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1.

Introdução a Como funciona o capitalismo


2. O capitalismo real: a idéia
3. O capitalismo real: a prática
4. A ascensão do capitalismo
5. Economia em expansão
Introdução a Como funciona o capitalismo
Para muitos de nós, o verdadeiro impulso da economia é o saldo da nossa conta bancária,
mas acontecimentos como o fiasco da Enron, a proposta de privatização da Previdência
Social (em inglês) e o desastre do crédito hipotecário de alto risco (em inglês) atraíram o
interesse popular pela economia de um modo que se vê somente no rastro de uma quebra
da bolsa de valores. A economia, e mais especificamente o capitalismo, está cada vez
mais próxima de nós.

Stephen Chernin/Getty Images


Negociantes trabalham no Pregão da Bolsa de Valores de Nova York. Nem mesmo os
Estados Unidos têm uma economia verdadeiramente capitalista.
A essência do capitalismo é a liberdade econômica. Práticas como empréstimos
hipotecários de alto risco e fraudes corporativas são efeitos colaterais de um sistema que
gira em torno do direito que as pessoas têm de alcançar seus objetivos financeiros sem o
envolvimento do governo. Adam Smith, um dos teóricos mais influentes da economia
moderna, responsável pela Teoria do Liberalismo Econômico, pode ter desejado separar a
economia da política, entretanto, a economia está fortemente ligada a idéias que discutem
a posição do indivíduo na sociedade, logo, essa ligação tem muito a ver com política.
Há, na verdade, somente duas abordagens básicas em um sistema econômico moderno
(sem base em permutas), embora possamos encontrar infinitas variações dessas duas
abordagens por todo o mundo. Um tipo de economia é a economia de livre mercado.
Isso é o capitalismo. O outro tipo é a economia planejada, que algumas pessoas chamam
de economia comandada ou economia Marxista.

Comprar, comprar, comprar!


O capitalismo se cria e prospera em uma cultura consumista. Se
ninguém compra os produtos, o sistema quebra. Os efeitos sociais
de uma sociedade que se define pelo que compra ou possui (e não
pelo que cria) podem ser vistos no difundido e astronômico saldo
devedor de um cartão de crédito e, em alguns casos, no
radicalismo para se obter bens materiais.

Ironicamente, em 1904, o economista político alemão Max Weber


ligou o desenvolvimento do capitalismo moderno à elevação da
ética puritana do trabalho, que rejeita abertamente a acumulação
de riquezas. Ele concluiu que o Protestantismo e a ética Puritana
do trabalho abriram caminho para o capitalismo através da busca
da integridade espiritual em todos os setores da vida cotidiana.

Nesse artigo, vamos explorar o capitalismo: suas raízes, seus princípios e efeitos, seus
benefícios e fraquezas. Vamos descobrir como o capitalismo se compara aos métodos
alternativos de se fazer negócios. A propósito, os Estados Unidos não praticam realmente
o capitalismo. Ninguém pratica o capitalismo atualmente.

O capitalismo real: a idéia


Antes da Revolução Industrial (em inglês), países como a Grã-Bretanha e os Estados
Unidos tinham economias verdadeiramente capitalistas. Mas com a industrialização, no
entanto, vieram as empresas exploradoras, os protestos sociais e a conseqüente
intervenção do governo na forma de leis trabalhistas mais justas. Foi aí que o verdadeiro
capitalismo acabou.

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A Revolução Industrial trouxe o fim do verdadeiro capitalismo
Atualmente, as economias das nações normalmente conhecidas como capitalistas são, na
verdade, economias mistas. Elas incorporam certos aspectos do capitalismo e certos
aspectos das economias planejadas. No capitalismo puro, aspectos como leis trabalhistas
infantis, Previdência Social, práticas de contratação anti-discriminatórias e salário mínimo
não têm espaço. O capitalismo rejeita todas as intervenções governamentais em assuntos
econômicos. A base do capitalismo é o individualismo.

