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Pedro Tarsier
Louvor e Adoração
Levitas na Bíblia:
o Ministério Levítico
na prática hoje
Levi foi o terceiro filho de Jacó e Lia (Gn 29:34: primeiro Rubem, depois Simeão [ARA93]) e sua tribo foi
eleita por Deus para ocupar-se das questões de culto em Israel. Levi viveu 137 anos. Moisés e Arão
eram descendentes da tribo de Levi (Ex 2:1, 4:14, 6:16-27). A tribo de Levi foi separada por Deus das
outras e designada com a responsabilidade de conduzir os sacrifícios (Arão e seus filhos – Nm 3:10) e
de desmanchar, transportar e erigir o Tabernáculo, durante o tempo da peregrinação (Nm 1:47-54)
[SPS13].
Os levitas não possuíam herança na terra: nenhuma porção da Terra Prometida lhes coube por sorte
para seu uso exclusivo (Nm 18:23-24; Dt 12:12). Eles eram sustentados pelos dízimos do povo,
enquanto que os sacerdotes recebiam as porções das ofertas não consumidas pelos sacrifícios: os
primogênitos do rebanho bovino e ovino, e o dízimo levítico (Nm 18:21; Dt 18:1-4).
Os levitas tinham permissão para residir em quarenta e oito cidades separadas para seu uso (Nm 35:6-
7; Js 21:1ss). Cercando cada uma destas cidades era assinalada uma área de pastagem que estava
reservada para os levitas (Lv 25:32-34). O livro de Deuteronômio dá grande ênfase na responsabilidade
dos israelitas para com os filhos de Levi (Dt 12:12, 18-19; 14:28-29).
A referência “levitas sacerdotes” (Dt 17:9, 18; 18:1; 24:8; 27:9; Js 3:3; 8:33) registra: ainda que o ofício
sacerdotal fosse desempenhado pela família de Arão, este era, antes de qualquer coisa, levita. A estes,
a lei atribuía numerosos deveres em adição ao cuidado do santuário: servir como juízes (Dt 17:8-9);
regular o controle dos leprosos (Dt 24:8); guardar o livro da lei (Dt 17:18).
Como os levitas tinham o propósito de servir aos sacerdotes no Tabernáculo, não eram contados em
censo, pois dependiam do dízimo [levítico] do povo e de outras tribos para sobreviverem.
Cada uma das três famílias de Levi tinha deveres especiais. A divisão de tarefas está detalhada em Nm
3 e 4 na guarda de utensílios.
► Os filhos de Coate – coatitas - (que em Nm 4:36 somavam 2.750 homens de idade entre 30 e 50
anos) estavam incumbidos de transportar os móveis, mas somente depois que os móveis fossem
cuidadosamente cobertos pelos sacerdotes.
► Os filhos de Gérson – gersonitas - (2.630, segundo Nm 4:40) cuidavam das cobertas, cortinas e
véus.
► Os filhos de Merari – meraritas - (3.200, segundo Nm 4:44) tinham a tarefa de transportar e erguer a
armação do Tabernáculo e de seu átrio.
Nos livros de Crônicas há diversos detalhes do Ministério Levítico (1Cr 6:1ss). Neste capítulo há um
destaque para os cantores levíticos - Hemã, Asafe e Etã - bem como seus respectivos filhos,
encarregados por Davi da música do templo (1Cr 6:31; 15:16). Há referências ao trabalho levítico
também nos capítulos 9 (1Cr 9:17-18 porteiros), 15 e 23 (1Cr 23:3-4 Oficiais e Juízes) de 1 Crônicas e
em 2 Crônicas os capítulos 5 a 8; 17; 23 (2Cr 23:7 guardas), 24; 29 e 34 (2Cr 34:13 escribas,
governador) e 35. Encontramos relação entre o ofício levítico e o ofício profético. Jaaziel, um levita dos
filhos de Asafe, profetizou a vitória de Josafá (2Cr 20:14-15). Jedutum, o levita, é chamado de vidente
do rei (2Cr 35:15).
