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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL:

POLUIÇÃO SONORA/RUÍDO AMBIENTAL

Tayla DINIZ¹
Universidade Estadual do Maranhão, MA

RESUMO

Neste trabalho será exposto a poluição sonora e seus aspectos estarrecedores dentro dos
cenários urbanos, tais quais suas lesões à saúde de todo o meio vivo, seus limites legais, suas
fontes de ruído, a perícia dos agentes legisladores e os aspectos penais envolvidos e
abordados nas leis de crimes ambientais. Busca contribuir como análise elucidativa da
qualidade de vida comprometida pelo ruído.

PALAVRAS-CHAVE: Poluição sonora, fontes de ruído, legislação ambiental.

1 INTRODUÇÃO

Os centros urbanos se tornaram a inquietude diária, a morada do desassossego.


Geradores de um dos maiores problemas ambientais, a poluição sonora que ocorre nos
grandes centros, com menor frequência em regiões mais afastadas.
Cada vez que há uma alteração do som na condição normal de audição em qualquer
ambiente, acontece a poluição sonora. Ainda que não se acumule no meio ambiente como
outros tipos de poluição, esta poluição propicia diversos danos à condição saudável de vida
da população.
São diversos tipos de ruídos e sons não ruidosos iminentemente destrutivos para o
órgão auditivo, este fato pode ser observado no trânsito de veículos, atividades domésticas e
públicas e no ruído industrial.
Os impactos da poluição sonora no corpo humano são incontáveis, propendem do
estresse à perda de audição e também propiciam mortes por infarto. Com base no relatório da
OMS, que quantifica 210 mil mortes por infarto a cada ano em decorrência do som elevado.

¹Pós-graduanda em Engenharia Sanitária e Controle Ambiental / UEMA, Engenheira


Civil, Bioconstrutora, taylatrindade@hotmail.com
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2003), a Poluição Sonora é
oriunda de uma acelerada expansão da sociedade, apontada como uma das maiores
inquietações do meio moderno. Fernandes (2002) elencou no Congresso Mundial sobre
Poluição Sonora em 1989, na Suécia, que a Poluição Sonora é fator de saúde púbica e no
momento atual dentro do cenário urbano tem-se conferido como uma das principais formas
de agressão que contamina intensamente as relações sociais, a Poluição Sonora.
Nesse continuidade, a falta de controle acústico em ambientes ruidosos nos reporta
claramente ao conceito de poluição definido pela Política Nacional do Meio Ambiente –
PNMA, Lei Federal nº. 6.938/1981 (BRASIL, 1981), quando a emissão sonora extrapola os
padrões ambientais estabelecidos, prejudicando a saúde, a segurança e o bem estar da
população.
A negligência quanto à poluição sonora está sob pena de comprometer a qualidade de
vida urbana, o que tem provocado o despertar da consciência ecológica e a atenção da cultura
jurídica contemporânea, visando coibir atividades e/ou condutas lesivas a terceiros e ao meio
ambiente.
Para tanto, a legislação representa um instrumento disciplinar com fins de prevenção
e controle, dispondo sobre padrões, normas e diretrizes capazes de orientar a atuação dos
diversos agentes envolvidos.

2 OBJETIVO

Evidenciar a importância da implementação de atividades de melhorias na perícia de


ruídos sonoros por meio da descrição da problemática em questão, aspectos e impactos
ambientais, perante o estudo e análise de casos de poluição sonora.
O presente trabalho tem por caráter um estudo de caso exploratório-descritivo, que
salienta conhecimentos didáticos assimilados em sala de aula que visam amenizar e reduzir
os aspectos agravantes acrescidos das atividades emissoras de poluição sonora.
Apontar o cenário de negligência pela escassez de fiscalização e aplicação da
legislação ambiental sonora, carência da gestão dos recursos emissores de ruídos e
licenciamento das atividades emitentes de som.

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Exposição das oportunidades de melhorias e tratamentos para execução prática no
empreendimento em estudo, assim como, proposições sobre as melhorias que possam ser
empregadas.