O sistema econômico se origina dos ideais humanísticos do Iluminismo europeu do século


18, nos quais cada ser humano é um indivíduo único e valioso. Esse modo de pensar foi
um ponto decisivo. Antes do Iluminismo, os governos não discutiam sobre os direitos
humanos. Porém, nessa visão da humanidade, uma sociedade composta de indivíduos
únicos que buscam os seus interesses pessoais é saudável. Tal sociedade se caracteriza
pelo progresso, pelas riquezas espirituais e mundanas e pela liberdade. Os indivíduos não
são apenas livres para buscar objetivos de interesse próprio; eles devem buscá-los.
É fácil observar como essa mudança na consciência social se tornou a base do
capitalismo. Se o interesse próprio é algo bom e a riqueza pessoal é um objetivo de
interesse pessoal, então, a riqueza pessoal difundida é uma coisa boa. E se o bem-estar
individual leva ao bem-estar social geral, então, a riqueza individual leva à riqueza social
geral.
A visão filosófica acrescentada, que alterou o conceito social do individualismo no conceito
econômico do capitalismo se originou de Adam Smith, no fim do século 16. Seu livro,
"Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações", teve um grande
efeito sobre os princípios econômicos. Antes de Smith, o interesse econômico próprio do
indivíduo era visto como contraproducente ou, no mínimo, não-contribuinte, para o bem-
estar econômico da sociedade como um todo. Smith não concordava com essa crença.
Ele sugeriu dois conceitos que acabaram se tornando a base do capitalismo.
• Devido ao fato de o interesse próprio guiar os fabricantes a criarem exatamente
o que as pessoas querem, a busca pelo ganho pessoal acaba por beneficiar a
sociedade.
• Uma economia tem um projeto natural. Provida de seus próprios artifícios e
separada da política, da religião e de quaisquer outras atividades, ela se auto-
regulará. Desde que ninguém frustre o intento, a economia irá funcionar
eficientemente e todos irão se beneficiar.
A visão geral de Smith é a de que uma "mão invisível" guia a economia através da
combinação do interesse próprio, da propriedade privada e da competição. O fim desse
equilíbrio natural da economia é a riqueza social geral, ou seja, todos se beneficiam.
Como o lucro privado pode levar ao bem público? Na próxima página, aprenderemos
sobre o processo do capitalismo.

O capitalismo real: a prática


No modelo de Smith, há uma ordem econômica natural que produz o bem maior. A
interferência do governo interrompe essa ordem natural. Veja a seguir como funciona esse
modelo.
• Há uma classe proprietária - os meios de produção (capital) são possuídos
apenas por poucas pessoas (capitalistas) que podem pagar por eles. Entre os
meios de produção estão máquinas, fábricas e terras.
• Há uma classe trabalhadora - o povo (trabalhadores) usa o capital para
produzir bens e não tem posse de tal capital. Os capitalistas pagam os
trabalhadores com salários (dinheiro) e não com os produtos que os
trabalhadores produzem. Os trabalhadores usam esse dinheiro para comprar os
bens que quiserem. Dessa maneira, ninguém que adquira bens (o consumidor)
tem qualquer conexão real a tais bens.
• O cálculo racional do lucro orienta a produção - os capitalistas tentam avaliar
o mercado e reajustar a produção adequadamente, de modo a realizar o maior
lucro possível.
• A sociedade é composta de consumidores - devido às pessoas não estarem
ligadas aos bens que produzem, o processo de compra, e não de criação, torna-
se o modo principal de como as pessoas se definem.
• Quanto mais lucro os capitalistas produzem, mais bens são produzidos. Quanto
mais bens os capitalistas produzem, menores os preços desses bens. Quanto
mais baixos os preços dos bens, mais as pessoas podem comprar e mais alto o
padrão de vida em toda a sociedade.
O único papel real do governo no capitalismo é manter a paz e a ordem para que a
economia possa funcionar sem interrupções. Esse sistema econômico de laissez-faire
(anti-interferência) depende de redes de produtores, consumidores e mercados
interconectados e auto-regulatórios que operem segundo os princípios de oferta e
demanda.
Essencialmente, quando mais pessoas querem algo, a oferta diminui e o preço aumenta.
Quando menos pessoas querem algo, a oferta aumenta e o preço diminui. No fim das
contas, tudo é uma questão de alcançar lucro. O lucro resulta da obtenção ou produção de
bens por um preço menor do que o preço de venda. Esse valor principal do capitalismo
vem de uma prática conhecida como mercantilismo.

Na próxima página, veremos de que maneira o capitalismo deve sua existência à


propagação do islamismo do Oriente Médio para a Europa (em inglês).

