Sie sind auf Seite 1von 4

IESB – Instituto de Educação Superior de Brasília 1

Engenharia de Telecomunicações
Antenas e Propagação
Professor Adriano C. Machado

Tipos de Antenas (Maio 2010)


Carvalho, João L B.
Além de antenas de teto dos automóveis, esse tipo de
Resumo – Texto introdutório sobre antenas eletricamente curtas, antena, mesmo com uma eficiência entre 20% e 50% é muito
ressonantes, de banda larga e de abertura, e as características utilizado em equipamentos portáteis com tecnologia wireless,
individuais de cada tipo. Sem um grande compromisso com a
matemática que envolve essas questões. Procurando outras formas o uso é justificado por suas reduzidas dimensões.
de compreende-las.
B. Antenas Ressonantes
I. INTRODUCÃO
Quando se pensa em algo ressonante logo vem à mente

A proposta deste texto é apresentar de uma forma simples


e acessível antenas eletricamente curtas, antenas
ressonantes, antenas de banda larga e antenas de abertura.
uma taça de cristal que se despedaça com a voz afinada de
um cantor de ópera. Isso por que o cantor produz a
freqüência exata a qual a taça ressona, fazendo com que ela
Destacar suas características quanto ao ganho, impedância de vibre e cada vez mais ganhe energia, até que sua estrutura
entrada, largura de banda, aplicações práticas e seus não suporte tal energia cinética e se quebra.
diagramas típicos de radiação. As antenas ressonantes são como esta taça, elas vibram em
uma estreita faixa de freqüências, recebendo ou irradiando
II. TIPOS DE ANTENAS ondas eletromagnéticas que possuam a mesma freqüência
que a sua freqüência de ressonância. Sem se quebrar é claro!
A. Antenas Eletricamente Curtas As principais características desse tipo de antenas são:
Os conceitos que se encontra para definir uma antena ganho baixo a moderado, impedância de entrada quase real,
eletricamente curta podem ser variados. Como por exemplo: largura de banda muito estreita. Para esse tipo de antena a
l = λ0 , onde o comprimento total da antena é muito menor referência será a antena Yagi-Uda.
O baixo ou moderado ganho dessas antenas são devidos ao
que o comprimento de onda da freqüência central daquela
elemento base para construção delas, o dipolo. Em uma
antena. Porém existe um conceito mais prático e menos
antena Yagi temos três elementos: o elemento excitado ou
subjetivo de determinar uma antena é eletricamente pequena:
alimentado, o(s) refletor(es) e o(s) diretor(es), os refletores e
l ≤ 0,1λ , onde o comprimento total da antena é menor ou diretores são chamados de elementos parasitas, e geram na
igual a um décimo do comprimento de onda da freqüência de antena reatâncias capacitivas e indutivas que nas freqüências
operação da antena. de operação da antena essas grandezas entram em
Em uma antena eletricamente curta encontram-se fatores ressonância e se cancelam, tornando assim a impedância de
como: baixo ganho, baixa resistência de entrada, alta entrada puramente (ou quase) resistiva. O que nos lembra o
reatância de entrada, baixa eficiência de radiação e estreita comportamento de um filtro RLC bastante seletivo.
largura de banda.
Como referência para uma antena eletricamente curta
pode-se usar um dipolo ou monopolo curto.
O monopolo ou dipolo curto é amplamente utilizado em 1
VLF (very low frequency) freqüências muito baixas (3kHz – fr = [ Hz ]
30kHz) e HF (high frequency) alta freqüência (3MHz – 2π LC
30MHz) que compreende ondas de 100km até ondas de 10m
de comprimento. Monopolos curtos da ordem de 0,003λ são
usados em receptores AM de automóveis. Isso justifica a largura de banda tão estreita dessas antenas,
A resistência de entrada desse tipo de antena é baixa, pois se saímos da freqüência de
porém sua reatância capacitiva é bastante alta, usa-se nesse ressonância sua impedância já não será
caso, cargas de topo indutivas para uma “compensação de bem comportada e não somente resistiva.
reativos”, tornando possível o fluxo de cargas nas Esse tipo de antena é bastante encontrado
extremidades da antena, “crescendo” eletricamente a antena. em telefonia celular. Seu diagrama de
Sua largura de banda é estreita devida sua impedância de radiação possui um lóbulo dianteiro não
entrada que varia expressivamente com uma pequena muito largo e poucos lóbulos secundários,
variação de freqüência, já seu diagrama de radiação por fim seu lóbulo traseiro possui uma
omnidirecional pouco varia com a freqüência, tendo assim estreita relação com os elementos
um ganho baixo. parasitas.


IESB – Instituto de Educação Superior de Brasília 2
Engenharia de Telecomunicações
Antenas e Propagação
Professor Adriano C. Machado
pequenas. Já o ganho dessa antena depende do modo de
operação. Quando o comprimento total L da antena é menor
que λ essa antena está operando em modo normal, radiando
de modo semelhante a um monopolo, que resulta em baixa
diretividade e consequentemente baixo ganho. Já quando o
espaçamento entre as aspirais é da ordem de λ e o
comprimento da antena é maior que λ antena helicoidal se
comporta como um conjunto de antenas anel. Seu diagrama
torna-se bastante diretivo com um grande lóbulo no eixo das
suas aspirais, o que aumenta muito seu ganho. Assim
chamado de modo axial.
Antenas helicoidais operando em modo axial são muito
usadas em comunicação ponto-a-ponto como: link de
satélites, mísseis balísticos e sondas espaciais.

