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PÓS-GRADUAÇÃO EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL

CARLOS VINICIUS DA SILVEIRA

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA


OTIMIZAÇÃO NO EXCESSO DE PESO DE CARGA NO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO

PETRÓPOLIS - RJ
2018
PÓS-GRADUAÇÃO EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL

CARLOS VINICIUS DA SILVEIRA

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA


OTIMIZAÇÃO NO EXCESSO DE PESO DE CARGA NO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO

Trabalho de conclusão de curso


Apresentado como exigência do Curso
de Pós-Graduação de logística
empresarial da Universidade Católica
de Petrópolis – como requisito para
obtenção do Título de Especialista.

PETRÓPOLIS - RJ
2018
SILVEIRA, Carlos Vinicius da,

A Importância da Utilização da Tecnologia da


Informação para Otimização no Excesso de
Peso de Cargas no Transporte Rodoviário /
Carlos Silveira. – Petrópolis, RJ, 2018.

Monografia (MBA em Logística Empresarial) –


UCP/IPETEC.

Bibliografia:
1. Tecnologia da Informação e sua evolução. 2.
Os avanços da Tecnologia da Informação.
3. Modais de transportes. 4. Transporte
Rodoviário: Vantagens e desvantagens 5. A
influência da TI para redução no excesso de peso
no transporte rodoviário 6. Otimização no
carregamento através de software
FOLHA DE APROVAÇÃO

Aprovada em / / de 2018

BANCA EXAMINADORA

Profº ...................................................................

Profº...................................................................

Profª...................................................................
Dedico este trabalho aos meus pais e a minha esposa, pelo amor
que sempre me ofereceram, aos meus amigos e familiares que
sempre me apoiaram e lutam diariamente ao meu lado,
transmitindo fé, amor, alegria, determinação, paciência, e
coragem, tornando os meus dias melhores.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente, a Deus pela força espiritual para a realização desse


trabalho.
A minha esposa Fernanda Campos, pela compreensão, companheirismo e paciência
durante esses anos.
Aos meus pais, pela boa educação que me ofereceram, pelo apoio e ajuda ao longo
deste percurso.
Aos meus avós, por todo carinho.
Ao meu sogro e minha sogra por todo apoio que sempre me deram.
Aos meus colegas de trabalho, que me ajudaram e participaram durante todo esse
tempo ao meu lado.
E finalmente, agradeço a todos vocês que me ajudaram direto ou indiretamente para
o desenvolvimento deste projeto. Um muito obrigado!
RESUMO

Este trabalho traz algumas informações sobre a Tecnologia da informação (TI), que
se tornou uma ferramenta estratégica para as empresas, sendo importante para que
elas sobrevivam ao intenso mercado competitivo. Foi realizada uma discussão sobre
as vantagens e o impacto da TI para a otimização no excesso de peso de carga no
transporte rodoviário. A primeira parte, nomeada de “Tecnologia da Informação e sua
evolução” procura demonstrar os conceitos básicos do “O que é TI?“ trazendo para
esta pesquisa o fundamento teórico necessário para o entendimento do experimento
realizado, embasando os avanços da Tecnologia durante os anos, o surgimento da
internet, que servirão de base para a conceituação da importância da utilização dos
softwares a favor da logística. A segunda parte, intitulada de “Modais de transporte”
apresenta, os tipos de modais existentes no Brasil, também irá demonstrar as
vantagens e desvantagens do transporte rodoviário, sendo este, o modal mais usado
atualmente no país e alguns dos tipos de veículos que circulam diariamente nas
estradas e rodovias brasileiras. Também será apresentado a atuação dos postos de
pesagens e a importância que os mesmos exercem para evitar danos e acidentes nas
rodovias. Por fim, foi realizada uma revisão literária, que buscou destacar pontos
importantes do tema e a valorização da influência da Tecnologia da informação para
a redução no excesso de peso transportado no modal rodoviário através de itens
como: a suspensão pneumática, balança eletrônica e softwares que simulam a melhor
forma de carregamento, evitando assim, o excesso de peso, que ocasionam
desgastes precoce dos veículos e dos pavimentos, sendo assim, as empresas
conseguem administrar melhor o tempo de trabalho, conseguem reduzir seus custos
e consequentemente aumentar seu lucro.

Palavra-chave: Tecnologia da Informação; Transporte Rodoviário; Software; Excesso


de peso.
ABSTRACT

This work brings some information about Information Technology (IT), which has
become a strategic tool for companies, being important for them to survive in the
competitive market. It was a discussion about the advantages and the impact of IT
there is no overweight freight not road transport. The main piece, called "Information
Technology and its evolution", is a tool that aims at understanding what is necessary
for understanding the performance of technology over the years. , the emergence of
the Internet, which serves as a basis for a conceptualization of the use of software in
favor of logistics. The existing modes of transport in Brazil will also present as
advantages and disadvantages of road transport, this being the most used mode
currently in the country and some of the types of vehicles that circulate daily on
Brazilian roads and highways. It will also present an analysis of the risks of weighing
and an importance that is already exercised to avoid damages and accidents on the
roads. Finally, a literature review was carried out, which sought to highlight the most
important points on the influence of information technology for the reduction of weight
transported without road modal through items such as: pneumatic suspension,
electronic balance and software that Simulation of loading, thus avoiding the excess
weight that causes premature wear of vehicles and pavements, thus, when companies
need to better manage working time, the ability to cushion their costs and consequently
increase their profit.

Keyword: Information Technology; Road transport; Software; Overweight.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

CAPÍTULO I........................................................................................................... 14

1 METODOLOGIA ................................................................................................. 14

1.1 Tipo de pesquisa............................................................................................ 14


1.2 Seleção da amostra ....................................................................................... 14
1.3 Coleta de dados ............................................................................................. 15
1.4 Tratamento de dados ..................................................................................... 15

CAPÍTULO II.......................................................................................................... 16

2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUA EVOLUÇÃO .................................. 16


2.1 O que é TI? .................................................................................................... 16
2.2 Os avanços da Tecnologia da Informação ................................................. 17
2.2.1 O surgimento da Internet .......................................................................... 19
2.2.2 Tecnologia da Informação na logística .................................................... 23
2.2.3 A utilização de Softwares a favor da logística......................................... 24

CAPÍTULO III......................................................................................................... 28

3 MODAIS DE TRANSPORTES............................................................................ 28
3.1 Tipos de modais ............................................................................................ 30
3.1.1 Transporte Aquaviário ............................................................................... 30
3.1.2 Transporte Aeroviário................................................................................ 32
3.1.3 Transporte Dutoviário ............................................................................... 34
3.1.4 Transporte Ferroviário .............................................................................. 36
3.2 Transporte Rodoviário: Vantagens e desvantagens................................... 37
3.2.1 Tipos de veículos ........................................................................................ 40
3.2.2 Atuação dos postos de pesagens ............................................................. 43

CAPÍTULO IV ........................................................................................................ 47

4 A INFLUÊNCIA DA TI PARA REDUÇÃO NO EXCESSO DE PESO NO


TRANSPORTE RODOVIÁRIO .............................................................................. 47
4.1 Tecnologia nos veículos ............................................................................... 47
4.2 Otimização no carregamento através do software ..................................... 48
4.2.1 SPE CARGAS - Simulador de Pesagem de Veículo por Eixo .................. 49

CONSIDERACÕES FINAIS .................................................................................. 54

REFERÊNCIAS. .................................................................................................... 55
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Comparação entre os modais em função da capacidade de


movimentação .................................................................................................... 31
Figura 2 - Comparação entre modais em função da velocidade............................... 33
Figura 3 - Comparação entre modais em função da frequência ............................... 35
Figura 4 - Pesquisa de Conservação das Rodovias ................................................. 39
Figura 5 - Modelo de Caminhões Toco e Truque ..................................................... 41
Figura 6 - Modelo de Cavalos Mecânicos Toco e Trucado ....................................... 41
Figura 7 - Modelo de Bitrem ..................................................................................... 42
Figura 8 - Modelo de Rodotrem ................................................................................ 42
Figura 9 - Balança de Pesagem ............................................................................... 44
Figura 10 - Cálculo da Multa por Excesso de peso .................................................. 45
Figura 11 - Balança Digital........................................................................................ 48
Figura 12 - SPE CARGAS Layout ............................................................................ 50
Figura 13 - Cadastro dos Veículos ........................................................................... 51
Figura 14 - Especificação da Carga.......................................................................... 52
Figura 15 – Plano de Embarque ............................................................................... 53
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Matriz do transporte de carga – movimentação anual 2018 ................... 29


Quadro 2 - Vantagens e Desvantagens do modal Aquaviário .................................. 31
Quadro 3 - Vantagens e Desvantagens do modal Aeroviário ................................... 33
Quadro 4 - Vantagens e Desvantagens do modal Dutoviário ................................... 35
Quadro 5 - Vantagens e Desvantagens do modal Ferroviário .................................. 37
Quadro 6 - Vantagens e Desvantagens do modal Rodoviário ................................. 39
Quadro 7 - Responsáveis pelas infrações. ............................................................... 46
12

INTRODUÇÃO

Estamos vivendo um período, em que a Tecnologia da Informação (TI)


tornou-se um dos fatores cruciais para as organizações. Com o avanço da tecnologia
as empresas perceberam que pode se obter vantagens com a utilização de alguns
sistemas a favor da logística, conseguindo reduzir custos e aumentando seus lucros.

O problema desta pesquisa é como a Tecnologia da informação irá causar


impacto na redução de excesso de peso transportados no modal rodoviário através
de sistemas e quais os benefícios trará para as empresas?

