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Movimento

ISSN: 0104-754X
stigger@adufrgs.ufrgs.br
Escola de Educação Física
Brasil

Starepravo, Fernando Augusto; de Souza, Juliano; Marchi Junior, Wanderley


Políticas Públicas de Esporte e Lazer no Brasil: Uma Proposta Teórico-Metodológica de Análise
Movimento, vol. 17, núm. 3, julio-septiembre, 2011, pp. 233-251
Escola de Educação Física
Rio Grande do Sul, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=115321322013

Como citar este artigo


Número completo
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Políticas Públicas de Esporte e Lazer no Brasil:
Uma Proposta Teórico-Metodológica de Análise

Fernando Augusto Starepravo*


Juliano de Souza**
Wanderley Marchi Junior***

Resumo: O presente ensaio pretende contribuir com uma


leitura mais refinada das políticas públicas de esporte e lazer
por parte dos especialistas, através de algumas reflexões,
conceitos e procedimentos metodológicos, que constituem
parte fundamental das ferramentas de pesquisa do
pesquisador social, particularmente aqueles que buscam uma
leitura sociocultural do esporte, do lazer e das temáticas
correlatas. Para tanto revisitamos alguns autores do campo
científ ico/acadêmic o da Educação Física, bem como
recorremos a alguns agentes de outras áreas do conhecimento,
que com suas contribuições podem auxiliar na superação da
prolif eraç ão horizontal da produç ão c ientífic a da área,
promovendo seu crescimento vertical em qualidade.
Palavras-chave: Políticas públicas. Esportes. Atividades de
Lazer. Métodos.

1 INTRODUÇÃO

Políticas públicas de esporte e lazer no Brasil. Talvez não haja


hoje um tema, dentro do campo científico/acadêmico da Educação
Física, tão em voga quanto esse. Isso porque completou-se um ciclo
político de oito anos de existência do Ministério do Esporte, e nesse
período foram várias as ações desse órgão que motivaram o olhar
dos pesquisadores, seja através da criação de uma Rede que apóia
diretamente esse lócus de pesquisa, pela implementação de políticas
públicas ditas inovadoras, pela possibilidade dada de participação

*
Universidade Estadual de Maringá (UEM) / Universidade Federal do Paraná (UFPR). Maringá,
PR, Brasil. E-mail: fernando.starepravo@hotmail.com
**
Universidade Federal do Paraná (UFPR). Curitiba, PR, Brasil. E-mail: julianoedf@yahoo.com.br
***
Universidade Federal do Paraná (UFPR). Curitiba, PR, Brasil. E-mail: marchijr@ufpr.br
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dos diferentes grupos sociais na formulação dessas políticas, ou ainda


por ter "abraçado a causa" da realização de megaeventos esportivos
no país.
Especialmente o último ponto, dos megaeventos esportivos, tem
feito com que outras pessoas, grupos e instituições passem a se
atentar com as políticas públicas de esporte e lazer no Brasil. Afinal,
esse tipo de ação acaba tendo grande repercussão midiática e
simbólica. Isso por sua vez, acaba repercutindo dentro e fora do
país, e é tomado como assunto a ser discutido nos mais diferentes
círculos sociais, desde a mídia, passando pelo âmbito científico/
acadêmico, até chegar aos círculos de amizade menos formais, como
no bate-papo com o vizinho ou em "calorosas" discussões em uma
mesa de bar.
Isso acaba revelando pontos positivos e negativos. Positivos
no sentido de que a sociedade como um todo passa a discutir questões
que até então estavam restritas a um conjunto de especialistas. Esses
especialistas, por outro lado, devem se policiar de sua rigorosidade
científica para não correr o risco de incorporar a discurso do senso
comum e simplesmente ecoar discursos contra ou a favor de
determinada causa política. Cabe e espera-se deles um olhar mais
refinado, pautado na reflexão e no conhecimento já produzido1.
Nesse caso, e com base nos referenciais que serão
desenvolvidos no texto, logo nos posicionamos no sentido de pensar
as políticas públicas de esporte e lazer para além da política pública
em si, o programa esportivo ou a iniciativa pública voltada a atender
o cidadão no seu direito ao lazer como fenômenos estanques ou
isolados de um contexto social. A política pública muitas vezes é
apenas a parte mais visível de todo um processo desenvolvido num
espaço social específico, que comporta disputas, relações, alianças,
decisões estratégicas e também não planejadas. Em suma, escrever

1
Marchi Jr. (2006) ao explicitar alguns procedimentos de pesquisa na sociologia do esporte faz
uma analogia entre o objeto de pesquisa e uma pedra bruta. A partir da pesquisa sociológica
espera-se que a pedra bruta seja transformada em algo belo, agradável, através do chamado
"artesanato intelectual". Nesse sentido, quando falamos em olhar mais refinado no presente
texto nos referimos ao produto final da pesquisa, que parte da pedra bruta apontada por Marchi
Jr. (2006) e se transforma numa leitura mais refinada dos acontecimentos sociais.