O profeta Jeremias descreve uma nova aliança que o Senhor iria fazer, a partir de um “Renovo de
justiça” que brotaria da descendência de Davi (Jr 33:15). No verso 18, o profeta acrescenta: “nem aos
sacerdotes levitas faltará homem diante de mim, para que ofereça holocausto, queime oferta de
manjares e faça sacrifício todos os dias.”. O profeta Ezequiel descreve uma aguda separação entre os
sacerdotes levíticos, a quem denomina filhos de Zadoque, e os levitas infiéis (Ez 40:46; 43:19). Os
filhos de Zadoque são os sacerdotes levitas que permaneceram fiéis a Deus (Ez 44:15 e 48:11). Os
levitas infiéis são denunciados como idólatras e, face sua infidelidade, não poderiam mais se aproximar
do altar, nem manusear as coisas sagradas (Ez 44:10-14).
No livro de Esdras encontramos diversas referências aos levitas. Eles desempenharam uma parte
proeminente no lançamento dos alicerces do novo templo (Ed 3:8ss) e quando da dedicação do mesmo
(Ed 6:16ss). O mesmo Esdras primou por coibir o casamento com estrangeiros, engano no qual
sacerdotes e levitas também vinham incorrendo (Ed 9:1ss; 10:5ss).
Todo levita precisa conhecer o seu ministério, pois foi para isso que ele foi chamado. Quando
entendemos quem somos no reino do espírito, exercemos autoridade profética.
No livro de Levítico da Bíblia Sagrada, terceiro livro do Pentateuco, está a visão vétero-testamentária
para o Ministério Levítico, contendo os seus costumes e afazeres antes da graça de Deus.
Por fim, já no Novo Testamento, o livro de Hebreus reinterpreta o Ministério Levítico, onde é encontrado
respaldo e confirmação do livro de Levítico.
Comumente nos dias de hoje, é chamado de “levita” os ministros de louvor e músicos evangélicos. Mas
não se resume apenas a essas funções. A visão bíblica sobre as funções dos levitas é bem maior, tal
como exposto no item 1.2 – Funções dos Levitas.
No Novo Testamento não temos referência a ministros de louvor nem a instrumentistas na igreja, mas
sim a uma única referência a “levita” em Atos 4:36 “José, a quem os apóstolos deram o sobrenome
de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre,” [ARA93]. Jesus disse que o
Pai procura adoradores (João 4:24). O ensino apostólico, por sua vez, incentiva todos os cristãos a
prestarem culto ao Senhor, com salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef 5:18-20; Cl 3:16). Então, de
onde então vem o conceito de “levita”?
LEVI, do Hebraico LÊWI, ligado à raiz IÃWÂ significa JUNTAR, ou ainda HILLAWEH que significa UNIR.
O nome HILLAWEH (LEVÍ) é da mesma família onomatopaica da palavra HALELUIA [MSA12].
O nome daquele de onde se originou a tribo dos levitas significa unir. Percebe-se agora que essa união
referida pelo texto acima se trata da união do esposo com a esposa. Teologicamente falando, podemos
concluir que os levitas têm a responsabilidade de unir a Esposa (Igreja) ao esposo (Deus). A
pergunta que surge neste momento a todos os levitas é: Eu estou usando o dom de Deus para unir o
que? Sim, porque há muitos que perderam a visão e estão usando seus dons e talentos para seus
próprios prazeres em vez de atraírem a presença de Deus para a Igreja. Estão se ofertando como
artistas, como “showman”s. Ainda, estão querendo atrair toda a atenção dos ouvintes para si. Alguns
com suas vidas deformadas estão atraindo mais maldição ao invés de bênçãos, bem como carnalmente
disputando com outros levitas. O subproduto é a divisão entre músicos e cantores, por conseguinte da
própria Igreja. Aí está a prova de que não entendem nada sobre o Ministério Levítico.
Os filhos de Israel sabiam quando era a hora de sair para sua jornada através do deserto, pois havia
uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo de noite para guiá-los. Os Levitas
desmontavam e transportavam o Tabernáculo, montando-o novamente no lugar indicado pela nuvem.
Quando o Tabernáculo era edificado no novo local, Deus indicava o lugar que cada tribo deveria ocupar
ao seu redor (Nm 2:1-34).
