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SUMÁRIO
A NEUROPSICOFARMACOLOGIA ................................................... 6
NEUROTRANSMISSORES ............................................................. 10
Glutamato .................................................................................. 16
CATECOLAMINAS .......................................................................... 20
GABA ............................................................................................... 21
PEPTÍDEO ....................................................................................... 23
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Ligados ao organismo ............................................................... 28
Estimulantes .............................................................................. 29
Ritalina ................................................................................... 31
Anfetamina ............................................................................. 32
Dextroanfetamina ................................................................... 32
Metanfetamina ....................................................................... 34
Piracetam ............................................................................... 35
Depressores ........................................................................... 36
Antidepressivos ...................................................................... 39
Imipramina ............................................................................. 42
Amitriptilina ............................................................................ 42
Lítio ........................................................................................ 43
FARMACODEPENDÊNCIA .......................................................... 44
Conceito ................................................................................. 45
11.3.1 Droga................................................................................. 45
Indivíduo................................................................................. 46
Ambiente ................................................................................ 46
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SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA.................................................... 47
Conceito ................................................................................. 47
Caso clínico............................................................................ 48
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 53
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Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro –
quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao
professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida
sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta
para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma
coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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A NEUROPSICOFARMACOLOGIA
Fonte: foxcursoseconcursos-es.com.br
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constituição dos hábitos e automatismos – fumar ou aprender a andar de
bicicleta, por exemplo; um terceiro nível diz respeito à plasticidade com que se
moldam aprendizados diversos – a solução de uma equação do segundo grau e
também uma experiência pessoal de forte componente emocional. (NERO,
2016)
Esses três níveis se inter-relacionam de maneira complexa e fugiria deste
artigo dirimir todas as nuanças pertinentes a eles. Existe, porém, uma alegoria
que permite que nos aproximemos num primeiro momento do nível da máquina-
cérebro, do nível do hábito-programa e do nível da circunstância-arquivo.
Toda quanta pessoa já teve acesso a um computador sabe que há três
componentes distintos: a máquina propriamente dita, os programas que se
escolhe para instalar (processadores de textos, planilhas, processadores de
imagem) e finalmente os arquivos pessoais que gravamos a cada trabalho que
realizamos.
De maneira sucinta pode-se dizer que o cérebro corresponde à máquina,
as funções automatizáveis e susceptíveis ao desenvolvimento de bons, e às
vezes maus, hábitos correspondem a programas e, finalmente, as circunstâncias
históricas e contextuais constituem arquivos que gravamos nos diferentes locais
da máquina e nos diferentes programas de tal sorte que constituam nossa
história pessoal.
Há quem defenda que somente pode haver patologia no nível físico,
porém isso deixaria o problema dos hábitos, compulsões e outros problemas
sem solução porque sabemos que a solução para esses casos, embora
fortemente dependente de uso de drogas, requer, paralelamente, o uso de
alguma estratégia psicoterapêutica interativa.
Alegar que o problema dos arquivos não corresponde a qualquer
patologia porque nível virtual absoluto é o mesmo que alegar que uma rede
internacional de pedofilia que nos chega pela Internet não pode ser patológica
porque, no limite, constituída por uma série de bits e mensagens codificadas.
O problema da caracterização dos três níveis é difícil e requer que
façamos a distinção de alguns sinais e sintomas que nos auxiliam na distinção,
na maior ênfase ou não no uso de psicofármacos ou psicoterapias de diferentes
matizes (para não entrar na complicada seara de distingui-las e valorá-las).
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Fonte: noticias.uem.br
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modalidades de habilidades, também a dinâmica rápida de aporte de sensações
e informações constitui intenso cabedal de redirecionamentos intencionalmente
mediados de atos e omissões.
Freud apontou para esses fatores no seu célebre Projeto, abandonando-
o logo em seguida e construindo uma teoria da vida mental que mais pareceria
culturalista que propriamente cerebralista.