A partir deste questionamento o trabalho pretende apresentar uma


pesquisa que tem como tema “A importância da utilização Tecnologia da Informação
para otimização do excesso de peso de carga no transporte rodoviário”. Salienta-se a
importância da abordagem desse assunto, já que a TI é uma realidade em nossas
vidas e nos negócios. Assim, entende-se ser necessário fazer uma análise
aprofundada sobre as influências e vantagens da utilização de softwares para reduzir
os impactos causados pelo excesso de peso transportados nas estradas e rodovias
brasileiras.

Faz-se necessário, primeiramente, analisar os conceitos da Tecnologia da


informação, referentes ao tema desta monografia. A TI vem evoluindo a cada dia,
ainda mais com o auxilio da internet, a mesma tem por objetivo ajudar as vidas dos
seres humanos e das empresas, onde engloba uma gama de recursos e proporciona
facilidade no seu acesso, análise e gerenciamento das informações.

Após a apresentação dos conceitos do “O que é TI?”, será exposta a seguir


o surgimento da internet, que servirá de base para a conceituação da Tecnologia da
informação na logística e a utilização de softwares a favor dos processos logísticos.

No Terceiro capítulo, será apresentado um estudo sobre os modais de


transporte existentes no Brasil e também o modal mais utilizados nas vias brasileiras,
o rodoviário, onde será demonstrado os tipos de veículos que mais transportam
13

mercadorias e matéria-prima nas estradas e rodovias do país. Mais para evitar


acidentes, manter os pavimentos em bom estado ou tentar não danifica-los ainda mais
e controlar o trânsito, faz se necessário a autuação dos postos de pesagens, pois, tem
o dever de fiscalizar e autuar os veículos que transitam nas estradas e rodovias do
país com excesso de peso ou de carga.

O quarto capítulo intitulado de “A influencia da TI para redução no excesso


de peso no transporte rodoviário”, dedica-se ao detalhamento de como a tecnologia
pode ajudar na redução de excesso de peso. Hoje em dia, existem veículos que já
possuem acessórios de fábricas que auxiliam nessa redução de peso e garantem
maior vida útil dos acessórios ou pode se também através de softwares simular a
melhor forma de carregamento, otimizando todo espaço do veiculo, ganhando tempo
e reduzindo custos, com o uso desses sistemas pode se tornar uma ferramenta de
excelência para as empresas. Por fim, foi citado um software especifico que auxiliam
algumas empresas.
14

CAPÍTULO I

1 METODOLOGIA

1.1 Tipo de pesquisa

Para a classificação da pesquisa, toma-se como base a taxionomia


apresentada por Vergara (2010, p. 46), “que classifica em relação a dois aspectos:
quantos aos fins e quanto aos meios”.

Quanto aos fins esta pesquisa é descritiva, definida como uma pesquisa
que expõe característica de determinada população ou determinado fenômeno. Não
tendo compromisso de explicar o fenômeno que descreve, embora sirva de base para
tal explicação.

Trata-se de uma pesquisa descritiva, pois, pretende mostrar a importância


da utilização da tecnologia da informação para otimização no excesso de peso de
carga no transporte rodoviário.

Quanto aos meios esta pesquisa é bibliográfica, onde o mesmo autor define
como um estudo desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas,
jornais e redes eletrônicas, que são materiais accessíveis ao público em geral.
Fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas, também,
pode esgotar-se em si mesmo.

1.2 Seleção da amostra

A população constituiu de estudos científicos nacionais que abordam a


Tecnologia da informação para redução do excesso de peso no transporte rodoviário,
definindo os principais conceitos. Com os seguintes critérios: as pesquisas deveriam
ser acadêmicas, de domínio publico, publicados e em formato pdf.

A busca foi feita por meio eletrônico via web e na biblioteca da própria
universidade. E o idioma dos estudos foi o português Brasil.
15

A amostra foi constituída através de livros, artigos publicados, monografias


e trabalhos de conclusão de curso, que foram selecionados de acordo como critérios
de busca descritos anteriormente.

1.3 Coleta de dados

Os estudos que apresentavam resultados que atendiam os objetivos da


revisão foram selecionados para a coleta de dados e os que não apresentavam foram
excluídos.

1.4 Tratamento de dados

Os tratamentos de dados foram de abordagem qualitativa onde é definido


por Vergara (2010, p. 59) “como uma abordagem onde os dados podem ser
codificados, apresentados de forma mais estruturados e analisados”. Após a seleção
dos estudos, os dados foram coletados, interpretados e descrito na conclusão.
16

CAPÍTULO II

2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUA EVOLUÇÃO

2.1 O que é TI?

São vários os conceitos utilizados no termo Tecnologia da Informação (TI).


Isso ocorre por causa do grande número de aplicações nas quais se faz o uso da TI.

De acordo com Gebran (2009, p.11) afirma que:

A Tecnologia da Informação (TI) é definida para designar o conjunto de


recursos não humanos dedicados ao armazenamento, processamento e
comunicação da informação, bem como o modo que esses recursos estão
organizados, num sistema capaz de executar um conjunto de tarefas.

Cruz (2010, p.26) afirma que: “Tecnologia da Informação é todo e qualquer


dispositivo que tenha capacidade para tratar e ou processar dados ou informações,
tanto de forma sistêmica como esporádica, quer esteja aplicada no produto, quer
esteja aplicada no processo”.

A TI pode ser definida como o conjunto de todas as atividades e soluções


providas por recursos de computação que visam permitir o armazenamento, o acesso
e o uso das informações (ALECRIM, 2011).

Percebe-se que a Tecnologia da Informação ou TI, é o acervo de atividades


e soluções que engloba uma gama de recursos como: hardware, software, banco de
dados e redes que representam facilidade no acesso, análise e gerenciamento das
informações.

A Tecnologia da informação começou a ter maior destaque quando as


grandes empresas mundiais perceberam como as informações que detém e o modo
como são executadas podem ajustar suas respectivas estruturas. A escolha pela
introdução da TI em uma organização é reconhecida como um processo complexo
que passa pelo planejamento, avaliação do custo/beneficio gerado pelo sistema e pela
sua adequação à realidade organizacional (PEREIRA, 2009). Através do uso da TI,
as organizações passam a gerenciar melhor suas informações, consequentemente,
17

conseguem aumentar sua produtividade, reduzindo assim os custos e melhorando a


qualidade dos serviços prestados.

A TI vem para intervir e facilitar no dia a dia das empresas, a mesma pode
elevar a eficiência e a competitividade das organizações quando bem utilizadas e
quando seus profissionais e usuários conheçam seu funcionamento e gerenciamento
(WILKE, 2010).

Portanto, com o passar dos anos as empresas têm sido desafiadas a


trabalhar de forma eficiente e eficaz. Onde o diferencial é o que faz garantir a
sobrevivência de suas atividades dentro de um mercado cada vez mais exigente e
competitivo, essas organizações observaram através da TI uma ferramenta essencial
para se destacar.

2.2 Os avanços da Tecnologia da Informação

A tecnologia da informação modificou o mundo dos negócios de um jeito


irreversível. Desde que a Tecnologia da Informação foi inserida em meados dos anos
de 1950, a maneira pela qual as empresas executam o modelo de seus produtos e a
comercialização desses produtos mudaram radicalmente (MCGEE e PRUSAK, 1994,
p.5). Os mesmos autores também afirmam que “[...]Cada vez com mais frequência,
os próprios produtos são estruturados incorporando facilidades da tecnologia da
informação, desde os controles remotos dos videocassetes até os sistemas
antitravamento para freios de automóveis”.

A importância da informação no mercado tão globalizado como nos dias


atuais é um dos protagonistas pelo crescimento do mercado de TI; a tecnologia da
informação pode ser decisiva para o sucesso ou fracasso de uma empresa,
contribuindo assim para que a organização seja ágil, flexível e forte (ALBERTIN,
2OOO).

O avanço da Tecnologia da Informação tornou possível um meio global de


comunicação com total disponibilidade de informações, juntamente com o
estabelecimento de uma nova fronteira digital, para caminhar na direção de uma
economia globalizada (DI SÉRIO e DUARTE, 2001).
18

Fica evidente que após anos e anos desde quando a tecnologia da


informação teve sua introdução no mundo, ela se faz presente no dia a dia das
organizações e a mesma pode ser de fator crucial para o crescimento das empresas,
podendo ter através da TI vantagens competitivas como: agilidade, flexibilidade e
organização.

Todas transformações são na verdade uma evolução natural no sentido de


se adaptarem às mudanças de um mercado cada vez mais competitivo. Porém, a
partir de 1960, o mercado começou a mudar, pois até então os recursos eram
limitados e os custos elevados (LAMBERT, 1999).

Os computadores não atendiam as necessidades de modo satisfatório e


exigiam mão de obra especializada, devido à dificuldade de seus programas. Por volta
de 1970 e 1980, os aparelhos tornam-se mais acessíveis, houve uma expressiva
diminuição nos preços (BOAR,1999).

Nos anos de 1980, quase não existia mão de obra apto suficiente para
utilizar os recursos de processamento já disponíveis. Este atraso entre a tecnologia e
a mão de obra ainda é muito elevado (MEIRELLES, 1994).

Com o passar dos anos, surge de forma rude, os microcomputadores, os


quais eram melhores para interação entre os usuários e os especialistas de TI, com
isso, abriram caminhos para novas descobertas tecnológicas. “Definitivamente os
microcomputadores ganharam espaço e tornara-se popularizados, devido ao preço e
a capacidade de armazenamento de informação” (LAURINDO, 2002). O fundamental
propósito de colher, conservar e executar os dados dentro da organização e tomar
decisões, abrangendo desde o administrativo até o operacional. Essas atividades
foram dirigidas informalmente por longos anos. Contudo, com a disponibilidade de
computadores de alta performance, que possuíam amplo espaço para armazenar
dados cada vez maiores, tornaram-se mais estruturados (BALLOU, 2001).

