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ENCARTE ESPECIAL
+ =
RECORTE E COLECIONE
➀
TEORIA
Conta de cabeça ➁
RECORTE E COLECIONE
nas e as unidades separadamente (10 ça analise outras ma- confiança já é uma
+ 10 = 20 e 5 + 4 = 9) e juntar os re- neiras de resolver as grande conquista.”
sultados parciais (20 + 9 = 29). Em contas e se aproprie das Mas, afinal, com as
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sala de aula, o importante é divulgar que lhe parecem mais efica- vantagens apresentadas pelo
as várias formas de resolução para que zes. Conforme os estudantes vão con- uso do cálculo mental, será que ele vai
cada um tenha a possibilidade de es- tando o raciocínio desenvolvido, vo- tomar o espaço do algoritmo nas sé-
colher em seu repertório a que me- cê pode registrar as etapas no quadro ries iniciais? A resposta é não. Os dois
lhor lhe convém, adquirindo autono- para que o resto do grupo acompa- procedimentos são importantes e de-
mia. Antonio José Lopes Bigode, con- nhe. Diferentemente do que pode pa- vem ser desenvolvidos paralelamente,
sultor na área de Matemática e autor recer, a escrita não é proibida no cál- como já se faz em algumas escolas bra-
de livros didáticos, aconselha a reser- culo mental (leia o quadro acima). “O sileiras e em outros países (leia o qua-
var pelo menos cinco minutos por dia aluno que é rápido e eficaz no cálcu- dro abaixo). A idéia é que a criança te-
para atividades desse tipo: “O cálcu- lo mental se considera ‘bom de nha cada vez mais recursos para che-
gar ao resultado das operações com se-
gurança, de maneira progressivamen-
O cálculo mental mundo afora te econômica e, acima de tudo, com-
Holanda e Inglaterra têm experiências paradigmáticas – e muito diversas preendendo a resolução.
– no trabalho com cálculo mental em sala de aula. Os educadores holandeses
adotaram nos anos 1980 a Educação Matemática Realística, uma linha
pedagógica que privilegia a criação de situações cotidianas para
o desenvolvimento do cálculo. O método – desenvolvido pelo Instituto
Freudenthal da Universidade de Utrecht – aposta tanto no cálculo mental
QUER
SABER
CONTATOS
+?
Maria Cecília Fantinato,
que o algoritmo só é introduzido no 3o ano do ensino primário. Já na Inglaterra mcfantinato@hotmail.com
Tereza Perez, tereza@cedac.org.br
o trabalho começou mais tarde, no fim da década de 1990. Segundo Terezinha
BIBLIOGRAFIA
Nunes, especialista no ensino de Matemática da Oxford Brookes University, Aprender com Jogos e Situações-
a National Numeracy Strategy levou às escolas desse país um método Problema, Lino de Macedo e outros, 120 págs.,
de ensino de operações mentais muito próximo do desenvolvido com Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 32 reais
Didática da Matemática – Reflexões
os algoritmos. Ou seja: os alunos continuaram a decorar regras para resolver
Psicopedagógicas, Cecília Parra e Irma Saiz
problemas, mudando apenas o “suporte” do cálculo. É fácil imaginar que (orgs.), 258 págs., Ed. Artmed, 42 reais
a experiência holandesa apresente resultados mais bem-sucedidos. As escolas Na Vida Dez, na Escola Zero, Terezinha
brasileiras que trabalham com cálculo mental costumam seguir essa linha, Nunes Carraher, David William Carraher e
Annalucia Schliemman, 184 págs., Ed. Cortez,
que teve pesquisas análogas em países como a França e a Argentina. tel. (11) 3085-7933, 24 reais
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