Segundo Martins (2010, p.2) “a rejeição dos enunciados biológicos
realizada pelos comentadores parece não se basear única e exclusivamente na
leitura fiel de sua obra, mas em certa tendência interpretativa que pressupõe a
existência da incompatibilidade entre diferentes disciplinas – no caso em
questão, a psicanálise e a biologia. ”
Engana-se, no entanto, quem vê no Freud do Projeto uma história de
insucesso já superado pelos cem anos que dele nos distanciam.
Freud, ao deparar-se com a dinâmica filogenética e ontogenética lenta,
pode lançar mão de variáveis extralinguísticas e tentar modelar-lhes padrões
dinâmicos de tipo redes neurais (não à toa seu Projeto é visto como precursor
das atuais redes neurais artificiais). Porém, quando se lança a explicar a
dinâmica ontogenética contextual rápida, biografia em suma, depara-se com a
difícil, se não impossível, transposição de significados expressos na cadeia
narrativo-discursiva e seus equivalentes neurais.
Modelar uma história pessoal é ainda impossível dada a dificuldade, por
ora esperamos, de estabelecer mapas que vão do significado às variedades
neuronais. Excluídas as patologias que requerem nítida e, às vezes única,
intervenção medicamentosa, e também aquelas concernentes a automatismos
e hábitos em que fármacos e terapias comportamentais devem ser indicadas,
sobra uma imensa gama de transtornos de dinâmica ontogenética rápida -
significado em constante mutação - e que costumam dar muita "dor de cabeça"
aos pacientes e circundantes e tem empobrecido o cenário da psiquiatria
biológica ao se fazerem ausentes porque, aparentemente, pouco objetiváveis ou
físicas.(NERO, 2016)
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NEUROTRANSMISSORES
Fonte: ibima.eu
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Acetilcolina (ACh)
Fonte: natalben.com
Serotonina (5HT)
Fonte: clustersalud.americaeconomia.com
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Envolvido nas desordens do humor, seu entendimento é importante para
o tratamento da desordem obsessiva compulsiva, latência do
sono, ansiedade, depressão e outros transtornos do humor.
Fármacos que atuam no bloqueio de sua degradação ou receptação
podem elevar os níveis deste neurotransmissor reduzindo os sintomas destas
patologias. O leite é um alimento rico em triptofano, aminoácido necessário para
a síntese de 5HT, sua ingestão antes de dormir pode elevar níveis de 5HT
facilitando o sono. (MOREIRA, 2012).
A serotonina é um neurotransmissor que está intimamente relacionado
com transtornos a nível:
Do humor e da ansiedade:
Do sono;
Dá atividade sexual;
Do apetite;
Do ritmo circadiano e funções neuroendócrinas;
Da temperatura corporal;
Da sensibilidade à dor e mesmo da atividade motora e funções
cognitivas.
Fora do SNC, a serotonina tem um papel importante em funções
gastrointestinais e cardiovasculares (FRANCISCO, 2010, p.2).
Noradrenalina (NA)
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Fonte: ytimg.com
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Dopamina (DA)
Fonte: dilivros.com.br
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TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR
Fonte: institutowallon.com.br
Glutamato
Fonte: hipertrofiatotal.com
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convulsões epilépticas. Fármacos antagonistas do glutamato estão sendo
testados para tratamento da epilepsia.
RECEPTORES DE NEUROTRANSMISSORES
Fonte: ugc.kn3.net
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A grande maioria dos receptores de neurotransmissores pertence a uma
classe de proteínas conhecida como receptores em serpentina. Essa classe
exibe uma estrutura transmembrana característica. Isto é, ela cruza a membrana
celular, não apenas uma e sim sete vezes. A ligação entre os
neurotransmissores e o sinal intracelular é realizado através da associação ou
com proteínas G (pequenas proteínas que se ligam e hidrolizam a GTP) ou com
as enzimas proteína-kinases, ou com o próprio receptor na forma de um canal
de íon controlado pelo ligante (por exemplo, o receptor de acetilcolina). Uma
característica adicional dos receptores de neurotransmissores é que eles estão
sujeitos a desensibilização induzida pelo ligante: isto é, eles podem deixar de
responder ao estímulo em seguida a uma exposição prolongada a seus
neurotransmissores (KING, 2010).