Um equívoco teratológico é imaginar que o simples fato de cantar bem, com qualidade e até conseguir
emocionar pessoas é o bastante, ou que esta seja a missão do levita. As responsabilidades do Levita
são muito grandes e extremamente sérias. Antes, deve responder a um chamado de Deus.
b. Quando é convocado pelo líder – Notória e paciente observância a sua escala. Estar sempre pronto
a servir na casa do Senhor, designado em função pela liderança da Igreja. Se ocioso, em oração e
em jejum, aperfeiçoando-se no seu trabalho, como um exemplar cristão.
c. Quando for convocado pela comunidade - O levita para estar entre qualquer grupo comunitário
precisa de duas bênçãos específicas: a benção de Deus e a benção do seu líder. Todas as
pessoas que procuram a rota do seu coração se perdem e tornam-se pessoas desorientadas
(começaram sem o apoio da Igreja, mas com o apoio do mundo). E os que dançavam, cantavam e
serviam na casa do Senhor, onde estão agora?
i. Um filho de Deus não deve ter medo do Diabo e dos demônios (2Tm 1:7).
ii. É preciso confiar que o nosso Deus é por nós! Ele prometeu estar conosco (Mt 28:20) e se
coloca como nosso intercessor (Jo 17:15).
iii. Não esqueça de que Satanás é um ser limitado: não é onipotente, onisciente e nem
onipresente. Maior, infinitamente maior, é o nosso Senhor! (1Jo 4:4).
iv. Dependa de Deus em oração. Ore para que Deus o livre do Maligno (Mt 6:13 e Ef 6:18).
v. Seja sempre vigilante e sóbrio (1Pe 5:8).
vi. Não fale do Diabo com desdém ou provocação (Jd 9).
vii. Confie que Deus é fiel em nos guardar do Maligno (2Ts 3:3).
viii. Revista-se de toda a armadura de Deus (Ef 6:10-18).
ix. Acostume-se a usar da autoridade do nome de Jesus (At 3:16 e 16:18).
► Não estabelecer planos baseados em nossa lógica (Lc 9:12; 1Co 1:25).
► Jamais falar de Deus sem antes ouvi-lo (Lc 9:33-35).
► Não deixar-se dominar pelas fraquezas da carne (Lc 9:28-36; Gl 5:16ss).
► Querer ser o maior sem passar pela prova do serviço (Lc 9:46).
a) ÁTRIO: parte mais externa do Tabernáculo onde o cristão está sujeito às intempéries, chuvas,
ventos, sol. Quem está no átrio, ainda não experimentou plenamente a presença de Deus.
Porta: Salvação, Jesus: o único caminho para chegarmos a presença de Deus em plena comunhão
Jo 10:9.
Altar do Holocausto: Local de morte, onde nossa carne morre (desejos, convicções, expectativas)
Ex 29:18, para podermos viver uma nova vida com Deus.
Bacia de Bronze: Batismo, onde todos os pecados são lavados publicamente e somos integrados a
uma nova realidade. Simboliza nossa morte e ressurreição com Cristo Rm 6:4.
b) SANTO LUGAR: parte um pouco mais interna do Tabernáculo. Representa nossa alma, ali
adentramos na presença de Deus: todos utensílios são de ouro representando a divindade de Deus.
Mesa dos pães: O pão é alimento dado por Deus, a palavra de Deus, e o próprio Jesus Jo 6:35 . Os
pães em doze fileiras, as doze tribos de Israel de onde viria o verdadeiro pão que alimenta – Jesus.
Candelabro (Menorá): Era de ouro e alimentado por óleo iluminando o local. Representa a presença
do Espírito Santo em nossas vidas com a unção de Deus sobre nós, revelando a Palavra que ilumina
nossas vidas.
Altar do Incenso: Ap 5:7-8. Representa nossas orações. Quando estamos no Santo Lugar oramos
segundo a vontade do Espírito e não mais para nos satisfazer e sim ao Pai.
c) VÉU: Já não existe mais em nossas vidas, temos livre acesso ao Pai por meio da Oração e de Jesus
Mc 15:38.
d) SANTO DOS SANTOS: É o lugar mais interno do Tabernáculo, onde existe somente a Arca da
Aliança e a presença de Deus.
Arca da aliança: utensílio mais precioso do Tabernáculo: sobre ela Deus se manifestava, e vinha
falar com o povo através do sacerdote (propiciação).
Tampa: expiação dos pecados, hoje é Jesus, que redimiu nossos pecados para sempre.
Thorá: palavra deixada por Deus para que nós o conhecêssemos.
Maná: Alimento diário vindo dos céus.
Bordão de Arão: autoridade concedida a alguém. Representa a autoridade dada a nós para que
todos saibam que o nosso ministério foi dado por Deus. Nm: 1 a 5. A maturidade Cristã se dá no
Santo dos Santos onde desfrutamos da presença de Deus! Como atingir essa maturidade está
descrita em Rm 12:1-2.
