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FUNÇÕES

HARMÔNICAS, PROGRESSÕES HARMÔNICAS E CADÊNCIAS NA MUSICA TONAL

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

CAPLIN, W. Classical Form. Nova York: Oxford University Press. 1998.
GREEN, D. Form in Tonal Music. Fort Worth: Harcourt Brace Jovanovich College Publishers. 1979.
SALZER, F. Structural Hearing: tonal cherence in music. Nova York: Dover, 1962

FUNÇÕES E PROGRESSÕES HARMÔNICAS BÁSICAS
Três Funções tonais principais:

1.  Função Tônica – função central à qual todas as outras estão relacionadas;
2.  Função Dominante – harmonias que contêm a sensível e cujo papel é levar à tônica;
3.  Função Pré-dominante – harmonias que levam à dominante;

1. A função tônica é representada usualmente pela tríade maior ou menor sobre o primeiro grau da escala (T ou t).
Em certas situações pode ser substituída pelo VI se for precedida por um V grau em posição fundamental (cadencia de
engano).

2. A função dominante é exercida principalmente pelo V grau maior, com ou sem sétima menor. Esta função pode ser
representada por outra harmonia que contenha a sensível, a tríade diminuta em 1ª inversão VII6, ou ainda pelo VII7 em
qualquer inversão. Estes acordes sobre o sétimo grau não serão considerados como função dominante se não
progredirem para uma função tônica. (tal como um III grau).

3. A função pré-dominante pode ser representada por diversas harmonias e, segundo Caplim, estão relacionadas a dois
tipos: aquelas construídas sobre o quarto grau da escala e as derivadas da dominante da dominante (V/V). (Caplin,
1979, p.23). As harmonias que representam mais frequentemente a função de pré-dominante são: a supertônica na 1ª
inversão (II6), IV, bII6 (harmonia de sexta napolitana, N6 ), harmonias com o quarto grau cromaticamente elevado (VII7/
V) e V6/5/V. Também são importantes com função pré-dominante os três acordes de sexta aumentada (It, Gr e Fr).

Classificação das Cadências


As cadências se definem pelo tipo de resolução e pela harmonia final A cadência autentica, em que o destino
é a resolução na tônica e a semi-cadência (SC), cujo destino é alcançar a dominante. A cadência autentica
pode ser classificada ainda em perfeita (CAP) quando a dominante e a tônica final estão em posição
fundamental, sendo que a última tem a fundamental dobrada na nota mais aguda do acorde. A cadencia
autentica imperfeita (CAI), por sua vez, apresenta a quinta ou terça na voz mais aguda.
Progressões Harmônicas
As progressões são classificadas em três categorias: 1. prolongacionais; 2.cadenciais; 3.sequenciais.
Estas categorias de progressão possuem papeis específicos.

1. A progressão prolongacional sustenta por algum tempo uma harmonia individual numa determinada
tonalidade. Ocorre quando uma série de acordes se movimenta dentro de uma mesma área ou prolongando a
função principal; Há quatro maneiras de se prolongar uma função:

1.1. uso de nota pedal


A nota do baixo de cada
harmonia subordinada é
substituída pela nota pedal,
reduzindo assim o status
estrutural destas harmonias;

Iped ( V7 IV
è . V ) I
7

1.2. acordes vizinhos


Uma harmonia individual é prolongada
por um ou mais acordes vizinhos quando
a harmonia prolongada permanece na
mesma posição do início ao fim. Neste caso
quase sempre uma nota melódica vizinha
se apresenta em uma ou mais vozes;
I (V) I
1.3. acordes de passagem
Uma dada harmonia é prolongada por um ou mais acordes de passagem
quando a harmonia prolongada muda de posição ao final. Em geral é
possível observar que o linha do baixo passa da fundamental para a terça
da harmonia prolongada;

I (V6/5 ) i6

1.4. acordes substitutos


O acorde original e o substituto mantem duas notas
comuns e deste modo expressam a mesma função
básica;

I6 (VI) II6/5
2. PROGRESSÕES CADENCIAIS
As progressões harmônicas de prolongamento, prolongam uma harmonia individual independentemente da
função tonal. Apenas o processo cadencial pode definir uma tonalidade. Por exemplo: se prolongarmos uma
harmonia de DóM, esta harmonia pode ser entendida ou como tônica ou como uma dominante de FáM, ou, ainda,
uma pré-dominante de SolM. Somente uma progressão cadencial definirá a tonalidade e a função de uma
harmonia prolongada. Nas palavras de Caplin: “uma forte confirmação tonal é alcançada por meio de uma
progressão cadêncial autentica; e uma mais fraca confirmação, por meio de uma progressão semi-
cadencial.” (Caplin,1998, 17). Pode-se acrescentar a cadência autentica imperfeita, como uma cadência fraca.

2.1. Progressão cadencial autentica básica:


Definição: Progressão composta por funções sequenciais de
tônica, de pré-dominante, de dominante e de tônica. Para
uma progressão cadencial suficientemente forte para
confirmar a tonalidade, os dois últimos elementos devem
I6 II6 V 7 I
estar na posição fundamental (V – I).
A função de pré-dominante numa progressão cadencial
autentica é feita na maior parte das vezes sobre o quarto
grau da escala (não necessariamente a subdominante) na
voz do baixo e algumas vezes sobre o segundo ou sexto
graus no baixo. A tônica que inicia a progressão cadencial
em geral surge em primeira inversão (I6) provavelmente
para não antecipar o efeito conclusivo da tônica final na
posição fundamental. I6 IV V I
2.2. Enriquecimentos da harmonia de dominante na progressão cadencial:

As principais ornamentações ou enriquecimentos da dominante são o acréscimo da sétima menor ao acorde


de dominante (V7) e o uso do acorde cadencial 6/4 realizado sobre o quinto grau da escala.

