Disciplina: História Contemporânea 1 Professor: Virgílio Caixeta Arraes
Aluno: Erivan Nogueira da Silva Matrícula: 18/0061062
Controle de Leitura I
O Século foi XIX marcado pela criação de estruturas institucionais permanentes
voltadas para a produção de um novo conhecimento e reprodução dos seus produtores. É marca determinante da história intelectual desse período o grande processo de disciplinarização e profissionalização do conhecimento. As Universidades passam por processo de revitalização e transformação com o intuito de disponibilizar um lugar institucional para a criação do conhecimento, visto que se notou a existência de múltiplas espécies de sistemas sociais necessitando explicações. O Estado moderno sentia a necessidade de possuir um conhecimento mais exato, delimitando suas definições e fronteiras. Foi neste contexto que a universidade foi revitalizada tornando-se o lugar institucional preferencial para a criação de conhecimento. Existia uma preocupação em recompor a unidade nacional dos Estados, favorecendo a criação de narrativas históricas nacionais baseadas na investigação empírica de arquivos a fim de poder assim justificar as novas ou potenciais soberanias. A História foi a primeira disciplina a adquirir uma existência institucional autônoma, onde muitos historiadores rejeitaram o rótulo de ciência social devido as divergências internas dentro das ciências sociais. Ocorria uma disputa entre historiadores e as demais disciplinas por espaço e legitimidade. O que distinguia a ‘nova disciplina’ da história tal como veio a se desenvolver no século XIX foi a ênfase rigorosa na descoberta de ‘o que efetivamente aconteceu’ e oposição a todo tipo de histórias imaginadas ou exageradas, fossem estas com o objetivo de lisonjearem os leitores ou para servirem aos fins imediatos dos governantes. Nesse sentido, a disciplina passou a ser mais exata, menos fictícia e alegórica e passou então a ter como máxima a busca da verdade acima de tudo. No caso da investigação histórica os historiadores enfatizaram o uso dos arquivos, pois eles estão baseados num conhecimento contextual e aprofundado da cultura. Esse fato fez com que a investigação histórica fosse validada quando “o historiador a levava a cabo a pesquisa no seu próprio quintal.” Como consequência, os historiadores que se haviam negado a continuar a alinhar sua narrativa como justificação dos reis e do absolutismo, se acharam na posição de justificar as ‘nações’ e com frequência os seus novos soberanos – ‘os povos’. Isso se tornou útil aos Estados uma vez que contribuiria para lhes reforçar a coesão social, contudo, não os ajudou a tomar decisões quanto às políticas mais avisadas a empreender no presente.