Isto posto, sim, pode-se usar o termo “levita” para quem não é da tribo de Levi. O levita do Velho
testamento nada mais é do que a figura do servo do Novo Testamento, que se consagra e assume a
posição então de “levita” para trabalhar e conduzir o “Tabernáculo do Senhor” hoje.
Mas, será que a nossa dedicação ao Ministério Levítico também não conta!? Será que o nosso
esforço de melhorar cada vez mais através do estudo da Palavra, ao que conta no crescimento
espiritual, como também no estudo técnico para um melhor conhecimento e domínio daquilo que temos
em nossas mãos, não conta para darmos o melhor de nós a Deus!? Diante de tal pergunta, será
mostrado um pouco da necessidade de se estudar os padrões técnicos no Ministério Levítico, em
específico no Ministério de Louvor e Adoração [KED13].
Você já imaginou cantarem músicas de Louvor e Adoração sem ter sido feito um prévio ensaio, sem ter
sido preparado uma harmonia, sempre tocando aquele “feijão com arroz” como determinados
“Ministérios” de Música de algumas igrejas fazem? Será que Deus se agrada disso?
Aos chamados pelo Senhor a algum Ministério Levítico, deve-se ter em mente três coisas importantes:
1. Deus nos chamou e devemos dedicar tempo ao Ministério Levítico a que fomos
chamados: nesse tempo, além de orarmos para pedirmos que Deus nos dirija através do Espírito
Santo, devemos também dedicarmos tempo para o estudo. Nesse período devemos ter acima de
tudo disciplina que é a essência do aprendizado para depois termos decisão naquilo que faremos
durante o Louvor.
2. Devemos nos dedicar cada vez mais através de treinamento para podermos levar ao
Senhor o melhor que podemos dar através daquilo que cantamos ou tocamos [ou fazemos
designados pela liderança da Igreja]. Os ensaios também são importantes: devemos ensaiar
exaustivamente até termos a música exatamente como ela é [ou da proficiência do serviço]!
Vê-se no livro de Crônicas que os levitas representavam os músicos (1Cr 15:22; 16:4-5) [dentre outras
funções] e que eram escolhidos por Deus pela sua habilidade (1Cr 15:16-19) e consagrados, isto é,
viviam exclusivamente para levar o povo de Deus em adoração. Isto nos leva a termos consciência do
nosso chamado como verdadeiros adoradores, sermos cheios do Espírito Santo e sermos
comprometidos com a Igreja local e a sua missão. Todo este comprometimento com a obra nos leva a
sermos mestres, ou seja, que tudo aquilo que aprendemos devemos passar aos futuros Ministros. Por
fim, levantamos discípulos para que a obra do Senhor não pare na Igreja devido à nossa falta de
conhecimento, ou por sermos relapsos com o Ministério Levítico. O Senhor mesmo disse “levantai
discípulos”. Mas para isso devemos ter total consagração ao Ministério Levítico e ao Senhor. Lembre-
se: quando levantamos discípulos traremos unção dobrada à Igreja.
Foi apresentado aqui, de maneira prática, um pouco daquilo que os levitas das Igrejas passam.
Uma pessoa certa vez disse que a técnica é como um copo d’água e a unção a água. Bem, se o copo
for pequeno, a unção será pouca. Mas se o copo for maior, a unção também será maior. Assim, quanto
maior for o copo, maior e mais cheia da unção ele ficará.
Por isso irmão, lembre-se: Deus usará você com aquilo que você tem. Se você não procurar aumentar o
que você tem, de nada adiantará. Você será substituído por outro que esteja mais preparado. Mas, o
Senhor é fiel àquele que se dedica à sua obra. Por isso, seja um “levita” legítimo e seja substituído não
pelo seu relapso, mas sim por ter levantado discípulos com unção dobrada dentro da Igreja a qual
congrega e o seu galardão no céu será grandioso na presença do Senhor.
Como filhos de Deus precisamos tomar posse das armas espirituais e vencer os gigantes que tentam
nos derrubar. Esses gigantes podem ser na área das emoções, da vontade, na alma, no sentimento.
Como guerreiros, precisamos identificar esses gigantes e vencê-los.
