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XXII EXAME DA ORDEM

2ª FASE DIREITO PENAL

EXERCICIO Nº 03
Bloco 02 - Gabarito
Cronograma do Exercício

Data do pedido pelo Professor em aula 13/04/2017

Entrega pelo aluno 16/04/2017

m
e r as
co
QUESTÃO 1

eH w
o.
João estava desconfiando da fidelidade de sua namorada Maria. Por essa razão, aproveitando-se que a
rs e
moça estava tomando banho, revirou suas gavetas, já que estava visitando sua casa naquele final de
ou urc
semana. Para sua surpresa, encontrou na gaveta uma agenda, na qual a moça confessava a prática de
tráfico de drogas, que teria praticado há dois anos, para pagar sua viagem para o exterior, para um
intercâmbio estudantil. Sentindo-se moralmente traído, João foi até a delegacia, com o diário em suas
o

mãos. O delegado de polícia instaurou inquérito policial e ouviu todas as testemunhas que constavam
aC s

naquele diário. As testemunhas reconheceram que haviam comprado droga de Maria. Um deles, inclusive,
v i y re

apresentou fotografia da festa em que Maria tinha uma banca, na qual vendida cocaína e outras
substâncias entorpecentes. Com base no que foi explicado, responda:
a) a prova utilizada para instauração do inquérito policial é uma prova lícita? Qual o fundamento legal?
ed d

b) as testemunhas que foram ouvidas e a fotografia mencionada são provas lícitas? Qual o fundamento
ar stu

legal?
c) Qual a providência deve ser tomada pelo juiz, diante de uma denúncia oferecida com base apenas
nessas provas?
sh is

Discursiva – Direito Penal


Th

Quesito avaliado Faixa de Atendimento


valores

a) Trata-se de uma prova ilícita 0,00 / 0,40


(0,10), nos termos do artigo 157, do
Código de Processo Penal (0,10).
Evidentemente, a obtenção da
prova (o diário) deu-se mediante
violação à intimidade de Maria

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Exame de Ordem
Damásio Educacional
(0,10), tutelada pelo artigo 5º, inciso
X, da Constituição Federal (0,10).

b) As provas que decorrem de uma 0,00 / 0,35


prova ilícita, também são ilícitas
(0,15). Trata-se do princípio da
ilicitude por derivação (ou teoria dos
frutos da árvore envenenada
- “fruits of the poisonous tree”)

m
e r as
(0,10), previsto no artigo 157, §1º,

co
do CPP. (0,10)

eH w
o.
c) Segundo o artigo 157, “caput”, do 0,00 / 0,50
rs e
CPP (0,10), as provas ilícitas devem
ou urc
ser desentranhadas do processo
(0,10). No caso, ocorrendo o
o

desentranhamento, todas as provas


aC s

nas quais se baseava a denúncia


v i y re

desaparecem, fazendo com que não


mais exista justa causa para a ação
penal (0,10) e, por essa razão, o juiz
ed d

deve rejeitar a denúncia (0,10), por


ar stu

ausência absoluta de provas - falta


de justa causa - nos termos do artigo
395, III, CPP (0,10).
sh is
Th

QUESTÃO 2

Arlete, em estado puerperal, manifesta a intenção de matar o próprio filho recém-nascido. Após receber
a criança no seu quarto para amamentá-la, a criança é levada para o berçário. Durante a noite, Arlete vai
até o berçário, e, após conferir a identificação da criança, a asfixia, causando a sua morte. Na manhã
seguinte, é constatada a morte por asfixia de um recém-nascido, que não era o filho de Arlete.

Arlete, então, é denunciada e pronunciada pelo delito de homicídio.

Em face da situação hipotética narrada, pergunta-se:

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a) Está correta a tipificação de sua conduta? Por quê?

b) Caso a defesa deseje recorrer da pronúncia, qual o recurso a ser manejado?

