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2 Aformações
Mais recentemente, descobrimos, através de um autor que se chama Noah St
John, um livro chamado o «Código Secreto do Sucesso». É um livro que
incentiva pela forma de pensar, a viver com mais riqueza e mais felicidade e
contém um capítulo relevante que fala sobre as aformações. Reconheço nesta
técnica grande importância e eficiência, principalmente quando nos
deparamos com situações difíceis ou muitos pensamentos críticos.
Noah St John, que nos trouxe as Aformações, é também fundador de uma
empresa que se chama a Clínica do Sucesso.
2.3.2.1 O que são Aformações?
A nossa mente humana move-se usando perguntas, e as aformações são
perguntas animadoras, são perguntas que abrem portas e possibilidades.
Quando usamos aformações, o nosso foco está ligado a algo que nos faz feliz.
As aformações permitem-nos expressar de um modo diferente sobre aquilo
que é difícil verbalizar. Quando as utilizamos, expressamos uma pergunta de
um ponto de vista harmonioso e deixamos o universo atrair a forma.
Para criar uma aformação, podemos usar uma afirmação e transformá-la em
pergunta, permitindo assim à nossa mente procurar novos caminhos no nosso
inconsciente. Para estas perguntas não procuramos respostas. É
particularmente eficiente porque muitas pessoas não acreditam nas afirmações
positivas e rejeitam essa forma de pensar.
2.3.2.2 Para que Servem?
Eu vou tentar ser mais clara através de alguns exemplos. A sensação que eu
tenho logo que faço a pergunta é de abertura da minha consciência.
Se eu der uma resposta a esta pergunta, fico com uma sensação de término, de
fecho e de limite à minha expansão de consciência. Com as aformações,
usamos perguntas para atrair e fazer vibrar novas realidades na nossa vida.
2.3.2.3 Como Funcionam?
São necessários quatro passos para criar uma aformação:
1. Reflito: O que é que eu quero? O que é que me faria feliz? Do que é
que eu sinto falta? O que é que me limita? O que é que me dá medo?
O que é que eu não estou a fazer? Tomo nota das minhas respostas ou
das minhas sensações sobre estes assuntos.
2. Formulo uma pergunta de forma diferente: Nesta pergunta, o que
eu quero já tenho, o que eu não faço já consigo fazer, o que me limita
já não representa uma dificuldade para mim, o que me dá medo já está
ultrapassado e já estou a fazer o que é certo. Posso começar a minha
pergunta com a palavra “porquê” e formulá-la no presente, na forma
afirmativa.
3. Não tento encontrar respostas: Deixo a minha cabeça processar a
pergunta. Muitas vezes, depois de ter criado essas perguntas, eu sinto
sensações físicas dentro do meu corpo ligadas a uma mudança da
qualidade da energia. Por exemplo: eu posso sentir tonturas, sentir falta
de imaginação, de criatividade, posso sentir este tema ou estas palavras
ridículas, posso sentir irritação ou outras sensações menos confortáveis.
4. Tomo decisões e ações baseadas em novas ideias que estou
processando: Dou um passo em direção àquilo que desejo e observo
os meus novos pensamentos.
Habituei-me a usar o “porquê” na construção das aformações. A palavra
“como” é mais difícil de usar, pois sentia que me provocava inquietação.
Habituei-me a deixar o como para o universo.
Se eu perguntar: “Como posso pagar essa conta com facilidade?” , tenho uma
sensação de dificuldade. Surgem mais dúvidas e respostas que dão a sensação
de fecho.
Se eu perguntar: “Porque é que eu pago essa conta com facilidade?”, tenho
uma sensação de tranquilidade e de abertura.
Podemos usar alguns destes exemplos:
- Porque é que sou tão feliz?
- Porque é que as minhas contas estão sempre pagas
a tempo e horas?
- Porque é que tudo em mim está desperto para o meu sucesso?
