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Aula 02

Noções de Administração p/ ANS - Técnico Administrativo


Professores: Marco Tulio Bicalho Gomes, Rodrigo Rennó
Noções de Administração p/ Técnico Adm. da ANS - 2015
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 02

Aula 2: Qualidade

Olá pessoal, tudo bem?


Nessa aula, iremos cobrir o seguinte tópico:
 Gestão da qualidade e modelo de excelência gerencial.
Principais teóricos e suas contribuições para a gestão da
qualidade. Ciclo PDCA. Ferramentas de gestão da qualidade.
Modelo do Gespública.

Irei trabalhar com muitas questões do Cespe, ok? Espero que gostem
da aula!

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Sumário
Gestão da Qualidade. .............................................................................. 3
Eras da Gestão da Qualidade ................................................................... 3
Era da Inspeção da Qualidade ............................................................... 4
Era do Controle Estatístico da Qualidade ................................................... 5
Era da Garantia da Qualidade ............................................................... 5
Era da Gestão da Qualidade Total ........................................................... 6
Principais Autores ou “Gurus” da Qualidade .................................................. 8
Walter Shewart ............................................................................... 8
Ciclo Deming ou PDCA ..................................................................... 9
Deming. ..................................................................................... 12
Juran ........................................................................................ 15
Feigenbaum................................................................................. 16
Crosby ...................................................................................... 17
Ishikawa .................................................................................... 18
Ferramentas de gestão da qualidade ......................................................... 19
Diagrama de Causa e Efeito ............................................................... 19
Folha de Verificação ....................................................................... 21
Histograma ................................................................................. 22
Gráfico de Pareto ........................................................................... 23
Diagrama de Correlação ou Dispersão .................................................... 25
Fluxograma ................................................................................. 26
Gráfico de Controle ........................................................................ 27
Modelo do Gespública ........................................................................ 29
Modelo da Fundação Nacional da Qualidade ............................................... 40
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 44
Gabaritos. ........................................................................................ 49
Bibliografia ...................................................................................... 49

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Gestão da Qualidade.

A qualidade é um conceito antigo, mas que cada dia se torna mais


importante no dia-a-dia das organizações. As ideias principais que baseiam
o significado atual da qualidade são, basicamente, as seguintes:

 Atender às expectativas, requisitos e desejos dos clientes;


 Executar as tarefas da melhor forma possível;
 Preocupação constante em melhorar os processos de trabalho;
 Não desperdiçar esforços e recursos;
 Fazer correto o trabalho desde o princípio.
A gestão da qualidade é vista hoje como fundamental para o sucesso
de uma instituição, pois a permite ser mais competitiva perante seus
concorrentes, manter e conquistar novos clientes e ter uma atuação
sustentável econômica e ambientalmente.
Entretanto, esta preocupação com a qualidade nem sempre foi tão
forte. Antes dos anos 50 do século passado, a grande maioria das indústrias
estava mais focada em aumentar a produção do que em se preocupar com
a gestão da qualidade.
Naquela época, os gestores visualizavam a gestão da qualidade como
um processo reativo (ocorria após a produção do bem já ter acontecido) e
voltado para as inspeções.
Hoje em dia, a gestão da qualidade deve englobar todas as atividades
da organização e são consideradas essenciais para o sucesso estratégico
de uma organização1.

Eras da Gestão da Qualidade

A evolução da qualidade pode ser classificada em quatro eras 2: Era


da Inspeção, Era do Controle Estatístico da Qualidade, Era da Garantia da
Qualidade e a Era da Gestão da Qualidade Total.

1
(Garvin, 1988)
2
(Garvin, 1988)

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Inspeção

Controle Estatístico

Garantia da Qualidade

Gestão Total da Qualidade

Figura 1 - Eras da Gestão da Qualidade

Era da Inspeção da Qualidade

A gestão da qualidade como conceito começou a ser desenvolvida nos


primórdios da industrialização. Com a produção em massa e o crescimento
das indústrias, a questão da produtividade e do controle de desperdícios
ficou mais evidente para os gestores.
Aquele cenário de oficinas pequenas e artesanais deixou de existir.
Em seu lugar, vieram imensas indústrias com máquinas a vapor e milhares
de empregados.
Estes empregados nem sempre tinham noção da importância de seu
trabalho e como cada tarefa impactava no processo seguinte. A
consequência era um grande número de produtos defeituosos e perda de
material e esforço.
Para reduzir este desperdício, o controle da qualidade passou a ser
realizado. No primeiro momento, a produção era vistoriada somente após
o produto estar “pronto”. Ou seja, a qualidade do produto somente era
checada após o processo produtivo daquele produto ter sido encerrado.
Não existia, assim, uma preocupação maior com a prevenção. A ideia
era evitar que produtos defeituosos fossem entregues aos clientes. Se
algum produto não estivesse de acordo com o padrão, a equipe o
descartaria.

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Era do Controle Estatístico da Qualidade

A inspeção dos itens era muito custosa e não evitava as ocorrências


dos defeitos. Com o tempo, as indústrias passaram a enfatizar o controle
da qualidade de maneira a tentar analisar as causas dos defeitos.
Nesta fase o uso da estatística foi inserido. O controle censitário (feito
um a um) era muito pouco eficiente. A Estatística possibilitou o uso da
amostragem e da geração dos limites aceitáveis de defeitos em um
processo.
Sempre que um processo produtivo apresentasse um “desvio” dos
padrões de defeitos seria objeto de uma análise mais apurada. Este
controle estatístico barateou a gestão da qualidade e possibilitou um maior
conhecimento dos aspectos que influenciavam mais na qualidade.
Isto facilitou a descoberta dos problemas nos processos produtivos e
sua correção. Nesta fase, o foco dos administradores a descoberta e
correção dos fatores que geravam problemas nos processos3.

Era da Garantia da Qualidade

Na etapa da garantia da qualidade, o foco passou para a


prevenção. Na mente dos administradores, a preocupação em aprender
com os problemas encontrados e planejar suas ações de correção passaram
a ocupar um papel central.
Autores como Juran e Deming passaram a enfatizar o planejamento
da gestão da qualidade, no treinamento dos membros da organização para
lidar com a qualidade, na preocupação com a motivação dos funcionários,
na melhoria dos processos de trabalho, na melhora dos instrumentos de
controle, dentre outros4.
A gestão da qualidade passou a ser vista como um processo
sistêmico, global e holístico, englobando todos os fatores do funcionamento
de uma instituição5.
Dentre os principais conceitos e ferramentas gerados nesta época,
temos muitos utilizados até hoje, como: a filosofia “zero defeitos” (“fazer
certo desde a primeira vez”), a engenharia da confiabilidade e o cálculo do
custo da qualidade.

3
(Dale, 1999)
4
(Garvin, 1988)
5
(Junior, Cierco, Rocha, Mota, & Leusin, 2008)

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Era da Gestão da Qualidade Total

Os novos tempos geraram um aumento das demandas dos clientes e


da competição entre as organizações. Esse cenário mais competitivo trouxe
novas normas internacionais de qualidade, como a ISO 9000, e as diversas
leis de proteção ao consumidor.
Com isso, a qualidade passou a ser uma necessidade. Na era da
Gestão da Qualidade Total, o tema da qualidade passou a ser visto pelos
gestores como um fator estratégico para o sucesso de suas organizações.
A qualidade passou a ser encarada como um aspecto principal para
que os desejos e necessidades dos clientes sejam atendidos e a empresa
atinja os resultados esperados.
Estes clientes da organização seriam tanto os externos
(consumidores dos produtos e serviços da organização), quanto os internos
(funcionários e setores internos que dependem de nosso trabalho).
Dentro dessa filosofia, todas as tarefas e atividades da organização
devem ser vistas como importantes para que a organização tenha
qualidade. Desde o trabalho de limpeza até a manutenção dos
equipamentos são importantes.
Dentre os principais valores e elementos da GQT, temos:

Melhoria Foco no
Contínua Cliente

Envolvimento
dos Benchmarking
Empregados
Figura 2 - Principais elementos da GQT. Fonte: (Sobral & Peci, 2008)

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Assim, a qualidade de uma empresa é vista como diferencial


competitivo pelos clientes e parceiros da mesma6. A gestão da
qualidade seria vista como um ponto fundamental na gestão estratégica
das empresas.
O gestor deveria, portanto, envolver todas as relações da empresa
nessa filosofia de qualidade. Não só o cliente final deve ser enfatizado, mas
também os relacionamentos com os empregados e fornecedores.
Assim sendo, a empresa passa a ser visualizada como um todo - a
qualidade deve estar inserida em todas as suas áreas (e não só no setor de
“produção”). Se um só setor não fizer “sua parte”, o cliente poderá não
ficar satisfeito.

Gestão da organização centrada na qualidade,


baseada na participação de todos os
seus membros, buscando um sucesso
Qualidade de longo prazo através da satisfação
de seus clientes e beneficiando todos
Total os membros da organização e a

Figura 3 - Definição de Gestão da Qualidade Total. Fonte: (ISO8402) apud (Dale, 1999)

Desta forma, os funcionários do setor financeiro, do setor de


segurança, dentre outros setores, devem compreender como suas
atividades contribuem para que a organização tenha qualidade e satisfaça
seus clientes.
A Gestão da Qualidade Total deve gerar, através da melhoria contínua
de seus processos de trabalho, o comprometimento de uma organização
com a qualidade7.
Vamos ver agora como isto já foi cobrado?
1 – (CESPE – MTE – AUDITOR DO TRABALHO – 2013) Atualmente,
qualidade e requisito essencial para a sobrevivência das
organizações em mercados competitivos, ou seja, tornou-se lugar
comum e, justamente por isso, perdeu seu viés estratégico na
administração das organizações.