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sobre políticas públicas de esporte e lazer requer mapear o espaço


social onde esta é produzida, avançar no entendimento das relações
entre os agentes, até finalmente compreender quais as políticas que
foram efetivadas, aquelas que foram preteridas, as que obtiveram
êxito e aquelas que não passaram de propostas.
Esse processo pode começar ancorado no conceito de campo
político/burocrático, um espaço que supõe a dissociação da posição
e de seu ocupante, da função e do funcionário, do interesse público
e dos interesses privados, mas que paradoxalmente funciona como
um metacampo do poder, até porque a gênese da ordem pública
vem acompanhada da aparição e acumulação de um "capital público"
(BOURDIEU, 2005, p. 68). Cada área no interior do campo político/
burocrático, por sua vez, pode ser entendida como um subcampo
político/burocrático, onde as especificidades da área de atuação do
Estado delimitam o espaço social de atuação dos agentes a ela
vinculados.
Estamos falando, portanto, entre outros, de um subcampo
político/burocrático do esporte e lazer, e não apenas das políticas
públicas de esporte e lazer. Essas últimas seriam o produto do espaço
social, que normalmente é consumido por agentes externos a ele: a
população em geral. A produção, por outro lado, respeita lógicas e
disputas internas ao subcampo. Aqui talvez exista uma (de) limitação
do olhar, já que buscamos entender a lógica e o produto do subcampo,
sem, porém, observar com mais afinco sua repercussão, que se dá
para além do subcampo.
A tarefa de compreender o subcampo, entretanto, é complexa
(até mesmo pela complexidade do Estado moderno) e por vezes
limitada, dada a posição de quem está observando, ou o lugar de
onde se está falando. Para minimizar as dificuldades, e tentar avançar
nessa compreensão, fazem-se necessárias ferramentas
complementares nessa empreitada. São questões e conceitos
importantes à compreensão do Estado, uma instituição social moderna,
com funções de manutenção e regulação social, dos seus respectivos

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aparatos de intervenção social - aqui especificamente as políticas


sociais - e dos mecanismos constitucionais de proteção ao cidadão,
legalmente inscritos como direitos sociais2 .
É exatamente nesse sentido que propomos o presente ensaio,
que visa contribuir com uma leitura mais refinada das políticas públicas
de esporte e lazer por parte dos especialistas, através de algumas
reflexões, conceitos e procedimentos metodológicos, que constituem
parte das ferramentas de pesquisa do pesquisador social,
particularmente aqueles que buscam uma leitura sociocultural do
esporte, do lazer e das temáticas correlatas.
Para tanto revisitamos alguns autores do campo científico/
acadêmico da Educação Física, bem como recorremos a alguns
agentes de outras áreas do conhecimento, que com suas contribuições
podem auxiliar na superação da proliferação horizontal da produção
científica da área, promovendo seu crescimento vertical, em qualidade
(MELO, 1999).

2 ESTADO E POLÍTICAS PÚBLICAS: UM OLHAR CONCEITUAL E


METODOLÓGICO

Voltando um pouco no tempo, temos que o desenvolvimento


capitalista sempre esteve intimamente ligado ao Estado e na medida
em que as economias se desenvolveram em todo o mundo, o setor
público cresceu em importância em todas as sociedades (CARNOY,
1990). A própria formação do Estado e sua consolidação estiveram
ligadas a questões econômicas, como o surgimento da moeda, a
substituição da economia de troca e o monopólio econômico (ELIAS,
1993). Se no decorrer do surgimento e desenvolvimento do Estado

2
Os direitos estão ligados à noção de cidadania. Segundo Menicucci (2006), costuma-se desdobrar
a cidadania em três conjuntos de direitos: os direitos civis, relacionados à liberdade individual
(ir e vir, liberdade de pensamento e fé, direito a propriedade, entre outros); os direitos políticos,
relacionados ao direito de exercício do poder político (participação no governo, direito de votar
e ser votado); e os direitos sociais, definidos por Marshall (1967), como o direito de participar
por completo da herança social, levando a vida de um ser civilizado, de acordo com os padrões
prevalecentes na sociedade.

