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6 de Maio de 2019
Contratos de Colaboração
1) Introdução
Contrato de colaboração é um dos instrumentos contratuais
desenvolvidos com o objetivo de racionalizar o otimizar o escoamento
de mercadorias. Segundo Fábio Ulhôa Coelho, são contratos nos quais
as empresas contratantes articulam seus esforços visando à criação ou
consolidação de mercados consumidores dos produtos fornecidos por
um deles.
3) Distribuição-intermediação
É o contrato de colaboração em que o empresário colaborador
(distribuidor) obriga-se a comercializar os produtos do empresário
fornecedor (distribuído).
4) Concessão mercantil
É o tipo de contrato de colaboração pelo qual o empresário colaborador
(concessionário) se obriga a comercializar os produtos fabricados pelo
empresário fornecedor (concedente). Porém, neste caso, há maior
interferência por parte do empresário fornecedor na empresa do
concessionário, porque há interesse de acompanhar mais de perto as
relações entre o colaborador e os consumidores.
Em regra, também se trata de um contrato atípico, ficando os direitos e
deveres estabelecidos exclusivamente pelas cláusulas contratuais. No
entanto, há um exceção à regra: o contrato de concessão mercantil em
que o objeto é a comercialização de veículos automotores terrestres.
Este é típico, regulado pela Lei 6.729 de 1979, apelidada de “Lei
Ferrari”. O objetivo da disciplina legal deste tipo específico de
concessão, de acordo com Fábio Ulhôa Coelho, é garantir meios para
que o concessionário recupere seu elevado investimento feito na
implantação e periódica modernização do estabelecimento de revenda.
Na hipótese regulada pela “Lei Ferrari” o contrato deverá ser, por força
da própria da própria lei, por prazo indeterminado, admitindo apenas
a exceção do primeiro contrato, celebrado por no máximo cinco anos.
5) Mandato
É o contrato de colaboração pelo qual o colaborador (mandatário) se
obriga a praticar atos em nome e por conta do fornecedor (mandante).
Assim, aquele que adquire os produtos realiza negócio com o próprio
fornecedor e tem direitos contra ele, uma vez que o mandatário foi
mero portador da vontade do mandante.
6) Comissão mercantil
Este contrato assemelha-se ao mandato, no entanto, o colaborador
(comissário) se obriga a agir por conta do fornecedor (comitente) em
nome próprio. Neste caso, o adquirente contrata com o colaborador, e
não com o fornecedor e terá direitos em face do comissário.