6
(Rennó, 2013)
7
(Daft, 2005)

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A questão tem uma “pegadinha” clara. A qualidade continua sendo


fundamental para o sucesso das organizações. Desta forma, esse trecho
final do enunciado torna a questão incorreta: “perdeu seu viés estratégico
na administração das organizações”. A gestão da qualidade é sim
estratégica para a instituição. O gabarito é questão errada.

2 – (CESPE – MPE-PI – TÉCNICO – 2012) A observação direta do


produto ou serviço ao final do processo produtivo, a inspeção com
base em amostras e o surgimento dos departamentos de qualidade
são as principais características da era da qualidade total.

Na era da qualidade total, todos membros da organização são


considerados responsáveis pela qualidade. Com isso, a gestão da qualidade
não se resume apenas às inspeções “in loco”, ou seja, no local da produção
pelos funcionários do setor de montagem.
Além disso, o surgimento dos departamentos de qualidade não surgiu
nesta era, mas muito antes. Deste modo o gabarito é questão errada.

3 - (CESPE – TJ-AC – ANALISTA – 2012) Na era do controle


estatístico, a inspeção um a um de todos os produtos foi realizada
no intuito de garantir excelência na produção.

A era do controle estatístico trouxe o controle por amostragem, muito


mais barato, para a gestão da qualidade. Este controle “um a um”, também
chamado de censitário, foi uma característica da era da inspeção. O
gabarito é, assim, questão errada.

Principais Autores ou “Gurus” da Qualidade

Walter Shewart

Shewart foi um dos pioneiros no estudo da gestão da qualidade e foi


também grande inspirador de Deming e Juran, os mais conhecidos “gurus”
da qualidade.
Ele é hoje conhecido como o introdutor do controle estatístico da
Qualidade. Como engenheiro, ficou também conhecido pelo seu trabalho
na companhia Bell Telephone Industries. Nessa empresa, em que trabalhou

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por mais de trinta anos, desenvolveu muitas técnicas de gestão da


qualidade.
Dentre os impactos dos seus estudos na gestão qualidade, temos o
ciclo PDCA e o gráfico de controle. O segundo iremos conhecer quando
chegarmos no tópico das ferramentas da qualidade. Abaixo, vamos
conhecer o ciclo PDCA.

Ciclo Deming ou PDCA

Uma das ferramentas mais conhecidas e utilizadas na gestão da


qualidade, o ciclo PDCA (ou ciclo de Shewart ou Deming), auxilia o gestor
na busca de uma melhoria contínua dos processos de trabalho.
Seu objetivo principal é a simplificação deste processo de melhoria.
Como são apenas quatro “passos”, cada funcionário pode visualizar o
funcionamento da ferramenta e conseguirá auxiliar na gestão da qualidade
das empresas.
Seu criador foi mesmo Shewart. Ele buscou gerar uma ferramenta
que possibilitasse aos administradores a identificação dos problemas em
um processo.
Estes problemas seriam, então, vistos como uma oportunidade de
melhoria e seriam enfocados continuamente pelos membros da
organização.
O foco central da ferramenta seria a busca por reduzir a diferença
entre os requisitos e desejos dos clientes e o que o processo consegue
“entregar”, ou seja, seu desempenho.
Esta ferramenta é chamada de ciclo porque deve ser continuamente
refeita, reiniciada. A cada “passagem”, os dados do último “ciclo” são
utilizados como insumo da próxima passagem. A ferramenta enfatiza a
melhoria contínua dos processos.
As etapas do PDCA são:

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Planejar Estabelecemos os objetivos e as ações e métodos para


que estes objetivos sejam alcançados

Executamos o que foi planejado. Além disso,

Executar coletamos os dados para que possam ser analisados


na próxima fase e treinamos os funcionários nas
atividades e tarefas que devem executar.

Verificamos os resultados das ações. Para isso,

Verificar utilizamos ferramentas para a tomada de decisão,


como histogramas, diagramas de Ishikawa, cartas de
controle, dentre outras

Se os resultados forem bons, iremos padronizar as


ações e dos planejamentos adotados. Se os resultados
Agir forem ruins, buscaremos as falhas e revisaremos o
processo para evitar que os problemas voltem a
acontecer.

De acordo com Junior et Al8,


“o ciclo PDCA é um método gerencial para a
promoção da melhoria contínua e reflete, em suas
quatro fases, a base da filosofia do melhoramento
contínuo.”
Os passos principais da ferramenta podem ser visualizados no gráfico
abaixo:

8
(Junior, Cierco, Rocha, Mota, & Leusin, 2008)

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Plan - Planejar

Act -
Do - Executar
Agir

Check -
Verificar
Figura 4 - Passos do ciclo PDCA

Um dos principais objetivos do PDCA é o de aumentar a


previsibilidade nos processos organizacionais e, com isso, aumentar a
chance de sucesso da empresa. Esta previsibilidade ocorre pela
padronização dos processos de sucesso9.
Vamos ver como isto já foi cobrado?
4 – (CESPE – MPE-PI – TÉCNICO – 2012) O ciclo de Shewhart ou
Deming, clássica ferramenta da escola da qualidade, proporciona
ao programa de qualidade uma metodologia de caráter pontual
sobre as atividades de planejamento, execução, checagem e
correção.

A questão está tratando do ciclo de Shewart ou, como é mais


conhecido, ciclo PDCA. Esta é uma ferramenta clássica mesmo da gestão
da qualidade, mas a questão nos trouxe uma pequena “pegadinha”.
O problema está na palavra “pontual”. Quando dizemos que algo tem
um caráter pontual, estamos dizendo que deve ser utilizado em um
momento específico, de acordo com alguma necessidade determinada.
Mas o ciclo PCDA é uma ferramenta que deve ser utilizada de modo
contínuo. Não é uma ferramenta que iremos utilizar “de vez em quando”.
Assim, o gabarito é questão errada.

9
(Junior, Cierco, Rocha, Mota, & Leusin, 2008)

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5 - (CESPE – MMA – ANALISTA – 2011) O PDCA, também chamado


de roda de Deming, é um ciclo que não para, por se tratar de uma
sequência de atividades que são percorridas de maneira cíclica,
para melhorar as atividades.

Perfeito. O ciclo PDCA, ou ciclo de Deming, deve mesmo ser


constantemente aplicado nas empresas. Ele é chamado de ciclo exatamente
por isso - ser um processo dinâmico e contínuo de melhoria dos processos.
O gabarito da banca é questão correta.

6 - (CESPE – CORREIOS – ANALISTA – 2011) O PDCA é uma


ferramenta de qualidade que representa um conjunto de ações de
melhoria contínua nos processos organizacionais.

Esta frase não diz muito, mas está correta. O ciclo PDCA é realmente
uma ferramenta da gestão da qualidade que engloba uma série de ações
que buscam a melhoria dos processos organizacionais. O gabarito da banca
é mesmo questão correta.

Deming.

Este autor deu uma contribuição imensa para o movimento da gestão


da qualidade no Japão nos anos 50 e 60 do século passado, após este país
ter sua infraestrutura destruída na Segunda Guerra Mundial10.
Ele foi convidado a visitar o país, pois suas empresas estavam com
dificuldades para conseguir competir com seus competidores estrangeiros
e precisavam utilizar seus recursos do melhor modo possível para ganhar
competitividade.
Eles decidiram, assim, investir na gestão da qualidade. Os processos
de trabalho seriam enfatizados de modo a entregar o melhor produto ou
serviço para os clientes, com menos esforço.
Para Deming, o cliente deve sempre ser o foco da gestão da
qualidade. Como os desejos e necessidades dos clientes não ficam estáveis,
também os parâmetros de qualidade devem evoluir.
Este autor criou os princípios da qualidade, que são muito cobrados
em provas de concurso. De acordo com Deming, existem 14 princípios11:

10
(Junior, Cierco, Rocha, Mota, & Leusin, 2008)
11
(Deming, 1990) apud (Junior, Cierco, Rocha, Mota, & Leusin, 2008)

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1. Criar uma constância de propósito de aperfeiçoamento do


produto e do serviço, a fim de torná-los competitivos,
perpetuá-los no mercado e gerar empregos;
2. Adotar a nova filosofia. Vivemos numa nova era econômica. A
administração ocidental deve despertar para o desafio,
conscientizar-se de suas responsabilidades e assumir a
liderança em direção à transformação;
3. Acabar com a dependência de inspeção para a obtenção da
qualidade. Eliminar a necessidade da inspeção em massa,
priorizando a internalização da qualidade do produto;
4. Acabar com a prática de negócio compensador baseado
apenas no preço. Em vez disso, minimizar o custo total. Insistir
na ideia de um único fornecedor para cada item,
desenvolvendo relacionamentos duradouros, calcados na
qualidade e na confiança;
5. Aperfeiçoar constante e continuamente todo o processo de
planejamento, produção e serviço, com o objetivo de
aumentar a qualidade e a produtividade e, consequentemente,
reduzir os custos;
6. Fornecer treinamento no local de trabalho;
7. Adotar e estabelecer liderança. O objetivo da liderança é
ajudar as pessoas a realizar um trabalho melhor. Assim como
a liderança dos trabalhadores, a liderança empresarial
necessita de uma completa reformulação;
8. Eliminar o medo;
9. Quebrar barreiras entre os departamentos. Os colaboradores
dos setores de pesquisa, projetos, vendas, compras ou
produção devem trabalhar em equipe, tornando-se capazes de
antecipar problemas que possam surgir durante a produção ou
durante a utilização dos produtos ou serviços;
10. Eliminar slogans, exortações e metas dirigidas aos
empregados;
11. Eliminar padrões artificiais (cotas numéricas) para o chão de
fábrica, a administração por objetivos (APO) e a administração
através de números e metas numéricas;
12. Remover barreiras que despojem as pessoas de orgulho no
trabalho. A atenção dos supervisores deve voltar-se para a
qualidade e não para números. Remover as barreiras que
usurpam dos colaboradores das áreas administrativas e de
planejamento/engenharia o justo direito de orgulhar-se do
produto de seu trabalho. Isto significa a abolição das

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avaliações de desempenho ou de mérito e da administração


por objetivos ou por números;
13. Estabelecer um programa rigoroso de educação e auto-
aperfeiçoamento para todo o pessoal;
14. Colocar todos da empresa para trabalhar de modo a realizar a
transformação. A transformação é tarefa de todos.
Vamos ver agora algumas questões?
7 – (CESPE – MPE-PI – TÉCNICO – 2012) Entre os quatorze
princípios que caracterizam a filosofia da qualidade de Deming,
encontra-se a eliminação da administração por objetivos.

