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Aula 09 - Prof.

Rodrigo Rennó

Administração Pública Brasileira p/ ATA-MF


Professores: Rodrigo Rennó, Sérgio Mendes
Administração Pública Brasileira p/ ATA-MF
Teoria e exercícios comentados
Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 09

Aula 9: Processo Administrativo

Olá pessoal, tudo bem?


Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes tópicos:
 Processo Administrativo em âmbito federal;

Irei trabalhar com muitas questões da ESAF, mas incluirei algumas


questões da FGV, da Cespe ou da FCC quando não tiver questões da ESAF
do tema trabalhado, ok? Espero que gostem da aula!

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Sumário
Processo Administrativo . ........................................................................ 3
A Lei no 9.784, de 1999. . ...................................................................... 3
Princípios do Processo Administrativo . ...................................................... 4
Direitos e Deveres do Administrado . ......................................................... 9
Início do Processo Administrativo . ......................................................... 10
Competência ................................................................................. 12
Impedimento e Suspeição . .................................................................. 16
Comunicação dos Atos . ..................................................................... 18
Instrução do Processo . ....................................................................... 19
Motivação .................................................................................... 20
Desistência, Extinção, Anulação, Revogação, Convalidação . ............................. 21
Recurso Administrativo . .................................................................... 24
Prazos e Sanções ............................................................................. 27
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. . ...................................................... 54
Gabaritos. ....................................................................................... 69
Bibliografia ..................................................................................... 69

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Processo Administrativo

A Lei no 9.784, de 1999.

Olá pessoal, vamos falar hoje de um tema bastante recorrente em


provas de concurso: processo administrativo. Basicamente, as questões
de concurso derivam da Lei 9.784, de 1999, que regula o processo
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
As bancas gostam muito de cobrar esse tema e vocês verão que as
questões serão a literalidade da Lei. Dessa forma, vamos analisar todos
os artigos de forma que vocês possam chegar na hora da prova com a
matéria “afiada” na cabeça, ok?
No sentido amplo, “Processo Administrativo” seria qualquer
procedimento decorrente de alguma circunstância, como: impugnação,
reclamação, petição, isto é, algo de que necessite da apreciação pela
Administração.
A nossa Constituição Federal, de 1988, determinou que “ninguém
será privado de liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
É desse comando constitucional que nasceu a Lei do Processo
Administrativo, uma vez que o devido processo não obriga apenas o
Poder Judiciário, mas também a toda Administração Pública.
Essa Lei, a Lei no 9.784/99, “estabelece normas básicas sobre o
processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e
indireta”. Observem que o alcance da Lei chega apenas à Administração
Federal.
Em diversas questões, as bancas tentaram confundir o candidato
com a ideia de que os estados, o DF e os municípios também seriam
submetidos aos comandos legais, mesmo que de forma subsidiária. Isso é
incorreto, pessoal. A Lei estudada nessa aula só refere-se às normas do
processo administrativo no âmbito da União.
Agora, a dúvida recorrente é a seguinte: será que o alcance é só o
Poder Executivo Federal? A resposta é não. A Lei do Processo
Administrativo também se aplica aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa,
ou seja, função atípica.
Continuando a nossa aula, o Processo Administrativo visa à
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento
dos fins da Administração.
A banca já cobrou conceitos de órgãos, entidades e autoridades,
dispostos literalmente na Lei. Vejamos abaixo um gráfico que sintetiza
esse tema.

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Órgão
Unidade de atuação integrante da estrutura da
Administração direta e da estrutura da Administração
indireta;

Entidade
Unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

Autoridade
Servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

Figura 1. Conceitos de órgãos, entidades e autoridades.

Princípios do Processo Administrativo

O artigo segundo da Lei do Processo Administrativo Federal dispõe sobre


diversos princípios que a Administração deve atentar no curso do
procedimento, senão vejamos:

Princípios do PAF

Legalidade
Finalidade
Motivação
Razoabilidade
Proporcinalidade
Moralidade
Ampla Defesa
Contraditório
Segurança Jurídica
Interesse Público
Eficiência

Figura 2. Princípios do Processo Administrativo Federal.