3 JUSTIFICATIVA

Na generalidade, para Andrada (1997) a legislação brasileira tem se formado através


de fragmentos, muitas vezes em prejuízo da necessária coerência e harmonia, sem um
trabalho mais criterioso de compatibilização dos diferentes diplomas legais, o que dificulta o
tratamento sistemático de matérias importantes, bem como sua compreensão e aplicabilidade.
Em consenso com Machado (2005): “Não basta que temporalmente existam normas,
mas a qualidade dessas exigências tem que evitar, com adequada margem de segurança, os
danos da poluição sonora”.
Com isso, verifica-se a necessidade de reunir os dispositivos legais aplicáveis à
poluição sonora, abordando-os de forma sistêmica, pois embora vasta, e considerada uma das
mais avançadas e completas do mundo, a aplicabilidade da legislação brasileira também
prejudica, em especial, porque ocorrem temas novos com grande frequência no cenário
ambiental, fazendo com que grande parte da população, a até mesmo o próprio poder público,
desconheça seus direitos e deveres (PINHEIRO-PEDRO,2005).
Logo, ao discutir de forma ampla e abrangente os diversos dispositivos legais
aplicáveis à poluição sonora, esse estudo visa contribuir para uma efetiva atuação de gestores
que buscam restabelecer a qualidade de vida comprometida pelo ruído urbano em seu
município e, sobretudo, objetivam prevenir-se contra esse problema.

4 MÉTODOS E MATERIAIS
O desenvolvimento deste trabalho teve como base pesquisa bibliográfica, utilizando
como materiais pesquisas acadêmicas correlatas ao tema legislação ambiental sonora e,
sobretudo, doutrinas e dispositivos legais aplicáveis.
No âmbito da legislação federal, suas partes atribuem-se ao levantamento documental
realizado através de consultas ás bases digitais oficiais de legislação disponibilizados pelo

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Governo, representadas pelas bases online da presidência e do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA, onde consta o conjunto de normas de interesse aos fins deste estudo.

5 RESULTADOS

5.1 CONCEITO DE SOM E RUÍDO


Ao adentrar o estudo das variáveis do som, torna-se interessante distinguir som e
ruído. Para os apreciadores do silêncio e da tranquilidade, diferenciar estes dois não é uma
tarefa difícil e sim de fácil percepção.
Caracteriza-se como som cada alteração de pressão (no ar, na água...) que o ouvido
humano seja capaz de perceber, já ruído é o som ou o conjunto de sons indesejáveis,
desagradáveis, perturbadores. O que distingue a classificação é o agente perturbador, que
pode ser variável, envolvendo o fator psicológico de tolerância de cada indivíduo.
Os efeitos da propagação dos ruídos excessivos vão além do período de sua emissão.
E mesmo que este tenha sua forma prevenção com uso de tecnologias, o quesito de falhas
primordial aponta ao judiciário que se não é exigido ou, se o é, não é praticado, sem uma
punição justa pelo desrespeito à norma.

5.2 EFEITOS DO RUÍDO


A sensação auditiva que nossos ouvidos são habilitados a identificar, estabelecido
como a compressão mecânica ou onda mecânica que se propaga em algum meio, denomina-
se som. Em excessiva intensidade, sons de variadas origens podem ser prejudiciais à saúde
do meio, o que diz respeito ao barulho, som ou poluição sonora que pode prejudicar a
percepção de um sinal ou geral algum tipo de desconforto, chama-se ruído.
O ruído sonoro consiste no som que lesiona a comunicação, composto por uma
quantidade elevada de vibrações acústicas de amplitude e fase alta, convertendo sua pressão
sonora em um aumento exacerbado, danoso o suficiente aos seres vivos. Seu malefício está
relativo a pressão sonora, sua direção, exposição contínua e a sensibilidade individual, cada
ser se difere por apresentar uma vulnerabilidade a sons intensos.