- Porque é que me dou tão bem com a minha sogra?
- Porque é que hoje digo o que eu preciso de dizer com tanta
assertividade?
- Porque é que os meus clientes estão tão felizes e me recomendam aos
seus amigos?
- Porque é que as pessoas certas vêm ter comigo?
- Porque é que o meu coração vibra sempre na gratidão?
- Porque é que eu conduzo o meu carro com tanta facilidade?
- Porque é que a minha conta bancária está sempre a receber
pagamentos e transferências?
- Porque é que a minha vida profissional me traz tanta alegria?
- Porque é que eu encontro sempre pessoas sensíveis e agradáveis?
- Porque é que a energia da manhã está logo disponível para mim?
- Porque é que o meu sono é tão profundo e reparador?
- Porque é que o meu corpo consegue ficar sempre saudável?
- Porque é que ao cumprir as tarefas de casa eu me sinto a proteger a
minha família?
- Porque é que a alegria é a minha companheira do dia?
- Porque é que a minha concentração é perfeita a conduzir na estrada?
- Porque é que sou amor e luz?
- Porque é tão mais maravilhoso viver?
- Porque que é que me sinto sempre tão leve e despreocupada?
- Porque é tão reconfortante fazer a lida da casa?
- Porque é tão fácil permitir-me receber?
- Porque é que me sinto tão feliz a formar terapeutas
multidimensionais?
- Porque é que me tem apetecido uma alimentação super saudável?
- Porque é que sou tão feliz e agradecida por ser Eu?
- Porque é tão fácil aceitar quem eu sou e a grandiosa missão que tenho?
- Porque é que estou tão feliz com o meu despertar espiritual?
- Porque é que confio nos resultados sem expectativa?
- Porque é que os meus vizinhos são tão simpáticos?
- Porque é que eu integro plenamente os códigos de luz no meu ADN?
- Porque é que sou tempo, energia, espaço e consciência em qualquer
tempo espaço e realidade?
- Porque é que a minha energia de atração é tão irresistível?
Durante uma atividade no Brasil eu falei deste exercício. Fi-lo com uma amiga
que andava preocupada. O filho dela estava a ter um comportamento
extremamente desagradável com ela. Juntas, brincámos e criámos algumas
aformações e partir desse dia a minha amiga foi criando mais e mais
aformações: “Porque é que o meu filho é tão meu amigo?”, “Porque é que o
meu filho quando vem a casa fica sempre um pouco mais e conversa
comigo?”, “Porque é que o meu filho quando passa na minha casa se senta à
mesa e fica a jantar connosco?”, “Porque é que a nossa comunicação é tão
tranquila e pacífica?”.
A minha amiga fez este trabalho durante uma semana e na reunião a seguir ela
contou ao grupo como a situação entre eles tinha mudado. Como eu estava
hospedada em casa dela, pude constatar como o seu filho tinha mudado de
atitude, era mais presente, quando passava em casa dela ficava um tempo a
conversar. Ele realmente sentava-se mais à mesa e partilhava o momento do
jantar. Constatei também que ele de repente falava com muita paz com a irmã,
que também vivia nessa casa, sobre assuntos da vida do dia-a-dia. E isto foi o
resultado deste exercício em menos de uma semana.
Em outro momento, fui com um grupo fazer um Retiro na Ilha de São
Miguel, nos Açores. Duas das participantes vieram, deixando em casa os
maridos. Uma estava com uma certa inquietação sobre o que estava a
acontecer em casa com os filhos, outra estava com preocupação sobre o seu
relacionamento.
No decorrer do Retiro, utilizamos as aformações e deu para sentir uma
mudança energética forte. Na própria tarde em que escrevemos as frases, a
primeira participante recebeu uma mensagem do marido com uma fotografia
das crianças, da casa toda arrumada e pintada, com um recado para ela não
ficar inquieta, que estava tudo certo. Era o objeto da preocupação dela e ela
ficou muito feliz ao receber essa mensagem sem mesmo ter de perguntar.