Davi teve várias vitórias, porém o seu sucesso dependeu do sujeitar-se a Deus. Ele buscava o Senhor
para tomar decisões. Todas as vezes que pedimos orientação de Deus para a nossa vida, não andamos
trôpegos e mancos. A vontade de Deus sempre é a melhor para nós. Cada vez que o levita enfrenta
uma batalha é a oportunidade de conquistar um novo território.
É uma comunidade que tem o mesmo anelo, o mesmo desejo e o mesmo propósito. Toda família tem
um ministério específico e devem ser envolvidos. Há três classes de levitas:
Portanto, todo o serviço do templo estava a cargo dos levitas. Eles foram separados por Deus para
cuidar do Tabernáculo, pois foi a única tribo que não se contaminou com o bezerro de ouro (Ex 32:25-
29). Eles acampavam ao redor do Tabernáculo e ninguém podia se aproximar deste, pois quem o
fizesse morreria.
Fidelidade e obediência incondicional a Deus, à sua casa e aos utensílios de sua casa.
Fidelidade e obediência ao líder para fazer o melhor para Deus.
Fidelidade e serviço ao povo.
Aprender a Palavra com quem bem a conhece. Sabida, guardá-la e pô-la em prática durante toda a sua
vida. Ser o bom exemplo. Buscar encher-se do Espírito Santo o tempo todo. Assim, as práticas vão
redundar em obras tais que, não justificadas por nós após a sua aprovação, mas sim por Deus.
Em oportuna a hora, transmitir o conhecimento recebido àqueles que ainda precisam aprender,
fortificando-se na Palavra e favorecendo pleno agir do Espírito Santo.
O levita é altamente responsável por tudo o que está ministrando. Jesus ensinava aos ortodoxos
que eles deveriam saber a hora de chorar, rir e dançar. Os doutores da lei eram responsáveis em
interpretar as escrituras, ou seja, fazer a hermenêutica. Se formos responsáveis em trabalhar para
Deus, deveremos saber o que Deus quer. O levita é aquele que sabe interpretar corretamente o que
Deus o está instruindo a fazer. Muitas vezes interpretamos situações ou pessoas erroneamente, e então
pecamos. O levita é aquele com sensibilidade para musicalisar, tal como Davi foi usado para libertar
Saul através da música. O levita tem um ministério completo. Ele é um guerreiro, porque somente um
guerreiro saberá fazer exatamente segundo a sua guerra. Só ele sabe qual território quer conquistar.
Quais territórios temos que conquistar? Quais áreas de nossa vida que precisam ser conquistadas?
Hoje, a nossa maior guerra não é a externa, mas a interna. Enquanto os outros países são altamente
preparados para atacar em uma guerra, Israel é o país mais bem preparado para se defender, e em
todas as vezes que Israel se defendeu em um ataque, além de se defender com êxito, ainda conquistou
um território novo. Todas as vezes que o levita enfrenta uma guerra, é a oportunidade que ele tem de
conquistar um território novo.
Devemos aprender a celebrar durante a luta já comemorando o novo território que será conquistado. E,
que território é esse? O território segundo a luta que se está travando. Pode ser uma conquista
financeira, familiar, pessoal, etc. Com a personalidade formada em Cristo, não segundo os conceitos
humanos da Psicologia, mas segundo a palavra de Deus, é que se conquistam novos territórios e
vitórias. Em Jesus nós somos mais que vencedores. Como os levitas conquistavam as suas guerras?
Além de cada um ter uma personalidade formada, tinha-se uma arma essencial, que deve ser a nossa:
A ADORAÇÃO A DEUS.
No tempo da Lei de Moisés, os levitas não eram responsáveis pela música no Tabernáculo. Afinal, não
havia uma parte musical no culto estabelecido pela Lei, embora as orações e sacrifícios incluíssem o
sentido de louvor, adoração e ações de graça.
Muito tempo depois, Davi inseriu a música como parte integrante do culto. Afinal, ele era músico e
compositor desde a sua juventude (1Sm 16:23), então, atribuiu a alguns levitas essa responsabilidade
musical.
É importante salientar que “levita” não é o músico, mas todo aquele disposto a servir. Não existe uma
importância maior para o músico no Reino de Deus. Tanto o que toca, quanto o que abre a porta ou
limpa o chão, quem traz um copo d’água ao ministrante servindo ao Senhor, é levita. Importante lembrar
também que a glória da presença de Deus é trazida no ambiente pelos “levitas” – inclui-se o pastor e o
diácono – que “servem” a Deus. A presença de Deus em nosso meio não se dá por nenhuma das
nossas programações, liturgias, idéias, enfeites ou recursos materiais, mas pela vida de “levita”.