Perfeito. De acordo com Deming, em seu princípio n° 11, a gestão da


qualidade deve12,
“Eliminar padrões artificiais (cotas numéricas) para
o chão de fábrica, a administração por objetivos
(APO) e a administração através de números e
metas numéricas;“
Deste modo, Deming via o estabelecimento de metas e objetivos
numéricos como um “limitador” do esforço dos funcionários. Com isso, a
gestão deveria banir a Administração por Objetivos. O gabarito é questão
correta.

8 - (CESPE – TJ-ES – ANALISTA – 2011) Determinado tribunal


pretende, por meio da adoção de práticas de qualidade e
produtividade, aperfeiçoar a maneira como se realizam as
atividades em setor onde se observou que os servidores gastam
muito tempo em tarefas menos relevantes para o público e onde
são cometidos erros recorrentes relativos à tramitação de
processos judiciais. O diretor, então, adotou a prática de fixar uma
série de cartazes que visam estimular os servidores a tomar mais
cuidado no que se refere à expedição e à recepção de documentos
e que, além disso, contêm metas diárias referentes ao
encaminhamento de processos para diversos setores. O gerente de
recursos humanos do tribunal, por sua vez, defende a ideia de que
os servidores devem ser treinados continuamente para utilizarem,
de forma adequada, as novas tecnologias empregadas no setor.
Com base na situação hipotética acima, julgue os itens seguintes.

12
(Deming, 1990) apud (Junior, Cierco, Rocha, Mota, & Leusin, 2008)

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Ao propor o treinamento contínuo dos servidores, o gerente de


recursos humanos contraria os princípios de Deming.

O gerente defende a ideia de que os servidores devem ser treinados


continuamente para utilizarem, de forma adequada, as novas tecnologias
empregadas no setor.
Ora, o treinamento contínuo é sim um dos princípios de Deming.
Dessa forma, o gabarito da banca é mesmo questão errada.

9 - (CESPE – TJ-ES – ANALISTA – 2011) Entre os denominados 14


pontos de William Deming, que tiveram influência determinante na
escola japonesa da qualidade, inclui-se a implementação da
administração por objetivos.

Deming era contrário à Administração por Objetivos – APO, e não


favorável a esta ferramenta. Ele pregava exatamente a eliminação da APO.
Deste modo, o gabarito é questão incorreta.

Juran

Outro dos grandes nomes da gestão da qualidade, Joseph Juran era


romeno, mas viveu radicado nos Estados Unidos. Foi também um dos
impulsionadores da revolução da qualidade no Japão no pós guerra.
Seu trabalho influenciou tremendamente a gestão da qualidade. Sua
obra mais famosa foi o livro: ”Quality Control Handbook”, publicado em
1951. Ele foi criador do Instituto Juran e trabalhou muitos anos como
professor e consultor nessa área.
Como exemplos dos impactos de seu trabalho na gestão da
qualidade, podemos citar a “trilogia da qualidade”, além da mudança do
enfoque da gestão da qualidade (do plano operacional para o plano
estratégico).
A trilogia da qualidade de Juran tem três princípios: planejamento,
controle da qualidade e aperfeiçoamento. Abaixo, podemos ver cada um
deles:

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Planejamento
identificação das necessidades dos clientes; projetar
produtos adequados a esses clientes e planejar
processos adequados a estes mesmos produtos

Controle da Qualidade
buscaríamos avaliar o desempenho real da qualidade
na organização; comparar esse desempenho com as
metas e propor medidas corretivas, quando necessário

Aperfeiçoamento
Determinar o que é necessário para melhorar
continuamente a qualidade; detalhar seus
responsáveis e treinar, motivar e apoiar as equipes.

Figura 5 - Trilogia da Qualidade de Juran

Feigenbaum

Feigenbaum trabalhou muitos anos na empresa GE e trouxe como


contribuição para a gestão da qualidade os conceitos dos custos da
qualidade e de que a gestão da qualidade deve ser um esforço sistêmico.
De acordo com ele, a gestão da qualidade deve compreender os
custos envolvidos e derivados da produção sem qualidade. Assim,
existiriam diversos custos relacionados com a garantia da qualidade e com
a falta de qualidade dentro em uma empresa. Os principais custos seriam
os seguintes:

Custos da Qualidade

Custos da Prevenção
Custos da Avaliação
Custos das falhas internas
Custos das falhas externas

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Além disso, ele identificou o problema dos esforços sistêmicos na


gestão da qualidade. Para ele, todos os setores devem estar envolvidos na
busca pela qualidade, e não apenas alguns.
Sem o envolvimento de todos, a qualidade total nunca seria
alcançada e os resultados seriam decepcionantes. Ele também afirmava
que a participação e o conhecimento do sistema de qualidade por parte dos
gestores da organização deveriam ser enfatizados, pois eram fatores
primordiais.
Sem que os principais administradores conheçam este sistema, o
busca pela qualidade perderia impulso. A comunicação das ações do
sistema de gestão da qualidade aos funcionários seria falha e sua
implementação não teria sucesso.

Crosby

Outro dos “gurus da qualidade”, Crosby foi um grande escritor


americano que trouxe o conceito de “defeito zero”, ou seja, de que não
podemos aceitar os “padrões de qualidade”. O objetivo é não ter nenhum
defeito.
De acordo com ele13, para obtermos qualidade não podemos “aceitar”
que existam pequenas falhas. Para o autor, devemos buscar o “zero
defeito”:
“O propósito da qualidade não é acomodar as
coisas erradas, é eliminá-las para evitar tais
situações. É exatamente a mesma coisa das falhas de
soldagem que encontrei quando trabalhava na Martin.
Enquanto mantínhamos um nível aceitável delas, elas
existiam, quando se tornaram inaceitáveis,
desapareceram.”
Com isso, ele trouxe o conceito de que todos nós devemos “fazer
certo desde a primeira vez”. Não seria aceitável produzir bens defeituosos
e depois descarta-los. Deveríamos nos preocupar em assegurar que nossos
processos de trabalho tenham sempre qualidade.

13
(Crosby, 1990)

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Ishikawa

Este teórico japonês, Kaoru Ishikawa, foi um discípulo dos gurus


norte americanos. Ele traduziu muitas destas teorias americanas para o
contexto e a realidade do Japão.
Além disso, criou suas próprias ferramentas. Como exemplo do
impacto do seu trabalho, temos a difusão dos círculos da qualidade (CQC,
grupos pequenos de empregados que conduzem o controle da qualidade.
democratizando a sua gestão).
Outro impacto importante foi a criação da ferramenta que muitos
associam ao seu nome: o diagrama de causa e efeito.
Vamos ver mais uma questão?
10 – (CESPE – SUFRAMA – ADMINISTRADOR – 2014) Mesmo em
situações complexas, a probabilidade de os resultados alcançados
apresentarem maior valor agregado é maior nos casos em que a
organização adota os círculos de qualidade e torna o trabalho mais
desafiador para as pessoas.

A questão aborda a importância dos círculos da qualidade. Estes CQCs


tornaram a gestão da qualidade mais democrática e envolvem todos os
profissionais envolvidos com os processos de trabalho em sua gestão.
A utilização dos círculos da qualidade aumenta, deste modo, a
probabilidade de sucesso da organização que. O gabarito é questão certa.

11 – (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – ADMINISTRADOR – 2014) Na


qualidade total, os parâmetros de qualidade de um produto ou
serviço são estabelecidos pelos engenheiros ou gestores
envolvidos no processo de produção.

Negativo! Quem estabelece os requisitos de qualidade é o cliente, não


os engenheiros de qualidade. É o cliente que sabe o que ele realmente
necessita, o foco é sempre nas suas necessidades. O gabarito é questão
errada.

12 - (CESPE – TJ-AC – ANALISTA – 2012) O departamento de


qualidade é o principal responsável pelo sistema de qualidade de
uma organização. Contudo, isso não exime outros departamentos
da instituição da responsabilidade em relação à qualidade.

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Exato. A gestão da qualidade é uma tarefa de todos os membros da


organização, não apenas de um departamento. O gabarito é mesmo
questão correta.

Ferramentas de gestão da qualidade

Existem diversas ferramentas para a gestão da qualidade. Sete delas


são mais utilizadas e muitas bancas de concursos cobram seu
conhecimento.
Elas são instrumentos que facilitam o monitoramento e a melhoria
dos processos de trabalho. As principais são: diagrama de causa e efeito,
folha de verificação, histograma, gráfico de Pareto, diagrama de correlação,
fluxograma e gráfico de controle.
Cada ferramenta tem um objetivo e uma função específica na gestão
da qualidade, mas são utilizados de modo simultâneo em muitas situações.

