

- Para criar uma imagem do homem brasileiro que fugisse da sociedade heterogênea formada
no período colonial, pensou-se no Brasil como uma mescla de raças, justificando a dominação
branca por meio dessa dita miscigenação democrática.

- O brasil queria continuar uma identidade portuguesa em seus valores e na construção da


estrutura de seu povo, das normas sociais que ditam os valores nacionais; a ruptura seria apenas
política.

“O brasil não queria ser indígena, negro, latino, não-católico, republicano. O que significava
dizer: Queria continuar Português e negar seu lado Brasileiro.” P. 31-32

- A colonização portuguesa vista como um sucesso, já que trouxe a civilização e o cristianismo


para uma terra desconhecida e sem história.

- Varnhagen, homem branco, elitista, aristocrática, formula a História nacional conforme a visão
restrita de seu lugar na sociedade: reflete os portugueses como heróis e brasileiros brancos
como personagens principais da construção nacional.

- A plebe – negros, indígenas, caboclos, mulatos – são vistos como um entrave para o brasil
progressista.

“O brasil quer ser outro Portugal” p.32

- Sua escrita histórica detêm um viés engajado em suas ideologias apesar de pretender produzir
uma escrita imparcial e objetiva.
- Se o português venceu na luta colonial, presume-se sua hegemonia étnica, cultural e social na
estruturação da jovem nação que procura um modelo para se espelhar; aos vencidos, sobra a
exclusão dessa construção, a escravidão, a repressão e a assimilação étnica e cultural pelo
branqueamento.

-Fez um longo estudo sobre os indígenas, levando em conta os aspectos culturais de tais povos.
Porém, classifica os indígenas como povos sem civilização, a qual chegariam com o colonizador,
portador e disseminador da luz da civilização e o evangelho.

- o indígena como sujeito histórico antimodelo para construir um futuro;

- A providência divina garante os benefícios do cristianismo na edificação da civilidade nessa


terra cercada de bárbaros e selvagens.

- justifica os atos violentos cometidos contra os índios [até os nega] ao entender como uma
caridade evangélica, impedindo os “bárbaros” entregue a sua selvageria.

- Varnhagen faz uma apologia à guerra para garantir o domínio português sobre o Brasil.

- celebra o Brasil em uma conjectura portuguesa de dominação, a qual conseguiu o


consentimento e a colaboração da população nativa.

- Aos negros, dedica algumas páginas só pela grande admissão no Brasil e o massivo mercado
escravista africano que se firmou no País, mostrando sua negação da entrada do negro na
construção de uma história nacional. Também, demonstra seu desejo pelo embranquecimento
do brasil, “mescla de raças”, para apagar as características dos povos de origem africana dentro
da Nação.

-Considera a escravidão injusta e um ataque a liberdade individual; Ao analisar as consequências


da escravidão africana dentro do Brasil, ressalta o caráter benéfico no contato com “gente mais
polida, civilizada e cristã”.

- Fizeram mal ao Brasil, ao trazer costumes pervertidos e bárbaros para integração da sociedade;
Assim, considera um erro a colonização africana do Brasil.

“Sem os negros, o Brasil seria muito melhor!” p.43

- Para ele, o índio que deveria ter sido usado para o trabalho braçal, atacando, assim, os jesuítas
e defendendo os bandeirantes.

- Sobre a guerra da independência, considera Portugal um tutor na construção do Brasil; A


metrópole não errou com a colônia.

- Vanrhagen lamenta a violência empregada na repressão de movimentos populares contra o


império, mas considera necessária para unidade nacional.

-Só a religião poderia unificar os impérios e fortificar as constituições.

“A unidade deverá ser preservada a qualquer custo” p.47

- Apaga as tensões e banaliza a violência estatal, pois sem tais medidas, o Brasil seria
fragmentado e chegado ao seu “fim”.

- Varnhagen tentou escrever a história verdadeira do brasil com um caráter cientificista,


documentada conforme métodos e pautada em fontes, sem desvirtuar em uma historiografia
ideológica.
- Tenta seguir a história cientifica de Ranke, que descreve a história como uma sucessão de fatos
firmada pela maior quantidade de testemunhos, dialogando com fatos já estabelecidos.

- Reivindica a objetividade e imparcialidade na construção historiográfica.

- vê o futuro como uma continuidade do passado.

- Peca ao não atingir uma organização temporal na escrita, perdendo-se na visão da história do
brasil como um conjunto.

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