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Os princípios são essenciais para um direcionar as atividades


administrativas. Sabemos, no entanto, que existem outros princípios fora
os que estão explícitos no artigo 2º da Lei, como o da impessoalidade.

Dessa forma, a Administração não fica restrita apenas a esse rol do


artigo segundo no curso de um processo administrativo, uma vez que não
é uma lista exaustiva, e sim exemplificativa. Mas, se a banca vier cobrar
os princípios norteadores do processo administrativo, vocês deverão
considerar como correto o item que dispuser de um desses citados na
figura acima, a não ser que especifique no âmbito geral.

No parágrafo único do artigo segundo, encontra-se uma lista de


critérios a serem observados em um processo administrativo. Veremos
que se tratam, também, de princípios.

“Art.2º

(…)

Parágrafo único. Nos processos administrativos


serão observados, entre outros, os critérios de:

I - atuação conforme a lei e o Direito;

II - atendimento a fins de interesse geral, vedada


a renúncia total ou parcial de poderes ou
competências, salvo autorização em lei”;

Esses dois primeiros incisos têm relação com o princípio da


legalidade objetiva, pois impõe que o processo administrativo deverá
obedecer à legislação para que possua validade. Dessa forma, o legislador
garantiu que o processo administrativo não caia na ilegalidade,
acarretando injustiça às partes.

“III - objetividade no atendimento do interesse


público, vedada a promoção pessoal de agentes ou
autoridades;

IV - atuação segundo padrões éticos de probidade,


decoro e boa-fé;

V - divulgação oficial dos atos administrativos,


ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na
Constituição;

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VI - adequação entre meios e fins, vedada a
imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias
ao atendimento do interesse público;

VII - indicação dos pressupostos de fato e de


direito que determinarem a decisão;

VIII – observância das formalidades essenciais à


garantia dos direitos dos administrados;

IX - adoção de formas simples, suficientes para


propiciar adequado grau de certeza, segurança e
respeito aos direitos dos administrados”;

Esses dois incisos, o VII e o IX, referem-se ao princípio da


obediência à forma e aos procedimentos. Pessoal, conforme o artigo 22
dessa Lei, “os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada senão quando a lei expressamente a exigir”. Com isso,
observamos que as formas de um processo administrativo não estão
rigidamente determinadas.

Entretanto, a lei poderá dispor que algumas formalidades sejam


seguidas para que o processo tenha segurança jurídica e validade nos
procedimentos. Dentre as formalidades teríamos: atos escritos, em
vernáculo, com data e local de sua realização, assim como deverá constar
a assinatura da autoridade responsável.

“X - garantia dos direitos à comunicação, à


apresentação de alegações finais, à produção de
provas e à interposição de recursos, nos processos
de que possam resultar sanções e nas situações
de litígio”;

Com a leitura do inciso X, observamos que o princípio da ampla


defesa e do contraditório é indispensável no curso de um processo
administrativo.

Desse modo, é possível notar que o acusado garantirá a sua


manifestação perante as acusações (contraditório), assim como poderá
utilizar-se de todos os meios legais possíveis para fundamentar a sua
defesa (ampla defesa).

No princípio da ampla defesa, o administrado terá assegurado o seu

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direito a formalizar suas alegações.

“XI - proibição de cobrança de despesas


processuais, ressalvadas as previstas em lei;

XII - impulsão, de ofício, do processo


administrativo, sem prejuízo da atuação dos
interessados”;

Neste inciso, nos deparamos com o princípio da oficialidade, ou


princípio do impulso oficial do processo. A impulsão de ofício permite que
a Administração inicie e dê curso a um processo administrativo sem a
necessidade de atuação do interessado. Com isso, ela estará garantindo,
inclusive, o interesse público.