Ferramentas Principal Função


Diagrama de Causa e Efeito Levantar possíveis causas para problemas

Coletar dados relativos à não conformidade


Folha de Verificação
de um produto

Identificar com que frequência certo dado


Histograma
aparece em um conjunto de dados

Distinguir, entre os fatores, os essenciais e


Gráfico de Pareto
os secundários

Diagrama de Correlação Estabelecer correlação entre duas variáveis

Fluxograma Descrever processos

Gráfico de Controle Analisar a variabilidade dos processos

Figura 6 - Ferramentas da Qualidade. Adaptado de Mello (2012) apud (Rennó, 2013)

Diagrama de Causa e Efeito

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Este diagrama é utilizado quando precisamos estudar as possíveis


causas de um problema. Ele é chamado de “causa e efeito” exatamente por
isso – nos auxilia a entender essa relação entre as causas e os efeitos.
Para a gestão da qualidade, ele é muito importante para que os
envolvidos no problema possam visualizar todos os fatores que podem
estar provocando os defeitos.
Vamos imaginar um caso prático? Uma secretaria de trânsito está
buscando estudar as causas dos acidentes de trânsito. Muitos aspectos
podem gerar acidentes, não é mesmo?
Poderíamos citar, por exemplo, as vias sem conservação, motoristas
embriagados, falta de sinalização, falta de policiamento na área como
alguns destas possíveis causas.
O diagrama de “causa efeito” (ou Ishikawa, seu criador) possibilita a
estruturação e a hierarquização destas possíveis causas. Sabendo quais são
as principais causas, podemos atuar para reduzir estas causas, evitando
muitos dos seus efeitos, como os defeitos no processo produtivo.
Abaixo, podemos ver um exemplo deste diagrama, com o exemplo
citado:

Figura 7 - Gráfico de Ishikawa

Assim sendo, quando utilizamos este diagrama, conseguimos


estruturar as causas prováveis de um efeito ou problema.
Vamos ver como isto já foi cobrado?

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13 - (CESPE – EMBASA / ADMINISTRAÇÃO – 2010) O diagrama


espinha de peixe, ou diagrama de Ishikawa, é uma ferramenta da
escola da qualidade que mapeia a correlação entre causas e efeitos
de um processo.

Questão Perfeita. O objetivo desta ferramenta é exatamente o de


mapear as relações entre causas e efeitos de um processo de trabalho, para
que possamos atuar no sentido de remover estas causas. Assim, o gabarito
da banca é mesmo questão correta.

Folha de Verificação

A folha de verificação é um instrumento muito simples. Ela nada mais


é do que uma relação de “eventos” e a descrição de quantas vezes cada
um deles “aconteceu”.
Na sua aplicação prática, um funcionário apenas vai somando
quantas vezes cada defeito ocorreu em um formulário ou planilha
eletrônica.
Assim, a folha de verificação é uma ferramenta de coleta de dados
de uma situação específica, normalmente um processo produtivo. Para
entendermos melhor o que está causando os problemas na cadeia
produtiva, precisamos saber mais sobre estes fatores.
Portanto, a folha de verificação seria a primeira ferramenta a ser
utilizada na Gestão da Qualidade. Os dados coletados por essa ferramenta
são depois usados pelas outras ferramentas.
Abaixo, teríamos um exemplo de uma folha de verificação:

Figura 8 - Exemplo de folha de verificação.

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No caso do exemplo acima, teríamos uma boa noção de quais são os


defeitos no processo produtivo. A pintura (tinta borrada) foi o problema
que mais vezes ocorreu neste processo produtivo.
Uma informação como essa seria posteriormente utilizada para que a
equipe procurasse entender o que está gerando estes defeitos no produto
e melhorar a qualidade.

Histograma

O gráfico chamado de Histograma nada mais é do que um gráfico de


barras, muito conhecido por aqueles que trabalham diariamente com
planilhas eletrônicas (como o MS Excel).
Esta ferramenta serve para que o gestor possa facilmente interpretar
uma lista de frequência. Quando este administrador receber a folha de
verificação, por exemplo, irá transformá-la em um gráfico de barras – o
Histograma.

Figura 9 - Exemplo de gráfico histograma

Este gráfico facilita a visualização dos aspectos que devem ser


enfatizados na busca da qualidade. Quando a lista de frequência é grande,
com muitos itens, o gráfico é uma ferramenta adequada para a análise
destes dados de um modo mais rápido.

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Gráfico de Pareto

O gráfico de Pareto é uma das ferramentas mais utilizadas na tomada


de decisão e na gestão da qualidade das organizações. Ele é baseado no
princípio de Pareto.
Este princípio foi desenvolvido por Vilfredo Pareto no Século XIX14,
mas é amplamente usado atualmente. Este gráfico é excelente para que os
gestores consigam identificar os itens importantes em um determinado
problema. Ele também é conhecido como a regra do “80/20”.
Pareto trouxe a noção de que, normalmente, poucos itens ou fatores
geram a maioria dos efeitos ou impactos. Para ele, 20% dos fatores
gerariam 80% dos efeitos (por isso a regra do “20-80”).
Os demais fatores (80%) seriam relativamente insignificantes,
resultando em uma pequena parcela dos resultados.

Na prática, este gráfico nos auxilia a entender quais são os fatores


que devem ser priorizados. Dentre os casos práticos, teríamos: a gestão de
estoque em uma loja, a taxa de criminalidade de acordo com regiões, a
taxa de mortalidade de acordo com o tipo de doenças, dentre diversas
outras.
De acordo com Pareto, o gestor deveria focar seus esforços naqueles
poucos itens que geram a maioria dos impactos. Se cerca de vinte ruas
concentram 80% dos assaltos, o policiamento destas áreas deve ser
reforçado, por exemplo.

14
(Junior, Cierco, Rocha, Mota, & Leusin, 2008)

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O mesmo poderia ser dito da gestão de estoques em uma loja. Se


cerca de trinta itens concentram 80% das vendas, eles devem estar bem
posicionados na prateleira e não podem faltar.
No caso da saúde, as principais doenças (que geram a maior parte
das mortalidades) poderiam ser enfatizadas. A maior parte dos recursos de
pesquisa deveriam ser alocadas no estudo destas doenças, por exemplo.
Um gráfico de Pareto se assemelha ao exemplo abaixo:

Figura 10 - Gráfico de Pareto

Vamos ver como isto tem sido cobrado?


14 - (CESPE – ANATEL / TÉCNICO – 2012) Considere que
determinada organização necessite solucionar um tipo de
reclamação de usuários motivada por diversas causas e que, por
limitação de recursos, a organização pretenda solucionar as causas
mais relevantes. Nessa situação, o diagrama de Pareto seria uma
ferramenta útil para a priorização das causas mais relevantes.

O diagrama de Pareto é realmente uma ferramenta da gestão da


qualidade que permite a priorização das causas mais importantes em um
processo ou problema. O gabarito é mesmo questão certa.

15 - (CESPE – BASA / ADMINISTRAÇÃO – 2010) O diagrama de


Pareto pode ser adotado quando se está diante de problemas e
busca-se identificar quais são os itens responsáveis pela maior
parcela deles.

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Exato. Quando temos muitos itens e desejamos descobrir quais são


os mais importantes (causam mais impactos), devemos utilizar o gráfico
de Pareto. O gabarito é mesmo questão certa.

Diagrama de Correlação ou Dispersão

Esta ferramenta possibilita a correlação entre fatores diferentes. Ou


seja, ela auxilia um gestor na análise do efeito em um fator quando o outro
fator é alterado.
Deste modo, o gráfico nos deixa ver como a alteração em um aspecto
do problema afeta o outro. Na prática, esta ferramenta serve para que
possamos saber quais são os fatores que devem ser melhorados em um
processo ou problema público.
Como exemplos, teríamos a análise de quais fatores geram uma
melhora na mortalidade infantil em uma cidade, quais os fatores geram a
redução nos defeitos de uma linha de montagem, quais são os métodos de
ensino que melhoram (ou não) os resultados dos alunos, dentre outros.
Assim, este gráfico demonstraria se existe ou não uma correlação
entre os fatores. Se os pontos ficarem muito “espalhados”, não existiria
uma correlação forte. O contrário indicaria que esta correlação existe.
Abaixo, temos um exemplo deste tipo de gráfico.

Maior Investimento

Menor Investimento

Figura 11 - Gráfico de dispersão. Fonte: (Rennó, 2013)

Vamos ver como isto já foi cobrado?


16 - (CESPE – INCA / GESTÃO PÚBLICA – 2010) O diagrama de
causa e efeito, também chamado de diagrama de Ishikawa, busca,

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a partir de uma análise gráfica, mostrar as relações entre dois


conjuntos de dados associados que ocorrem aos pares.

O diagrama de causa e efeito não indica as relações entre dois


conjuntos de dados, mas sim as possíveis causas de um problema. A
ferramenta que mede a correlação é o gráfico de dispersão ou de
correlação. Deste modo, o gabarito é questão incorreta.

Fluxograma

Como a gestão da qualidade está focada na melhoria e padronização


dos processos de trabalho, uma das ferramentas mais utilizadas é
exatamente o fluxograma.
Esta ferramenta possibilita o mapeamento e redesenho dos
processos, de um modo fácil e simples. Além disso, um processo “mapeado”
facilita a análise de seus passos e dos seus “gargalos”.
Através da utilização de diversos símbolos padronizados, chamados
de notações, conseguimos descrever todas as etapas e decisões envolvidas
em um processo. Com isso, podemos propor melhorias e mudanças.
Abaixo podemos ver um exemplo de fluxograma:

Figura 12 - Exemplo de Fluxograma

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Gráfico de Controle

Quando um gestor trabalha com “padrões de qualidade”, costuma


utilizar esta ferramenta. O gráfico de controle é utilizado para que
possamos analisar a variabilidade de um processo.
O primeiro passo é definir quais seriam os limites mínimos e máximos
esperados de um processo. Sempre que o resultado sair daquela faixa de
resultados esperados, teríamos que analisar porque isso aconteceu.
Podemos ver um exemplo desta ferramenta abaixo:

Figura 13 - Gráfico de Controle. Fonte: (Rennó, 2013)

Neste exemplo, os meses de fevereiro e setembro teriam


apresentado resultados “fora” do padrão e deveriam ser estudados mais a
fundo.
Assim sendo, o gráfico de controle facilita a identificação de algum
fator que esteja impactando o processo de produção, por exemplo. Sempre
que os resultados valores estiverem dentro da faixa esperada, poderíamos
considerar que o processo está “sob controle”.
Vamos ver agora como isto já foi cobrado?
17 – (CESPE – MDIC – ANALISTA TÉCNICO – 2014) Uma
organização que fomenta a abertura de canais de comunicação
internamente, de modo a garantir que os colaboradores sigam as
mudanças de gosto e atitudes dos clientes, está de acordo com as
bases do controle da qualidade total proposto por Kaoru Ishikawa.

