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RELATÓRIO
1. INTRODUÇÃO.
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Constata-se que a falta de um instrumento jurídico anterior que regulasse e
promovesse a utilização das línguas nacionais em todo o território nacional e
todos os órgãos de soberania do país impõe ao legislador rigor na sua
abordagem quer na clarificação da igualdade entre todas as línguas e suas
variantes, quer na abordagem quer pelo seu valor como património cultural do
país, quer como uma das tarefas fundamentais do Estado.
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2. ESPECIALIDADE
O presente projecto de Lei sobre o Estatuto das Línguas Nacionais foi estruturado
em quatro capítulos e vinte e três artigos, a saber.
CAPÍTULO II, com epígrafe Qualificação e Difusão das Línguas Nacionais, dispõe
de quatro secções para cada matéria em especial e prevê o seguinte:
Secção I, Qualificação, Difusão, Protecção e evolução lexicológica.
Secção II, Função e Utilização.
Secção II, Formas de Utilização das Línguas Nacionais, do qual prevê os órgãos
de soberania, Administração da Justiça, Administração Pública, Poder Legislativo,
Poder Local e Tradicional.
Secção IV, Inserção das Línguas Nacionais no Ordenamento do Território,
Educação e Comunicação Social.
3. TRABALHOS PREPARATÓRIOS
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de auscultação pública, em Maio de 2005, de onde foram retirados vários
contributos que de imediato foram incorporados na versão inicialmente remetida
ao Conselho de Ministros.
Volvidos cinco anos, o referido diploma foi apreciado em reunião técnica, aos 26
de Agosto de 2010, no Ministério da Cultura, com a participação dos técnicos do
Gabinete Jurídico do Ministério proponente, do Instituto de Línguas Nacionais e
do Ministério da Educação, representado pelo INIDE. Do referido encontro
derivam importantes conclusões e recomendações que foram incorporadas no
diploma.
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b. Foi submetido em duas consultas públicas (III e IV Encontro sobre
Línguas Nacionais);
c. Foi aprovado pelo Conselho de Direcção do Mincult (13 de Setembro
de 2010);
d. Foi aprovada com emendas pelo Grupo Técnico da Comissão para a
Política Social, tendo esta coordenado os trabalhos de revisão da
versão que ora é analisada;
e. Foi objecto de parecer favorável dos seguintes departamentos
governativos:
Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia;
Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança
Social;
Ministério da Assistência e Reinserção Social;
Ministério da Educação.
4. FORMA DE APROVAÇÃO
5. PARECERES VINCULATIVOS
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g. Ministério da Assistência e Reinserção Social;
h. Ministério da Educação.
6. SUMÁRIO
8. CONFORMIDADE
A MINISTRA,
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REPÚBLICA DE ANGOLA
ASSEMBLEIA NACIONAL
De de
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PROJECTO DE LEI SOBRE O ESTATUTO DAS LÍNGUAS NACIONAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1.º
Objecto
Artigo 2.º
Definições
Artigo 3.º
Objectivos
O Estatuto das Línguas Nacionais assenta entre outros, nos seguintes objectivos:
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línguas nacionais;
f. Reabilitar, restaurar, salvaguardar e promover o património
linguístico;
g. Potencializar a estabilidade de uma situação plurilingue;
h. Favorecer a cooperação inter linguística;
i. Combater todas as formas de exclusão linguística, contribuindo
para a democraticidade linguística a nível nacional;
j. Contribuir para a divulgação da cultura oral, fundada na oralidade
bem como da sua corporização em instrumentos tangíveis;
k. Fomentar a dignidade da pessoa humana, e a livre expressão na
língua de melhor domínio;
Artigo 4.º
Garantias dos Cidadãos
Artigo 5.º
Competências do Estado e do Executivo
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CAPÍTULO II
QUALIFICAÇÃO E DIFUSÃO DAS LÍNGUAS NACIONAIS
SECÇÃO I
Qualificação, Difusão e Protecção
Artigo 6.º
Qualificação
a. Cokwe;
b. Khoi;
c. Kikongo;
d. Kimbundu;
e. Ngangela;
f. Oxiwambo;
g. Olunyaneka;
h. Umbundu;
i. Vátwa.
j. Helelo;
k. Luvale;
l. Mbunda.
Artigo 7.º
Difusão
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2. Nas relações sociais as línguas oficiais devem servir de elemento de
identidade cultural, tendo sempre em conta o respeito pelos outros, sendo
fomentado, por isso o intercâmbio, o respeito e a tolerância pela diferença
cultural como fundamento da dignidade, responsabilidade e lealdade
patriótica.
Artigo 8.º
Protecção e evolução lexicológica
SECÇÃO II
FUNÇÃO E UTILIZAÇÃO
Artigo 9.º
Função
a. Meio de Ensino;
b. Veículo Cultural;
c. Língua de Comunicação Interna e Externa;
d. Instrumento de Relações Comerciais.
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Artigo 10.º
Utilização
SECÇÃO III
FORMAS DE UTILIZAÇÃO DAS LÍNGUAS NACIONAIS
Artigo 11.º
Órgãos de soberania
Artigo 12.º
Administração da Justiça
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b. Beneficiar, dos serviços de um intérprete, caso não entenda a língua
utilizada no processo.
Artigo 13.º
Administração Pública
Artigo 14.º
Poder Legislativo
Artigo 15.º
Poder Local e Tradicional
SECÇÃO IV
Inserção das Línguas Nacionais no Ordenamento do Território, Educação e
Comunicação Social
Artigo 16.º
Toponímia
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1. Como meio de incutir na sociedade o respeito pela identidade e unidade
nacionais, deve ser incentivada a atribuição de nomes tradicionais, às
avenidas, ruas importantes, escolas, edifícios públicos ou privados, praças
públicas, estradas, tendo em conta os nomes de figuras históricas ou
lendárias angolanas bem como, a reconstituição ortográfica dos
topónimos em função da fonologia da língua de cada região.
Artigo 17.º
Educação e Ensino
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Artigo 18.º
Comunicação Social
CAPÍTULO III
DISCRIMINAÇÕES E REGIME SANCIONATÓRIO
Artigo 19.º
Discriminações
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Artigo 20.º
Sanções
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Artigo 21.º
Aplicabilidade e Regulamentação
Artigo 22.º
Dúvidas e Omissões
Artigo 23.º
Entrada em vigor
Promulgada, aos……………………………………..
Publique-se.
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O Presidente da República,
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