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DEPARTAMENTO DE MAQUINAS MARITIMAS

CURSO DE ENGENHARIA ELECTRÓMECANICA

DISCIPLINA: PROJECTO DO CURSO

TURMA: 4ELM15

TEMA: AVALIAÇÃO E APROVEITAMENTO DA ENERGIA DAS ONDAS PARA USO


PORTUÁRIO

DISCENTE: Antélio Cristiano Munguambe

Docente: Dr. Carlos Alejandro

Maputo, aos de Abril de 2019


Avaliação e aproveitamento da energia das ondas para uso portuário

Moçambique é um país rico em recursos hídricos, pois para além de tantos rios que atravessam o
país e aqueles que tem a sua nascente no interior (embora sejam de pequena escala alguns deles),
é banhado pelo oceano indico e isto o torna um potencial para estabelecimentos de infra-
estruturas portuárias que por sua vez fazem de Moçambique um bom importador e exportador de
cargas e mercadorias e um grande corredor de mercadorias para os países vizinhos e este factor
tem avultado impacto no crescimento da economia do país e no aumento do PIB.

Os portos da nossa nação (Moçambique), estão todos localizados na costa do oceano indico,
nomeadamente: porto de Maputo, Beira e Nacala. Cada um destes com sua extensão e expansão,
assim como sua especifica profundidade, profundidade tal que influencia bastante no tipo/porte
dos navios que o porto pode receber, quanto maior for a profundidade mais livre esta para
receber embarcações de grande porte pois a possibilidade de as embarcações encalharem é muito
menor.

Esta profundidade, para além de conferir ao porto tais vantagens, pode ser usada para geração de
energia, a chamada energia das ondas

Energia das ondas do Oceano é criada pela interacção do vento na superfície do mar, sendo o seu
tamanho determinado pela velocidade, período e área de incidência, pela batimetria do leito
oceânico que concentra ou dispersa a energia das ondas e pelas correntes marítimas.

Uma vez criadas as ondas podem viajar milhares de quilómetros no alto mar praticamente sem
perdas de energia. Em regiões costeiras a densidade de energia presente nas ondas diminui
devido à interacção com o fundo do mar. Esta diminuição pode ser atenuada por fenómenos
naturais. A potência de uma onda é proporcional ao quadrado da sua amplitude e ao seu período.
Ondas de elevada amplitude (cerca de 2 m) e de período elevado (7 a 10 s) excedem
normalmente os 50 kW por metro de frente de onda. Cruz, João e Sarmento, António (2004).

A energia das ondas (energia cinética) pode ser convertida em energia eléctrica através de
Dispositivos Conversores de Energia das Ondas ‐ Wave Energy Converter (WEC). Cunha, Jorge
e Onofrei, Roxana. (INPI).
Os sistemas produtores deste tipo de energia dividem‐se em 3 grupos:

 Dispositivos fixos ou embutidos na linha costeira, sujeitos à rebentação (shoreline);


 Dispositivos instalados perto da costa, em águas pouco profundas da costa (nearshore);
 Dispositivos instalados ao largo (offshore). Cunha, Jorge e Onofrei, Roxana. (INPI).

A principal diferença entre os dispositivos próximos da costa e os afastados da costa resulta das
profundidades envolvidas. No primeiro caso as profundidades serão normalmente inferiores a
20m e os dispositivos serão assentes no fundo do mar, enquanto no segundo caso rondarão os
50m e os dispositivos serão flutuantes. É importante notar que o regime de ondas é mais
energético em profundidades de 50 m do que em profundidades de 20 m, havendo, por este lado,
vantagem em colocá-los em profundidades superiores. Cruz, João e Sarmento, António (2004).

A forma de energia desejada só poderá ser obtida instalando-se dispositivos conversores de


energia das ondas, pois a energia das ondas esta na forma cinética, tais dispositivos podem ser:

 Atenuadores;
 Sistema Oscilante de Simetria Axial (Point Absorber);
 Conversores Oscilantes de Translação das Ondas (Oscillating Wave Surge Converters ‐
OWSC);
 Coluna de Água Oscilante (CAO) (Oscillating Water Column ‐ OWC);
 Dispositivos de Galgamento (Overtopping Device);
 Dispositivos Submersos de Diferença de Pressão (Submerged Pressure Differential);
etc…

Com toda abordagem acima citada acerca desta grande tecnologia da energia das ondas, deve-se
apenas ter uma profundidade mínima admissível para que se aproveite esta energia que pode ser
útil para a sociedade marítima (nos portos por exemplo, no caso destas usinas terem sido
instaladas nas proximidades portuárias).

Sendo uma tecnologia que para o seu investimento é muito oneroso, não é muito difundido em
Moçambique mesmo rico em recursos hídricos, porque o retorno do investimento não é imediato.
Porem, com uma óptima avaliação e estudos a nível da costa moçambicana pode-se estimular os
investidores a apostarem e assim aproveitar-se-á esta energia que o oceano nos dá.
Esta energia pode ser para o auxílio da demanda portuária dependendo da potência que se
estiver produzindo, ainda que não alimente um porto ao todo, pode servir para suprir
necessidades de um/ alguns sectores portuários, nesta ordem de ideias, a energia oriunda das
ondas oceânicas estará contribuindo de forma significativa na diminuição dos valores de energia
pagos a concessionaria.

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