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Vale salientar que a poluição sonora não é apenas uma adversidade de desconforto
acústico. O ruído tornou-se nos dias de hoje um dos principais agravantes ambientais dos
grandes centros urbanos e, eminentemente, uma preocupação com a saúde pública.
Transformou-se em uma circunstância de malefícios comprovada pela ciência médica
que correlata que os ruídos excessivos ocasionam perturbações da saúde mental. Além do
que, poluição sonora ofende o meio ambiente e, consequentemente afeta o interesse difuso e
coletivo, à medida em que os níveis excessivos de sons e ruídos causam deterioração na
qualidade de vida, na relação entre as pessoas, sobretudo quando acima dos limites
suportáveis pelo ouvido humano ou prejudiciais ao repouso noturno e ao sossego público.
Os peritos do campo da saúde auditiva indicam que ficar surdo é apenas um dos
impactos caudados pelo ruído. Os ruídos são agentes responsáveis por numerosos doenças,
como a baixa na capacidade de comunicação e de memorização, perda ou diminuição da
audição e do sono, envelhecimento prematuro, distúrbios neurológicos, cardíacos,
circulatórios e gástricos. Muitas de suas malignas consequências são concebidas inclusive,
de modo sorrateiro, sem que a própria vítima se dê conta.
A decorrência mais púnica acontece em condições intermediárias de ruído que
lentamente geram estresse, distúrbios físicos, mentais e psicológicos, insônia e problemas
auditivos. Outrossim sintomas secundários podem apresentar: aumento da pressão arterial,
paralisação do estômago e intestino, má irrigação da pele e até mesmo impotência sexual.
Entre todos os sentidos exclusivamente, o ouvido é o que nunca repousa, sequer
durante o sono. Desse modo, os ruídos urbanos são motivos a que, durante o sono, o cérebro
não descanse como as leis da natureza exigem. Desta forma, o caso dos ruídos excessivos
não é apenas questão de aprovação sensorial ou não, mas na sua decorrência uma questão de
vitalidade e bem-estar, a que a legislação e suas aplicações não podem ficar indiferentes.
Embora todos saibam os efeitos da poluição sonora e, inobstante haver Leis
Municipais, legislação específica e até outros projetos isolados, estes se tornam banais, se a
fiscalização dos órgãos competentes, notadamente das Prefeituras, continuarem praticamente
inoperantes.

5.3 LIMITES LEGAIS DA POLUIÇÃO SONORA

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As doenças relacionadas as condições relevantes de ruídos estão compreendidas entre
os responsáveis a gestão e controle da poluição ambiental, cuja regulamentação e organização
de princípios adaptáveis com o meio ambiente estável e fundamental à sadia condição de
vida, é atribuída ao CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), de acordo com que
dispõe o inciso II do artigo 6º da Lei 6.938/81.
Se estabelece padrões de emissão aceitáveis e inaceitáveis através do reconhecimento
entre som e ruído por meio da utilização de unidades de medição do nível, criando-se e
permitindo-se a verificação do ponto limítrofe com o ruído. O grau de intensidade sonora
consiste habitualmente em decibéis (db) e é conferida com a utilização de um aparelho
chamado decibelímetro.
Resolução do CONAMA 001, de 08 de março de 1990, dita sobre ruído, a tutela
jurídica do meio ambiente e da saúde humana, esta regulamentação avalia como uma objeção
os níveis excessivos de ruídos bem como a deterioração da qualidade de vida causada pela
poluição.

5.4 EFEITOS DA POLUIÇÃO SONORA


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição sonora de 50 dB
(decibéis) acomete a comunicação e, a partir de 55 dB, é capaz de causar estresse e outros
efeitos negativos. Ao alcançar 75 dB, a poluição sonora denota risco de perda auditiva se o
indivíduo for exposto a ela por períodos de até oito horas diárias.
Algumas das muitas sequelas negativas da poluição sonora para os seres humanos
são:
 Estresse;
 Depressão;
 Insônia;
 Agressividade;
 Perda de atenção;
 Perda de memória;
 Dor de cabeça;
 Cansaço;
 Gastrite;

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 Queda de rendimento no trabalho;
 Zumbido;
 Perda de audição temporária ou permanente;
 Surdez.