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A questão faz uma salada dos conceitos de qualidade. Ishikawa foi


conhecido pela introdução do conceito dos círculos de controle da qualidade
(CQC) e pelo diagrama de causa-efeito.
Desta maneira, o controle da qualidade total não passava somente
pela abertura de canais de comunicação interna. Até mesmo porque a
comunicação interna, por si só, não captaria as mudanças de gostos e
atitudes dos clientes, que estão fora da empresa.
Os CQCs democratizaram o controle da qualidade e passaram a
envolver todos os membros nesse trabalho. O gabarito da banca é mesmo
questão errada.

18 – (CESPE – MDIC – ANALISTA TÉCNICO – 2014) O fluxograma é


uma ferramenta de gestão da qualidade na qual se descreve a
análise dos resultados obtidos durante determinado período.

Negativo! O fluxograma é uma ferramenta utilizada no mapeamento


e redesenho de processos de trabalho. Desta maneira, ele mostra cada
atividade, cada tomada de decisão e os setores ou profissionais envolvidos.
O gabarito é questão errada.

19 – (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – ADMINISTRADOR – 2014) As


ferramentas empregadas na gestão da qualidade fundamentam-se
em abordagem qualitativa, razão pela qual não existem modelos
estatísticos para auxiliar no controle da qualidade.

Uma abordagem quantitativa utiliza a estatística para medir algum


aspecto. Quando estamos medindo a altura média de uma população,
estamos usando essa abordagem.
Entretanto, nem todos os aspectos podem ser medidos deste jeito. A
imagem que um governante tem, por exemplo, depende da percepção de
cada um e não pode ser medido objetivamente, mas através de pesquisas
de opinião. Assim, uma abordagem qualitativa é baseada na percepção ou
opinião de cada indivíduo.
A questão está errada, pois existem sim ferramentas quantitativas
que são aplicadas na gestão da qualidade, como o controle estatístico. O
gabarito é mesmo questão errada.

20 – (CESPE – MPE-PI – TÉCNICO – 2012) O diagrama de Ishikawa,


o princípio de Pareto e os modelos estatísticos são instrumentos de
gestão utilizados pelo departamento de qualidade, que deve ser o
responsável único pelos programas de qualidade da organização.

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A questão começou “bonitinha”, mas no final inseriu uma informação


incorreta. Realmente, estas ferramentas citadas são instrumentos
utilizados na gestão da qualidade, mas o departamento de qualidade não é
o único responsável pela qualidade.
De acordo com a gestão total da qualidade, todos os membros da
empresa devem ser responsáveis pela qualidade, não só os profissionais
diretamente envolvidos com o processo produtivo ou algum departamento
de qualidade. O gabarito é, assim, questão errada.

Modelo do Gespública

O termo excelência remete à qualidade, que no caso do setor público


está relacionado à qualidade na prestação de serviços públicos à população.
De acordo com o Gespública15,
“Excelência em gestão pública pressupõe
atenção prioritária ao cidadão e à sociedade
na condição de usuários de serviços públicos
e destinatários da ação decorrente do poder de
Estado exercido pelas organizações públicas. As
organizações públicas, mesmo as que prestam
serviços exclusivos de Estado, devem submeter-se
à avaliação de seus usuários, obter o conhecimento
necessário para gerar produtos e serviços de valor
para esses cidadãos e, com isso, proporcionar-lhes
maior satisfação. Esse fundamento envolve não
apenas o cidadão individualmente, mas também
todas as formas pelas quais se faça representar:
empresas, associações, organizações e
representações comunitárias.”
Portanto, quando falamos de excelência nos serviços públicos,
estamos nos referindo a um serviço público de qualidade à sociedade
em geral. Desta forma, devemos saber quais são as necessidades dos
cidadãos e buscar atendê-los da melhor forma possível.
Desde o início da década de 90, existem programas que
buscam a evolução da qualidade na administração pública16. O

15
(Ministério do Planejamento, Prêmio Nacional de Gestão Pública - PQGF; Instrução para
Avaliação da Gestão Pública, 2007)
16
(Ferreira, 2009)

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primeiro passo ocorreu no governo Collor, com a criação do Programa


Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP.
Este programa tinha o objetivo de aumentar a competitividade das
empresas brasileiras dentro de um cenário de abertura comercial, pois
existia a preocupação de que o setor privado não estivesse em condições
de igualdade com os concorrentes de outros países neste aspecto
(qualidade).
Dentro deste programa, foi incluído também o setor público no
subprograma - Programa da Qualidade no Setor Público – PQSP (que
acabou depois sendo transformado em um programa separado). Neste
primeiro momento, o foco era a melhoria dos processos.
No governo Fernando Henrique Cardoso, o PQSP foi transformado no
Programa da Qualidade e Participação da Administração Pública (QPAP).
Este programa tinha um foco nas ferramentas da gestão da
qualidade e com o objetivo de modernizar o aparelho estatal.
Cabe lembrar que no governo FHC ocorreu um grande esforço para
introduzir a administração gerencial. No caderno MARE n°4, que analisa o
programa de qualidade (em 1997), fica bem claro esta preocupação do
governo com a mudança de paradigma17,
“O Programa da Qualidade e Participação na
Administração Pública é o principal
instrumento de aplicação do Plano Diretor da
Reforma do Aparelho Estado, propondo-se a
introduzir no Setor Público as mudanças de valores
e comportamentos preconizados pela
Administração Pública Gerencial, e, ainda, viabilizar
a revisão dos processos internos da Administração
Pública com vistas à sua maior eficiência e eficácia."
Naquele momento, após sete anos da introdução do PBQP, a
avaliação que se fazia era de que o setor público não tinha acompanhado
o dinamismo do setor privado. Entretanto, entendia-se que existiam
progressos a serem comemorados. De acordo com a mesma publicação,
“Entretanto, ainda que considerada a debilidade do
desempenho no setor público frente aos resultados
da iniciativa privada, o saldo alcançado pelos
esforços de sensibilizar as organizações públicas foi
positivo. A posição, hoje, não é mais de marco zero,
registrando-se inúmeras instituições públicas
federais, estaduais e municipais que já aderiram à
prática de implantar programas de Qualidade,

17
(Brasil, 1997)

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recebendo, por isso, manifestação positiva da


sociedade.”
Em 2000, ainda no governo FHC, foi criado o Programa da Qualidade
no Serviço Público – PQSP, inserindo o foco na satisfação dos cidadãos
(usuários dos serviços públicos). Finalmente, em 2005, foi instituído o atual
GESPÚBLICA, Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização, unificando desta forma o programa de qualidade com
o de desburocratização (que tem raízes no governo de Juscelino Kubitschek
- Comissão de Simplificação Burocrática de 1956)18.
Podemos ter uma ideia melhor da evolução dos programas de
qualidade no gráfico abaixo:

Figura 14 - Evolução dos Programas de Qualidade no Setor Público. Fonte: Gespública

O GESPÚBLICA19, criado pelo Decreto n°5.378, detalha em seu artigo


n°2 os seus objetivos:
“Art. 2° O GESPÚBLICA deverá contemplar a
formulação e implementação de medidas
integradas em agenda de transformações da
gestão, necessárias à promoção dos resultados
preconizados no plano plurianual, à consolidação
da administração pública profissional voltada ao
interesse do cidadão e à aplicação de instrumentos
e abordagens gerenciais, que objetivem:
I - eliminar o déficit institucional, visando ao
integral atendimento das competências
constitucionais do Poder Executivo Federal;

18
(Ferreira, 2009)
(Ministério do Planejamento, Prêmio Nacional da Gestão Pública – PQGF; Instruções para
19

Avaliação da Gestão Pública – 2008/2009, 2008)

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II - promover a governança, aumentando a


capacidade de formulação, implementação e
avaliação das políticas públicas;
III - promover a eficiência, por meio de
melhor aproveitamento dos recursos,
relativamente aos resultados da ação
pública;
IV - assegurar a eficácia e efetividade da ação
governamental, promovendo a adequação
entre meios, ações, impactos e resultados; e
V - promover a gestão democrática,
participativa, transparente e ética.”
Na busca destes objetivos, o GESPÚBLICA elaborou o Modelo de
Excelência em Gestão Pública – MEGP. Este modelo tem como base os
princípios constitucionais da administração pública e, como pilares, os
fundamentos da excelência gerencial20.
O GESPÚBLICA explicita os nossos “famosos” princípios
constitucionais desta forma21:

Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência

Estrita Não fazer Pautar a gestão Ser transparente, Fazer o que


obediência à lei. acepção de pública por um dar publicidade precisa ser feito
Nenhum pessoas. O código moral. aos fatos e com o máximo
resultado poderá tratamento Não se trata de dados. Essa é de qualidade ao
ser considerado diferenciado ética (no sentido uma forma eficaz menor custo
bom, nenhuma restringe-se de princípios de indução ao possível. Não se
gestão poderá apenas aos casos individuais, de controle social. trata de redução
ser reconhecida previstos em lei. foro íntimo), mas de custo de
como de A cortesia, a de princípios qualquer
excelência à rapidez no morais de maneira, mas de
revelia da lei. atendimento, a aceitação buscar a melhor
confiabilidade e pública. relação entre
o conforto são qualidade do
requisitos de um serviço público
serviço público prestado e o
de qualidade e correspondente
devem ser gasto público
prestados a exigido.
todos os
cidadãos-
usuários
indistintamente.