Diante disso, a Administração poderá realizar diligências, requerer


pareceres, investigar fatos que venham a surgir no curso do processo,
entre outros atos que visam alcançar informações para subsidiar as
tomadas de decisões.

“XIII - interpretação da norma administrativa da


forma que melhor garanta o atendimento do fim
público a que se dirige, vedada aplicação
retroativa de nova interpretação”.

Vejamos como esse tema já foi cobrado em provas.

1 - (ESAF – MPOG - APO – 2005 - ADAPTADA) Os princípios da


Administração Pública estão presentes em todos os institutos do
Direito Administrativo. Aquele princípio que melhor se vincula à
proteção do administrado no âmbito de um processo
administrativo, quando se refere à interpretação da norma jurídica
é o princípio da legalidade.

O princípio que melhor vincula à proteção do administrado no


âmbito de um processo administrativo, quando se refere à interpretação
da norma jurídica é o princípio da segurança jurídica. Lembrem-se de que
é vedada a aplicação retroativa de interpretação nova de norma
administrativa. O gabarito, portanto, questão errada.

2 - (ESAF – BACEN – PROCURADOR – 2001 - ADAPTADA) A recente

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Lei Federal relativa aos processos administrativos adotou diversos
princípios da Administração Pública entre os seus comandos. O
inciso XIII do art. 2º desta Lei tem a seguinte redação: "XIII-
interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação." Este comando alude
ao princípio da segurança jurídica.

Questão corretíssima. O princípio que visa proteger o administrado


no âmbito da interpretação de uma norma administrativa é o da
segurança jurídica.

Se foi adotada uma interpretação nova de uma norma


administrativa, foi porque a Administração visou garantir o fim público a
qual se dirige, e, por respeitar a boa-fé dos interessados, o princípio da
segurança jurídica evita aplicação retroativa. Gabarito é mesmo questão
correta.

3 - (ESAF – MPOG – EPPGG – 2003 - ADAPTADA) A Lei Federal nº


9.784 de 1999, que cuida do processo administrativo, dispõe
sobre diversos princípios da Administração Pública. Todavia,
existem outros princípios reconhecidos pela doutrina que não se
incluem neste rol. O princípio da boa-fé é princípio da
Administração Pública que não é mencionado pela referida norma
legal.

Os princípios expressos nessa Lei estão dispostos no artigo 2º,


senão vejamos:

“Art. 2º A Administração Pública obedecerá,


dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público
e eficiência”.

Dentre os princípios citados, não foi mencionado o da boa-fé. O


gabarito, portanto, questão correta.

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4 - (ESAF – AGU – ASSISTENTE JURÍDICO – 1999 - ADAPTADA) No


âmbito do processo administrativo, o princípio que autoriza a
instituição do processo por iniciativa da Administração, sem
necessidade de provocação, denomina-se princípio da oficialidade.

O princípio da oficialidade está descrito no inciso XII do parágrafo


único do artigo 2º da Lei, no qual dispõe que a impulsão, de ofício, do
processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados é um
critério a ser observado nos processos administrativos.

Aqui, a Administração tem o dever de instituir e impulsionar o processo


administrativo. O gabarito, portanto, é questão correta.

Direitos e Deveres do Administrado

Os administrados terão direitos e deveres perante à Administração


no curso de um processo administrativo. A lei nº 9.784/99 traz alguns
desses direitos e deveres, os quais iremos comentar a seguir. Só não
esqueçam de que eles deverão observar outros constantes em diferentes
atos normativos que os regulam, ok?

O administrado deverá ser tratado com respeito e o exercício de


seus direitos, assim como o cumprimento de suas obrigações, deverão ser
facilitados. A ele também será dada ciência do andamento do processo,
tomando ciência de toda decisão proferida, assim como poderá obter
cópias de documentos constantes no processo.

Antes de qualquer decisão tomada pelo órgão competente, o


administrado poderá formular alegações e apresentar documentos para
serem analisados. Sem deixar de mencionar o fato de ser facultativa a
assistência de um advogado, quando uma lei não obrigar a presença
deste.