Podemos dizer então que os computadores desenvolveram e ficaram muito


mais rápidos e de diferentes tamanhos com o passar dos anos. Seus recursos de
armazenamentos e processamentos de dados ficaram cada vez mais elevadas,
simples e direta. Portanto, este equipamento é fundamental para as organizações
19

poderem coletar, agrupar e executar os dados para poder tomar decisões importantes
para o desenvolvimento e o futuro das empresas.

Durante meados dos anos 90 até os dias de hoje, o progresso da tecnologia


da informação em todo o mundo têm sido por varias visões, de fator crucial. Não há
duvida de que no futuro, os dias de hoje serão lembrados com a mesma força como
por exemplo, o período da revolução industrial, onde foi desenvolvido a máquina a
vapor. “Guardadas as devidas proporções, o computador e a internet são certamente
a máquina a vapor dos dias atuais” (PIRES, 2004, p.46).

Apenas na década de 90, o desenvolvimento tecnológico evoluiu


consideravelmente e a TI ganhou os obstáculos e desenvolveu novas opções. “Surge
uma das mais importantes ferramentas que revolucionou a história da informação: a
Internet” (LAURINDO 2002, p. 28-31).

Nota-se que após anos a TI está fortemente presente nos dias atuais e se
tornou uma ferramenta de fator decisivo para as empresas, além dos computadores
que são de grande importância, desenvolveram a ferramenta que revolucionou a
historia a “internet”, que será o tema mostrado na seção a seguir.

2.2.1 O surgimento da Internet

Atualmente a internet está cada vez mais presente em nossas vidas e em


nosso dia a dia, o número de pessoas que acessam a mesma vem aumentando cada
vez mais.
A internet teve seu surgimento a partir de 1969, com o desenvolvimento de
uma rede de computadores nomeada ARPAnet, elaborada por um dos departamentos
da Advanced Research Projects Agency (ARPA), que pertencia ao departamento de
defesa dos Estados Unidos, seu objetivo era mobilizar recursos de pesquisa
universitária e ser superior tecnologicamente na área militar. (PINHO, 2000).

Para Castells (2003) naquele tempo as pesquisas eram motivadas pelo


desejo de mérito em relação à União Soviética, que havia lançado recentemente o
primeiro satélite artificial conhecido mundialmente como Sputnik. A meta do
20

departamento responsável pelo desenvolvimento da ARPAnet, definido pelo seu


diretor, Joseph Licklider, psicólogo que se especializou na ciência da computação, era
o de incentivar a pesquisa em computação interativa, usando de uma revolucionária
tecnologia de transmissão de dados por comutação por pacotes, aplicada por um
centro de pesquisas californiano chamado de Rand Corporation que prestava serviços
para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

De acordo com Castells (2003, p. 15):

Em fevereiro de 1990, a Arpanet, já tecnologicamente obsoleta, foi retirada


de operação. Dali em diante, tendo liberado a internet de seu ambiente militar,
o governo dos EUA confiou sua administração à National Science
Foundation. Mas o controle da NSF sobre a net durou pouco. Com a
tecnologia de redes de computadores no domínio publico, e as
telecomunicações plenamente desreguladas, a NSF tratou logo de
encaminhar a privatização da internet. O departamento de defesa decidira
anteriormente comercializar a tecnologia da internet, financiando fabricantes
de computadores dos EUA [...]

Nota-se que a rede mundial de computadores foi criada com o objetivo


inicialmente de mobilizar pesquisas universitárias e com fins militares, mas com
alguns acontecimentos não favoráveis, logo a internet foi privatizada devido à
desregulamentação das telecomunicações na ocasião, com isso o Departamento de
Defesa dos Estados Unidos decidiu comercializá-la, podendo assim incentivar os
fabricantes de computadores da época.

Por volta dos anos 80, o Transmission Control Program foi subdividido em
dois protocolos, o Transmission Control Protocol (TCP) e o Internet Protocol (IP),
ficando responsáveis pela condução e direcionamento dos dados transitados na rede.
Nasceu então o modelo TCP/IP, referencial de arquitetura da Internet. A ARPAnet é
considerada a mãe da Internet , a criação do modelo TCP/IP, através da qual deu-se
origem a Internet dos dias atuais. (JUNIOR; PARIS, 2008).

Segundo Pinho (2003), em meados de 1990, a ARPAnet foi transformada


em NSFnet (National Science Foundation’s Network), uma rede de comunicação
dedicada à pesquisa e educação, ligando-se as demais redes, inclusive as de fora dos
Estados Unidos, podendo assim interconectar centros de pesquisa e universidades
21

em todo o mundo. Estava formada a internet, usada principalmente como uma


ferramenta de troca de informações entre o meio acadêmico.

Percebe-se então que a ARPAnet foi fundamental na criação da internet,


tornando-a uma rede de comunicação de centros de pesquisas acadêmicas entre
computadores do mundo inteiro.

Para Ferreira (2008, p. 17):

Na década de 80, por sua vez, não se pode deixar de mencionar os seguintes
fatos que representaram um avanço na difusão deste meio de comunicação,
Internet para referir-se às distintas redes que se encontravam conectadas
entre si e tendo como origem a rede ARPANET; surgimento da geração dos
computadores pessoais, os conhecidos PC’s, que permitiram a
democratização desse meio de comunicação. Além desses acontecimentos
essa década foi marcada pela padronização do TCP/IP como protocolo da
Internet e a difusão na comunidade científica para fins acadêmicos e de
pesquisa. Os usuários nessa época já faziam uso do e-mail.

Junior e Paris (2008) afirmam que a internet se firmou em 1985, com o


aperfeiçoamento das tecnologias associadas, como por exemplo, o e-mail (correio
eletrônico), e com o desenvolvimento de várias aplicações comerciais.

Pode-se dizer que com vastos acontecimentos tecnológicos, a internet e os


computadores pessoais conhecidos como PC’s se popularizaram entre as pessoas,
sem vínculo militares ou ligados ao meio acadêmico, deixando de ser uma ferramenta
exclusiva da ARPAnet e passando a ser utilizada para interligar computadores do
mundo inteiro, podendo assim efetuar trocas de informações entre os usuários através
do correio eletrônico (e-mail), que já era utilizado naquele período e que se tornou
uma ferramenta importante atualmente.

A internet alcançou o mundo após o desenvolvimento da World Wide Web


(WWW), segundo Castells (2003). Intensificada em 1990 por Tim Berners-Lee, um
cientista inglês que trabalhava no Centro Nacional de Pesquisa Nuclear, na Suíça, a
WWW é uma aplicação de compartilhamento de informação. Conforme Pinho (2000),
o World (http://www.world.std.com) foi primeiro provedor de acesso comercial da
internet, isso por volta de 1990, permitindo que usuários se conectassem via telefone.
Logo após, outras empresas começaram a oferecer acesso à rede.
22

Acompanhando o pensamento de Pinho (2000), por volta de 1993, os


meios de comunicação e o mundo dos negócios descobrem a internet. “O número de
hosts da Internet dobra em um ano”. (PINHO, 2000, p. 31). A partir da ruptura para o
uso e fins comerciais, a internet adquiria elevada importância, uma vez que grandes
organizações e até mesmo pequenas empresas passaram a usar os serviços da
internet.

Nota-se que a internet não pode ser vista apenas como mais uma
tecnologia, pois se tornou um amplo meio de comunicação. É uma via não controlada,
de grande alcance e relativamente barata para espalhar e divulgar qualquer tipo de
informação. Com base nessas características, trata-se de uma mídia diferente para
se investir em publicidade.

Conforme o tempo passa, a Web vem aumento e atingindo novos usuários.


Na afirmativa de (CASTRO, 2000, p. 3): “[...] a web é a única mídia que permite que o
processo de vendas seja atendido do princípio ao fim”. É isso porque é a mídia que
causa interatividade entre emissor e receptor.

A Web é formada por vários sites e também “[...] leva a crer na urgência de
satisfazer as necessidades de informação do público, e que todo o mundo precisaria
ser informado a qualquer hora”. (WOLTON, 2003, p. 92).

Percebe-se então que o imediatismo e a cobiça pela busca de informação,


levaram a Web a adquirir muitos usuários, e este é um meio que a publicidade tem
procurado usar para atrair, cada vez mais, um número maior de pessoas.

Para Castells (2003), a Web pode ser considerada a mídia mais precisa em
relação às outras em termos de métrica. É a partir deste crescimento e procura que a
propaganda viu na internet uma grande oportunidade de mídia.

Segundo Pinho (2000, p. 103):

A tecnologia interativa de multimídia chegou à Web em 1995 e permitiu que


os anúncios utilizassem animação, som e mesmo pequenos vídeos. As
23

recentes tecnologias desenvolvidas para a Web [...] são altamente


promissoras para que a publicidade cumpra, de maneira cada vez mais
eficiente, o seu papel na construção de marcas e no estabelecimento de um
relacionamento estável e duradouro com os consumidores e demais públicos-
alvos.

Conforme Castro (2000), com o surgimento da Web, que adquiriu cada vez
mais admiradores, as pessoas passaram há ficar mais tempo no computador. Em
consequência disso, assistem menos televisão, saem menos de casa e dormem bem
menos, e ainda deixaram de utilizar outros meios de comunicação, devido à facilidade
no mundo da internet.

Analisa-se que os avanços das tecnologias criadas na Web contribuíram


para que a publicidade estabelecesse uma ligação direta com os consumidores e que
a mesma Web provoca mudança no comportamento de seus usuários.