(Ministério do Planejamento, Prêmio Nacional da Gestão Pública – PQGF; Instruções para


20

Avaliação da Gestão Pública – 2008/2009, 2008)


(Ministério do Planejamento, Prêmio Nacional da Gestão Pública – PQGF; Instruções para
21

Avaliação da Gestão Pública – 2008/2009, 2008)

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Já os pilares do MEGP, fundamentos da excelência gerencial, são


descritos pelo GESPÚBLICA do modo abaixo22:
Pensamento sistêmico - Entendimento das relações de
interdependência entre os diversos componentes de uma organização,
bem como entre a organização e o ambiente externo, com foco na
sociedade.

Aprendizado organizacional - Busca contínua e alcance de novos


patamares de conhecimento, individuais e coletivos, por meio da
percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de informações e
experiências.

Cultura da Inovação - Promoção de um ambiente favorável à


criatividade, experimentação e implementação de novas ideias que
possam gerar um diferencial para a atuação da organização.

Liderança e constância de propósitos - A liderança é o elemento


promotor da gestão, responsável pela orientação, estímulo e
comprometimento para o alcance e melhoria dos resultados
organizacionais e deve atuar de forma aberta, democrática, inspiradora e
motivadora das pessoas, visando ao desenvolvimento da cultura da
excelência, à promoção de relações de qualidade e à proteção do
interesse público. É exercida pela alta administração, entendida como o
mais alto nível gerencial e assessoria da organização.

Orientação por processos e informações - Compreensão e


segmentação do conjunto das atividades e processos da organização que
agreguem valor às partes interessadas, sendo que a tomada de decisões
e a execução de ações devem ter como base a medição e análise do
desempenho, levando-se em consideração as informações disponíveis.

Visão de Futuro - Indica o rumo de uma organização e a


constância de propósitos que a mantém nessa direção. Está diretamente
relacionada à capacidade de estabelecer um estado futuro desejado que
dê coerência ao processo decisório e que permita à organização
antecipar-se às necessidades e expectativas dos cidadãos e da sociedade.
Inclui, também, a compreensão dos fatores externos que afetam a
organização com o objetivo de gerenciar seu impacto na sociedade.

(Ministério do Planejamento, Prêmio Nacional da Gestão Pública – PQGF; Instruções para


22

Avaliação da Gestão Pública – 2008/2009, 2008)

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Geração de Valor - Alcance de resultados consistentes,


assegurando o aumento de valor tangível e intangível de forma
sustentada para todas as partes interessadas.

Comprometimento com as pessoas - Melhoria da qualidade nas


relações de trabalho, para que as pessoas se realizem tanto
profissionalmente quanto na vida pessoal, maximizando seu desempenho
por meio de oportunidades para o desenvolvimento de suas competências
e de práticas do incentivo ao reconhecimento.

Foco no cidadão e na sociedade - Direcionamento das ações


públicas para atender e regular continuamente as necessidades dos
cidadãos e da sociedade, na condição de sujeitos de direitos e como
beneficiários dos serviços públicos e destinatários da ação decorrente do
poder de Estado exercido pelas organizações públicas.

Desenvolvimento de parcerias - Desenvolvimento de atividades


conjuntamente com outras organizações com objetivos específicos
comuns, buscando o pleno uso das suas competências complementares
para o desenvolvimento de sinergias, expressas em trabalhos de
cooperação e coesão.

Responsabilidade social - Atuação voltada para assegurar às


pessoas a condição de cidadania com garantia de acesso aos bens e
serviços essenciais, e, ao mesmo tempo, tendo também como um dos
princípios gerenciais a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas
naturais, potencializando a capacidade das gerações futuras de atender
suas próprias necessidades.

Controle Social - Atuação que se define pela participação das


partes interessadas no planejamento, acompanhamento e avaliação das
atividades da Administração Pública e na execução das políticas e
programas públicos.

Gestão participativa - Estilo de gestão que determina uma atitude


gerencial da alta administração que busque o máximo de cooperação das
pessoas, reconhecendo a capacidade e o potencial diferenciado de cada
um e harmonizando os interesses individuais e coletivos, a fim de
conseguir a sinergia das equipes de trabalho.

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De acordo com o Gespública23, o Modelo de Excelência em Gestão


Pública é a representação de um sistema gerencial constituído de oito
partes integradas, que orientam a adoção de práticas de excelência em
gestão com a finalidade de levar as organizações públicas brasileiras a
padrões elevados de desempenho e de excelência em gestão.
A Figura abaixo representa graficamente o Modelo, destacando a
relação entre suas partes.
O primeiro bloco – Liderança, Estratégias e Planos, Cidadãos e
Sociedade - pode ser denominado de planejamento. Por meio da liderança
forte da alta administração, que focaliza as necessidades dos cidadãos-
usuários, os serviços, os produtos e os processos são planejados conforme
os recursos disponíveis, para melhor atender esse conjunto de
necessidades.
O segundo bloco – Pessoas e Processos - representa a execução
do planejamento. Nesse espaço, concretizam-se as ações que transformam
objetivos e metas em resultados. São as pessoas, capacitadas e motivadas,
que operam esses processos e fazem com que cada um deles produza os
resultados esperados.

23
(Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão., 2009)

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Figura 15 - Representação do Modelo de Excelência em Gestão Pública. Adaptado de: (Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão., 2009)

O terceiro bloco – Resultados – representa o controle, pois serve


para acompanhar o atendimento à satisfação dos destinatários dos serviços
e da ação do Estado, o orçamento e as finanças, a gestão das pessoas, a
gestão de suprimento e das parcerias institucionais, bem como o
desempenho dos serviços/produtos e dos processos organizacionais.
O quarto bloco – Informações e Conhecimento – representa a
inteligência da organização. Nesse bloco, são processados e avaliados os
dados e os fatos da organização (internos) e aqueles provenientes do
ambiente (externos), que não estão sob seu controle direto, mas, de
alguma forma, influenciam o seu desempenho. Esse bloco dá à organização
a capacidade de corrigir ou melhorar suas práticas de gestão e,
consequentemente, seu desempenho.
Vejam que esse diagrama também apresenta o relacionamento
existente entre os blocos (setas maiores) e entre as partes do Modelo
(setas menores), evidenciando o enfoque sistêmico do modelo de gestão.
Vamos ver como isto já foi cobrado?
21 - (CESPE – MDS – TÉCNICO - 2006) Programas, tais como o
GESPÚBLICA federal, utilizam, hoje, a avaliação de desempenho, a
disseminação e a premiação de boas práticas de gestão como
principais ferramentas de estímulo à melhoria da gestão pública.

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Esta questão aborda corretamente algumas ferramentas de que o


Gespública dispõe no estímulo da melhoria da gestão pública. Assim, a
avaliação de desempenho, a disseminação e a premiação de boas práticas
são utilizadas buscando este fim. O gabarito é questão correta.

22 - (CESPE - TRT-RJ – ANALISTA ADM - 2008) Uma das políticas


formuladas na busca da excelência nos serviços públicos é o
Gespública, elaborado com base na premissa de que a gestão de
órgãos e entidades públicos pode e deve ser excelente, mas não
pode ser comparada com padrões internacionais de qualidade em
gestão, devido às especificidades de cada país.

O Cespe trouxe uma “casca de banana”, pois a gestão de órgãos e


entidades públicos pode e deve ser comparado aos padrões internacionais.
Claro que as especificidades de cada região devem ser levadas em conta,
mas isto não impede a comparação, que é benéfica.
Deste modo, o gabarito é questão incorreta.

23 - (CESPE - TJ-PA / ANALISTA JUD. - 2006) As atribuições do


Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização não
incluem o apoio técnico aos órgãos e entidades da administração
pública na reestruturação organizacional e de cargos e salários.

Dentre as atribuições do programa, não está incluído o auxílio na


reestruturação de carreiras ou salários. Veja abaixo o Artigo n° 3 do
Decreto 5.378/200524, que institui o Gespública:
“Art. 3o Para consecução do disposto nos arts. 1o e
2o, o GESPÚBLICA, por meio do Comitê Gestor de
que trata o art. 7o, deverá:
I - mobilizar os órgãos e entidades da
administração pública para a melhoria da gestão e
para a desburocratização;
II - apoiar tecnicamente os órgãos e entidades da
administração pública na melhoria do atendimento
ao cidadão e na simplificação de procedimentos e
normas;

24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5378.htm

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III - orientar e capacitar os órgãos e entidades da


administração publica para a implantação de ciclos
contínuos de avaliação e de melhoria da gestão; e
IV - desenvolver modelo de excelência em gestão
pública, fixando parâmetros e critérios para a
avaliação e melhoria da qualidade da gestão
pública, da capacidade de atendimento ao cidadão
e da eficiência e eficácia dos atos da administração
pública federal.”
Deste modo, o gabarito é questão correta.

24 - (CESPE – ANVISA / ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO - 2004)


Programas de qualidade, como o Programa de Qualidade no Serviço
Público, atuam prioritariamente na melhoria de processos de
trabalho, dando menos ênfase à estruturação e reestruturação
organizacional.

Perfeito. Não é uma atribuição deste programa a atuação na estrutura


organizacional dos órgãos e entidades públicas. O foco é na melhoria do
atendimento dos cidadãos e na melhoria dos processos. Deste modo, o
gabarito é questão correta.

25 - (CESPE – INCA / GESTÃO PÚBLICA – 2010) O Programa


Nacional de Desburocratização, instituído na gestão do presidente
Figueiredo, e o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade,
iniciado em 1990, foram os alicerces para a criação do Programa
Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, cuja missão é a
promoção da excelência da gestão pública brasileira, mediante a
avaliação continuada das práticas de gestão e dos resultados das
organizações.