Pessoal, o fato de a assistência advocatícia ser facultativa no curso


de um processo administrativo não significa que o advogado será proibido
de acompanhar os autos. Pelo contrário, o STF já se posicionou no
assunto e dispôs que o servidor terá o direito à defesa técnica no curso de
um processo administrativo disciplinar. No entanto, a falta dessa defesa

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técnica não ofende a Constituição.

Agora, analisando os deveres do administrado, notamos que a lei


pontua que ele deverá expor a verdade, prestando informações
solicitadas a fim de colaborar com o esclarecimento dos fatos.

Caberá a ele, também, não ser temerário e agir com lealdade,


urbanidade e boa-fé.

Direitos (rol não taxativo) Deveres


Ser tratado com respeito. Expor a verdade;
Ter ciência do andamento do Agir com lealdade, urbanidade e
processo, obter cópias e conhecer boa-fé;
as decisões. Não ser temerário;
Formular alegações e apresentar Prestar informações solicitadas e
documentos. colaborar para o esclarecimento
Poder ser representado por dos fatos
advogado.

Figura 3. Direitos e Deveres dos administrados

Início do Processo Administrativo

O processo administrativo poderá ser iniciado de duas formas:


de ofício ou;

a pedido do interessado.

O processo, sendo iniciado ou não de ofício, a Administração terá o


dever de impulsioná-lo, em conformidade ao princípio da oficialidade do
processo administrativo.
Este princípio, muito cobrado em provas de concurso, dispõe que a
Administração terá que “mover” o processo, mesmo que o interessado
tenha dado causa ao seu início ou que ele desista ou mesmo renuncie a
ação. Neste caso, será garantido o prosseguimento do processo caso a
Administração considerar que há interesse público.

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E quem seriam esses interessados? Segundo o artigo nono da Lei,
os legitimados no processo administrativo seriam:
pessoas físicas ou jurídicas, titulares de direitos ou interesses
individuais;

aqueles que têm direitos ou interesses que possam ser afetados


pela decisão a ser adotada, mesmo que não tenham iniciado o
processo;

as organizações e associações representativas, no caso de


direitos e interesses coletivos;

as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a


direitos ou interesses difusos.

Os interessados deverão preencher um requerimento inicial, por


escrito, datado e assinado, com a sua identificação e a do órgão ou
autoridade administrativa. No pedido, também devem constar os
motivos e as fundamentações, assim como um endereço determinado
para ser localizado no curso da ação.
Pessoal, a forma escrita poderá ser substituída por outro tipo, como
a oral, caso se permita. Um exemplo de uma situação de requerimento
via oral seria as denúncias feitas via telefone à ouvidoria de um órgão.
Vejamos uma questão de concurso sobre esse tema:
5 - (CESPE - DEPEN - ESPECIALISTA – 2013) O processo
administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido do
interessado.

Questão tranquila, uma vez que traz a literalidade do artigo 5º da


Lei nº 9.784/99. Vocês perceberão que a maioria das questões
relacionadas a esse tema, é um “copia-cola” da lei que regula o processo
administrativo da Administração Pública Federal.
Dessa forma, a questão é verdadeira ao dispor que o processo
administrativo iniciará tanto de ofício, impulsionado pela Administração,
quanto a pedido, impulsionado pelo interessado.
Vale apenas lembrar que a impulsão do processo administrativo
deverá ser de ofício, ou seja, cabe à Administração promover o
andamento do processo (sem prejuízo da atuação das partes
interessadas). O gabarito, portanto, é questão correta.