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Agonistas e antagonistas colinérgicos naturais
Agonistas
Nicotina: Alcaloide predominante no tabaco. Ativa os receptores de ACh
da classe nicotínica, trava o canal aberto
Muscarina: Alcaloide produzido pelo cogumelo Amanita muscaria. Ativa
os receptores de ACh da classe muscarínica.
a-Latrotoxina: Proteína produzida pela aranha "viúva negra". Induz
liberação maciça de ACh, talvez agindo como um ionóforo Ca 2+
Antagonistas
Atropina (e compostos relacionados a escopolamina): Alcaloide
produzido pela "dama da noite", Atropa belladonna. Bloqueia a ação da
ACh apenas nos receptores muscarinicos.
Toxina Botulínica: Oito proteínas produzida peloClostridium botulinum.
Inibe a liberação de ACh.
a-Bungarotoxina: Proteína produzida por cobras do gênero Bungarus.
Impede a abertura do canal receptor de Ach.
d-Tubocurarina: Ingrediente ativo do curar. Impede a abertura do canal
receptor de ACh na placa motora
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CATECOLAMINAS
Fonte: slidesharecdn.com
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As catecolaminas ligam-se a duas classes diferentes de receptores
denominados receptores a- e b-adrenérgicos. As catecolaminas, portanto, são
também conhecidas como neurotransmissores adrenérgicos; os neurônios que
os secretam são os neurônios adrenérgicos. Os neurônios que secretam a
norepinefrina são os noradrenérgicos. Os receptores adrenérgicos são
receptores em serpentina clássica que se acoplam a proteínas G intracelulares.
Parte da norepinefrina liberada dos neurônios pré-sinápticos e reciclada no
neurônio pré-sináptico por um mecanismo de reabsorção.
Catabolismo da catecolamina
GABA
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GABA exerce seus efeitos através da ligação de dois receptores distintos,
GABA-A e GABA-B. Os receptores GABA-A formam um canal Cl-. A ligação do
GABA aos receptores GABA-A aumenta a condutância de Cl- dos neurônios pré-
sinápticos. As drogas anxiolíticas do grupo das benodiazepina exercem seus
efeitos calmantes graças à potenciação das respostas dos receptores GABA-A
à ligação do GABA. Os receptores GABA-B estão acoplados a uma proteína G
intracelular e agem aumentando a condutância de um canal associado K +.
Neurotransmissores x Neuromoduladores
Fonte: amazonaws.com
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Deve ser encontrado na terminação pré-sináptica e secretado em
quantidades suficientes para agir no local de ação;
Deve imitar a ação de um transmissor endógeno, quando este for aplicado
exogenamente;
Deve apresentar mecanismos específicos para sua remoção.
Regulação neural
Etapas da neurotransmissão
PEPTÍDEO
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formação de água (reação de desidratação) em virtude da perda de uma hidroxila
do grupo carboxila e de hidrogênio do grupo amina.
Observe o esquema de uma ligação peptídica:
Fonte: uol.com.br
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Função biológica
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Quanto maior a compressão do medicamento comprimido, menor será o
processo de desintegração do medicamento.
Quanto menor a compressão do medicamento comprimido, mais
rápido será o processo de desintegração do medicamento.
O grau de compressão é calculado em estudos afim de que a
desintegração do medicamento ocorra no melhor tempo possível para que seja
atingido a concentração plasmática adequada afim de atingir o objetivo
terapêutico do medicamento.
Medicamentos comprimidos efervescentes não passam pela fase de
desintegração, está ocorrendo na água antes de ser ingerida.