Perfeito. O Cespe apenas nos a informação de que o Gespública foi


feito com a unificação dos programas de qualidade anteriores com o
programa de desburocratização. O gabarito é questão correta.

26 - (CESPE – TRE-ES - ANALISTA – 2011) A adoção do modelo do


GESPÚBLICA assegura a excelência nos serviços públicos, mas não
permite que se realizem avaliações comparativas entre
organizações congêneres.

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Esta frase está incorreta, pois o Gespública permite sim a comparação


dos resultados de órgãos semelhantes para que estes aumentem sua
qualidade. O gabarito é questão incorreta.

27 - (CESPE – TRE-ES - ANALISTA – 2011) O modelo do


GESPÚBLICA não focaliza resultados, pois a excelência nos serviços
públicos, objetivada por esse modelo, se pauta em critérios como
cidadania, estratégia e responsabilidade socioambiental.

Esta questão está equivocada, pois o Gespública tem sim um enfoque


nos resultados. O modelo preconiza um Estado excelente, voltado para um
atendimento de qualidade aos cidadãos. O gabarito, portanto, é questão
errada.

28 - (CESPE – CORREIOS – ANALISTA – 2011) As ações de


qualidade desenvolvidas com o intuito de assegurar a satisfação
dos clientes devem-se limitar aos processos problemáticos das
organizações.

A gestão da qualidade está baseada na melhoria contínua. Deste


modo, mesmo que um processo já esteja “razoável” deve ser
continuamente melhorado. Não são apenas os processos problemáticos que
devem ser trabalhados. Portanto, o gabarito é questão errada.

29 - (CESPE – MPS – ADMINISTRADOR – 2010) O ambiente no qual


estão inseridas as organizações está em constante mudança,
fazendo-se necessária a observação cautelosa da realidade e a boa
adaptabilidade. Essas são as características centrais da
administração da qualidade total, na qual a flexibilidade
organizacional é um ponto essencial.

Esta adaptabilidade, flexibilidade e observação da realidade são


fatores importantes em qualquer gestão de qualidade, mas não são
características centrais, como a banca descreveu.
As características centrais da gestão da qualidade são: o foco nos
clientes e a melhoria contínua. O gabarito é questão errada.

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Modelo da Fundação Nacional da Qualidade

A Fundação Nacional da Qualidade gerou um modelo de gestão da


qualidade. Ele se chama Modelo de Excelência da Gestão – MEG25 e está
voltado para a melhoria contínua dos processos da organização.
A FNQ é uma instituição focada na disseminação do conhecimento
sobre a Excelência em Gestão. Para atingir alguns destes objetivos, ela
criou o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), que vem premiando as
boas práticas de gestão das organizações brasileiras.
De acordo com a FNQ, os conceitos principais (ou fundamentos)
26
são :
“1. Pensamento Sistêmico - Entendimento das
relações de interdependência entre os diversos
componentes de uma organização, bem como entre a
organização e o ambiente externo.
2. Aprendizado Organizacional - Busca e alcance
de um novo patamar de conhecimento para a
organização por meio da percepção, reflexão, avaliação
e compartilhamento de experiências.
3. Cultura de Inovação - Promoção de um ambiente
favorável à criatividade, experimentação e
implementação de novas ideias que possam gerar um
diferencial competitivo para a organização.
4. Liderança e Constância de Propósitos - Atuação
de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora
das pessoas, visando o desenvolvimento da cultura da
excelência, a promoção de relações de qualidade e a
proteção dos interesses das partes interessadas.
5. Orientação por Processos e Informações -
Compreensão e segmentação do conjunto das
atividades e processos da organização que agreguem
valor para as partes interessadas, sendo que a tomada
de decisões e execução de ações deve ter como base a
medição e análise do desempenho, levando-se em
consideração as informações disponíveis, além de incluir
os riscos identificados.

25
Fonte: http://www.fnq.org.br/site/376/default.aspx
26
Fonte: http://www.fnq.org.br/site/376/default.aspx

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6. Visão de Futuro - Compreensão dos fatores que


afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente
externo no curto e no longo prazo.
7. Geração de Valor - Alcance de resultados
consistentes pelo aumento de valor tangível e intangível
de forma sustentada para todas as partes interessadas.
8. Valorização das Pessoas - Criação de condições
para que as pessoas se realizem profissional e
humanamente, maximizando seu desempenho por meio
do comprometimento, do desenvolvimento de
competências e de espaços para empreender.
9. Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado -
Conhecimento e entendimento do cliente e do mercado,
visando a criação de valor de forma sustentada para o
cliente e, consequentemente, gerando maior
competitividade nos mercados.
10. Desenvolvimento de Parcerias -
Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras
organizações, a partir da plena utilização das
competências essenciais de cada uma, objetivando
benefícios para ambas as partes.
11. Responsabilidade Social - Atuação que se define
pela relação ética e transparente da organização com
todos os públicos com os quais ela se relaciona. Refere-
se também à inserção da empresa no desenvolvimento
sustentável da sociedade, preservando recursos
ambientais e culturais para gerações futuras;
respeitando a diversidade e promovendo a redução das
desigualdades sociais como parte integrante da
estratégia da organização.“
Dentre os principais critérios de gestão da qualidade, o MEG realça
os seguintes: liderança, estratégias e planos, clientes, sociedade,
informações e conhecimento, pessoas, processos e resultados.
O MEG utiliza uma ferramenta de aprendizado e melhoria contínua, o
ciclo PDCL (Plan, Do, Check, Learn). Abaixo, temos um diagrama destes
principais aspectos:

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Figura 16 - Modelo de Gestão da Fundação Nacional da Qualidade. Fonte: http://www.fnq.org.br/site/376/default.aspx

A liderança é fundamental para que toda a organização esteja


focada nos seus desafios e objetivos. Esta liderança visa comprometer e
motivar seus funcionários para o alcance da visão de futuro, ou seja, do
resultados desejados.
Para que os membros saibam o que deve ser feito, a liderança irá
formular e monitoras as diversas estratégias e planos para que os
objetivos estratégicos sejam alcançados.
Estes objetivos envolvem, normalmente, o atendimento de desejos e
necessidades de clientes específicos e, no caso do setor público, da
sociedade como um todo. Sem esse foco no cliente, a organização não
terá sustentabilidade.
E para atender bem aos desejos e necessidades dos clientes, a
instituição terá de gerenciar muito bem seus processos de trabalho e
motivar e desenvolver suas pessoas.
Finalmente, deverá existir um processo de gestão do conhecimento,
de forma que todos os membros da organização tenham as informações
e os conhecimentos necessários ao seu trabalho.
Vamos ver como isto já foi cobrado?
30 – (CESPE – MTE – AUDITOR DO TRABALHO – 2013) A etapa de
planejamento descrita no ciclo PDCA (plan, do, check, act), que é
uma das ferramentas essenciais para o conceito de aprendizagem

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do MEG®, destaca quatro critérios fundamentais para sua


formulação: clientes, sociedade, liderança e estratégia.

Esta questão foi considerada como correta pela banca, mas foi
considerada polêmica. O modelo de gestão da qualidade da FNQ (MEG)
utiliza o PDCL, e não o PDCA.
Desta maneira, a questão poderia ter sido anulada ou ter seu gabarito
alterado. A banca, entretanto, não alterou seu entendimento e considerou
correta a afirmativa.

31 – (CESPE – MDIC – ANALISTA TÉCNICO – 2014) No modelo da


Fundação Nacional da Qualidade, os projetos em andamento ou
previstos devem ser descritos no critério denominado projetos.

A questão tem uma “pegadinha”: no MEG não existe o critério de


gestão da qualidade “projetos”, mas sim o critério “processos”. O gabarito
é questão incorreta.

32 – (CESPE – SUFRAMA – ADMINISTRADOR – 2014) Ao prescrever


aspectos da estrutura, gestão e operação de empresas, o modelo
de excelência da gestão (MEG) estimula as organizações a
observarem necessidades e expectativas das diferentes unidades
organizacionais para melhor elaborar planejamentos estratégicos,
táticos e operacionais.

“Pegadinha” na área! O MEG estimula as organizações a observarem


os desejos e necessidades dos clientes (e não das diferentes unidades
organizacionais). O gabarito é questão errada.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1 – (CESPE – MTE – AUDITOR DO TRABALHO – 2013) Atualmente,


qualidade e requisito essencial para a sobrevivência das organizações em
mercados competitivos, ou seja, tornou-se lugar comum e, justamente por
isso, perdeu seu viés estratégico na administração das organizações.

2 – (CESPE – MPE-PI – TÉCNICO – 2012) A observação direta do produto


ou serviço ao final do processo produtivo, a inspeção com base em
amostras e o surgimento dos departamentos de qualidade são as principais
características da era da qualidade total.

3 - (CESPE – TJ-AC – ANALISTA – 2012) Na era do controle estatístico, a


inspeção um a um de todos os produtos foi realizada no intuito de garantir
excelência na produção.

4 – (CESPE – MPE-PI – TÉCNICO – 2012) O ciclo de Shewhart ou Deming,


clássica ferramenta da escola da qualidade, proporciona ao programa de
qualidade uma metodologia de caráter pontual sobre as atividades de
planejamento, execução, checagem e correção.

5 - (CESPE – MMA – ANALISTA – 2011) O PDCA, também chamado de roda


de Deming, é um ciclo que não para, por se tratar de uma sequência de
atividades que são percorridas de maneira cíclica, para melhorar as
atividades.

6 - (CESPE – CORREIOS – ANALISTA – 2011) O PDCA é uma ferramenta


de qualidade que representa um conjunto de ações de melhoria contínua
nos processos organizacionais.

7 – (CESPE – MPE-PI – TÉCNICO – 2012) Entre os quatorze princípios que


caracterizam a filosofia da qualidade de Deming, encontra-se a eliminação
da administração por objetivos.

