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BARREIRAS À RESPOSTA ÀS ORAÇÕES

Exatamente como os pais e as mães desejam atender às necessidades dos


seus filhos em expressão do seu amor por eles, também o nosso Pai Celestial
se deleita em atender às nossas orações. Contudo, oração é muito mais do
que aproximar-se de Deus com pedidos. A oração é uma experiência preciosa
de comunhão e adoração; é conhecer melhor o nosso Pai e a nós mesmos. A
oração é um dos mais altos privilégios que temos na vida cristã, e Deus se
deleita em responder orações. Nosso Senhor Jesus disse: "Ora, se vós, que
sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai
que está nos céus dará boas cousas aos que lhe pedirem?" (Mt. 7: 11).

Isso nos leva ao grande problema das orações não respondidas. Algumas
pessoas argumentam que Deus sempre responde às orações. Ou ele diz sim,
ou diz espere. Eu creio, contudo, que essa é uma maneira um tanto superficial
de lidar com o problema da oração não atendida. É verdade que às vezes Deus
retarda a resposta às nossas orações. Seus horários são diferentes dos
nossos. Quando Lázaro estava muito doente, suas irmãs, Maria e Marta,
mandaram um recado ao Senhor Jesus. Mas o Senhor deliberadamente
retardou a sua ida. Quando finalmente chegou a Betânia, Lázaro já estava na
sepultura há quatro dias. Cristo propositalmente adiou a sua ida para que a
glória de Deus fosse maior em ressuscitar esse homem dos mortos (veja João
11:1-44). Nesse caso o Senhor atrasou-se porque aguardou o momento certo
para realizar os propósitos de Deus.

Além disso, Deus às vezes retarda ou nega um determinado pedido porque Ele
tem uma bênção maior para nós. Muitas vezes somos como crianças que
desejam algum brinquedo barato agora mesmo. Nosso Pai Celestial, sendo um
bom pai, não nos dá o que nós queremos naquela hora porque tem alguma
coisa muito melhor planejada para nós.

Assim, mesmo quando estamos orando dentro da vontade do Senhor,


podemos ter alguns pedidos modificados ou adiados para o nosso bem. Mas
continuam sendo formas de orações atendidas. Mas a Bíblia ensina que às
vezes Deus não ouve ou não atende às nossas orações. Essas orações não
atendidas não são devido à incapacidade dele de ouvir ou de responder, mas
são o resultado de barreiras que nós levantamos em nossos corações.
Portanto, o problema da oração não respondida é realmente um problema
nosso, não de Deus. O Senhor não vai atender a uma oração simplesmente
para nos estragar com mimos. Embora Ele saiba e veja todas as coisas e seja
todo-poderoso, não atende nossas orações quando estão fora da Sua vontade
ou quando são inconsistentes com a natureza dele.

Quais são as barreiras que interrompem a nossa linha de comunicação com


Deus? Embora a Bíblia descreva alguns impedimentos à oração, quatro
apresentam de maneira particular sérios problemas em nossa vida de oração.
Vamos examinar algumas dessas barreiras às orações.

PECADO ACARICIADO

A primeira barreira à oração é o pecado acariciado em nossas vidas. 0


Salmo 66:18 declara: "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não
me teria ouvido". Nessa passagem, o salmista não está falando acerca de uma
natureza pecadora. Cada pessoa que já passou pela terra teve uma natureza
pecadora, com uma exceção importante: Jesus Cristo. Ele "não conheceu
pecado" (II Co. 5:21). Ele "não cometeu pecado" (II Pe.2:22). Nele "não existe
pecado" (I Jo. 3:5).

Mas, embora tenhamos natureza pecadora, só isso não impede nossas


orações. É o contemplar o nosso pecado que impede que nossas orações
sejam atendidas. A palavra "contemplar" significa saber que alguma coisa está
presente, reconhecê-la e não fazer nada acerca disso. Se eu tenho consciência
de algum pecado em meu coração e reconheço a sua presença mas não estou
disposto a enfrentá-lo honestamente e fazer alguma coisa acerca disso, então
Deus não me ouve quando eu oro.

O motivo dessa reação de Deus é óbvia. Estamos sendo hipócritas. Primeira


João 1:6 diz: "Se dissermos que mantemos comunhão com ele, e andarmos
nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade". Estamos dizendo uma
coisa mas praticando outra. Ignorar nossos pecados e uma ofensa séria aos
olhos de Deus, pois "se dissermos .que não temos cometido pecado, fazêmo-lo
mentiroso e a sua palavra não está em nós" (v. 10).