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moderno, esse sempre teve um papel de destaque nas várias


sociedades, hoje se pode dizer que ele é decisivo para os rumos da
sociedade global3.
Na avançada economia globalizada em que vivemos, o Estado
tem importância indiscutível em muitos aspectos da vida social, "não
apenas político, como econômico (produção, finanças, distribuição),
ideológico (educação escolar, os meios de comunicação) e quanto à
força legal (polícia, forças armadas)" (CARNOY, 1990, p. 9).
Em períodos históricos anteriores, especialmente durante o
século XIX, o Estado desempenhava um papel relevante, e mesmo
sendo vital para o crescimento das sociedades, sua ação não era tão
fortemente determinante para a sociedade quanto nas últimas
décadas. Atualmente, "o Estado parece deter a chave para o
desenvolvimento econômico, para a segurança social, para a liberdade
individual e, através da 'sofisticação' crescente das armas, para a
própria vida e a morte" (CARNOY, 1990, p. 9).
No século XIX, a força propulsora do capitalismo residia na
produção da empresa privada, que acabava se tornando o centro da
mudança social, pouco influenciada pela atuação estatal. Desde o
surgimento do Estado, o gradual aumento da sua importância para o
desenvolvimento das sociedades está relacionado com o processo
não planejado da transição de sua administração pelo poder privado
para as "mãos" do poder público. Neste momento, as funções dentro
daquilo que viria a ser a máquina do Estado, e que eram ocupadas
por familiares da casa real e pessoas ligadas mais diretamente ao
rei, e os órgãos que nada mais eram que extensões e subdivisões
dos interesses da família real, passam lenta e inevitavelmente a
atender interesses não mais exclusivos do então governo absolutista4.

3
Exemplo disso foi a participação decisiva do Estado na solução da crise econômica mundial,
desencadeada a partir do ano de 2008 por conta de problemas financeiros nos Estados Unidos
e que se espalhou por grande parte do planeta.
4
Para mais informações sobre a formação do Estado moderno ver ELIAS, N. O Processo
Civilizador. Rio de Janeiro: Zahar, v. 2, 1993. p.87-190.

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Segundo Linhales (1998), o Estado liberal clássico5 não


compreendia a realização de direitos sociais6 como uma de suas
atribuições, pronunciando-se como árduo defensor dos direitos civis,
principalmente do direito à propriedade. Apresentava também
restrições aos direitos políticos. Normalmente, os cidadãos
considerados possuidores de direitos políticos eram aqueles que se
encontravam na categoria de proprietários. Nesse período inicial o
Estado cumpre basicamente a função de assegurar a paz (através
da defesa de suas fronteiras e garantia de propriedade) e centralizar
a arrecadação de impostos.
Esta situação se altera pelo contínuo processo de expansão
dos direitos políticos e sociais ocorridos, essencialmente, no decorrer
do século XX, apontando o fim do caráter restrito do Estado
(LINHALES, 1998).
No momento em que o Estado é obrigado a atender interesses
muito mais abrangentes - e não mais, de forma exclusiva, a interesses
privados daqueles que reconhecidamente o controlavam - que a sua
função cresce em importância para a sociedade. Com a evolução
da economia e as crescentes divisões de funções, o Estado adquire
outras obrigações, devendo solucionar diversos problemas e atender
variadas demandas sociais, a fim de manter a paz, assegurar a ordem
social e promover o desenvolvimento nacional (CARNOY, 1990).
Não mais apenas recolher impostos para defender o território
e assegurar a paz é a função do Estado. O Estado passa a se
responsabilizar por outras questões sociais, garantindo que direitos e
deveres sejam cumpridos. A conquista de direitos e conseqüente
ampliação da cidadania impôs ao Estado uma reformulação, no
sentido de repensar novos conteúdos da agenda pública (LINHALES,
1998).