Se eu decido viver para servir ao Senhor e aos irmãos, então o Espírito de Deus começa a se
manifestar de uma forma tão intensa que a glória de Deus vem cada vez mais intensa e poderosa. Os
levitas podem dar muitos frutos, cada um de acordo com o talento que recebeu de Deus. As igrejas
podem desenvolver maravilhosos projetos e idéias. Podemos até construir muitas coisas, mas tudo o
que produzirmos nesta terra ficará aqui mesmo, não durará para sempre.
Se nós, tais como levitas do Senhor, usarmos os talentos para alcançarmos vidas e caminharmos com
elas ensinando a Palavra, edificando o Corpo de Cristo, então estaremos produzindo frutos eternos.
Todos os recursos físicos que precisamos virão do Senhor para nós. Não precisamos nos ocupar em
ajuntar, construir, fazer, realizar... Muitas igrejas, inclusive uma bem perto de nós, se ocupam demais
em construir e ampliar o patrimônio. Essas são igrejas e ministérios que não “armazenam” frutos na
eternidade. Entretanto, há muitas igrejas que estão crescendo e sendo tremendamente usadas por
Deus para o resgate de milhares de vidas. Elas também constroem, pois a cada dia precisam de mais
espaço para comportar as vidas, mas a prioridade continua sempre sendo as vidas e não os bens
materiais.
Precisamos estar na presença do Senhor para recebermos mais e mais unção e poder, a fim de sermos
autoridades espirituais, resgatando e instruindo muita gente, no caminho santo da vida cristã. Parece
que estes objetivos de vida não têm muito haver com os músicos. Vemos sempre os músicos
envolvidos em gravações, shows, projetos e projetos... Meus irmãos, todos os frutos que podemos
produzir com nossas mãos, se não forem simples instrumentos para abençoar vidas, então serão
queimados como palha no fogo. Somente as vidas transformadas pelo Espírito Santo através de nós,
serão frutos eternos.
De que me importa produzir tanto nesta Terra e não poder apresentar meus frutos na eternidade?
Quero usar os talentos que recebi do Senhor, para que Ele possa realizar Seu maior desejo: salvar
vidas. Quero ser alguém que quando toca ou canta, gerando o mover de Deus para transformação de
vidas. Quero ser um canal de salvação e edificação. Não quero passar minha vida “realizando coisas”.
Não quero me gastar em meros projetos. Sim, nas mãos do Senhor para edificação de vidas em frutos
eternos. Como levita do Senhor, o que você tem produzido para o Reino? Os frutos que brotam na
nossa vida são frutos eternos ou passageiros?
É claro que executaremos muitos projetos terrenos, dirigidos pelo Senhor. Porém todos os projetos
precisam ter um só objetivo: alcançar e discipular vidas!
Os ministérios de música das igrejas precisam entender cada dia mais a função espiritual dos levitas e
da própria música. Enquanto servimos ao Senhor com nossos talentos musicais, gerando louvor e
adoração, não produzimos apenas arte, mas produzimos palavras e sons proféticos que geram o mover
da Palavra, o mover do próprio Senhor Jesus - único e suficiente salvador.
É mister desafiar a cada um reunir-se com o respectivo Ministério Levítico ao qual pertence em sua
Igreja, e ter um tempo de oração e de busca diante do Senhor. Deve ser clamado ao Senhor pedindo
mais e mais sabedoria, tanto quanto às atividades que lhes tomam o tempo.
Declaremos juntos ao Pai: Senhor, queremos ocupar toda a nossa vida em projetos vindos do céu para
salvação e edificação de vidas.
[ARA93] A Bíblia Sagrada Online. João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 1993.
http://www.bibliaonline.net
[KED13] Site Rádio Adoradores. Estudos Bíblicos. Klaus Eduardo Dorte. 2013.
http://iomav.com.br/index.php/estudosbiblicosmenu/89-klaus-eduardo-dorte
[SPS13] Scribd em acervo público. Escola de Levitas – Pré-Encontro. Paula Stefânia. 2013.
http://pt.scribd.com/doc/76650005/ESCOLA-DE-LEVITAS-PRE-ENCONTRO