I6 II6 V (6/4 7) I
2.3. Enriquecimentos da harmonia de pré-dominante na progressão cadencial:

Além do II6 e IV, enriquece a harmonia pré-dominante o acorde de sexta napolitana (acorde frígio de sexta, bII6),
usualmente no modo menor. Mais frequente ainda é o uso da nota cromática de passagem no baixo, entre o quarto e
quinto graus da escala, abrindo várias possibilidades de enriquecimento e reforço da função pré-dominante.

bII6 V (6/4 5/3) I

I6 II6 (VII7) V 7 I
2.4. Enriquecimentos da harmonia da tônica inicial na progressão cadencial:

Numa progressão cadencial a tônica inicial


normalmente surge em primeira inversão, mas
algumas vezes na posição fundamental. A tônica
inicial pode ser enriquecida, ainda, em progressões
cadenciais expandidas, principalmente pela
utilização de uma harmonia vizinha como V4/2.
Alterações cromáticas, por sua vez, podem
transformar a tônica inicial em dominante
secundária do IV ou II.

V4/2 I6 II6 V7 I

(V6/5) è IV V7 I
2.5. Progressões cadenciais de engano:
Ocorre quando numa progressão cadencial autentica, a tônica final é substituída por uma harmonia relacionada. Mais comum é quando o
baixo sobe um grau para o grau da submediante (VI). Outras harmonias sobre o sexto grau também podem surgir e mesmo pode ocorrer
um embelezamento ao se utilizar uma dominante secundária para o VI grau. Menos frequente: do V para o I6. Segundo Caplin “uma
dramática progressão de engano pode ser alcançada ao se converter a tônica final numa dominante secundária de IV” (Caplin,98, 29).

II6 V(6/4) (VII7) VI II6 V ↵ (VII6) II6 V (6/4 4/2) I6 II6 V (6/4 7) (V7/IV)
2.6. Progressões semi-cadenciais:

Numa progressão semi-cadencial autentica, o objetivo da harmonia é chegar à dominante, agora dotada de
estabilidade temporária. Para tanto a dominante deve estar em posição fundamental e sem dissonância. Todos os
requisitos para uma cadência autentica completa devem estar presentes, exceto pela ausência da tônica final. Deste
modo estão presentes uma tônica inicial, a pré-dominante e a dominante (na condição de estar presente como tríade
na posição fundamental). Outra condição bastante frequente é que a dominante é alcançada por um movimento
descendente do sexto grau para o quinto.

------- IV6 V ---It6 V I IV6 It6 V


3. PROGRESSÕES SEQUENCIAIS
Segundo Caplin, “progressões sequenciais envolvem harmonias arranjadas num padrão recorrente de intervalos entre
vozes individuais dos acordes” (Caplin, 98, 29). De modo geral as progressões sequenciais exibem pouca ou nenhuma
funcionalidade harmônica entre os acordes que os constituem. Uma progressão sequencial começa por uma função
bem definida na tonalidade, mas os acordes subsequentes são agrupados de acordo com um modelo melódico e
contrapontístico movido sequencialmente por enlaces de fundamentais em quintas, terças ou segundas, ascendentes
e descendentes. O acorde final restaura a funcionalidade da tonalidade inicial ou, no caso das sequencias modulantes,
uma nova tonalidade. São seis categorias de sequencias:

3.1.Quintas descendentes
A mais comum das progressões sequenciais (círculo de 5as) possui acordes com fundamentais
em série descendente de quintas (ou quartas ascendentes). É a mais forte das progressões
sequenciais, pois cada acorde funciona como ‘D’ do outro.
a b

etc.

I (IV VII III VI II V) I I (IV7 VII7 III7 VI7 II7


3.2.Quintas ascendentes
Mais fraca do ponto de vista funcional que a progressão descendente. Inicio mais comum com
harmonia de tônica caminhando para uma pré-dominante, em geral o IV.

I (V II VI ) IV I6

3.3.Terças descendentes
Em a a forma não enriquecida. Em b um exemplo com acordes de passagem que imprimem uma maior funcionalidade harmônica à
progressão.
a b

I (VI IV II VII V III ) I I (V6 VI III6 IV) I6


3.4.Terças ascendentes
A progressão de terça ascendente é menos comum no período clássico. A versão
do exemplo com acordes de passagem é a mais usada.

I (V è III V V
G: I V è III
3.5.Segundas descendentes
a
b
Se os acordes estiverem em posição
fundamental há problemas com 5as paralelas. A
solução é posicionar os acordes na 1ª inv. No
ex. b ocorre o enriquecimento frequente das
suspenções 7-6.
I (VI6 V6 IV6 III6 II6) I6 I (VI6 V6 IV6 III6
a
b

3.5. Segundas ascendentes


Como na progressão desc. ha pouca força
funcional, mas o uso de acordes de passagem
toniciza cada membro da sequencia e cria uma I (VI6 I6 II6 III6 IV6 V6 ) I I (V6/5è II V6/5 èIII V6/5 è IV V6/5è) V
forte tensão harmônica. (ex.b)

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