5
Na visão liberal clássica, o Estado ideal era aquele no qual o poder político era estendido a um
grupo amplo, deixando que o mercado livre cuidasse da distribuição da riqueza e da renda
(CARNOY, 1990). Pensando de maneira cronológica foi uma das primeiras concepções de
Estado.
6
"[...] os direitos sociais permitem reduzir os excessos de desigualdade gerados pela sociedade
de mercado e garantir um mínimo de bem-estar para todos" (MENICUCCI, 2006, p. 138). Esses
só surgiriam bem mais tarde.

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De acordo com Carnoy (1990), o auge da responsabilidade do


Estado para com os interesses públicos é observado tipicamente
nas democracias pluralistas modernas7, algo mais próximo a nossa
realidade atual, nas quais o povo:
[...] não levanta nem decide problemas, porém esses
problemas, que moldam seu destino, são
normalmente levantados e decididos para ele. Nessa
teoria [pluralista], então, o Estado obtém um certo
poder próprio - é ele que toma decisões quanto aos
problemas, à legislação e ao curso do
desenvolvimento econômico e social. Ao eleitorado
cabe o poder de decidir qual grupo de líderes
(políticos) ele deseja para levar a cabo o processo
de tomada de decisão. (CARNOY, 1990, p. 51).

Portanto, é o Estado, ou melhor, os agentes eleitos ou escolhidos


para administrar o Estado, quem elaboram as políticas públicas para
os mais variados setores. Estes, organizados em arranjos políticos,
por sua vez, "interferem na seleção de prioridades para a alocação
dos recursos públicos, que são extraídos da população e que a ela
deveriam retornar, redistributivamente, na forma de programas e
serviços públicos" (LINHALES, 1998, p. 73).
Aqui se descortina o limite entre aqueles que estão no campo
político/burocrático e seus respectivos subcampos produzindo
políticas públicas, e aqueles "de fora", a quem apenas cabe eleger os
que farão parte do "jogo".
O conceito de políticas públicas é aqui entendido como uma
estratégia de intervenção e regulação do Estado (e daqueles que o
administram), que objetiva alcançar determinados resultados ou
produzir certos efeitos no que diz respeito a um problema ou a um
setor da sociedade (MENICUCCI, 2006). São intervenções
governamentais que resultam de intensa atividade político/burocrática

7
A democracia pluralista moderna é definida por Schmitter (1964) citado por Carnoy (1990, p.
53) como, "Um sistema de representação de interesses no qual as unidades constituintes são
organizadas em um número não-especificado de categorias múltiplas, voluntárias, competitivas,
ordenadas não hierarquicamente e auto-determinadas., controladas pelo Estado na seleção da
liderança ou articulação de interesse, e que não exercem o monopólio da atividade representativa
de suas respectivas categorias".

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e que representam "decisões e ações revestidas da autoridade


soberana do poder público" (RUA, 1997 citado por MENICUCCI,
2006, p. 142).
As ações governamentais que visam atender a sociedade com
relação a uma determinada demanda são chamadas de políticas
públicas setoriais. Construídas historicamente, num processo não
linear de lutas sociais, conquista de direitos e mudanças de valores,
as políticas sociais representam, hoje, o modo de intervenção estatal
no que tange as questões sociais, mais especificamente, aquelas
relacionadas à garantia dos direitos sociais (educação, saúde,
trabalho, lazer, segurança, esporte, etc.). Estas ações pressupõem a
atuação decisiva e operacional do Estado, já que "diferentemente
dos direitos civis e políticos, a viabilização dos direitos sociais se faz
pela intervenção ativa do Estado de forma positiva, ou seja, por meio
das políticas sociais" (MENICUCCI, 2006, p. 139). Assim, os direitos
sociais hoje:
[...] pressupõe a garantia e provisão, por parte do
Estado, de políticas capazes de dar suporte ao bem-
estar de todos os cidadãos. Os conteúdos ou áreas
sociais implicadas na promoção do bem-estar social
constituem direitos mínimos e universais,
conquistados historicamente. Devem ser
compreendidos como uma construção decorrente
dos múltiplos conflitos e interesses que legitimam
as chamadas democracias capitalistas
contemporâneas (LINHALES, 1998, p. 73).

