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Estruturas de Betão

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE LAJES, VIGAS E PILARES

1. VIGAS

Para o pré-dimensionamento de vigas recorre-se em geral a duas condições:


Deformação: imposição de uma relação L/d mínima de forma a evitar deformação excessiva
e a verificar desta forma o estado limite de deformação.
Esforços: determinação aproximada dos esforços actuantes e com base em critérios de
economia estimar as dimensões mínimas necessárias.

1.1. Deformação

A imposição de uma relação L/d é utilizada regulamentarmente como forma simplificada de


verificação ao estado limite de deformação. Os principais parâmetros que influenciam esta verificação
são a classe de resistência de betão, a classe de resistência de aço, as condições de apoio das vigas
(ou lajes), a tensão na armadura e a classe de resistência do betão. Para uma descrição mais
detalhada dos diversos parâmetros deve ser consultado a EN1992-1-1:2004.

L ⎛L⎞
≤ kσ kT k L ⎜ ⎟ (1)
d ⎝ d ⎠ ref

⎧ ⎛ ρ ⎛ ρo ⎞
3/2

⎪ K ⎜11 + 1,5 f ck o + 3, 2 f ck ⎜ − 1⎟ ⎟ , ρ ≤ ρ0
⎛L⎞ ⎪ ⎜ ρ ⎝ ρ ⎠ ⎟
⎜ ⎟ =⎨ ⎝ ⎠ (2)
⎝ d ⎠ref ⎪ ⎛ ρo 1 ρo ⎞
⎪ K ⎜⎜11 + 1,5 f ck + f ck ⎟ , ρ > ρ0
⎩ ⎝ ρ − ρ ' 12 ρ ⎟⎠

Em que ρ = As bd é a armadura de tracção a meio vão (no apoio para consolas), e ρ '= As' bd é

a armadura de compressão na mesma secção, ρ 0 = 10 −3 f ck é uma armadura de referência. A

tensão fck vem expressa em MPa. Os parâmetros k destinam-se a ter em consideração diversos
parâmetros conforme se descreve na Tabela 1. Na mesma tabela apresentam-se valores usuais de
(L/d)ref para aço A500 correspondentes a percentagens de armadura de 1,5% (vigas) e 0,5% (lajes).
Os valores tabelados foram obtidos através de um estudo paramétrico considerando uma armadura
de aço A500, diversos tipos de betão, uma carga quase permanente de 50% da carga utilizada em
estado limite último e satisfazendo o limite regulamentar para a flecha de L/250.

Paulo Cachim (2010)


Estruturas de Betão
A não verificação deste critério não implica que a flecha calculada não satisfaça o limite
regulamentar, mas apenas que a flecha deve ser explicitamente calculada. Um processo de fazer
verificar a flecha, dentro de limites aceitáveis, consiste na utilização de armadura em excesso de
forma a fazer baixar a tensão na armadura. Este excesso de armadura deve depois ser acautelado na
verificação do estado limite último.

Tabela 1. Factores correctores para cálculo de altura útil


Factor corrector para tensão na armadura:

kσ 310 500 As , prov


kσ = =
σs f yk As ,req
Factor corrector para vigas em T:

kT ⎧0,8 b f / bw > 3
kT = ⎨
⎩1,0 b f / bw ≤ 3
Factor corrector para grandes vãos:
⎛ 7,0 ⎞
k L = min⎜ ;1,0 ⎟ , lajes apoiadas em vigas
kL ⎝ L ⎠
⎛ 8,5 ⎞
k L = min⎜ ;1,0 ⎟ , lajes fungiformes
⎝ L ⎠

( L / d )ref
Condições de apoio K A500, C30/37
ρ = 1,5% ρ = 0,5%
Viga ou laje armada numa direcção
1,0 14 20
simplesmente apoiada
K
(L / d )ref Vão extremo de viga contínua ou laje
armada numa direcção ou laje
1,3 18 26
armada em duas direcções contínua
sobre o lado maior
Vão interior de viga contínua, laje
armada numa direcção ou laje 1,5 20 30
armada em duas direcções
Laje fungiforme (vão maior) 1,2 17 24
Consola 0,4 6 8

1.2. Esforços

Para a determinação das acções que actuam nas vigas, pode recorrer-se numa primeira aproximação
ao denominado método das áreas de influência. Este método pressupõe que as acções se
transmitem das lajes para as vigas de acordo com critérios baseados nas condições de apoio (ver
Figura 1). Deste modo, sempre que as condições de apoio são iguais num canto, a distribuição das
carga realiza-se segundo linhas a 45º. Pelo contrário, se as condições de apoio dos bordos da laje
num canto são diferentes (encastramento e simples apoio) então a repartição das cargas far-se-á de
acordo com uma linha que faz um ângulo de 60º com o bordo encastrado. Conhecidos as acções nas
vigas, é possível então proceder a um pré-dimensionamento dos esforços de acordo com o explicado
de seguida.

