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O Dinheiro e Seus Perigos

Gustavo Albernaz
O Dinheiro e Seus Perigos
Comentário lição 03

Antes de falarmos especi camente da nossa passagem, vale aqui um pouco


de informação sobre a riqueza no tempo de Jesus. Stambaugh e Balch vão
dizer que: A riqueza material do mundo greco-romano estava distribuída de
maneira muito desigual. Uma pequena parte da população possuía uma
grande proporção de terras e dos recursos, e a massa de homens e
mulheres tinha de se contentar com poucos meios ou lutar com muita
di culdade. Nem todos os que eram muito ricos tinham status social
correspondentemente alto, mas todos os membros da elite social possuíam
muito dinheiro. Os aristocratas gastavam ostensivamente em campanhas
em época de eleições e depois também durante o tempo em que prestavam
serviço público. Exibição de consumo era estilo de vida requerido das
classes altas; a riqueza funcionava como prova de status social e político, e
gastar dinheiro de maneira ostensiva tipicamente parecia mais importante
que economizá-lo e investi-lo.

Esse tipo de vida de ostentação de consumo certamente requeria bens para


consumir, dinheiro para gastar e recursos para explorar. Uma vez que a
terra produzia alimento, o único bem indispensável na Antiguidade, sempre
constituía investimento compensador, sobretudo para quem era bastante
rico para aguentar uns poucos anos de vacas magras. A riqueza da elite
baseava-se, portanto, na terra, quer herdada quer adquirida de vizinhos
insolventes ou devedores, quer obtida como espólios de guerra. Da mesma
forma também no mundo galileu dos evangelhos, todo rico, cuja fonte de
renda se identi ca, deve sua riqueza (com duas exceções) à agricultura (Mt
13,3-4; 21,28; 25,14-30; Lc 19,11-27). Uma exceção é o mercador que
encontra a pérola de grande valor (Mt 13,45-46); outra é Zaqueu, o coletor
alfandegário, que paga por sua fonte não-tradicional de riqueza aceitando
status social inferior (Lc 19,1-10).[2]

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Agora que já demos esse pano de fundo sobre a riqueza no tempo de Jesus
vamos nos deter a esta passagem de nossa lição. Em Mateus 19,16-24,
temos a famosa história do jovem rico que quer ser seguidor de Jesus, mas
Jesus pede que este para o seguir este deveria deixar todas as suas riquezas
de lado. O jovem, muito entristecido, não aceita o chamamento de Jesus.
Jesus então encerra essa passagem com um versículo condenatório para
aqueles que tem seu coração nas riquezas (Mt 19,23-24).

Sobre essa passagem Champlin vai comentar que: A mensagem do texto é


muito clara. Os indivíduos de mentalidade materialista que consomem a
vida procurando adquirir bens materiais só encontram satisfação nas
riquezas ou na busca das mesmas; e somente em casos raríssimos é que
chegam a importar-se com as questões espirituais para encontrar a vida
eterna.

No entanto, seria um erro aplicarmos o texto somente aos ricos, porquanto


o materialismo tem realizado a sua devastação moral até mesmo entre os
pobres, como também entre pessoas que contam com muitos bens
materiais.[3]

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Duas dúvidas podem aparecer na leitura de seus alunos do texto: a primeira
delas diz respeito ao versículo 16, onde Jesus aparentemente admoesta o
jovem a chamar apenas Deus de bom, mas Jesus não é Deus? Então o
porquê disso? Geisler e Howe respondem que Jesus não negou ser Deus ao
jovem rico. Ele simplesmente pediu-lhe que examinasse as implicações do
que estava dizendo. Com efeito, Jesus estava dizendo: “Você percebe o que
está implícito quando você me chama de bom? Você está dizendo que eu
sou Deus? ”. O Jovem não percebeu as implicações do que ele estava
dizendo. Dessa forma Jesus o estava forçando a um dilema bastante
desconfortável. Ou Jesus era bom e Deus, ou ele era mau e homem. Um
bom Deus ou um mau homem, mas não simplesmente um bom homem.
Pois nenhum homem bom declararia ser Deus, não o sendo. Aquele Cristo
liberal, que era apenas um bom mestre da moral, mas não Deus, não passa
de uma cção criada pela imaginação humana.[4]

A outra dúvida é: Devem os crentes vender tudo o que tem, e distribuir o


dinheiro? Esses autores respondem que deve-se observar, em primeiro
lugar, que a instrução de Jesus em Mateus 19,21, foi para um jovem que
tinha feito do dinheiro o seu deus, e não aos que não tinham feito isso.
Nada há de errado em possuir riquezas, o erro está em deixar ser dominado
por elas.

Além disso, no livro de Atos não há indicação de que os primeiros discípulos


tenham sido persuadidos a vender tudo o que possuíam, nem de que
tenham feito isso. As terras vendidas (At 4,34-35) podem ter sido
propriedades adicionais que eles tivessem. É interessante observar que o
texto não diz que eles vendiam suas residências.

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Finalmente, Paulo (1 Tm 6,17-18) não diz que o dinheiro é mal, mas apenas
que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Buscar riquezas para
deleite próprio é errado, mas buscá-las para ter o que dar aos outros em
necessidade não é. Assim, ao mesmo tempo em que Deus
“abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos” (1 Tm 6,17),
ele nos adverte a não depositarmos a nossa esperança na instabilidade das
riquezas.[5]

1. Para contato: contato.gustavoalbernaz@gmail.com ↑

2. STAMBAUGH, John E.; BALCH, David L. O Novo Testamento em seu


ambiente social. São Paulo: Paulus, 1996.p. 57. ↑

3. CHAMPLIN, R. N. O Novo testamento interpretado versículo por


versículo.Volume I. São Paulo: Hagnos, 2014.p. 554. ↑

4. GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual popular de dúvidas enigmas


e “contradições” da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1999.p.
360. ↑

5. GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual popular de dúvidas enigmas


e “contradições” da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1999.p.
508. ↑

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