Dentre as políticas sociais estão aquelas diretamente


direcionadas ao âmbito do esporte e lazer, e também, aquelas que
indiretamente interferem nessa esfera social, pois a complexidade
de fatores que afetam o esporte e o lazer ultrapassa as barreiras
setoriais tradicionais, demandando, portanto políticas públicas nos
mais variados universos sociais.
Compreender que políticas públicas de esporte e lazer estão
circunscritas a garantia do acesso a direitos sociais, que estão
arranjadas como políticas setoriais, e que são uma estratégia do

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Estado para ocasionar um determinado impacto na sociedade, porém,


não dão conta de entender a complexidade do processo de formulação
e implementação dessas.
A primeira questão relevante diz respeito a própria semântica
da palavra política. Na língua portuguesa a palavra pode ter variadas
conotações, que no fundo se referem a diferentes etapas do processo
político. Na língua inglesa, há diferenciação, através dos termos polity,
politics e policy. Sumariamente, o primeiro termo designa as
instituições políticas; o segundo, os processos políticos; e o último os
conteúdos da política.
*A dimensão institucional 'polity' se refere à ordem
do sistema político, delineada pelo sistema jurídico,
e à estrutura institucional do sistema político
administrativo;

*No quadro da dimensão processual 'politics' tem-


se em vista o processo político, freqüentemente de
caráter conflituoso, no que diz respeito à imposição
de objetivos, aos conteúdos e às decisões de
distribuição;

*A dimensão material 'policy' refere-se aos


conteúdos concretos, isto é, à configuração dos
programas políticos, aos problemas técnicos e ao
conteúdo material das decisões políticas (FREY,
2000, p. 216-217).

Na realidade política as categorias, apresentadas de forma


didática, estão entrelaçadas e se influenciando mutuamente. Para
uma interpretação consistente são indispensáveis "representações
modelares sobre possíveis concatenações explicativas"
(KNOEPFEL, 1987 citado por FREY, 2000, p. 217), que podem ser
obtidas através de estudos empíricos de cada arena ou setor da
política. Os programas concretos, elaborados por agentes subscritos
ao campo político/burocrático, devem ser considerados como
resultado de um processo político, intermediado por estruturas legais
e institucionais, que refletem constelações específicas de interesses.
Com o direcionamento do olhar ao processo, tornam-se mais

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importantes os arranjos institucionais, as atitudes e objetivos dos


agentes políticos, os instrumentos de ação e as estratégias políticas
(FREY, 2000).
Estudos como o de Manhães (2002) privilegiam a dimensão
polity das políticas públicas de esporte e lazer ao destacar o aparato
legal que serviu de sustentação às políticas esportivas no Brasil.
Estudos que tratam da dimensão politics no subcampo político/
burocrático do esporte e lazer são raros no Brasil, como aponta
levantamento realizado por Amaral e Pereira (2009). A dimensão
material policy é a mais recorrente nos estudos de esporte e lazer.
Todavia, normalmente carecem de maior rigorosidade conceitual,
constituindo-se como relatos de experiências ou relatos da empiria.
Dentro do processo político, ou politics, observa-se a constituição
de redes, policy network, que Frey (2000, p. 221) debate citando as
contribuições de Heclo (1978) e Miller (1994). Para Heclo, policy
network são as "interações das diferentes instituições e grupos tanto
do executivo, do legislativo, como da sociedade na gênese e na
implementação de uma determinada 'policy'". Segundo Miller, são
redes de relações sociais que se repetem periodicamente, menos
formais que as relações institucionalizadas, mas suficientemente
regulares, onde os integrantes estabelecem relações de confiança,
compartilham opiniões e valores. Este modelo de rede constitui uma
interpretação alternativa ao modelo institucional hierarquizado. Possui
uma estrutura horizontal de competências, densidade comunicativa,
e um controle mútuo intenso. Segundo Menicucci (2006), essas redes
são formadas por um conjunto de agentes envolvidos na disputa
pelo reconhecimento de uma questão como assunto público, e incluem
desde a restrita comunidade de especialistas até grupos de interesse,
movimentos sociais, redes societárias temáticas, atores
governamentais, que por meio da cooperação buscam seus objetivos.
Além dos membros que constituem as policy networks, outros
tantos podem estar se relacionando a elas em condições mais
particulares. Neste caso, constituem redes chamadas de issue