A segunda participante recebeu uma mensagem do marido, escrita em letras
coloridas com animações típicas das nossas redes sociais, a dizer como ele a
amava e como ele a reconhecia e valorizava. Ela, da mesma forma, ficou
extremamente tocada por essa comunicação, pois o marido não costumava
usar este modo de se expressar tão carinhoso.
Em casa com as minhas amigas decidimos praticar essas aformações e todos os
dias fizemos os exercícios. No primeiro dia foi extremamente difícil encontrar
as frases e verbalizar aquilo que nós queríamos realmente dizer. Sentimos a
nossa cabeça com tonturas ou com alguma pressão e até leves dores de cabeça,
e nesse momento parámos com os exercícios. Quando no dia a seguir
tentámos lembrar-nos das frases, e éramos três, nenhuma de nós tinha a
capacidade de se lembrar. A partir daí, decidimos escrever as aformações que
criávamos.
Fizemos novamente o exercício, desta vez escrevendo as aformações numa
folha, e foi extremamente divertido. Sentimos muita vontade de rir e rimo-nos
muitas vezes, sobretudo ao ouvir as frases umas das outras. Elas correspondiam
àquilo que também nos limitava e que desejávamos transformar na nossa vida.
No dia seguinte nenhuma de nós conseguiu encontrar as folhas onde
tínhamos escrito. Nesse dia decidimos escrever então num caderno e elas
ficaram guardadas até hoje. E nós continuamos a escrever novas frases e a
complementar as primeiras frases que escrevemos.
Entendi que é muito importante trabalhar através da escrita. Representa um
esforço e uma reestruturação mais profunda em nós.
Em todos os momentos, exceto no primeiro dia, sentimos o nosso nível de
alegria a elevar-se, sentimos a nossa consciência crescendo e expandindo. Foi
muito bom para nós.
A sensação de limitação é uma das sensações mais desagradáveis que podemos
sentir e ela vai desaparecendo através destas aformações.
Na formulação de perguntas devemos evitar perguntas que se respondem pelo
«sim» ou pelo «não»
Em dias em que estamos bem dispostas a resposta pode ser «sim», mas em dias
em que não estejamos bem vem sempre um «não». Por exemplo: «Sou muito
bonita?», num dia bom respondo «sim», num dia menos bom respondo «não».
Formulamos a pergunta de forma diferente: «porque é que eu me sinto tão
bonita?» e assim elevamos a nossa autoconfiança.
7.5 Aformações
Criamos um exercício para aprofundar as aformações e transformar o nosso
pensamento.
1. Em primeiro lugar escrevemos dez limitações ligadas à nossa falta de
confiança ou dificuldades: «Porque é que eu tenho medo de conduzir
o carro?», «Porquê não gosto de falar em público e não o faço?»,
«Porque é que não consigo perder peso?» e «Porque é que não me
sinto bem no meu emprego?».
Limitações
2. Vamos transformar todas estas perguntas limitativas em aformações.
Usamos o nosso objetivo, algo positivo para nós, usamos na mesma o
porquê, mas mudamos o lado negativo destas frases. Aqui têm um
exemplo: «Porque é que conduzir o carro para levar a minha mãe de
passeio é tão agradável?», «Porque é que me sinto tão bem na minha
conferência depois de ter falado em público sobre os assuntos que mais
me interessam?», «Porque é que comer uma alimentação saudável me
faz me sentir tão equilibrada?»,«Porque é que o meu corpo se alinha
com facilidade com o meu peso ideal?» ou «Porque é que no meu
emprego os colegas e o chefe de serviço têm sempre palavras amigas
para mim e eu me sinto tão integrado?».
Aformações
Depois de alguma prática teremos mais facilidade em criar outras frases com
base nas nossas limitações já conhecidas e podemos fazer este exercício
diariamente.