No momento da administração da solução, estes se apresentam em
pequenas partículas ao serem ingeridas.
A Fase Biofarmacêutica ocorre apenas com comprimidos, pílulas,
cápsulas, etc.
Fase de absorção
Processo de biotransformação
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É a metabolização do medicamento pelo fígado e pela microbiota
intestinal, antes que o fármaco chegue à circulação sistêmica.
Após uma droga ser ingerida, ela é absorvida pelo sistema digestivo e
entra no sistema porta hepático. Antes de atingir o resto do corpo, ela é
carregada através da veia porta hepática para o fígado.
O fígado metaboliza muitas drogas, às vezes de tal maneira que somente
uma pequena quantidade de droga ativa é lançada a partir do fígado em
direção ao resto do sistema circulatório do corpo.
Os medicamentos administrados pela via oral, sofrem essa
biotransformação no fígado, diminuindo significativamente a
biodisponibilidade da droga no sangue.
Vias de administração alternativas podem ser usadas, como intravenosa,
intramuscular, sublingual, transdérmica e via retal. Estas vias evitam o
efeito de primeira passagem pois permitem que a droga seja absorvida
diretamente na circulação sistêmica
A degradação do fármaco no fígado depende de sua estrutura química,
pode ser completamente metabolizado ou inativado.
O fígado é o órgão que prepara a droga para a excreção, necessário para
tornar as substâncias mais polares, mais hidrossolúveis para serem
facilmente eliminadas pelos rins, a mais importante via de eliminação.
Principal órgão de metabolização: fígado
Demais órgãos: rins, pulmões, intestino, pele. (MOURA JUNIOR, 2015)
Ligados ao fármaco
Fase farmacêutica
Propriedades físico-químicas (lipossolubilidade, peso molecular,
grau de ionização, concentração)
Via de administração
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Ligados ao organismo
Fase de distribuição
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Fase de eliminação/excreção
Estimulantes
Fonte: abrilveja.files.wordpress.com
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Psicoestimulantes (ex. anfetaminas)
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TIPOS DE FORMULAÇÃO DOS PSICOESTIMULANTES - DURAÇÃO DO
EFEITO
Ritalina
Fonte: emagrecer.eco.br
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Anfetamina
A anfetamina surgiu no século 19, tendo sido sintetizada pela primeira vez
na Alemanha, em 1887. Cerca de 40 anos depois, a droga começou a ser usada
pelos médicos para aliviar a fadiga, dilatar as passagens nasais e bronquiais e
estimular o sistema nervoso central. Na década de 30, o propósito era o
tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), então
denominado hiperatividade ou disfunção cerebral mínima (RIBEIRO;
MARQUES, 2002, apud MARCON, 2012)
Anfetaminas são substâncias simpatomiméticas que têm a estrutura
química básica da beta-fenetilamina. Sob esta designação, existem três
categorias de drogas sintéticas que diferem entre si do ponto de vista químico.
As anfetaminas, propriamente ditas, são a dextroanfetamina e a metanfetamina.
A anfetamina é uma droga estimulante do sistema nervoso central, que provoca
o aumento das capacidades físicas e psíquicas.
Atualmente, as anfetaminas de uso não terapêuticos são proibidas em
vários países, incluindo o Brasil (desde 2011). Em alguns países da Europa a
substância foi totalmente proibida, sendo encontrada somente de forma
clandestina, vinda de outros locais. A maior parte dos usuários são mulheres que
utilizam a droga para o emagrecimento.
Dextroanfetamina
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uma meia-vida de aproximadamente 8 a 12 horas, o que faz com que seja
necessária à sua administração em dois a três tomadas por dia. Metade de sua
eliminação é feita através de metabolização hepática e metade é eliminada
inalterada na urina. A acidificação da urina acelera sua excreção.