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networks. No interior das redes estabelecidas, por vezes os agentes


demonstram rivalidades e/ou solidariedades, de acordo com os objetos
de disputa e o grau de rivalização com outras redes.
No caso das políticas públicas de esporte e lazer, acredita-se
ser bastante pertinente o uso dos conceitos de policy network e
issue networks, uma vez que dão a possibilidade de pensar as redes
de relações entre agentes que extrapolam as dimensões institucionais
formais8. Dada a pluralidade de agentes inseridos no campo esportivo,
muitas vezes a análise da dimensão formal, ou mesmo o olhar apenas
ao subcampo político/burocrático, dá uma visão apenas parcial do
contexto de disputa e rivalidades entre os agentes. Trabalhando com
a idéia de que as redes são dinâmicas e mutáveis pode-se avançar
na compreensão das relações entre os agentes e na dimensão das
cadeias de interdependências presentes, que muitas vezes envolvem
outros campos ou subcampos. Casos pertinentes ao subcampo
político/burocrático do esporte e lazer que poderiam ser interpelados
a partir dessa perspectiva são os processos de formulação de
legislação específica, como na redação do artigo 217 da Constituição
Federal de 1988 e nas leis infra-constitucionais, onde foram
constituídas policy networks e issue networks que fizeram valer a
predominância de uma lógica específica do esporte, ou ainda nas
recentes Conferências Nacionais do Esporte promovidas pelo governo
federal.
Já no limite entre a lógica interna do campo político/burocrático
e a lógica externa, difusa na sociedade, a concepção de policy arena
parece útil. Nela destaca-se que as reações e expectativas das
pessoas afetadas por medidas políticas têm um efeito antecipativo
para o processo político de decisão e implementação. Os custos e
ganhos que as pessoas esperam de tais medidas tornam-se decisivos
para a configuração do processo político (FREY, 2000). Refere-se,
portanto, aos processos de conflito e consenso dentro das diversas
áreas da política, de acordo com supostos ganhos e perdas que o
agir político pode ocasionar.

8
Os conceitos seriam muito pertinentes, por exemplo, na análise dos agentes e grupos
representados nas Conferências Nacionais do Esporte.

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No que diz respeito à dimensão temporal, Frey (2000) chama a


atenção para o fato de que as redes e arenas das políticas setoriais
podem sofrer transformações no decorrer da implementação das
políticas. Nesse sentido, deve-se atentar ao caráter dinâmico do
processo, bem como sua complexidade temporal. Portanto, além
dos arranjos dos agentes, expressos nos conceitos de policy networks,
issue networks e policy arena, deve-se pensar na temporalidade do
processo político. Frey (2000) propõe para tanto uma subdivisão dos
processos político-administrativos, a fim de desvendar as
constelações de poder, as redes sociais e as práticas político-
administrativas em cada uma das fases.
Apesar de diferenças entre as divisões tradicionais do ciclo
político, são comuns na literatura as fases de formulação, da
implementação e do controle dos impactos das políticas. Frey (2000,
p. 226) indica, por sua vez, uma divisão um pouco mais sofisticada,
distinguindo as seguintes fases: "percepção e definição do problema,
'agenda-setting', elaboração de programas e decisão, implementação
de políticas e, finalmente, a avaliação de políticas e eventual correção
da ação".
No que diz respeito à primeira fase "percepção e definição de
problemas", Frey (2000) aponta que o que interessa ao analista de
políticas públicas é como em um universo infinito de possibilidades
de ações políticas, determinadas policy issues 9 mostram-se
apropriadas ao tratamento político, e acabam por gerar policy cycles
(ciclos políticos). Determinado fato ou demanda pode ser levantado
por grupos isolados, mas também percebido por políticos e pela
administração pública. Fatores externos como a mídia e os lobistas10
podem ter um papel muito importante nesse processo. Porém,
9
Ou traduzindo livremente, uma questão que pode ou não ser tratada pelo Estado.
10
Segundo a ementa de Projeto de Lei 1713, de 18/08/2003, que tramitou na Câmara dos
Deputados de 2003 a 2005 e que pretendia regulamentar a profissão de Lobistas, este por ser
definido como "um agente de pressão junto à Administração Pública Direta e Indireta de
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios". Segundo o
texto do projeto de lei, "Agente de Pressão" é "toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que exerça, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, qualquer atividade tendente a
influenciar o processo legislativo ou a tomada de decisões públicas". Disponível em http://
www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=20060818lobista acesso em 03 de agosto de 2010.