1 Antena Yagi CF-814 Fabricante Aquário

3 Antena Helicoidal com Plano de Terra (Balanis – 1939)

2 Elementos da Antena Yagi (Balanis – 1939)

C. Antenas de Banda Larga


Antenas de banda larga são aquelas capazes de manter
suas características (diagrama de radiação, ganho impedância
4Modos de Operação Axial (dir.) e Normal (esq.)
de entrada) constantes em níveis aceitáveis com a variação
da freqüência de operação na ordem de 2:1. Nessas antenas
as ondas não são estacionárias (ou ressonantes) aqui a onda
viaja do alimentador até sua extremidade antes de se
propagar pelo espaço.
Um exemplo de antena de banda larga é a antena
helicoidal, a qual possui dois padrões de operação bastante
interessantes; o modo normal e o modo axial.
Antes de tratar sobre os modos de operação vejamos
algumas características dessas antenas.
Sua impedância de entrada é quase puramente resistiva e
pouquíssima energia volta, pois ela “caminha” pela antena,
suas reatâncias capacitiva e reativa não existem ou são muito
IESB – Instituto de Educação Superior de Brasília 3
Engenharia de Telecomunicações
Antenas e Propagação
Professor Adriano C. Machado

D. Antenas de Abertura
As chamadas antenas de abertura irradiam ondas
eletromagnéticas por uma fenda ou “boca” que pode assumir
geometrias diferentes.
Suas características são: ganho alto e que aumenta com a
freqüência, impedância próxima do real puro e largura de
banda moderada.
As antenas de abertura mais comuns são as antenas
corneta e antenas parabólicas. Uma aplicação comum de uma
antena corneta é na terminação de um guia de onda (GO).
Nesse caso, faz-se uma análise diferenciada das anteriores
em que usou-se distribuição de correntes, agora serão
analisados os campos elétrico e magnético, no guia de onda e
na antena corneta.
r r
Ao observarmos os campos E e H em um GO operando
em modo TE10 veremos que terminando-o em um plano de
terra provoca-se correntes nele fazendo-o comportar-se como
um array de dipolos infinitesimais que irradiam as ondas
vindas do guia. Porém o plano de terra será uma
descontinuidade muito abrupta do GO o que gera ondas
estacionárias resultando em valores altos de SWR. Uma 6 Antena Corneta e suas dimensões
solução é acoplar ao GO algo que altere gradualmente o seu
formato, alcançando uma maior área, crescendo a área
efetiva de irradiação, diminuindo o impacto de uma
terminação abrupta. Essas características acabam por
descrever uma forma de corneta.
Quanto maior for qualquer uma das dimensões do
retângulo que forma a abertura da corneta maior será sua
largura de banda, por isso que são antenas que operam em
altíssimas freqüências (microondas), e quanto maior for sua
profundidade l mais plana será a onda propagada.

7 (a) GO terminado em Plano Terra (b) GO terminado


em Corneta (c) Antena Corneta no foco de uma parábola
(d) Antena Corneta aplicada a uma Antena Lente

5 Campos E e H no interior de um GO. 8 Antena Corneta Experimental para banda KA


(a) vista frontal (b) vista superior (University of California in Davis - UCDavis)
E. Conjunto de Antenas
IESB – Instituto de Educação Superior de Brasília 4
Engenharia de Telecomunicações
Antenas e Propagação
Professor Adriano C. Machado

III. CONCLUSÃO
Observando os tipos de antenas vistos aqui se vê que
apesar de toda fundamentação matemática usada para
chegarem-se as características dessas antenas é possível ter
uma compreensão sobre antenas e seu funcionamento para
cada tipo abordado, observando que são bastante limitados
esses conhecimentos dado a abordagem simplista.

AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Professor Adriano C. Machado por insistir
com muita paciência em despertar os seus alunos de uma
postura apática que estavam tomando em relação às suas
vidas acadêmicas, pelas inúmeras chances dadas para que
concluíssemos esse pequeno trabalho, forçando-nos a buscar
o conhecimento de uma forma mais independente, porém
dirigida.
Agradeço a minha mãe que sempre preocupada com os
meus estudos me deu todas as condições necessárias para que
eu tivesse um ambiente de estudo adequado para o meu bom
desempenho.

REFERÊNCIAS
1) Antônio J. M. Soares e Franklin da C. Silva, Antenas e
Propagação, Dpto. de Eng. Elétrica - UnB, Agosto
2003.
2) F.C.C. de Castro e P.R.G. Franco, Antenas Cap I ao
VII, Dpto. de Eng. Elétrica – PUCRS.
3) W. J. R. Rodrigues, Antenas 1ª Edição, CEFET –
MG, 1982.
4) Antenas Aquário, www.aquario.com.br, 2010.
5) C.A. Balanis, Teoria de Antenas – Análise e Síntese
vol. 1 e 2 3ª ed., LTC, 2009.
6) University of California in Daves,
http://www.ucdavis.edu/index.html, 2010.

Das könnte Ihnen auch gefallen