A dextroanfetamina é o mais potente dos simpaticomiméticos
(substâncias que estimulam o sistema nervoso simpático) devido a sua
capacidade de atuar tanto no sistema dopaminérgico quanto sistema da
norepinefrina. No Brasil é comercializada para o tratamento do Transtorno do
Déficit de Atenção e Hiperatividade, sob o nome comercial de Venvanse.
Algumas características da Dextroanfetamina:
Foi também utilizada no tratamento da narcolepsia e nos distúrbios
envolvendo déficits de atenção e hiperatividade em crianças.
É usado na forma de sulfato ou de cloridrato como estimulante do sistema
nervoso central.
Possui múltiplos mecanismos de ação incluindo o bloqueio de
adrenérgicos e dopamina, estimulação da liberação de monoaminas e
inibição da enzima monoaminoxidase. É também uma droga de abuso e
um psicotomimético.
A Dextroanfetamina está incluída em um dos três principais
simpaticomiméticos utilizados atualmente na prática clínica (os outros são
Metilfenidato e Pemolide) e seus principais efeitos são transtorno do
déficit de atenção com hiperatividade (DDAH) e a Narcolepsia.
Sua fórmula química é C9H13N.
Seu peso molecular é de 135.206.
Seu metabolismo é hepático.
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Metanfetamina
Fonte: seligasaude.com
34
Piracetam
Fonte: doktersehat.com
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Reguladores ou estabilizadores de humor
Depressores
Antipsicoticos
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Os antipsicóticos são classificados em típicos (ou de primeira geração ou
tradicionais) e atípicos (ou de segunda geração), de acordo com seu mecanismo
de ação – os típicos bloqueiam os receptores dopaminérgicos D2, enquanto que
os atípicos bloqueiam os receptores dopaminérgicos D2 e os receptores
serotoninérgicos 5HT2A. Essa diferença no mecanismo de ação determina perfis
distintos de efeitos terapêuticos e efeitos colaterais de cada um desses
grupos.(CORDIOLI, 2000).
Fonte: elsevier.es
Ansiolíticos
O CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas, conceitua ansiolíticos como:
São medicamentos que têm a propriedade de atuar sobre a ansiedade
e tensão. Estas drogas foram chamadas de tranquilizantes, por
acalmarem a pessoa estressada, tensa e ansiosa. Atualmente, prefere-
se designar esses tipos de medicamentos pelo nome de ansiolíticos,
ou seja, que "destroem" (lise) a ansiedade. Também são utilizadas no
tratamento de insônia e nesse caso também recebem o nome de
drogas hipnóticas, isto é, que induzem sono. Os ansiolíticos mais
comuns são substâncias chamadas benzodiazepínicos, que aparecem
em medicamentos como Valium® , Librium® , Lexotam® , Dormonid®
etc.
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Fonte: images.e-konomista.pt
Hipnóticos
Anestésicos
Fonte: zitusti.cz
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Antiepilépticos
Fonte: setorsaude.com.br
Antidepressivos
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Há os antidepressivos duais que inibem a recaptura tanto de serotonina quanto
de noradrenalina, conhecidos como os de duplo mecanismo de ação
(venlafaxina, desvenlafaxina e duloxetina). Há certos antidepressivos que
também atuam sobre outros neurotransmissores ou têm mecanismos de ação
completamente diferentes como a agomelatina que atua como agonista em
receptores de melatonina (hormônio produzido pela glândula pineal do cérebro).
Os efeitos colaterais variam de acordo com a classe ao qual o antidepressivo
pertence e também de acordo com a tolerância de cada pessoa. Os
antidepressivos mais antigos, conhecidos como tricíclicos (clomipramina,
imipramina, amitriptilina) costumam dar mais efeitos colaterais que os mais
recentes (inibidores da recaptação de serotonina e os de duplo mecanismo de
ação). Parece haver diferenças nas respostas aos antidepressivos entre homens
e mulheres. As mulheres até 50 anos de idade parecem ser mais respondedoras
aos antidepressivos serotoninérgicos enquanto os homens respondem melhor
aos tricíclicos e duais – porém, isso não é uma regra geral.