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Políticas Públicas de Esporte e Lazer ... 245

problemas do ponto de vista analítico só se transformam em


problemas de policy a partir do momento em que adquirem relevância
do ponto de vista político e administrativo (WINDHOFF-HÉRITIER,
1987 citado por FREY, 2000), ou seja, são incorporados como um
interesse do campo político/burocrático.
No caso do esporte, a repercussão midiática, simbólica e de
propaganda do esporte de alto-rendimento parece influenciar as
opções por políticas públicas voltadas a essa manifestação do esporte.
Reproduz-se, de forma mimética, lógicas e valores do alto-rendimento
no processo de definição de problemas, que repercutem em um objeto
tão plural quanto o esporte. Em síntese, parece-nos que o esporte de
alto-rendimento (um policy issues) tem maior apelo para gerar um
policy cycles do que outras manifestações do esporte.
Outro exemplo foi apontado por Azevedo (2004), que ao discutir
a educação como uma demanda das políticas públicas, utilizou as
contribuições de Muller (1985) e Jobert (1989b) para realizar a análise
e fazer uma proposta analítica para a política educacional. Para a
autora, Muller e Jobert superam os "construtos que se detiveram
num enfoque econômico da intervenção pública, tal como os estudos
vinculados à 'escola lógica do capital'" (AZEVEDO, 2004, p. 58). A
perspectiva dos autores permite compreender a ação do Estado além
da concepção abstrata das necessidades de acumulação, que pouco
auxilia no entendimento do fenômeno em sua concretude e
complexidade. Não que a dimensão econômica seja desprezada nesta
linha de pensamento. Porém, o grau de importância das diferentes
áreas ou setores está relacionado ao projeto de sociedade
prevalecente, que extrapola a dimensão econômica:
Esse grau de importância pode ser discernido nos
enleamentos da ação estatal com os conflitos de
interesses intra e intersetoriais e com o ordenamento,
articulação e hierarquização destes mesmos no que
denominam 'referencial normativo global': o projeto
de sociedade implantado num determinado período
(AZEVEDO, 2004, p. 58).

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246 Ensaios Fernando Augusto Starepravo et al

Ou seja, no momento de percepção e definição de problemas,


a dimensão econômica nem sempre é a mais relevante quando da
opção por determinadas prioridades. Essa opção é pautada em uma
série de outros fatores, que envolvem inclusive o projeto societário.
Há de se questionar, nesse caso, qual o espaço do esporte e do lazer
no interior do projeto de sociedade que almejamos? Ou ainda: a
sociedade compreende o que vem a ser o esporte e o lazer, e qual
seu potencial na construção da mesma?
Com essas inquietações em mente, destaca-se que será
somente no segundo momento, na fase do 'agenda-setting' que a
decisão de se um tema será inserido na pauta política atual, se será
excluído ou adiado. Para tanto, torna-se necessária uma avaliação
preliminar sobre custos e benefícios das várias opções disponíveis
de ação, bem como das possibilidades do tema ou projeto se imporem
na arena política (FREY, 2000). Isso pode ser circunstancial, como
na ocasião de uma crise econômica, ou algo incorporado, que
demonstra certa regularidade, como na prioridade de determinadas
áreas em detrimento a outras (economia à educação), ou no
financiamento irrisório destinado ao esporte e a cultura, por exemplo.
Na fase de "elaboração de programas e de decisão" é preciso
escolher a melhor forma de ação. Normalmente precedem ao ato
de decisão propriamente dito, e envolvem processos de conflito e
acordo entre os agentes mais relevantes da política e administração
(FREY, 2000). Nessa fase se faz a opção técnica e metodológica
nas políticas. Nesse momento, os profissionais técnicos envolvidos,
como os professores de educação física nas Secretarias Municipais
e Estaduais de Esporte e Lazer podem ter papel relevante, desde
que se apresentem como agentes relevantes, especialmente pelo
seu capital cultural específico.
No próximo passo, processo de "implementação das políticas",
Frey (2000) distingue duas possibilidades de análise: a primeira diz
respeito à análise da qualidade material e técnica de projetos e
programas, e a segunda direcionada para as estruturas político-
administrativas e a atuação dos agentes envolvidos. No primeiro