2.2.2 Tecnologia da Informação na logística

Nos dias atuais, devido ao elevado volume de dados, a necessidade de


conseguir maior desempenho nas operações, as demandas de redução de custos,
aumento da produtividade, concorrências acirradas, entre outras, faz com que,
gradativamente, a tecnologia da informação torne-se cada vez mais importante para
os processos logísticos. Com isso, vários recursos são desenvolvidos, buscando
automatizar e aprimorar os processos.

De acordo com Turban, Rainer e Potter (2003), a aplicação da TI pelos


integrantes de uma cadeia de suprimento é fundamental para agilidade, integração e
coordenação de operações logísticas e produção, além de ajudar o compartilhamento
de dados e na escolha da decisão estratégica como: análise dos investimentos,
volumes, localização de demanda frente à implantação e localização de centros de
distribuição para que sejam desenvolvidos fornecedores, entre outros. No entanto, as
utilizações da Tecnologia da Informação ajudam nas trocas de informações e tomada
de decisões dentro e fora das organizações, através de sistemas organizacionais, tais
como, softwares que dão suporte à escolha da decisão e da informação mais
apropriada.
24

Hoinaski (2017, p.01) afirma que:


Os processos logísticos dependem de informações constantemente. É
preciso saber dados de clientes, verificar a movimentação em estoque, fazer
o controle do giro dos produtos, entre outros detalhes. Fazer esse
compartilhamento de informações manualmente é ineficaz, porque é lenta e
passível a erros. Por sua vez, a TI faz a ponte entre as unidades de negócio
(por exemplo, matriz e filiais) e clientes e empresa.

A Tecnologia da Informação deve ser capaz de acelerar os processos


logísticos dando não apenas maior rapidez, mas também exatidão nas informações.
É notável os esforços das empresas em modernizar os processos logísticos para
melhoria dos resultados envolvendo a utilização da TI (OLMO, 2001).

Pode se dizer então que a TI não apenas modificam as organizações como


também fortalecem a ser mais competitivas e a logística tem através da Tecnologia
da Informação recursos que tornam mais competitiva, transformando-a em um dos
fatores para o sucesso das organizações. Também, através da TI podemos criar e
desenvolver softwares para atender e dar suporte à tomada de decisão na
administração do grupo logístico, pois a troca de informações é de grande importância
nas operações logísticas, podemos citar como exemplo: os dados dos clientes, gestão
de estoque, movimentação dentro do deposito entre outros.

2.2.3 A utilização de Softwares a favor da logística

A TI está relacionada ao envolvimento da utilização de softwares e diversas


outras tecnologias de apoio para diferentes atividades logísticas (SIMCHI-LEVI et al,
2003).

Conforme citado por Mendes (2014), “Software compreende um conjunto


de instruções que, quando executadas em um processador, fornecem funcionalidade
com desempenho desejado”.

De acordo com a visão de Taurion (2005, p. 13):

“Software é uma importante fonte de oportunidades comerciais e gerador de


empregos. Estes empregos podem ser gerados na pesquisa e
desenvolvimento, mas também em serviços correlatos de preparação de
documentos, marketing, vendas, distribuição, treinamentos, suporte técnicos
e consultoria”.
25

Seguindo o pensamento de Silva (2012), Software é o ambiente virtual do


computador, onde todos os programas instalados no mesmo são responsáveis para
atribuir praticidade e utilidade ao computador, podendo assim, existir programas para
diversas áreas, tanto profissionais quanto de entretenimento.

Desta maneira, um sistema de informação eficiente deve executar


informações realmente importantes, confiáveis, em tempo hábil e com custo
compatível, atendendo as exigências operacionais e gerenciais da tomada de
decisão; ter por base diretrizes capazes de assegurar a realização dos objetivos
organizacionais, de maneira simples, direta e eficiente; integrar-se à estrutura da
organização e auxiliar na coordenação das diferentes unidades organizacionais; ter
um fluxo de procedimento (interno e externo ao processamento) racional, integrado,
rápido e de menor custo possível; contar com dispositivos internos que garantam a
confiabilidade das informações de saída e adequada proteção aos dados controlados
pelo sistema; ser simples, seguro e rápido em sua operação (PALUDO, 2010).

Fica evidente que os softwares são desenvolvidos para facilitar a interação


dos usuários com os componentes físicos do computador, transformando-o em algo
realmente apropriado. Além disso, também podem ser definidos como um conjunto de
elementos relacionados, trabalhando em equipe para reunir, restaurar, processar,
armazenar e distribuir informação, com o intuito de ajudar a previsão, o comando, a
coordenação, a análise e o processo decisivo das empresas.

Atualmente, as principais utilizações de software que realmente estão


fazendo a diferença no mundo dos negócios são definidas por HARRINSON e HOECK
(2003):

 RR (abordagem para atender a demanda do cliente, fornecendo a


quantidade, a variedade e a qualidade certa no momento certo e pelo
preço certo);
 EDI (do inglês Eletronic Data Interchange, intercâmbio eletrônico de
dados - Sistema usado para coletar informações das mercadorias nos
pontos de venda a partir do código de barras);
26

 RFID (do inglês Radio Frequency Identification, tecnologia que usa


ondas eletromagnéticas para acessar informações armazenados em um
microchip ligado em uma pequena antena identificando
automaticamente os objetos nele fixado);
 MRP (do inglês Material Requeirements Planning - sistema usado para
planejar de maneira lógica estoque e materiais);
 VMI (do inglês Vendor Managed Inventory - sistema de informações
usado para acionar pedidos de reabastecimento);
 ECR (do inglês Efficient Consumer Response - sistema de resposta
eficiente ao consumidor, Integração entre a cadeia de suprimento com o
gerenciamento da demanda);
 ERP (do inglês Interprise Resource Planning - sistema de controle dos
negócios e custos reduzidos, que surgem de um fluxo mais rápido de
dados e de integração virtual dos processos);
 WMS (do inglês Warehouse Management System - sistema para
administrar os fluxos físicos de recebimento, armazenagem, separação
e expedição de mercadorias);
 B2B (é a formação de comunidades comerciais on-line via Internet).

Podemos destacar os seguintes softwares:

MRP (Material Requirement Planning) - esta ferramenta traduz o


Planejamento das Necessidades de Material, baseado em uma programação principal
de produção que balanceia as necessidades dos materiais levando em conta o
conceito de demanda dependente e a explosão dos produtos nos seus diversos
materiais. (GONÇALVES, 2016).

MRPII (planejamento dos recursos de manufatura) é a progressão do MRP,


que aumenta seu conceito de cálculo das necessidades ao planejamento dos outros
meios de produção e não somente dos recursos materiais. Anteriormente, o MRP
preocupava em definir o que, quanto e quando produzir e comprar, já o MRPII reuni
decisões de como produzir e com que recursos (NETO, 2002).

EDI (Eletronic Data Interchange) – Tem como propósito a troca eletrônica


de informações entre os envolvidos na cadeia. Sua utilização tende a conservar as
27

operações entre os clientes e vendedores mais fácil, organizada e segura.


(GONÇALVES, 2016).

RFID (Radio Frequency Identification) Através da Identificação por Radio


Frequência utilizando pequenos aparelhos de armazenamento e transmissão de
dados, que podem ser acoplados a produtos ou embalagens no lado externo e
conferido por um aparelho de varredura digital (FILHO, 2011).

ERP (Enterprise Resource Planning) – Planejamento de Recursos da


Empresa é o autor pela administração de toda a cadeia logística, a partir do cliente
até o fornecedor, percorrendo pelo planejamento de produção, organização da
logística e de distribuição, transportes entre outros. Resumindo, ERP planeja e
controla as entidades internas e externas da companhia (GONCALVES, 2016).

Ballou (2006, p.139) também afirma que “...os sistemas de software de ERP
acrescentam agora módulos de suporte às decisões para aperfeiçoar suas
capacidades”.

Portanto, com o uso dos softwares é visível que os mesmos são fatores
essencial para alcançar os avanços da concorrência e desenvolver melhorias. Além
de ajudar com a organização, gestão de pedidos, interação direta e indireta entre os
envolvidos, no caso, todos os setores desde a produção até à logística, agilidade nos
processos e também dispõem da segurança e acuracidade no estoque, entre outros
benefícios.
28

CAPÍTULO III

3 MODAIS DE TRANSPORTES

Há vários anos, o transporte de mercadorias é usado para oferecer


produtos/serviços ao comprador dentro do prazo estipulado. Ballou (2001) afirma que,
mesmo com os desenvolvimentos tecnológicos, o transporte é importante para que o
processo logístico seja finalizado. E muitas organizações buscam através da logística
de transporte conseguir um diferencial competitivo. A companhia pode usar a logística
como estratégia competitiva, uma vez que, se obtenha características diferentes dos
concorrentes, na visão de seus clientes, e encontre maneiras para reduzir seus custos
e elevar seu lucro.

Para Filho (2011 p. 124):


“Existem diferentes maneiras de transportar produtos, serviços ou pessoas.
A esses diferentes modos de transportar denominamos modais de
transportes. Portanto, modal de transporte é a forma, ou maneira, como se
transportam produtos, serviços ou pessoas.

Fica evidente que os tipos de modais de transporte expõem vantagens e


desvantagens, em virtude dos fatos como: a integridade e agilidade nos serviços
prestados ao cliente, o custo do frete em relação ao valor da mercadoria, entre outros
fatores. Pode-se avaliar os pontos relevantes de cada modal, para determinar qual o
tipo de transporte a ser adotado pelas empresas, sendo este o melhor custo/benefício
para transportar o produto, serviço ou pessoas, com isso, reduzindo os gastos e
aumentando o lucro, além disso, buscando um diferencial competitivo para se
destacar de seus concorrentes.