Entre os efeitos colaterais (variável de pessoa para pessoa e de acordo
com o tipo de antidepressivo utilizado) que podem ocorrer temos: alteração do
sono e apetite, alterações gastrintestinais (diarreia ou obstipação intestinal),
retenção urinária, alergias de pele, sudorese, diminuição da libido ou retardo da
ejaculação, aumento ou diminuição de peso, náusea, tontura, tremores –
inclusive, alguns deles, de forma paradoxal, podem aumentar até a ansiedade e
agitação nos primeiros dias de tratamento e por tempo limitado. Os efeitos
colaterais iniciais podem ser contornados e atenuados nos primeiros dias ou
semanas de tratamento, o médico deve sempre ser consultado e orientar o seu
paciente a respeito. Há alguns antidepressivos que podem ser hepatotóxicos e
exames de sangue devem ser solicitados. Deve-se evitar a parada da medicação
por conta própria. Há pessoas mais sensíveis aos efeitos colaterais, enquanto
alguns não os têm. É muito individual. É bom frisarmos que antidepressivos não
causam dependência e são confundidos habitualmente pelas pessoas com os
benzodiazepínicos (“calmantes”) como bromazepam, clonazepam, diazepam,
lorazepam e alprazolam.
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Antidepressivos tricíclicos
Fonte: 3.bp.blogspot.com
41
Imipramina
Amitriptilina
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Lítio
Antes de mais nada, deve ficar claro que não tem nenhuma base científica
comprovada a utilização do Lítio para prevenção ou tratamento inespecífico de
problemas emocionais em pacientes que tenham apresentado zero de Lítio no
sangue, pois o normal de qualquer pessoa que não está em tratamento com Lítio
é mesmo zero.
Ainda não foi claramente estabelecido o mecanismo exato de ação do
Lítio. Postulam-se duas teorias. A primeira relaciona o efeito estabilizador do
ânimo com uma redução na concentração do neurotransmissor catecolamina,
mediada possivelmente pelo efeito do íon lítio na enzima adenosina trifosfase.
Na+/K+-dependente, para produzir um aumento no transporte transmembrana
neuronal do íon sódio.
A segunda hipótese é que o Lítio pode diminuir as concentrações de
monofosfato de adenosina cíclico (AMPcíclico), o que por sua vez pode originar
diminuição da sensibilidade dos receptores da adenilatociclase sensíveis aos
hormônios. É absorvido por via oral de forma rápida e completa.
O Lítio não se une às proteínas plasmáticas nem é metabolizado, e
elimina-se 95% de forma inalterada pelo rim. A eliminação é inicialmente rápida
e, após tratamento prolongado, torna-se mais lenta.
Na forma ativa o Lítio pode ser reabsorvido 80% no túbulo proximal. A
velocidade de excreção diminui com o aumento da idade. No início do tratamento
a meia-vida é bifásica, a concentração sérica diminui com rapidez durante as 5
a 6 horas iniciais, seguida de uma diminuição gradual durante as 24 horas
seguintes. O início de sua ação terapêutica pode demorar de 1 a 3 semanas.
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O Lítio é potencialmente tóxico para o sistema nervoso central, inclusive
em concentrações séricas dentro do alcance terapêutico. Deve ser administrado
com precaução na presença de doença cardiovascular (pode exacerbar-se), na
presença de alterações do sistema nervoso central (epilepsia e parkinsonismo),
em casos de desidratação grave (aumenta o risco de toxicidade) e quando existir
insuficiência renal ou retenção urinária.