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Políticas Públicas de Esporte e Lazer ... 247

caso torna-se importante o conteúdo dos programas e planos; no


segundo, o que mais importa é o processo de implementação,
descrevendo como e por que foi feito.
Na fase de "avaliação de políticas e da correção de ação",
analisam-se os impactos efetivos dos programas já implementados,
podendo ocorrer durante seu funcionamento ou após sua finalização.
Trata-se de levantar os déficits de impacto e os efeitos indesejados,
buscando redimensionar ações e programas futuros, ou ainda registrar
potencialidades e acertos para serem replicadas em futuras ações,
constituindo um passo fundamental à aprendizagem política. Essa
etapa é pouco observada no interior do subcampo político/burocrático
do esporte e lazer, onde prevalece a lógica do empirismo
(CAVICHIOLLI, 1996) e da falta de avaliação.
Frey (2000) chama a atenção ao caráter didático e analítico de
seu modelo de policy cycle, uma vez que na política real ou efetiva,
muitas vezes os passos se sobrepõe ou se confundem. Ao comparar
processos reais com o tipo puro podemos obter pontos de referência
que nos fornecem pistas de possíveis problemas no processo de
implantação de políticas setoriais. Constitui, portanto importante
ferramenta metodológica a ser utilizado pelos pesquisadores que
estudam o subcampo político/burocrático do esporte e lazer.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As reflexões aqui apresentadas visam contribuir com uma


leitura mais refinada das políticas públicas de esporte e lazer por
parte dos especialistas. São conceitos e procedimentos metodológicos
oriundos de outros campos do conhecimento, que podem ser
apropriados pelos agentes/pesquisadores do subcampo científico/
acadêmico da Educação Física, no intuito de alavancar a qualidade
dos estudos na área.
Em outras oportunidades (STAREPRAVO, 2007;
STAREPRAVO; MEZZADRI, 2007), pudemos constatar a
proliferação de estudos de casos e relatos de experiência de maneira

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248 Ensaios Fernando Augusto Starepravo et al

horizontal, sem um avanço qualitativo. Mais tarde (STAREPRAVO;


NUNES; MARCHI JR., 2009) observamos a dificuldade dos
pesquisadores em aliar a pesquisa empírica de fôlego com a discussão
teórica e metodológica das políticas públicas.
Esperamos aqui ter contribuído no sentido de superação do
status quo da área. Essa superação, porém, só se dará a partir do
debate acadêmico e do desenvolvimento do subcampo científico/
acadêmico das políticas públicas de esporte e lazer. Nesse sentido
fica o convite a novas contribuições, críticas e debates públicos no
subcampo científico/acadêmico das políticas públicas de esporte e
lazer, a fim de avançarmos cada vez mais.

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Políticas Públicas de Esporte e Lazer ... 249

Public Policies for Sport and Leisure in Brazil:


an Proposed of Theoretical-M ethodological
Analysis
Abstract: This essay seeks to contribute to a more
refined public policies for sports and leisure from
specialists through some thoughts, concepts and
methodological procedures, which are a fundamental
part of the search tools social researcher, particularly
those looking for a reading sociocultural sport, leisure
and related topics. For both authors revisit some field
of science / academic Physical Education and resorted
to some agents from other areas of knowledge that
can help with their contributions in overcoming the
horizontal proliferation of scientific production,
promoting its vertical growth, in quality.
Keywords: Public policies. Sports. Leisure Activities.
Methods.

Políticas Públicas para el Deporte y el Ocio en


Brasil: Una Propuesta Teorico Medodologica de
Análisis
Resumen: Este artículo busca contribuir con una
lectura más refinada de las políticas públicas para el
deporte y el ocio por parte de los especialistas, a
través de algunas reflexiones, conc eptos y
procedimientos metodológicos, que son una parte
fundamental de las herramientas de estudios del
investigador social, en particular de aquellos que
buscan uma lectura sociocultural Del deporte, del ocio
y de temáticas relacionados. Para ello revisamos
algunos autores del campo científico-académico de
Educación Física, y también recurrimos a fuentes de
otras áreas del conocimiento, que con su contribución
pueden ayudar a superar La proliferación horizontal
de producción científica en el área, promoviendo su
crecimiento vertical, con calidad.
Palabras clav e: Política Públic a. Deportes.
Actividades Recreativas. Métodos.

, Porto Alegre, v. 17, n. 03, p. 233-251, jul/set de 2011.


250 Ensaios Fernando Augusto Starepravo et al

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Apoio: CAPES-REUNI

Endereço para correspondência


Fernando Augusto Starepravo
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Departamento de Educação Física
Avenida Colombo, 5.790
Campus Universitário
CEP 87.020-900
Maringá-PR

Recebido em: 27-01-2011

Aprovado em: 10-08-2011

, Porto Alegre, v. 17, n. 03, p. 233-251, jul/set de 2011.

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