No Brasil, não existe equilíbrio nos modais de transportes. Novaes (2016)


afirma que, no país não temos opções apropriados de modais como em outros países
desenvolvidos.
29

Segundo Novaes (2016, p.149-150):


Nossas ferrovias não formam uma rede com boa cobertura no território
nacional. As opções de transporte marítimo também não são amplas. Na
distribuição interna, a esmagadora parte do transporte de produtos
manufaturados é constituída pelo transporte rodoviário. Para os
embarcadores restam poucas opções de transporte conjugado, levando ao
uso intensivo de apenas um deles, o rodoviário.

Nota se na tabela abaixo, a participação dos diferentes modais na


movimentação anual de carga no país, estimando se os percentuais de participação
de cada modal em função das quantidades em toneladas transportadas por
quilômetros útil (TKU).

Quadro 1 - Matriz do transporte de carga – movimentação anual 2018

Modal Milhões (TKU) Participação (%)

Rodoviário 485.625 61,1

Ferroviário 164.809 20,7

Aquaviário 108.000 13,6

Dutoviário 33.300 4,2

Aéreo 3.169 0,4

Total 794.903 100


*TKU – Toneladas transportadas por quilômetro útil.
Fonte: (CNT, 2018)

Analisa se na tabela acima o modal rodoviário no período de 2018, foi


responsável pela maior quantidade de transporte de cargas nacionais, com 61,1%,
acompanhado do ferroviário com 20,7% e do aquaviário com 13,6% da movimentação
anual. O envolvimento do transporte ferroviário esta aumentando, podendo ser
justificado pelo aumento dos investimentos nas ferrovias, e pelas péssimas condições
de infraestrutura que o modal rodoviário tem apresentado.
30

3.1 Tipos de modais

3.1.1 Transporte Aquaviário

O transporte aquaviário é aquele realizado para a movimentação de cargas


e de pessoas por vias aquáticas navegáveis. Filho (2011, p.140) afirma que “O
transporte aquaviário, ou hidroviário, é o transporte de bens pela água, por meio de
embarcações. Esse modal se subdivide em: marítimo, fluvial e lacustre (por mares,
rios e lagos, respectivamente) “.

O modal aquaviário utiliza o meio aquático, natural ou artificial, para


transporte de produtos e insumos, considerando hidrovias e cabotagem. Trata-se de
um modal que opera principalmente com granéis. (BALLOU, 2006).

O transporte aquaviário expõem custos fixos medianos, consequência do


investimento em embarcações e em equipamentos, no caso, se for lacustre e fluvial,
o custo é baixo. Seus gastos variáveis são relativamente pequenos em função da
capacidade de transportar grandes volumes e toneladas. (WANKE e FLEURY, 2006).
Segundo Ballou (2006, p. 166), “o maior investimento de capital que qualquer
transportador aquaviário precisa fazer é em equipamentos de transporte e, até certo
ponto, em instalações terminais”.

Pode se dizer então que o transporte aquaviário são todas formas de


transporte que é realizado com auxílio de fontes de águas, como: rios, lagos, mares,
oceanos, canais entre outros, e abrange tanto o transporte de cargas, seja em
pequenos ou em grandes volumes, quanto o transporte de passageiros, seja em
formas convencionais ou como turismo.

Filho (2011) ilustra e compara os modais em função da capacidade de


movimentação e fica evidente que o modal aquaviário é o mais apropriado, pois sua
elevada capacidade de movimentação de cargas é superior aos demais modais,
conforme figura 1.
31

Figura 1 - Comparação entre os modais em função da capacidade de movimentação

Fonte: Adaptado (FILHO, 2011)

Percebe se no quadro abaixo, as vantagens e desvantagens do modal


aquaviário.

Quadro 2 - Vantagens e Desvantagens do modal Aquaviário

Vantagens Desvantagens
Transporte de grandes distâncias Depende de vias apropriadas.
É de gerenciamento complexo, exigindo muitos
Transporte de grandes volumes
documentos.
Mercadoria de baixo valor agregado. Depende de terminais especializados.
Transporte oceânico. Tempo de trânsito longo
Frete de custo relativamente baixo.
Fonte: (ALMEIDA, 2018)

Portanto, esse modal é muito utilizado para o transportar altos volumes,


com baixo valor agregado e em longas distâncias, além de ter rotas exclusivas e não
haver problemas no trânsito, porém, como todo transporte, o aquaviário também
possui suas desvantagens, como o longo tempo de trânsito, a dependência de
terminais especializados, a necessidade de vias apropriadas (principalmente para o
transporte fluvial) e distância dos centros de produção, onde muitas vezes requer
auxílio de outro modal de transporte para a chegada e saída da mercadoria.
32

3.1.2 Transporte Aeroviário

O modal aeroviário é o transporte que consiste em transportar mercadorias


e/ou pessoas através de aeronave. É baseado em normas da Associação
Internacional de Transportes Aéreos (AITA), tendo como referência no país a
Infraero1. O interessante desse modal sobre os demais modais é a sua incomparável
agilidade do ponto de origem até o destino, principalmente em maiores distâncias.
(BALLOU, 2006).

Wanke e Fleury (2006, p. 413) afirma que:


“O modal aéreo é o mais veloz, seguido pelo rodoviário, ferroviário, aquaviário
e dutoviário. No entanto, se for considerado o tempo de entrega porta a porta,
os benefícios da velocidade no transporte aéreo são percebidos, sobretudo,
nas grandes distâncias, tanto em termos relativos quanto em termos
absolutos”.

Outra vantagem do transporte aéreo é sua maior segurança quanto a furtos


e danos em comparação com outros modais já que a embalagem da mercadoria pode
ser menos protetora. (BALLOU, 2006).

Este modal possui desempenho baixo no quesito de consistência em


função de sua elevada sensibilidade nas questões climáticas e de segurança.
Também demostra restrições em relação a volumes e variedades de produtos, pois
só opera com produtos seguros de pequeno e médio volumes. Em termos de custos,
o transporte aéreo apresenta custos fixos baixos (aeronave e sistemas de manuseio),
porém, seus custos variáveis são os mais altos como: combustível, mão de obra e
manutenção (WANKE e FLEURY, 2006).

Nota se que o transporte aéreo é o meio mais rápido e importante dentro


do transporte de cargas para o envio de encomendas urgentes ou de alto valor e para
o transporte de pessoas, porém seu custo é maior em comparação com os demais
modais.

1 A INFRAERO sigla para (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) é uma organização


pública federal brasileira de administração indireta vinculada à Secretaria de Aviação Civil.
33

Filho (2011, p. 125) expõem e compara os modais em função da velocidade


e fica claro que o transporte aéreo é o mais indicado, “porém isso deve ser
considerado apenas para longas distâncias”

Figura 2 - Comparação entre modais em função da velocidade

Fonte: Adaptado (FILHO, 2011)

Nota se no quadro abaixo outras vantagens e desvantagens do transporte


aéreo.

Quadro 3 - Vantagens e Desvantagens do modal Aeroviário

Vantagens Desvantagens

Transporte de grandes distâncias. Limite de volume e peso.

Tempo de trânsito muito curto. Frete elevado.

Seguro de transporte é muito baixo. Depende de terminais de acesso.

Está próximo aos centros urbanos.


Fonte: (ALMEIDA, 2018)

Pode se observar que o modal aéreo é o mais rápido em transportar cargas


ou pessoas em grandes distâncias, seu tempo de transito é menor comparado com
outros modais, tem maior segurança no transporte de cargas e os aeroportos,
34

normalmente, estão localizados próximos dos centros urbanos e geralmente por todas
as cidades importantes do mundo ou por seus arredores, entretanto, existem
desvantagens como sua capacidade de carga que é bem menor que outros modais,
seu custo de frete é mais alto e depende de terminais de acesso.

3.1.3 Transporte Dutoviário

O modal dutoviário move materiais, tais como gás, petróleo e derivados,


grãos, entre outros, através de dutos de um ponto até o outro. Considerando a
consistência e a confiabilidade, é ótima alternativa entre os demais modais devido os
dutos não serem atingidos por condições climáticas, congestionamentos ou
verificações de segurança (GONÇALVES, 2016).

De acordo com Filho (2011, p.130) “Os dutos podem funcionar 24 horas
por dias, 30 dias por mês. Por isso, trata-se do modal utilizado para maior frequência
de todos". Por outro lado, este modal apresenta restrições em termos de capacitação,
pois o duto só trabalha com líquidos, gases e grãos. Além disso, o transporte
dutoviário apresenta custos fixos elevados em virtude do direito de passagem,
construção, estações de controle e capacidade de bombeamento. Entretanto, seus
custos variáveis são baixos. Possui uma representação pequena na matriz de
transporte no Brasil, pois seus tipos de serviços e capacidades do transporte
dutoviário é ainda extremamente limitado no país (WANKE e FLEURY, 2006).

Pode se dizer então que modal dutoviário é o meio de transporte que


transporta produtos sólidos, gasosos ou líquidos por meio de tubulações aéreas,
subterrâneas ou submarinas, desenvolvidas por tecnologias especiais para cada tipo
de produto. Esse modal não possui flexibilidade de rota, pois a dutovia é exclusiva
entre dois pontos o de embarque e desembarque.

Filho (2011) ilustra e faz uma comparação entre os modais de transporte


em função da frequência e nota se que o transporte dutoviário é o mais indicado,
conforme figura abaixo.
35

Figura 3 - Comparação entre modais em função da frequência

Fonte: Adaptado (FILHO, 2011)

Percebe se no quadro abaixo outras vantagens e desvantagens do modal


dutoviário.