A tabela abaixo tenta mostrar, basicamente, os tipos de efeito:

Nível sonoro Efeitos


≥30 dB(A) Reações psíquicas
≥65 dB(A) Reações fisiológicas
≥85 dB(A) Trauma auditivo
≥120 dB(A) Lesões irreversíveis no sistema auditivo

Os ruídos podem afastar e até mesmo matar aves, diminuindo a população local e, a
partir deste desequilíbrio no ecossistema e provocam o aumento da população de insetos na
ausência de seus predadores. No biossistema, a poluição sonora produz o distanciamento de
animais, interfere a reprodução e pode até ser fatal.
Inúmeros países impõem em suas leis restrições sobre a intensidade sonora, cujos
picos de ruído dependem exclusivamente das horas do dia. Medidas particulares são tomadas
como: limitar a extensão do volume sonoro causado por ocasião de um show público ou
proibir o uso de fogos de artifício barulhentos.
A diversidade de fontes de poluição sonora é ampla, como bares, casas noturnas,
aeroportos, indústrias, veículos automotores, eletrodomésticos, ambientes de trabalho, entre
outros. Abaixo estão alguns exemplos aproximados dos níveis de ruídos comuns em grandes
centros urbanos, em decibéis:

Torneira gotejando: 20 dB;

Geladeira: 30 dB;

Voz humana normal: 60 dB;

Escritório: 60 dB;

Trânsito: 80 dB;

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Obras com britadeiras: 120 dB;

Bronca: 80 dB;

Liquidificador: 85 dB;

Feira livre: 90 dB;

Secador de cabelos: 95 dB;

Latidos: 95 dB;

Festas e casas noturnas: 130 dB;

Aparelhos de som portáteis no volume máximo: até 115 dB.

6 CONSIDERAÇÕES
Fundamentando-se na abordagem apresentada, não se pode concluir que as diretrizes
federais aplicáveis ao controle da poluição sonora não têm avançado, pois com o presente
estudo descortinou-se vasta legislação abrangente, contemplando suas principais causas.
Entretanto, ratificam-se as suspeitas quanto à dispersão dos dispositivos legais e a
decorrente importância em reunir tais orientações custeando a assentamento de tais recursos
que visam contribuir para a sua propagação, compreensão e aplicabilidade.
Ressalte-se ainda que o efetivo controle da poluição sonora fica a encargo do Poder
Público Municipal que, para isso, embasado nas premissas legais apresentadas, pode avançar
em seu próprio instrumental jurídico, bem como atuar com mais rigor em seu poder de polícia
e em políticas alinhadas a um pleno e equilibrado plano de desenvolvimento urbano.
Todavia, não podemos olvidar que a efetividade da legislação ora apresentada e da
própria atuação dos gestores municipais, agentes privados e órgãos ambientais, também se
compromete na ausência de recursos humanos qualificados e condições operacionais
adequadas, contribuindo para o crescente aumento da poluição sonora observado atualmente.
Por fim, aliado a outros mecanismos que devem ser investigados para o tratamento
em nível local desta problemática, acredita-se que o presente trabalho pode contribuir
significativamente com a gestão do ruído urbano, pois objetiva orientar mudanças que visem
melhorar a qualidade de vida, apresentando soluções jurídicas aplicáveis ao controle e
prevenção de um entre os principais agravantes da vida moderna, a poluição sonora.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADA, B. Consolidação da Legislação Ambiental Brasileira. Brasília, 03 set. 1997.


Disponível em: <www.ambientebrasil.com.br/images/noticias/clab.pdf> Acesso em: 25 abr.
2019.

________. Lei Federal nº. 6938. 1981. Dispõe sobre Política Nacional do Meio Ambiente.
Disponível em:<www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 05 dez. 2006.

BRESSANE, A., MOCHIZUKI, P. S., GOBBI, N., Carvalho, M. D. Legislação ambiental


aplicável à poluição sonora urbana: um estudo das normas e diretrizes disciplinares.
São Paulo, 2008.

FERNANDES, D. C. Controle Ambiental: O combate à poluição sonora. Artigo. XIII


Fórum Ambiental. São Paulo, 2017.

FERNANDES, J.C. Acústica e ruídos: apostila. Bauru: UNESP, 2002. 98 p. Universidade


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