Não há liberdade e igualdade plenas antes do advento do capitalismo.
Imperativos sistêmicos - pretensões que independem dos sujeitos Os imperativos sistêmicos próprios do capital, vão forçando a dilaceração dos laços formais, como a religião, etc. Por outro lado, é esse mesmo processo que torna real a existência de igualdade e liberdade, como temos hoje. E ainda em contradição, é a partir dele que é possível uma crítica à desigualdade. Ou seja, só é possível criticar a desigualdade quando a igualdade está plenamente posta no mundo, através do capitalismo. A relação equitativa de troca interna à economia, acaba refletindo nas relações extra econômicas, como a relação entre pais e filhos, entre enamorados, etc, que acabam tomando forma equitativa; relações que antes eram muito verticais e desiguais, e nada baseadas em troca de sentimentos, por exemplo, no caso do amor. O fundamento último da propriedade é o trabalho humano materializado nas coisas; você tem porque trabalhou para ter. O capitalismo não se impõe por força, ele se impõe por ser mais racional e eficiente. Se não há produção de mais valor, a sociedade fica estagnada. Mais valor é, justamente, algo relacionado ao tempo de trabalho NÃO PAGO. O direito de propriedade de uma pessoa acaba perdendo o fundamento que lhe faz.. não to entendendo nada. A venda de força de trabalho leva à produção de mais valor. É impossível que o capitalismo não produza desigualdade, por causa de sua forma de funcionamento; expropriação de muitas pessoas. O resultado final acaba sendo desigualdade, poucos possuem muito e muitos possuem pouco. Não é possível uma economia não capitalista dentro do capitalismo. Para o Marx, a única maneira de acabar com o sistema, é o revolucionamento de todo o próprio sistema; é aí que chega-se ao manifesto comunista, a união da classe trabalhadora. A visão do capitalismo e do sistema não pode ser subjetiva - “patrões são malvados”; mas sim, objetiva, se o patrão não consegue manter-se como capitalista, se não explorar mão de obra do trabalhador e formar mais valor. O direito revela muito a expressão objetiva disso, Podemos não querer ser capitalistas, mas não podemos fugir da economia capitalista. O direito é um reflexo dessa não concretização, ou seja, ele assegura direitos que, na verdade, não conseguem ser concretizados. A propriedade, no fim, acaba sendo expressão da expropriação. Ou seja, o fundamento da propriedade acaba se “desfundamentando-se” em si mesmo.