Quadro 4 - Vantagens e Desvantagens do modal Dutoviário

Vantagens Desvantagens

Transporte de grandes distâncias. Acidentes ambientais de grandes proporções

Transporte de volumes granéis muito elevados. Investimento inicial elevado.

Simplificação de carga e descarga. Custo fixo elevado.


Menor possibilidade de perda e roubo. Requer mais licenças ambientais.
Baixo consumo de energia.
Baixos custos operacionais.
Alta confiabilidade.
Fonte: (ALMEIDA, 2018)

Fica evidente que o modal dutoviário é considerado o mais consistente e


frequente de todos os modais, tem como vantagens, permitir que elevadas
quantidades de produtos sejam deslocados de maneira segura, diminuindo o tráfego
de cargas perigosas por outros modais; possui facilidade de implantação, alta
confiabilidade, baixo consumo de energia e baixos custos operacionais, porém, as
ocorrências de acidentes ambientais em elevadas proporções é um ponto de negativo
36

do modal dutoviário, além do investimento inicial ser muito elevado, necessita de


várias licenças ambientais.

3.1.4 Transporte Ferroviário

O transporte ferroviário é o mais indicado para transporte, a longa


distâncias, de produtos de grande volume, mas pouco eficiente e muito agravoso para
o deslocamento de quantidades pequenas. É utilizado para longas e pequenas
distâncias, com baixas velocidades. (FILHO, 2011).

Possui tempo de entrega (velocidade) que depende do estado de


conservação das ferrovias. Em relação à disponibilidade, praticamente é aquele que
ocupa o segundo lugar dentre todos (o primeiro é o rodoviário) porque depende da
extensão da malha ferroviária. (WANKE e FLEURY, 2006).

Ballou (2006, p. 154) descreve que o transporte ferroviário “é basicamente


um transportador de longo curso e de baixa velocidade para matérias-primas (carvão,
madeira, produtos químicos) e para produtos manufaturados de baixo custo
(alimentos, papel e produtos florestais), e prefere mover cargas completas”.

Esse modal possui altos custos fixos em consequência de investimentos


essenciais em trilhos, terminais, locomotivas e vagões. Para distâncias menores, os
custos fixos não conseguem ser diluídos, aumentando os fretes em valores elevados
e com isso essa modalidade não se torna competitiva. (NOVAES, 2016). Entretanto,
seus custos variáveis são pequenos. O modal ferroviário é pouco utilizado no Brasil,
principalmente devido à falta de investimento em infraestrutura ferroviária (WANKE e
FLEURY, 2006).

Nota se no quadro 5 as vantagens e as desvantagens do modal ferroviário


e pode se dizer que embora os investimentos para a construção e implementação das
ferrovias sejam elevados, os transportes ferroviários são mais seguros, com pequeno
impacto ambiental e possuem um custo operacional e de manutenção baixos, em
relação aos volumes que transportam. Fica evidente que é um transporte favorável
pois possui maior capacidade de carga (em relação aos transportes rodoviários e
37

aéreos), além de percorrer grandes distâncias com baixo consumo de energia.

Como não há problemas de congestionamentos como ocorre no modal


rodoviário, existem transportes ferroviários lentos, o que ocasiona uma numerosa
utilização de outros transportes mais rápidos. Além disso, o modal ferroviário
apresenta baixa flexibilidade pela rigidez dos horários bem como das limitações das
extensões da malha férrea, ou seja, não tem possibilidade de percorrer outros
caminhos.

Quadro 5 - Vantagens e Desvantagens do modal Ferroviário

Vantagens Desvantagens
Alta eficiência energética. Tráfego limitado aos trilhos.
Grandes quantidades transportadas. Sistemas de bitolas inconsistentes.
Inexistência de pedágios. Malha ferroviária insuficiente.
Baixíssimo nível de acidentes. Malha ferroviária sucateada
Melhores condições de segurança da carga. Necessita de entrepostos especializados.
Nem sempre chega no destino final, dependendo
Menor poluição do meio ambiente.
de outros modais.
Pouca flexibilidade de equipamentos.
Fonte: (ALMEIDA, 2018)

3.2 Transporte Rodoviário: Vantagens e desvantagens

Atualmente, por transitar em pequenas distâncias, ter agilidade e ser


dinâmico e, sobretudo, por ter facilidade para movimentar em rotas alternativas, o
transporte rodoviário é aquele que opera em estradas de rodagem, com uso de
veículos como ônibus, caminhões e carretas.

No meio de todos os modais de transportes, o rodoviário é o mais usado


pelas organizações brasileiras para o transporte de mercadorias, desde pequenas
cargas até grandes equipamentos necessários para abastecimento de outras
empresas ou de clientes finais. Filho (2011, p.132) afirma que o transporte rodoviário
“Trata-se do modal de transporte mais utilizado no Brasil”.

O sistema rodoviário de cargas é o principal meio de transporte no país e


desempenha papel crucial para a economia e o bem-estar da sociedade. Sabe-se que
38

assumir essa responsabilidade implica numa busca continua de otimizar e de melhorar


o nível dos serviços oferecidos, acabando necessitando de novas tecnologias e novos
métodos (VALENTE 2008).

Pode se dizer então que o transporte rodoviário é aquele feito através de


ruas, estradas e rodovias, sejam elas pavimentadas ou não, com o intuito de
transportar de um ponto ao outro, mercadorias, animais ou pessoas. No Brasil este
modal é o principal meio de transporte e especifica-se pela praticidade de movimentar
e também se destaca por transportar diversos tipos de cargas, as empresas do ramo
estão sempre buscando inovações para melhor o nível de serviço prestado.

“Uma das grandes vantagens do transporte rodoviário é de alcançar


praticamente qualquer ponto do território nacional, com exceção de locais muito
remotos, os quais, por sua própria natureza, não têm expressão econômica para
acionar esse tipo de serviço” (NOVAES, 2016). Segundo Mendonça (2006, p.01) isso
se deve ao fato de que:

As rodovias são adequadas para o transporte em distâncias menores.


Apresentam a vantagem de retirar a mercadoria no próprio local e transportá-
lá até o ponto desejado. O transporte rodoviário não depende de varias
operações de cargas e descarga, até o produto final, como acontece com os
outros meios. O Caminhão e o ônibus têm a vantagem de realizar o transporte
de ponta a ponta.

Ballou (2006, p. 155) também afirma que:


As vantagens inerentes do transporte rodoviário são os serviços porta-a-
porta, sem necessidade de carga ou descarga entre origem e destino,
transbordo esse inevitável nos modais ferroviário e aéreo; frequências e
disponibilidade do serviço, e a velocidade e comodidade inerentes ao serviço
porta-a-porta.

Em contrapartida, o modal rodoviário tem custos fixos e custos variáveis.


No primeiro grupo abrangem: Os custos com mão-de-obra (salários e encargos de
motoristas, ajudantes e mecânicos, caso a empresa possua mecânicos), custos
administrativos, depreciação dos veículos e equipamentos, impostos (licenciamento,
IPVA2, seguro obrigatório), seguro do veículo e de acessórios e custo de oportunidade
sobre ativos investidos. Entre os custos variáveis inclui: combustíveis, lubrificantes,

2 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores


39

pneus, acessórios, manutenção, lavagem do veículo, seguro de produtos


transportados e pedágio. (FARIA e COSTA, 2005).

Além dos custos fixos e variáveis que as empresas possuem, um dos


pontos de desvantagem que agravam ainda mais estes custos, são as rodovias no
país, que são consideradas com estado de conservação precária, conforme ilustra a
figura 4.
Figura 4 - Pesquisa de Conservação das Rodovias

Fonte: (CNT, 2017)

Percebe se que no Brasil 61,8% da extensão total do estado de


conservação das rodovias estão classificadas como de qualidade regular à péssimo
e 38,2% como de aspecto bom e ótimo, também analisa se que devido a má condição
da pavimentação das rodovias, os custos como depreciação dos veículos e
equipamentos, pneus e outros assessórios, bem como a manutenção dos veículos
tendem a aumentar. Com todas as citações, pode se notar as vantagens e
desvantagens do modal rodoviário no quadro abaixo de forma simplificada.

Quadro 6 - Vantagens e Desvantagens do modal Rodoviário

Vantagens Desvantagens
Capacidade de tráfego por qualquer rodovia.
Limite do tamanho da carga/veículo
(flexibilidade).
Usado em qualquer tipo de carga. Alto custo de operação.
Agilidade no transporte. Alto risco de roubo/acidentes.
Vias com gargalos gerando gastos extras e maior
Não necessita de entrepostos especializados.
tempo para entrega.
Amplamente disponível. o modal mais poluidor que há.
Elimina manuseio entre origem e destino. Alto valor de transporte.
Tem se adaptado a outros modais.
Fácil contratação e gerenciamento.
Fonte: (ALMEIDA, 2018)
40

Portanto, Fica evidente que dentre todos os modais existentes, o transporte


rodoviário, é considerado o mais eficiente e eficaz no Brasil, pois, possui flexibilidade
de trafegar em rotas alternativas, também transportam vários tipos de cargas, é rápido
e ágil, além de ter vários veículos disponíveis para serem contratados, sem falar na
facilidade de contratação e gerenciamento, entretanto, como todo transporte existem
desvantagens, o modal rodoviário não é diferente, os tamanhos das cargas ou dos
veículos são limitados, os custos são maiores por causa do impacto direto dos
pedágios, altos valores dos combustíveis, a má pavimentação das rodovias e por fim,
maiores são as chances da carga ser avariada ou até mesmo extraviada.