Paulo Cachim (2010)


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60º 45º

30º 45º
Bordo encastrado

Bordo simplesmente apoiado

Bordo livre

45º 60º

45º 30º

Figura 1. Distribuição das acções das lajes para as vigas.

O cálculo dos esforços em vigas e lajes armadas numa direcção pode ser estimado, para acções
verticais, a partir dos valores indicados na Tabela 2 para estruturas de dois ou mais vãos. As tabelas
apresentadas foram determinadas a partir do regulamento americano ACI318-77:1983 e do
regulamento inglês BS8110:1997 e são válidas nas seguintes condições:
1. O comprimento dos vãos não deve diferir mais de 20%
2. As acções são predominantemente distribuídas
3. A sobrecarga não deve exceder mais de duas vezes o valor da carga permanente
4. Não devem ser efectuadas quaisquer redistribuições de momentos para os valores
apresentados nas tabelas.

O dimensionamento de vigas pode ser obtido a partir do denominado momento reduzido económico e
que corresponde ao ponto a partir do qual se torna necessário colocar armadura de compressão:

M Rd
μ = 0,30 ⇒ d= , (3)
0,30bf cd

obtendo-se assim a altura útil arbitrando uma dimensão para b (ou uma relação entre b e d).

2. LAJES

O pré-dimensionamento das lajes é idêntico ao descrito anteriormente para vigas. A diferença mais
significativa, reside na adopção de um valor do momento reduzido económico inferior ao utilizado
para vigas:

Paulo Cachim (2010)


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mRd
μ = 0,175 ⇒ d= . (4)
0,175 f cd

A utilização deste valor para o momento reduzido implica uma profundidade do eixo neutro igual a
0,25d. De acordo com o EC2 profundidades do eixo neutro inferiores a esta permitem a utilização de
análises plásticas. Podem ser utilizados valores superiores a este para o cálculo de lajes mas nesse
caso a utilização da tabela abaixo deixa de ser válida, devendo ser utilizados os valores indicados
para vigas.

Tabela 2. Valores para o cálculo aproximado de esforços.

V 0,50 0,60 0,60 0,50


Vigas e
lajes
(1) ∞ 11 11 ∞
maciças M (2) 24
14
9
14
24
(3) 16 16
Lajes V 0,45 0,60 0,60 0,45
vigotas M 40 9 16 9 40

V 0,50 0,60 0,55 0,55 0,55


Vigas
(1) ∞ 11
M (2) 24
14
10 15 11 15
(3) 16

Lajes
V 0,40 0,60 0,55 0,55 0,55
maciças M
(1) ∞ 11
12 14 15 14
(2) 24 13
Lajes V 0,45 0,60 0,55 0,55 0,55
vigotas M 40 9 18 10 20 10
Para momentos M = pl2 / k. Para esforço transverso V = k pl.
Sobre os apoios considerar uma média dos vãos
(1) Vão extremo sem continuidade
(2) Vão extremo com continuidade, apoio em viga
(3) Vão extremo com continuidade, apoio em pilar

3. PILARES

O pré-dimensionamento de pilares é em geral realizado utilizando o conceito de áreas de influência.


O valor do esforço axial no pilar pode ser determinado, a partir da área de influência do pilar, Ai, e das
acções verticais de cálculo pEd a partir de

Paulo Cachim (2010)


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N Ed = β Ai pEd . (5)

O valor de β a utilizar depende da localização do pilar relativamente ao contorno do edifício e


pretende ter em conta o efeito dos momentos flectores provocados pelas acções horizontais e pode
ser estimado a partir dos valores da Figura 2.

Figura 2. Valores do coeficiente β.

As áreas de influência podem ser determinadas conforme indicado na Figura 3. O valor de cálculo
das acções é obtido utilizando as combinações para estado limite último. O pré-dimensionamento faz-
se igualando

N Ed ≤ N Rd = Ac f cd + As f yd . (5)

Estimando para As um valor de 1% da área de betão:

As ≈ 0, 01⋅ Ac . (5)

Obtém-se finalmente para uma estimativa da área de betão necessária:

N Ed
Ac = . (5)
f cd + 0, 01 f yd

Paulo Cachim (2010)


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Figura 3. Áreas de influência em pilares.

Paulo Cachim (2010)

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