Terminologia do capitalismo
Capitalismo financeiro - sistema econômico em que o produto é
o dinheiro, e não bens. Os lucros são obtidos por meio da compra
e venda de moedas estrangeiras e produtos financeiros como
ações e títulos.

Economia Marxista (ou economia planejada) - no fim do século


19, Karl Marx propôs um sistema econômico anti-capitalista. Ao
invés da propriedade privada para ganho pessoal, Marx promovia
a propriedade pública para ganho coletivo, ou seja, bens
distribuídos por toda a sociedade com base na necessidade. O
Marxismo é a base dos sistemas econômicos comunistas da
antiga URSS e, até recentemente, da China.

Economia mista - sistema que incorpora componentes do


capitalismo puro e componentes de uma economia planejada.

Capitalismo monopolista - sistema em que os meios de


produção são todos de propriedade privada de enormes
conglomerados empresariais que geram lucros exorbitantes ao
eliminar a competição do mercado livre.

Capitalismo puro (consulte também economia laissez-faire,


economia de mercado ou livre mercado) - sistema no qual o
governo não interfere. O sistema funciona segundo o princípio de
um livre mercado, no qual todas as transações financeiras são
controladas por produtores privados e por consumidores. Por meio
da propriedade privada, da competição e do interesse próprio, a
economia atinge um equilíbrio natural e mantém o bem econômico
geral.

Capitalismo de Estado - sistema econômico no qual os meios de


produção são de propriedade privada, mas no qual o Estado
controla o mercado em vários níveis.

A ascensão do capitalismo
Ao contrário do capitalismo, que gira ao redor da produção, o mercantilismo gira ao redor
do comércio. O núcleo do mercantilismo é a simples prática de vender algo por um preço
maior do que você pagou. Ele é baseado no conceito de lucro e se originou da mobilidade
do homem.

MPI/Getty Images
O mercador veneziano Marco Polo (em inglês) viajou pela Rota da Seda até a China. O
mercantilismo substituiu gradualmente os sistemas de troca locais.
O mercantilismo prosperou nas sociedades bem organizadas da Roma antiga (em inglês)
e do Oriente Médio. Enquanto a maioria do mundo ainda trabalhava segundo o sistema
de troca local de bens, os comerciantes dessas culturas levavam os bens de um lugar
para o outro, o que possibilitava que eles lucrassem.
Se algo como cerâmica ou trigo fosse abundante em um local, mas escasso em uma
cidade distante, os comerciantes levavam esses bens para as cidades onde poderiam
obter um preço mais alto. Esse tipo de mobilidade econômica era possível devido à paz e
à ordem relativas dessas sociedades bem desenvolvidas.
No século 5, o declínio do Império Romano também significou o declínio do mercantilismo
na Europa. Porém, o mercantilismo continuou a prosperar em toda a Arábia. Os árabes,
que eram predominantemente islâmicos, estavam perfeitamente localizados para obter
lucro conforme os bens eram transportados pelas rotas de comércio do Oriente Médio
entre o Egito (em inglês), a Pérsia (em inglês) e, posteriormente, pelos Impérios Romano e
Otomano (em inglês). A rápida expansão do islamismo nos anos 700 levou a prática do
mercantilismo à África, à Ásia e para partes do sul da Europa. A partir da Espanha (em
inglês) e de Portugal (em inglês), o mercantilismo se espalhou para o resto da Europa, que
retomou seu sistema econômico mercantil por volta do século 14. Durante os 500 anos
seguintes, o mercantilismo se tornou o que hoje chamamos de capitalismo.

Mais informações
• Em um sistema econômico capitalista, o proprietário
da produção é o indivíduo e os benfeitores da produção
são, primeiramente, o indivíduo e, em seguida, a
sociedade.
• Em um sistema econômico socialista ou comunista
(em inglês), o proprietário da produção é o Estado ou a
sociedade e o benfeitor é a sociedade.
• Em um sistema econômico fascista, o proprietário da
produção é o Estado, e os benfeitores da produção são,
primeiramente, o Estado e, em seguida, a sociedade.

Por volta do século 19, o capitalismo era o sistema econômico dominante na maioria das
nações estabelecidas do mundo. Logo após o capitalismo ter se tornado o sistema
econômico mais popular, ele também se tornou um dos mais desprezados.