Discursiva – Direito Penal

Quesito avaliado Faixa de Atendimento


valores

m
e r as
a) Não (0,20), ela deveria responder por infanticídio, tipificado no art. 123 do 0,00 / 0,80

co
eH w
CP, já que houve, no caso, erro quanto à pessoa e, portanto, considera-se
como se tivesse, de fato, asfixiado seu filho (0,40), nos termos do art. 20, §3º,

o.
do CP (0,20).
rs e
ou urc
b) Recurso em Sentido Estrito (0,25), conforme art. 581, IV, do CPP (0,20). 0,00 / 0,45
o
aC s

QUESTÃO 3
v i y re

João é atacado por Caio, que se utiliza de uma faca para tentar matá-lo. Em sua defesa, João consegue
pegar a faca da mão de Caio e desferir um golpe. Ocorre que, neste exato momento, o filho de Caio tinha
ed d
ar stu

aparecido e tentava separar a briga. Por um erro, o golpe, ao invés de acertar Caio, atinge seu filho. João
é acusado de lesão corporal, por ter causado ferimentos no filho de Caio.
sh is

Em face da situação narrada, o que pode ser alegado em defesa de João? Justifique sua resposta.
Th

Discursiva – Direito Penal

Quesito avaliado Faixa de valores Atendimento ao


quesito

A hipótese é de erro na execução (0,30), conforme Art. 73, 0,00 / 0,55


CP (0,25).

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Assim, incide a excludente de ilicitude da legítima defesa 0,00 / 0,70
(0,30), prevista no art. 25, CP ou 23, II, do CP (0,25), ainda
que atingida pessoa diversa do agressor (0,15).

QUESTÃO 4

m
Márcio Santos, brasileiro, casado, economista, foi denunciado perante a 26ª Vara Criminal da Capital, em

e r as
virtude dos fatos seguintes:

co
eH w
Consta dos autos do inquérito policial que o denunciado era funcionário de uma conhecida rede de

o.
drogarias, exercendo a função de coordenador financeiro. Em 01 de agosto de 2014, o denunciado
rs e
falsificou autorização de débito e emissão de TED – Transferências Eletrônicas Disponíveis – da conta
ou urc
corrente n° XXX,, agência YYY, Banco ZZZ, tendo como correntista a respectiva Drogaria, para crédito em
sua própria conta poupança, junto ao banco ZZZ, sob n° WWW, agência KKK, no valor de R$ 25.000,00
o

(vinte e cinco mil reais). Tendo falsificado o documento e a assinatura do gerente financeiro, transmitiu-
aC s

o por fac-simile ao Banco que efetuou a transferência.


v i y re

Consta ainda que em 18 de setembro do mesmo ano, o denunciado, empregando o mesmo expediente,
tentou transferir o valor de R$ 96.000,00 (noventa e seis mil reais), porém, antes da emissão da TED,
ed d

funcionários do Banco ZZZ, entraram em contato com a Drogaria. Nessa oportunidade, o gerente de
ar stu

controladoria negou a regularidade da transação, evitando-se o segundo desfalque. Em seguida a polícia


civil efetuou a prisão em flagrante do denunciado.
sh is

Diante da situação apurada no Inquérito policial Marcio Santos foi denunciado por dois delitos de
estelionato consumados, (art. 171, CP) e ainda por um delito de falsificação de documento particular (art.
Th

298, CP), todos em concurso material.

Em face do caso apresentado, apenas com base nos fatos narrados, indaga-se:

a) Quais as teses defensivas podem ser arguidas em favor de Márcio?

b) Caso tais teses fossem aceitas, seria cabível a suspensão condicional do processo?

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Discursiva – Direito Penal

Quesito avaliado Faixa de valores Atendimento ao


quesito

a) O segundo estelionato está meramente tentado (0,25); 0,00 / 0,75


o crime de falsidade é absorvido pelo estelionato (Súmula
17, STJ) (0,25), deve-se reconhecer a continuidade delitiva
entre os estelionatos (art. 71, CP) (0,25).

m
e r as
b) Mesmo que se considere absorvida a falsidade e a figura 0,00 / 0,50

co
eH w
da continuidade delitiva, ainda assim não seria cabível a
suspensão condicional do processo (súmula 723, STF e 243,

o.
STJ)
rs e
ou urc
o
aC s
v i y re
ed d
ar stu
sh is
Th

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