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A busca da maioria dos seres está sempre voltada para a conquista da
Como todo mundo, sempre vivi buscando algo além de mim. Na profissão,
a meta era ir o mais longe possível e angariar novos desafios. A sociedade
dos títulos favorece essa postura.
O olhar divino
Lembro-me de uma ocasião em que estava esgotada mentalmente devido
ao trabalho e com muito mal-estar, gripes e mais gripes, insônia e
inquietação. Fui a um homeopata com uma vertente mais holística e me
lembro das palavras dele até hoje: “Por que você busca tanto o sucesso?
Apenas faça o que precisa e o que você precisa chegará”.
É aí o ponto! Esse olhar que tal médico teve comigo me despertou. Saí de lá
refletindo com minha receita na mão. Na verdade, duas. A que tinha que
mandar fazer e a que precisava praticar.
É o olhar divino que esquecemos: primeiro de nós para nós,
depois de nós para cada irmão ou irmã de jornada e por fim para
o mundo. Esse olhar dá qualidade à existência.
Quando nos esquecemos desse olhar, desse tom suave e doce da vida, nos
esquecemos do nosso propósito maior, que a meu ver é experimentar, é
viver em cooperação mútua, acolhimento, risos e sorrisos.
A busca, afinal
Quando comecei a praticar a meditação raja yoga, estava exaurida. A
maioria de nós acaba por buscar essas práticas quando algo não vai bem
porque acreditamos que precisamos ser salvos, sempre.
Fui aprendendo que além de tudo aquilo que eu exercia existia um ser
original e puro e que eu era esse ser e todo o resto apenas papéis que eu
desempenhava sem muita consciência disso.
Essa redescoberta do eu certamente mudou toda a minha rotina e todas as
minhas práticas cotidianas, começando por ir ao supermercado comprar um
alimento.
Tudo era motivo para meditar: caminhar, ver as cores das frutas, perceber os
pássaros nas árvores, a letra de uma boa música, a mensagem implícita num filme,
um encontro com alguma amiga sempre me trazia uma mensagem para
revolvimento. Tudo virou sala de meditação.
Nessa nova proposta de vida, agora com propósito, fui aprendendo que ser
e ter são coisas bem distintas. Uma vem do eu e a outra do meu. Uma vem
do eco e a outra do ego. É libertador aprender a soltar e sair dessa atitude
de tomada e posse em que a maioria de nós vivemos. Sempre mendigando
algum tipo de amor ou reconhecimento.
Esse movimento todo envolve estar conectado com o Deus que se acredita.
Gosto de me sentar diante de um grande Sol Espiritual e ali receber energia
para fazer emergir o que já tenho de melhor. É um silêncio restaurativo e
uma conexão com uma Frequência Elevada e Pura. Pouco a pouco, com a
prática diária, criamos um doce relacionamento com essa Alma de Luz.
Temos um Amigo, Um Pai, Uma Mãe, Um Irmão, Um Guia… sem
intermediários.
Meditar me colocou imersa num Oceano de Amor e
possibilidades sem que eu precisasse ingressar na mecânica de
que todo dia é dia de lutar. Entendi que todo dia é dia de
desfrutar.
Aprendi que todo dia é dia de viver com a fé natural do ser e uma vida
espiritual nos convida a criar introspecção assertiva e comunicação
amorosa.
Não é preciso fugir ou isolar-se, nem mesmo ser estranho. Somos o que
somos e uma vida espiritual nos pede justamente isso: ser aquilo que
realmente somos para que todos os tesouros encontrados em nós possam
ser doados. Quanto mais doamos, mais ricos somos.