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Aforismo issenfático 01/19: A geometria da vida

Agredeço a mãe filosofia por não me tornar um filósofo no sentido real do conceito, porém sou
issenfático com visões mítica, filosófica, religiosa e científica sobre a vida. Pois, a filosofia
ensinou-me a aceitar com sinceridade e, sobretudo a refutar de forma selvagem, contudo não
costumo refutar sentimentos, porque penso que refutar um sentimento é acto de baixária e
bruxária simultânea, ou seja, tem alguma coisa malígna a possuir o ser que refuta um sentimento.
No sentido próprio, gosto desta ideia porque na diversidade das ervas a pessoa deve ter a
capacidade de discernir a limba da quizaca, a primeira é ópio e a segunda bem tratada dá para
comer com uma boa funjada.

Mais uma semana, o elemento masculino “animus” e o elemento feminino “anima” que habita
em todos mortais racionais continuam a fecundar a minha e a tua existência somática, psíquica e
espiritual, ora, é concreta a nossa ternura e vigor em superar obstâculos e em concretizar os
nossos sonhos. Isso lembra-me e deve nos fazer lembrar que não passamos de simples humanos,
pois viemos de uma terra virgem, ruiva que ganhou formato Graças a Bondade de uma
Divindade, mas voltaremos numa terra trespassada através dum processo em que os vermes vão
dissipar a nossa estética somática, melhor dizendo, a nossa parte física não passa de vermes
alinhados que se auto-consomem depois de cessar todo processo vital.

Grosso modo, refletir sobre a vida permite evitar duas frases comuns que são muitas vezes ditas
com palavras e outras vezes com acções: 1. “vamos que vamos” e 2. “deixa a vida me levar”. A
primeira frase corresponde a uma atitude irrefletida, equivale realizar uma acção não planificada
ou projectada sem medir as suas consequências, na realidade penso que essa frase é o lema dos
nossos irmãos os “irracionais”, ou melhor, presumo que nem eles fazem isso. A segunda frase
remete-me a geometria, pois viver geometricamente é um segmento de recta , cujo ponto A
chama-se nascer e o ponto B morrer. Todavia, a construção de um segmento de recta exige
alguns instrumentos: a régua para medir, a borracha para apagar os possíveis erros, um suporte
para representar a mesma linha. Outrossim, o segmento de recta é traçado por um Artífice, por
um Génio, ou seja, por um Ser LIVRE. Vejamos agora a “pergunta questionante”, será que devo
deixar a vida me levar, tal como defendeu em verso o poeta-cantor Zeca Pagodinho?

De modo explicito, a régua serve para medir a brevidade ou a longevidade da nossa vida, isto
significa que se o Artífice medir um segmento com 50 cm, teremos 50 anos para viver uma vida
banal, fútil ou para vivermos uma vida eticamente significante, responsável e coerente; a
borracha serve para apagar, isto é, as vezes o artífice resolve ampliar ou dimininuir um
segmento; para o segmento ampliado o indivíduo fica temporariamente doente ou fica com uma
doença crónica, mas vive até ao novo limite traçado e para o segmento diminuido o indivíduo
imediatamente morre; demais o suporte onde é traçado esta linha é nosso corpo (soma) e o
mundo. De modo genérico, o segmento de recta pode ser representado em três posições: vertical,
horizontal e oblíqua, neste caso, a quem vive verticalmente, esses costumam a eliminar as
calorias psíquicas para não ficarem obesos na mente, esses sofrem, lutam e torna-se
herculanamente vencedores, a que vive horizontalmente, esses caiem e não se levantam mais, e
ainda a quem tem uma vida oblíqua que vive interdiariamente entre a verticalidade e a
horizontalidade, ou seja, estão num constante movimento chamado “Bela”. Desta feita, a vida
não pode me levar porque o Artífice concedeu-me o livre-arbítrio, a capacidade de estar na
verticalidade, na horizontalidade ou na obliquidade segundo a minha decisão pessoal e a teoria
de vida contemplativa e prática que abraço, ou seja, a partir do cm ou anos ditado pelo Artífice
posso traçar o meu segmento de vida na posição desejada, com isso não devemos nos contentar
com a posição natural, aliás, temos régua, borracha e liberdade, isso basta para fazer história..

A conclusão desta reflexão issenfática está na parte conclusiva do livro “Valores de uma prática
militante” de Leonardo Boff, Frei Betto e Ademar Bogo. Página 77.

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