Jó também confirmou o perigo da hipocrisia. Ele declarou: "Porque qual será a


esperança do ímpio, quando lhe for cortada a vida, quando Deus lhe arrancar a
alma? Acaso ouvirá Deus o seu clamor, em lhe sobrevindo a tribulação?"
(Jó27:8, 9). Muitas pessoas nos dias de hoje andam tão ocupadas acumulando
riquezas que ignoram os seus pecados e o próprio Deus. Quando têm
problemas e estão para morrer, clamam a Deus pedindo ajuda. Mas o Senhor
lhes diz o seguinte: "Olhe, você não me procurou antes nem resolveu os seus
pecados. Por que eu teria de ouvi-lo agora?"

Quando estamos considerando, ou acariciando, um pecado oculto em nossos


corações, o Senhor não ouve nem nos responde. Acariciar um pecado significa
praticá-lo secretamente, pensar nele, gostar de relembrá-lo, não desejar
encará-lo honestamente. Não devemos consentir que os pecados permaneçam
em nossas vidas dessa maneira, mas devemos resolvê-los drasticamente.
Jesus disse: "Se teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti . . . E
se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de t i” (veja Mt. 5:29, 30).
Obviamente, nosso Senhor não está falando em termos literais. Cirurgia física
não produz espiritualidade. Ele está nos dizendo o seguinte: "Resolva o pecado
de maneira drástica antes que ele se espalhe e destrua todo o seu ser".

Por isso, quando nos aproximamos de Deus em oração, devemos ter um


período de confissão e purificação primeiro. "Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos .perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça" (I João 1:9). No Antigo Testamento, para que os sacerdotes
pudessem entrar no Lugar Santo do tabernáculo e do templo, e queimar
incenso no altar de ouro (que representava as orações do povo), tinham de
parar junto à bacia para lavar os pés e as mãos. Embora estivessem servindo
ao Senhor, os sacerdotes continuavam impuros. Por isso, antes de entrar na
santa presença de Deus, tinham de se purificar na bacia. Da mesma forma eu
e você precisamos de purificação. "Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo;
lava-me, e ficarei mais alvo que a neve" (SI. 51: 7).

EGOÍSMO
A primeira barreira à oração atendida é o pecado oculto que nós acariciamos e
defendemos em nossas vidas. Uma segunda barreira que impede nossas
orações é o egoísmo. Tiago destacou que, quando somos egofstas em nossas
orações, Deus não nos ouve: "De onde procedem guerras e contendas, que há
entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?" (Tiago
4:1). A passagem prossegue dizendo: "Cobiçais, e nada tendes; matais e
invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes,
porque não pedis; pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes
em vossos prazeres" (vs. 2,3). É uma declaração um tanto dura, não é mesmo?
Aparentemente, a congregação de Tiago estava tendo algumas discussões,
divisões e disputas dolorosas. Um dos motivos porque estavam divididos entre
si era que não estavam orando como deveriam. Estavam orando de maneira
egoísta.

Embora não seja errado que o povo de Deus ore por si mesmo, não devemos
colocar os nossos pedidos à frente dos pedidos de Deus de maneira egoísta.
Na oração do Pai Nosso, notamos que os interesses de Deus vêm antes dos
nossos: "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o
teu reino, faça-se a tua vontade" (Mt. 6 :9 , 10). Depois de orar pelos interesses
de Deus, podemos dizer: "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje" (v. 11). Isso
nos mostra que podemos orar por nós mesmos. Muitas pessoas na Bíblia o
fizeram. Quando lemos o Livro dos Salmos, vemos que Davi orou por si mesmo
muitas vezes, pedindo purificação espiritual, poder, proteção física e livramento
dos inimigos. No Novo Testamento, nosso Senhor Jesus orou por si mesmo em
diversas ocasiões. Da mesma forma, Paulo orou por si mesmo como também
pelos outros.

Como já observamos anteriormente, Deus gosta de atender orações e resolver


as nossas necessidades. A oração egoísta, entretanto, não é o mesmo ’ que
orar por nós mesmos. Oramos por nós mesmos para podermos servir aos
outros. Oramos pelas nossas necessidades para podermos atender as
necessidades dos outros. Isso é muito diferente da atitude descrita em Tiago 4:
2, 3: " . . . Nada tendes, porque não pedis; pedis, e não recebeis, porque pedis
mal, para esbanjardes em vossos prazeres". Nesse caso, nosso único
propósito de oração é satisfazer os nossos próprios prazeres e desejos.

Quais são as evidências de uma oração egoísta? Primeiro, somos pessoas de


difícil convivência. Estamos constantemente brigando e discutindo com os
outros. Também queremos que as nossas vontades sejam satisfeitas. Não
estamos interessados em glorificar â Déus, apenas em apaziguar os nossos
desejos.
Mas o propósito da oração não é autogratificação. O propósito da oração é
realizar a vontade de Deus. O Apóstolo João tornou isso muito claro quando
escreveu: "E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos
alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele
nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os
pedidos que lhe temos feito" (I João 5:14, 15). Assim, vemos que quando
pedimos de acordo com a vontade do Senhor, Deus promete atender nossos
pedidos.

Já se disse que o propósito da oração não é fazer a vontade do homem no céu.