3.2.1 Tipos de veículos

Nos dias atuais, existem diversos tipos de veículos usados no transporte


rodoviário de carga, evidentemente classificados como caminhões, carretas e outros.

Segundo Filho (2011) os veículos podem ser caracterizados das seguintes


maneiras: caminhões, cavalos mecânicos, Bitrem e Rodotrem:

Caminhões: São fixos, formados por um conjunto composto de: cabine,


motor e carroceria (unidade de carga). Existem diferentes tamanhos com dois ou três
eixos rígidos e sua capacidade em questão de Peso Bruto Total (PBT) variam, suas
carrocerias podem ser abertas - no estilo de plataforma, gaiola, tanque ou fechada
(baú). Os tanques ou baús podem ser compostos com equipamentos de refrigeração
para transportar cargas refrigeradas ou congeladas, também podem ser classificados
como toco quando são compostos de dois eixos, suportando em peso bruto máximo
(em toneladas) até 16 tons, já os caminhões trucados (truque) são formados por três
eixos e sua capacidade é maior comparada com o veiculo toco devido possuir um eixo
à mais, suportando até 23 toneladas. Eles também são conhecidos como caminhões
¾. Pode se observar na figura 5 a diferença entre os modelos de caminhões toco e
trucado (GUIA DO TRC, 2015).
41

Figura 5 - Modelo de Caminhões Toco e Truque

Fonte: (DIÁRIO DE S. PAULO, 2016)

Cavalos Mecânicos: São veículos articulados (as unidades de tração e


carga ficam em módulos separados, o cavalo mecânico e o semirreboque). Podem
ser fechados ou abertos e possuem as mesmas definições das carrocerias dos
caminhões. Permitem maior flexibilidade operacional ao possibilitar que semirreboque
seja carregado enquanto o cavalo mecânico utiliza outro equipamento para outras
viagens (FILHO, 2011). Esse tipo de veículo também é conhecido como carretas ou
também cavalo toco, onde o mesmo pode ser engatado em semirreboques de vários
tipos, suportando até 41,5 toneladas no seu Peso Bruto Total, já o cavalo trucado ou
LS, possui eixos duplo no conjunto, transportando no máximo 48,5 toneladas (GUIA
DO TRC, 2015).

Figura 6 - Modelo de Cavalos Mecânicos Toco e Trucado

Fonte: (DIÁRIO DE S. PAULO, 2016)

Bitrem: “É o conjunto formado por um cavalo mecânico tracionando dois


reboques, sendo o primeiro acoplado na quinta roda do cavalo mecânico e o outro
numa segunda quinta roda, localizada na extensão do primeiro semirreboque”
(FILHO, 2011, p. 257). Esse tipo de veiculo pode variar de tamanho dependendo da
extensão da carroceria, podendo medir de 17,5 metros até 30 metros de
comprimentos e diversificar com a quantidades de eixos dependendo do modelo do
semirreboque, suportando até 74 toneladas do peso bruto total (GUIA DO TRC, 2015).
42

Figura 7 - Modelo de Bitrem

Fonte: (DIÁRIO DE S. PAULO, 2016)

Rodotrem: “É o conjunto semelhante ao Bitrem, adicionado de uma


unidade de articulação (dolly), posicionada entre os dois semirreboques. O dolly
adiciona dois eixos à composição” (FILHO, 2011, p. 258). Esse modelo de veículo é
parecido com o bitrem em vários aspectos, o que diferencia é que o rodotrem possui
sempre 9 eixos. Também suporta até 74 toneladas do PBT.

Figura 8 - Modelo de Rodotrem

Fonte: (DIÁRIO DE S. PAULO, 2016)

Percebe se que são vários os tipos de veículos disponíveis para transportar


mercadorias no modal rodoviário brasileiro, cabe cada empresa analisar qual veículo
atende sua necessidade, desde o tamanho até o peso que o mesmo consegue
transportar e o melhor custo/benefício, vale ressaltar que após a escolha do veiculo
mais apropriado a organização deve se atentar na forma correta do carregamento,
pois, caso haja algum equívoco na distribuição da carga entre os eixos ou se tiver
excesso de carga, isso pode acarretar em mais custos para a companhia, como os
desgastes dos acessórios do veículo como pneus, freios, maior consumo de
combustível entre outros, com isso, podem causar danos nas rodovias e acidentes,
além de gerar multas por excesso de peso entre os eixos e/ou no peso bruto total,
esse será o assunto abordado na próxima sessão.
43

3.2.2 Atuação dos postos de pesagens

Atualmente, o excesso de peso nos veículos que circulam pelas estradas


e rodovias geram vários danos ao tráfego de veículos, elevando os riscos aos usuários
das vias, danificando precocemente o pavimento e ocasionando o desgaste
prematuro dos veículos.

Os prejuízos causados pelo excesso de peso entre os eixos ou de carga


causam aumentos dos gastos ao fisco, principalmente com a recomposição dos danos
causados ao pavimento e com o pagamento de indenizações, seguros, assistência
médica, previdência social e inúmeros outros gastos decorrentes de acidentes de
trânsito por defeitos gerados na rodovia.

A empresa que transporta com excesso de peso ou de carga também é


prejudicada devido ao desgaste precoce de componentes do veiculo, aumento do
consumo de combustível e, principalmente, a probabilidade de envolver-se em um
acidente de trânsito, além de ser autuado com multas por excesso de peso
ocasionado custos adicionais para a organização.

A fiscalização de pesagem dos veículos nas rodovias federais é executada


pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) (apenas nas rodovias federais
concessionadas) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com a Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que


estabeleceu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no artigo 21, inciso VIII, a
competência do DNIT no que diz respeito à pesagem de veículos (BRASIL, 1997):

Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua
circunscrição:
(...)
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas administrativas
cabíveis, relativas a infrações por excesso de peso, dimensões e lotação dos
veículos, bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar;
44

Para as rodovias federais concedidas, a Lei no 10.233, de 5 de junho de


2001, no artigo 24, inciso XVII, determina que à ANTT “exercer, diretamente ou
mediante convênio, as competências expressas no inciso VIII do art. 21 da Lei no
9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código Brasileiro de Transito, nas rodovias
federais por ela administradas”.

Já para a PRF, conforme a Resolução no 289/2008 do Contran, no artigo


2° compete a “fiscalização por excesso de peso nas rodovias federais, isoladamente,
ou a título de apoio operacional ao DNIT[...]”.

Segundo o DNIT (2018) os postos de pesagens de veículos têm como


objetivo impedir o excesso de carga cometido por veículos de transporte de carga,
assegurando, assim, a preservação e extensão da vida útil do pavimento, além de
proporcionar maior segurança aos usuários das rodovias.

Figura 9 - Balança de Pesagem

Fonte: (TOCO, 2017)


45

Sabe-se que o estado de conservação das estradas e rodovias brasileira é


precário. Os postos de pesagens buscam evitar ainda mais os danos. Nota se diversos
outros motivos que apresentam a necessidade do controle de peso dos veículos,
como manter o fluxo do trânsito, já que caminhões com excesso de peso/carga têm
velocidade reduzida, principalmente em subidas. Já em trechos de declive, o problema
é o efeito do excesso de peso sobre a capacidade de frenagem, que é prejudicada
pelo excesso de carga, o que pode acarretar em graves acidentes. Portanto, os postos
de pesagem têm atuação primordial nas estradas e rodovias brasileiras.

Analise se que carregar excessivamente os veículos ou conduzi-los com


excesso de peso ou de carga, pode acabar não sendo vantajoso para as empresas,
pois, o ganho pode ser pequeno, comparado com os custos que pode se agravar.

As infrações de multas são por excesso de peso entre eixos, ocasionadas


pela má distribuição da carga no veículo, quando feita de maneira equivocada,
também são autuados pelo excesso do Peso Bruto Total (PBT), Peso Bruto Total
Combinado (PBTC) e pela Capacidade Máxima de Tração (CMT), essas multas
podem custar valores elevados para a organização, “o valor normal de uma infração
normal é em média R$ 130,16” (TOCO, 2017), além da cobrança por fração de peso
excedido. Somando todos os valores de uma multa, o mesmo pode chegar mais de
R$ 1.000,00 (Mil reais), conforme o exemplo do calculo da figura 10.

Figura 10 - Cálculo da Multa por Excesso de peso

Fonte: (TREVISAN, 2016)


46

As empresas sempre ficam na dúvida de quem deve pagar a multa por


excesso de peso, se é o embarcador ou o transportador, Toco (2017), descreve
claramente através do quadro abaixo, quem fica responsável pelo recolhimento da
multa quando notificado.

Quadro 7 - Responsáveis pelas infrações.

Quantos embarcadores Quem paga a multa? Por quê?


Como são diversos clientes, cabe ao
transportador saber quando seu
Vários embarcadores Dono do caminhão caminhão atingiu o limite
Vale a mesma lógica, o transportador é
Um único embarcador sem que é responsável pela capacidade de
peso declarado Dono do caminhão seu caminhão
Um único embarcador com
peso declarado acima do Solidário (dono do Ambos estavam cientes do excesso,
limite caminhão e embarcador) então ambos pagam por isso
A pesagem é feita no embarcador,
então se ele mentiu no peso colocado
Um único embarcador com sobre o caminhão, o transportador não
peso declarado inferior ao teria como saber, por isso não leva a
real Embarcador multa
Fonte: (TOCO, 2017)

De acordo com Tervisan (2016) a visão da lei é identificar e punir quem


realmente cometeu o erro relacionado ao excesso de peso. Então, para não cometer
esses equívocos no momento do carregamento e gerar custos e estresses entre os
envolvidos no processo logístico. As empresas devem se certificar que estão
expedindo seus veículos com as cargas bem distribuídas e com os pesos dentro do
limite estipulados por lei, sendo assim, todos saíram ganhando.
47

CAPÍTULO IV

4 A INFLUÊNCIA DA TI PARA REDUÇÃO NO EXCESSO DE PESO NO


TRANSPORTE RODOVIÁRIO

4.1 Tecnologia nos veículos

O transporte rodoviário brasileiro já possui veículos compostos com


tecnologia de ponta, como exemplo, a suspensão pneumática (a ar), que através de
um sistema, controla a pressão nas bolsas, também conhecido como foles, onde
distribui o peso, evitando assim os desgastes nos acessórios, proporcionando melhor
estabilidade e conforto para o condutor.