A toxicidade por Lítio pode aparecer em concentrações séricas
terapêuticas ou próximas a elas. Durante a fase maníaca aguda, o paciente pode
ter uma grande capacidade para tolerar o lítio, dado que este diminui a
reabsorção de sódio pelos túbulos renais. Recomenda-se o consumo de cloreto
de sódio e uma adequada ingestão de líquidos (2,5 a 3 litros por dia). Sua
administração deve ser cuidadosa nos casos de bócio ou hipotireoidismo, já que
pode agravá-los.
Antes e durante o tratamento, recomenda-se efetuar a determinação da
função renal, contagem de leucócitos e eletrocardiogramas. É aconselhável
efetuar exames do lítio sérico durante o tratamento.
FARMACODEPENDÊNCIA
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com
44
Conceito
Fatores relacionados
Fármaco
Indivíduo
Ambiente
11.3.1 Droga
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com
Disponibilidade
Custo
Potência e grau de pureza
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Via de administração
Farmacocinética
Indivíduo
Ambiente
Tolerância
Abstinência
Uso frequente de quantidades maiores ou por períodos mais prolongados
do que o pretendido
Desejo persistente ou esforços malsucedidos para controlar o uso
Muito tempo é consumido em conseguir, usar ou recuperar-se do uso
Abandono ou redução de atividades sociais, ocupacionais ou recreativas
devido ao uso
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Uso mantido apesar do reconhecimento de problemas físicos ou
psicológicos persistentes ou recorrentes, causados ou agravados pelo
uso
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com
Conceito
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somente às drogas, mas qualquer outra manifestação compulsiva que a pessoa
tenha demasiadamente. O termo adicção é utilizado para evitar a terminologia
viciado, pois vício tem conotação negativa que diminui a autoestima do adicto
prejudicando sua recuperação.
Caso clínico
Quadro provável
48
A CID-10, como é conhecida, foi desenvolvida em 1992 para registar as
estatísticas de mortalidade.
Fonte: d3vdsoeghm4gc3.cloudfront.net
49
Fonte: image.slidesharecdn.com
G00-
VI Doenças do sistema nervoso.
G99
50
IX I00-I99 Doenças do aparelho circulatório.
O00-
XV Gravidez, parto e puerpério.
O99
A nova CID
51
das principais ferramentas epidemiológicas do cotidiano médico e a base para
identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo. O novo
documento contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e
causas de morte – a CID-10 continha 14.400. Entre as novidades da publicação,
estão a inclusão do transtorno dos jogos eletrônicos como um dos problemas de
saúde mental, além de capítulos inéditos sobre medicina tradicional e saúde
sexual.
Sua principal função é monitorar a incidência e prevalência de doenças,
por meio de uma padronização universal das mesmas, problemas de saúde
pública, sinais e sintomas, causas externas para ferimentos e circunstâncias
sociais, apresentando um panorama amplo da situação em saúde dos países e
suas populações.
De acordo com Dr. Robert Jakob, coordenador da equipe de classificação
de terminologias e padrões da OMS, essa décima primeira edição também
reflete o progresso da medicina e os avanços na compreensão científica. O Dr.
Jakob disse também que outras seções que foram atualizadas de acordo com o
conhecimento atual incluem cardiologia, alergias e doenças do sistema imune,
doenças infecciosas, câncer, demência e diabetes.
O documento será apresentado oficialmente durante a Assembleia
Mundial da Saúde, em maio de 2019, e entrará em vigor em 1º de janeiro de
2022. A versão já divulgada permitirá aos países planejar seu uso, preparar
traduções e treinar profissionais de saúde.
A CID também é utilizada por seguradoras de saúde cujos reembolsos
dependem da codificação de doenças; gestores nacionais de programas de
saúde; especialistas em coleta de dados; e outros profissionais que
acompanham o progresso na saúde global e determinam a alocação de recursos
de saúde.
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BIBLIOGRAFIA
ADEB. Antidepressivos.
53
MARCON, C, 2012, et al. Uso De Anfetaminas E Substâncias Relacionadas
Na Sociedade Contemporânea. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 13,
n. 2, p. 247-263.
54