E fazer a vontade de Deus na terra. Por isso é que devemos estudar as
Escrituras para descobrir qual é realmente a vontade de Deus. O egoísmo é
uma barreira às orações respondidas. Às vezes nossas orações podem ser
egoístas e nós nem o percebemos. Por isso é que devemos busdar o
discernimento do Espírito quando oramos. Além disso, devemos ter uma vida
cheia da Palavra de Deus para saber como orar dentro da vontade de Deus.

DISCÓRDIA NO LAR

Uma terceira barreira às orações é a discórdia no lar. 0 fundamento dessa


verdade se encontra em I Pedro 3 :7 , onde o Apóstolo Pedro disse: "Maridos,
vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo
consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com
dignidade, por isso que sois juntamente herdeiros da mesma graça de vida,
para que não se interrompam as vossas orações". A palavra "interromper" tem
um significado interessante no original. Significa fechar uma estrada para que o
exército não possa passar. Esse método era freqüentemente usado nas
guerras da antiguidade. Os soldados bloqueavam as estradas com pedras,
árvores e outro tipo de barreiras para evitar que o exército inimigo avançasse.
Assim, I Pedro 3: 7 nos diz que maridos e esposas, quando não convivem em
harmonia, têm suas orações impedidas. Estão colocando barricadas e barreiras
ao longo da estrada evitando que Deus atenda suas orações.
A oração é importantíssima no lar. Maridos e esposas precisam orar juntos
diariamente. Mas fico admirado com a quantidade de maridos e esposas
cristãos que ignoram esse aspecto do seu casamento. Eu e minha esposa
temos frequentemente orientado jovens casais para que edifiquem o seu
casamento sobre o fundamento do seu amor ao Senhor Jesus e sua fidelidade
para com Ele. Qualquer outro fundamento simplesmente não pode
permanecer.

Essa passagem de I Pedro nos mostra a importância de nosso relacionamento


com todas as pessoas e especialmente com nossos maridos ou esposas.
Devemos ter o máximo cuidado quando tratamos com outras pessoas. Se não
estamos andando juntos de acordo com a orientação da Palavra de Deus e não
estamos respeitando nossos cônjuges e outras pessoas como co-herdeiros em
Cristo, então Deus não vai atender nossas orações.

Além disso prejudicar o lar cristão, também afeta a igreja. Se um pastor,


professor ou líder da igreja não ora e não convive harmoniosamente com a sua
família no lar, então as suas orações particulares e públicas não irão muito
longe. Antes de um reavivamento na igreja, precisamos de um reavivamento
em nosso casamento e lar. Temos de começar lendo a Palavra de Deus e orar
junto em casa para que o nosso ministério na igreja seja tudo o que deve ser.

REJEIÇÃO DA PALAVRA DE DEUS

Abrigar pecados conhecidos em nossos corações, orar de maneira egoísta e


ter discórdias no lar, tudo isso impede que nossas orações sejam respondidas.
Um quarto impedimento em nossa vida de oração é a rejeição da Palavra de
Deus. Lemos em Provérbios 28:9: "O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei,
até a sua oração será abominável''. Ignorar e rejeitar a Palavra de Deus é uma
barreira à oração respondida.

A Palavra de Deus e a oração estão sempre juntas. Jesus disse: "Se


permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis
o que quiserdes, e vos será feito" (João 15:7). Em Atos 6 :4 descobrimos que
os líderes da igreja primitiva dedicavam-se continuamente ao ministério da
oração e da Palavra de Deus. A Palavra de Deus e a oração têm de andar
juntas porque a Bíblia revela-nos a mente, o coração e a vontade de Deus.
Quando os conhecemos, podemos reivindicar Suas promessas, a Sua vontade
e a Sua provisão pelas nossas necessidades na oração.

A oração não é uma coisa que podemos fazer por nós mesmos. A oração é o
resultado do Espírito de Deus usando a Palavra de Deus em nossas vidas. Se
rejeitamos a Palavra, Deus não pode ouvir e atender nossas orações. Estaria
violando a santidade de Sua natureza.
Deus deseja atender nossas orações. Infelizmente, Ele nem sempre pode fazê-
lo porque nós colocamos uma barreira entre nós e Ele. Quando recusamo-nos
a confessar e abandonar os pecados ocultos em nossas vidas, quando oramos
com motivos egoístas, quando permitimos que haja discórdia em nossos lares
e ignoramos a Palavra de Deus, colocamos barreiras em nossa vida de oração.
Talvez devamos examinar nossos corações e vidas, pedindo a Deus que
derrube algumas dessas barreiras. "Derruba cada ídolo, expulsa cada inimigo.
Lava-me agora e eu serei mais alvo do que a neve".

Fonte: WIERSBE, Warren W. Famosas Orações não Atendidas. São Paulo:


Imprensa Batista Regular, 1989. p. 5-14.

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