Segundo Vilanova (2015) afirma que esses:

[...] são requisitos fundamentais para um motorista de caminhão, que roda


milhares de quilômetros por dia carregando as nossas riquezas pelos mais
diferentes tipos de estrada, muitas cheias de buracos, lombadas e
irregularidades. Por isso, ter um sistema de suspensão eficiente e robusto é
tão necessário nesses veículos, para absorver as trepidações, impactos e
desgastes dos componentes sofridos devido ao peso da carga transportada.

Além de proteger a carga e conceder maior conforto, estabilidade e


segurança para o condutor, a suspensão pneumática tem outras vantagens, como
melhor distribuição da carga entre os eixos, evita desregular os faróis, aumenta a vida
útil dos pneus, reduz o consumo de combustível, reduz custo de manutenção, tem
melhor facilidade de troca e reduz peso morto. (TRANSPORTE MUNDIAL, 2017).

Fica evidente que o sistema de suspensão pneumática otimiza a operação


de carregamento, já que o mesmo evita o excesso de peso no veiculo, proporcionando
maior segurança, evitando desgastes prematuros da suspensão e pneus, reduz o
consumo de combustíveis e além de tudo evita de ser notificado por multa devido ao
excesso de peso entre os eixos.

Também alguns veículos já possuem de fábrica, balança eletrônica que


possibilita ao motorista verificar antes de seguir viagem se o veículo está carregado
48

com o peso dentro dos padrões exigido por lei.

Figura 11 - Balança Digital

Fonte: (GERALDO, 2013)

Percebe se então que a tecnologia está presente para ajudar cada vez mais
as empresas e também aos motoristas, com a balança eletrônica nos caminhões e
cavalos mecânicos, após o carregamento pode se verificar se houve excesso de peso
entre os eixos ou até mesmo no peso bruto total, sendo este, um dos fatores que mais
prejudicam tanto os veículos quanto os pavimentos, além de se precaver das multas
em balanças, com essas tecnologias as empresas conseguem reduzir seus custos e
aumentar seu rendimento.

4.2 Otimização no carregamento através do software

Atualmente, existem sistemas que simulam a melhor forma de


carregamento, otimizando a utilização dos espaços nos veículos e potencializando o
transporte de mais mercadorias sem as empresas precisar aumentar a frota.
49

Conforme Hivecloud (2017) “Um Sistema de Otimização de Carregamento


é uma solução tecnológica utilizada para carregar as caixas, palets ou fardos de
produtos dentro de um veículo de forma a maximizar a utilização do espaço”.

Nota se que através dos softwares de otimização de carregamento as


empresas conseguem benefícios em ter previsibilidade e planejamento em seus
custos, ganha tempo e otimiza a operação, o que traz retornos financeiros.

4.2.1 SPE CARGAS - Simulador de Pesagem de Veículo por Eixo

O software SPE CARGAS foi desenvolvido pela empresa VISTEN fundada


em 2008, por Guilherme Silvério Portela Santos, Bernardo de Carvalho Guerra
Abecasis e Duarte Nuno Goncalves. É uma empresa jovem que busca ser a melhor
empresa no ramo de soluções tecnológicas. Sua missão é trabalhar em parceria com
o cliente para atingir o resultado desejado bem como superar as expectativas. Tem
como visão se tornar a melhor empresa nacional em serviços relacionados a sistemas
de logística na visão de seus clientes e parceiros, mantendo uma grande atuação
social nas comunidades onde estiver presente, possui valores como
comprometimento e responsabilidade, competência e inovação, parceria de respeito
com clientes e colaboradores, foco em resultados e estratégia e competividade ética.

De acordo com a VISTEN (2018) o modal rodoviário no Brasil é o mais


utilizado para transportar produtos e matéria-prima, com base nessa informação, a
empresa desenvolveu o software SPE CARGAS que impulsionou a gestão de logística
de diversas empresas, o projeto tem foco na distribuição correta do peso nos eixos
dos veículos ao realizar a alocação das cargas. Segundo VISTEN (2018) as empresas
conseguem obter vários benefícios como:

 Evitar multas com excesso de peso e os custos associados, como: transbordo


da carga, atraso de entrega ao cliente, stress do motorista;
 Evitar viagens de ida e volta (retrabalho) para pesar, isto representa economia
de tempo e dinheiro;
 Redução do tempo de carregamento dos caminhões por saber exatamente
50

onde colocar as cargas;


 Redução do desgaste do veículo e aumento da vida útil dos pneus e do sistema
de amortecimento com melhor distribuição de peso em todos os eixos.

Pode se dizer então que através do software SPE CARGAS as empresas


não necessitam de balanças físicas, com isso ganha se tempo, pois, os veículos não
precisam ficar indo e voltando para ajustar a forma de carregamento, quando
carregado de maneira errada, reduz os custos com multas, devido ao excesso de peso
entre os eixos e também diminui os custos com pneus, combustíveis, suspensões
entre outros.

Além de todos os benefícios que o sistema oferece, o mesmo é bem


simples e intuitivo, seu layout é fácil de interagir possibilitando maior rapidez no
aprendizado dos usuários.

Figura 12 - SPE CARGAS Layout

Fonte: (VISTEN, 2018)


51

Através do software, pode se simular a melhor forma de carregamento,


aproveitando todo o espaço do veiculo, fazendo a distribuição correta para não haver
excesso de peso bruto ou entre os eixos, caso ocorra, o sistema acusará com um
destaque onde encontra se o erro, sendo assim, consegue se ajustar o equívoco antes
de carregar definitivamente, após a simulação o sistema gera relatórios, onde é
possível enviá-los por e-mails aos responsáveis da empresa e todos os envolvidos,
mas para que os resultados sejam precisos, deve se inserir os dados corretamente,
desde o comprimento das carretas, espaçamentos entre os eixos, tara e o peso
máximo permitido em cada tipo de veiculo a ser transportado.

Figura 13 - Cadastro dos Veículos.

Fonte: (VISTEN, 2018)

Saliente se que além do cadastro dos veículos também deve se inserir os


dados do tipo de material que será expedido, como: caixas, bobinas, fardos ou palets,
todas essas informações devem ser preenchidas de forma minuciosa.
52

Figura 14 - Especificação da Carga

Fonte: (VISTEN, 2018)

Para ajudar nas medições dos veículos e tipo de carga, a desenvolvedora


do software SPE CARGAS está criando um aplicativo para celular, onde irá coletar as
medidas e enviá-las automaticamente ao sistema, facilitando a vida dos usuários
(VISTEN, 2018).

Portanto, quando o banco de dados estiver alimentado com todas as


informações corretas, a empresa consegue emitir o plano de embarque, onde simula
de forma rápida e precisa a melhor forma de carregamento, desta maneira, reduzindo
tempo, aproveitando todo o espaço do veiculo.
53

Figura 15 – Plano de Embarque

Fonte: (VISTEN, 2018)

Fica evidente que a através do software pode se obter diversas vantagens,


quando todas as informações estiverem corretas, melhorando assim o rendimento
financeiro da companhia, entretanto, caso houver algum erro no preenchimento dos
dados, o plano de embarque será inválido, podendo custar valores altíssimos para
organização.
54

CONSIDERACÕES FINAIS

Através do estudo realizado foi possível se chegar a algumas conclusões


importantes, entre elas, o papel fundamental da tecnologia da informação, enquanto
ferramenta estratégica sem a qual se torna difícil a sobrevivência das empresas na
modernidade.

A tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas pessoais e


também na rotina coorporativa. A medida em que a humanidade vai evoluindo,
descobrindo e inventando mais recursos, o mercado absorve e se forma para atender
as necessidades e aperfeiçoar processos. Porém, observa se que mesmo com tanta
tecnologia a disposição e conhecimento, sabemos que ainda temos muito para evoluir
e melhorar continuamente.

A utilização de software como ferramenta para controlar o excesso de peso


no transporte rodoviário é uma ferramenta estratégia expressiva na redução de
acidentes, danificação dos pavimentos além de reduzir os custos com acessórios dos
veículos e com notificações de multas por excesso de peso.

Ficou claro que para agilizar os processos de carregamento e aproveitar


todo espaço das carretas, onde não ocorra excesso de peso, pode se através de
sistemas, prevê a forma mais apropriada para evitar o excesso de peso entre os eixos,
com isso gera se vários pontos positivos para as empresas, como a redução de tempo
de trabalho, redução nos custos entre outras vantagens.

Conclui-se então que os softwares que simulam a forma de carregamento


é uma importante ferramenta para otimização no transporte rodoviário brasileiro
atualmente, levando em consideração o grande avanço das tecnologias e a utilização
cada vez mais crescente desses sistemas, principalmente para redução de peso
transportado pelas vias no país. As empresas que não aderirem a essa nova
ferramenta ficarão a margem do mercado e poderão perder espaço para a
concorrência.
55

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