8 - (CESPE – TJ-ES – ANALISTA – 2011) Determinado tribunal pretende,


por meio da adoção de práticas de qualidade e produtividade, aperfeiçoar
a maneira como se realizam as atividades em setor onde se observou que
os servidores gastam muito tempo em tarefas menos relevantes para o
público e onde são cometidos erros recorrentes relativos à tramitação de
processos judiciais. O diretor, então, adotou a prática de fixar uma série de

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cartazes que visam estimular os servidores a tomar mais cuidado no que


se refere à expedição e à recepção de documentos e que, além disso,
contêm metas diárias referentes ao encaminhamento de processos para
diversos setores. O gerente de recursos humanos do tribunal, por sua vez,
defende a ideia de que os servidores devem ser treinados continuamente
para utilizarem, de forma adequada, as novas tecnologias empregadas no
setor.
Com base na situação hipotética acima, julgue os itens seguintes.

Ao propor o treinamento contínuo dos servidores, o gerente de recursos


humanos contraria os princípios de Deming.

9 - (CESPE – TJ-ES – ANALISTA – 2011) Entre os denominados 14 pontos


de William Deming, que tiveram influência determinante na escola japonesa
da qualidade, inclui-se a implementação da administração por objetivos.

10 – (CESPE – SUFRAMA – ADMINISTRADOR – 2014) Mesmo em situações


complexas, a probabilidade de os resultados alcançados apresentarem
maior valor agregado é maior nos casos em que a organização adota os
círculos de qualidade e torna o trabalho mais desafiador para as pessoas.

11 – (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – ADMINISTRADOR – 2014) Na qualidade


total, os parâmetros de qualidade de um produto ou serviço são
estabelecidos pelos engenheiros ou gestores envolvidos no processo de
produção.

12 - (CESPE – TJ-AC – ANALISTA – 2012) O departamento de qualidade é


o principal responsável pelo sistema de qualidade de uma organização.
Contudo, isso não exime outros departamentos da instituição da
responsabilidade em relação à qualidade.

13 - (CESPE – EMBASA / ADMINISTRAÇÃO – 2010) O diagrama espinha de


peixe, ou diagrama de Ishikawa, é uma ferramenta da escola da qualidade
que mapeia a correlação entre causas e efeitos de um processo.

14 - (CESPE – ANATEL / TÉCNICO – 2012) Considere que determinada


organização necessite solucionar um tipo de reclamação de usuários
motivada por diversas causas e que, por limitação de recursos, a
organização pretenda solucionar as causas mais relevantes. Nessa
situação, o diagrama de Pareto seria uma ferramenta útil para a priorização
das causas mais relevantes.

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15 - (CESPE – BASA / ADMINISTRAÇÃO – 2010) O diagrama de Pareto pode


ser adotado quando se está diante de problemas e busca-se identificar
quais são os itens responsáveis pela maior parcela deles.

16 - (CESPE – INCA / GESTÃO PÚBLICA – 2010) O diagrama de causa e


efeito, também chamado de diagrama de Ishikawa, busca, a partir de uma
análise gráfica, mostrar as relações entre dois conjuntos de dados
associados que ocorrem aos pares.

17 – (CESPE – MDIC – ANALISTA TÉCNICO – 2014) Uma organização que


fomenta a abertura de canais de comunicação internamente, de modo a
garantir que os colaboradores sigam as mudanças de gosto e atitudes dos
clientes, está de acordo com as bases do controle da qualidade total
proposto por Kaoru Ishikawa.

18 – (CESPE – MDIC – ANALISTA TÉCNICO – 2014) O fluxograma é uma


ferramenta de gestão da qualidade na qual se descreve a análise dos
resultados obtidos durante determinado período.

19 – (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – ADMINISTRADOR – 2014) As


ferramentas empregadas na gestão da qualidade fundamentam-se em
abordagem qualitativa, razão pela qual não existem modelos estatísticos
para auxiliar no controle da qualidade.

20 – (CESPE – MPE-PI – TÉCNICO – 2012) O diagrama de Ishikawa, o


princípio de Pareto e os modelos estatísticos são instrumentos de gestão
utilizados pelo departamento de qualidade, que deve ser o responsável
único pelos programas de qualidade da organização.

21 - (CESPE – MDS – TÉCNICO - 2006) Programas, tais como o


GESPÚBLICA federal, utilizam, hoje, a avaliação de desempenho, a
disseminação e a premiação de boas práticas de gestão como principais
ferramentas de estímulo à melhoria da gestão pública.

22 - (CESPE - TRT-RJ – ANALISTA ADM - 2008) Uma das políticas


formuladas na busca da excelência nos serviços públicos é o Gespública,
elaborado com base na premissa de que a gestão de órgãos e entidades
públicos pode e deve ser excelente, mas não pode ser comparada com
padrões internacionais de qualidade em gestão, devido às especificidades
de cada país.

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23 - (CESPE - TJ-PA / ANALISTA JUD. - 2006) As atribuições do Programa


Nacional de Gestão Pública e Desburocratização não incluem o apoio técnico
aos órgãos e entidades da administração pública na reestruturação
organizacional e de cargos e salários.

24 - (CESPE – ANVISA / ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO - 2004) Programas


de qualidade, como o Programa de Qualidade no Serviço Público, atuam
prioritariamente na melhoria de processos de trabalho, dando menos
ênfase à estruturação e reestruturação organizacional.

25 - (CESPE – INCA / GESTÃO PÚBLICA – 2010) O Programa Nacional de


Desburocratização, instituído na gestão do presidente Figueiredo, e o
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, iniciado em 1990, foram
os alicerces para a criação do Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização, cuja missão é a promoção da excelência da gestão
pública brasileira, mediante a avaliação continuada das práticas de gestão
e dos resultados das organizações.

26 - (CESPE – TRE-ES - ANALISTA – 2011) A adoção do modelo do


GESPÚBLICA assegura a excelência nos serviços públicos, mas não permite
que se realizem avaliações comparativas entre organizações congêneres.

27 - (CESPE – TRE-ES - ANALISTA – 2011) O modelo do GESPÚBLICA não


focaliza resultados, pois a excelência nos serviços públicos, objetivada por
esse modelo, se pauta em critérios como cidadania, estratégia e
responsabilidade socioambiental.

28 - (CESPE – CORREIOS – ANALISTA – 2011) As ações de qualidade


desenvolvidas com o intuito de assegurar a satisfação dos clientes devem-
se limitar aos processos problemáticos das organizações.

29 - (CESPE – MPS – ADMINISTRADOR – 2010) O ambiente no qual estão


inseridas as organizações está em constante mudança, fazendo-se
necessária a observação cautelosa da realidade e a boa adaptabilidade.
Essas são as características centrais da administração da qualidade total,
na qual a flexibilidade organizacional é um ponto essencial.

30 – (CESPE – MTE – AUDITOR DO TRABALHO – 2013) A etapa de


planejamento descrita no ciclo PDCA (plan, do, check, act), que é uma das
ferramentas essenciais para o conceito de aprendizagem do MEG®, destaca

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quatro critérios fundamentais para sua formulação: clientes, sociedade,


liderança e estratégia.

31 – (CESPE – MDIC – ANALISTA TÉCNICO – 2014) No modelo da Fundação


Nacional da Qualidade, os projetos em andamento ou previstos devem ser
descritos no critério denominado projetos.

32 – (CESPE – SUFRAMA – ADMINISTRADOR – 2014) Ao prescrever


aspectos da estrutura, gestão e operação de empresas, o modelo de
excelência da gestão (MEG) estimula as organizações a observarem
necessidades e expectativas das diferentes unidades organizacionais para
melhor elaborar planejamentos estratégicos, táticos e operacionais.

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Gabaritos.
1. E 13. C 25. C
2. E 14. C 26. E
3. E 15. C 27. E
4. E 16. E 28. E
5. C 17. E 29. E
6. C 18. E 30. C
7. C 19. E 31. E
8. E 20. E 32. E
9. E 21. C
10. C 22. E
11. E 23. C
12. C 24. C

Bibliografia
Brasil, M. M. (1997). Programa da qualidade e participação na
administração pública. Caderno MARE n°4, 59.
Crosby, P. B. (1990). Qualidade - falando sério (1° Ed. ed.). (J. C. Santos,
Trad.) São Paulo: McGraw-Hill.
Daft, R. L. (2005). Management. Mason: Thomson.
Dale, B. G. (1999). Managing Quality (3° Ed. ed.). Oxford, UK: Blackwell
Publishers.
Ferreira, A. R. (2009). Modelo de excelência em gestão pública no governo
brasileiro: importência e aplicação. XIV Congreso Internacional del
CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública.
Salvador.
Garvin, D. A. (1988). Managing quality - the strategic and competitive edge
(1° Ed. ed.). New York: The Free Press.
Junior, I. M., Cierco, A. A., Rocha, A. V., Mota, E. B., & Leusin, S. (2008).
Gestão da qualidade (9° Ed. ed.). Rio de Janeiro: FGV.
Ministério do Planejamento, O. e. (2007). Prêmio Nacional de Gestão
Pública - PQGF; Instrução para Avaliação da Gestão Pública. Brasília.
Ministério do Planejamento, O. e. (2008). Prêmio Nacional da Gestão
Pública – PQGF; Instruções para Avaliação da Gestão Pública –
2008/2009. Brasília.

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Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão.


(2009). Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização –
GesPública. Prêmio Nacional da Gestão Pública – PQGF; Instruções
para Avaliação da Gestão Pública - 2010. Brasília: MP; Seges.
Rennó, R. (2013). Administração Geral para Concursos. Rio de Janeiro:
Campus Elsevier.
Sobral, F., & Peci, A. (2008). Administração: teoria e prática no contexto
brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

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