Na próxima seção, discutiremos por que esse princípio econômico desperta opiniões tão
veementes.

Economia em expansão
O capitalismo vai claramente além da economia. É impossível discutir o capitalismo sem
discutir opiniões políticas e sociais. O capitalismo é fundamentado em opiniões sobre os
direitos individuais, a liberdade e a natureza humana. No capitalismo teórico, o mundo gira
em torno do indivíduo. O indivíduo é inerentemente bom e o interesse próprio do indivíduo
beneficia a sociedade como um todo.

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Em 1975, uma capa da Time Magazine refletia sobre o futuro do capitalismo
No entanto, o que acontece na prática real do capitalismo às vezes é bem diferente. Com
o estabelecimento de uma classe proprietária e de uma classe trabalhadora, a distribuição
da riqueza se torna extremamente desigual. Quando o trabalhador depende de capitalistas
para seu sustento, a desconfiança, raiva e o mal-estar podem se desenvolver. Essas
verdades básicas levaram ao fim do capitalismo puro ao redor do mundo. O que hoje
chamamos de capitalismo é, na verdade, uma economia mista. A exclusão do governo da
economia simplesmente não funcionou.
A partir do início do século 20, os governos começaram a intervir para proteger a classe
trabalhadora da classe proprietária. Nos Estados Unidos, o Congresso aprovou leis que
tornavam ilegal o trabalho infantil, reduziam a duração do dia útil e baniam os monopólios.
Para alguns, as leis antitruste (em inglês) dos anos 20 pareciam ir contra os valores do
capitalismo, o que em parte era verdade. No entanto, a competição também é crucial para
a auto-regulação necessária ao capitalismo. Os monopólios eliminam a competição, o que
significa que a economia não se encontra mais em seu estado natural.
A quebra da bolsa de valores e a Grande Depressão subseqüente trouxeram mais
mudanças. O New Deal da administração de Franklin Roosevelt criou empregos e
despejou dinheiro do governo na economia para tentar acabar com a depressão. O
Congresso aprovou a Lei da Previdência Social (em inglês), que eliminava o controle
completo do trabalhador sobre o seu salário. A retenção obrigatória do pagamento era feita
para proteger os trabalhadores dos altos e baixos naturais do capitalismo. O seguro-
desemprego obrigatório também fazia o mesmo.
Nos anos 30, o Economista britânico John Maynard Keynes publicou uma nova opinião
sobre o capitalismo. Keynes acreditava que a intervenção do governo poderia ajudar a
estabilizar uma economia capitalista. Ao variar os impostos e gastos e manipular as taxas
de juros, o governo pode manter o nível de oferta de dinheiro e proteger a economia dos
períodos de "alta e de baixa" inerentes ao sistema capitalista.
As teorias econômicas de Keynes contribuíram para que o Congresso dos Estados Unidos
aprovasse a Lei do Emprego de 1946, que colocava a responsabilidade da estabilidade
econômica diretamente nas mãos do governo federal. Com isso, a economia laissez-faire
estava oficialmente morta nos Estados Unidos.
Ninguém sabe o que futuro reserva para a economia em expansão. O "mercado" agora é o
mundo todo. A China, que foi o último grande país a manter um sistema econômico
Marxista, introduziu nas últimas décadas elementos do capitalismo à sua economia, a fim
de se unir ao mercado mundial. Tradicionalmente, os países capitalistas como a Grã-
Bretanha, o Canadá e os Estados Unidos introduziram restrições sobre as atividades
econômicas, a fim de promover o bem social geral.
A necessidade de cuidados com saúde universal nos Estados Unidos sugere uma
oscilação adicional em relação ao ponto de vista econômico do socialismo de que o
interesse próprio individual não necessariamente leva ao bem-estar social geral. Sem
economias puramente capitalistas ou puramente planejadas entre os maiores participantes
financeiros do mundo e com a expansão de acordos comerciais de longo alcance, o futuro
da economia parece apontar para um mercado amplo que, pelo menos economicamente,
apaga as fronteiras nacionais e conecta o mundo por meio da mobilidade financeira.
Para aprender mais sobre o capitalismo e outros sistemas econômicos, consulte os links
na próxima página.

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