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A taxa de fecundidade total (TFT) da América Latina e Caribe (ALC) caiu de cerca de 6 filhos antes
de 1965, para 2 filhos no quinquênio 2015-20. Ou seja, passou de uma das maiores taxas do
mundo para um fecundidade abaixo do nível de reposição, em pouco mais de 50 anos. No
mesmo período, a transição da fecundidade no Brasil foi ainda mais rápida e profunda, pois
passou de mais de 6 filhos antes de 1965 para 1,7 filho por mulher no quinquênio 2015-20.
As transições da fecundidade na ALC e na Ásia são bem próximas. No caso da Europa, América
do Norte e Oceania a transição começou ainda no século XIX e ocorreu de maneira lenta. A
Oceania mantém taxas de fecundidade acima do nível de reposição, enquanto a América do
Norte e a Europa ficaram abaixo do nível de reposição na década de 1970. Já o continente
africano, que sempre teve taxas de fecundidade mais altas, começou a transição mais tarde e
segue um ritmo mais lento, estando no atual quinquênio com taxa acima de 4 filhos por mulher.
Estas situações ocorrem apesar dos acordos assinados há quase 25 anos pelos países na CIPD do
Cairo, em 1994, visando conceder acesso universal à saúde e aos direitos reprodutivos. Os países
concordaram em dar aos casais os meios para implementar as preferências reprodutivas.
O gráfico abaixo mostra que nos 7 países em destaque (e com disponibilidade de dados) o nível
da fecundidade indesejada é alto em todos os países com destaque para o meio rural. El Salvador
é uma exceção e mesmo apresentando um TFT mais alta do que os demais países, apresentou
um nível de fecundidade indesejada mais baixo.
Referência:
Suzana Cavenaghi. Reproductive health and rights: looking for the means to realize fertility
preferences, Ence/Ibge, UN Population Division, 01 e 02 de novembro de 2018
https://www.un.org/en/development/desa/population/events/expert-
group/28/index.shtml?orgwork