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Competência

A competência é um dos elementos de um ato administrativo que


decorre de lei. Outro requisito decorrente da competência é a
irrenunciabilidade, logo, a competência, conferida à autoridade
administrativa, não poderá ser renunciada.
Entretanto, há casos em que a competência será delegável.
Segundo a Lei 9.784/99 em estudo, a competência em um processo
administrativo caberá a um órgão administrativo e a seu titular, podendo
delegar ou avocar parte dela em casos com índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial.
No ato, publicado em meio oficial, em que for feita a delegação,
poderá ser revogado a qualquer momento por quem o delegou e nele
deverão conter especificamente a totalidade da matéria e do poder
transferido, assim como a duração do ato de delegação e os respectivos
objetivos.
Você devem levar para a prova os casos em que a delegação é
proibida, pois, constantemente, a banca cobra questões decorebas sobre
esse assunto.
Segundo o artigo 13 da Lei, não poderão ser objeto de
delegação:
a edição de atos de caráter normativo;

a decisão de recursos administrativos;

as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Vejamos o tema já foi cobrado em provas.

6 - (ESAF – CGU – AFC – 2008) Decorrente da presença do poder


hierárquico na Administração, afigura-se a questão da
competência administrativa e sua delegação. Sobre o tema é
correto afirmar, exceto:

a) a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos


administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos
de delegação e avocação legalmente admitidos.

b) um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver


impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros
órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em

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razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial.

c) a edição de ato de caráter normativo não pode ser objeto de


delegação.

d) a decisão de recursos administrativos pode ser objeto de


delegação.

e) o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no


meio oficial.

Letra A da questão totalmente retirada do artigo 11 da Lei, senão


vejamos:

“Art. 11. A competência é irrenunciável e se


exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de
delegação e avocação legalmente admitidos”.

Dessa forma, a letra A está correta. A letra B também foi tirada da


Lei, conforme podemos observar abaixo:

“Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular


poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos
ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial”.

A banca fez um copia-cola da Lei. Logo, o item B também está


correto. As outras letras forem extraídas dos artigos 13 e 14 da Lei:

“Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do


órgão ou autoridade.

Art. 14. O ato de delegação e sua revogação

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deverão ser publicados no meio oficial”.

A letra errada é a D, pois a decisão de recursos administrativos não


pode ser objeto de delegação. O gabarito, portanto é letra D.

7 - (ESAF – MPU – ANALISTA PROCESSUAL – 2004 - ADAPTADA) A


regra quanto à avocação de competências determina a sua
possibilidade, desde que a competência a ser avocada não seja
privativa do órgão subordinado.

A avocação é permitida, em caráter excepcional e por motivos


relevantes devidamente justificados, desde que a competência avocada
não seja privativa do órgão subordinado. O gabarito, portanto, questão
correta.

8 - (ESAF - ANA - ANALISTA – 2009) Sobre a competência, no


âmbito do processo administrativo na Administração Pública
Federal, é correto afirmar:

a) a edição de atos de caráter normativo pode ser objeto de


delegação.

b) o ato de delegação é irrevogável.

c) em qualquer caso, a avocação é proibida.

d) a decisão de recursos administrativos não pode ser objeto de


delegação.

e) com a delegação, renuncia-se à competência.

Não podem ser objetos de delegação: a edição de atos de


caráter normativo, a decisão de recursos administrativos e as
matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Vale lembrar
que o ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade
delegante.

Pessoal, além da revogação, pode haver a avocação temporária


de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior, que será

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permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados.

Por fim, a competência é irrenunciável, mesmo com a delegação


e avocação legalmente admitidos. Com a leitura acima, percebam que o
único item correto é a letra D.

9 - (ESAF - MF - ATA – 2012) Determinado servidor do Ministério


da Fazenda recorre da decisão do Chefe da Divisão de Recursos
Humanos – DRH do órgão em que está lotado, que lhe negou o
pedido de gozo de sua licença capacitação. O único fundamento
utilizado pelo recorrente centrou- se na ausência de competência
do chefe da DRH para decidir a respeito de seu pleito. O
recorrente sustenta que, ante a ausência de previsão específica da
competência decisória no regimento interno do órgão para a
referida DRH, somente o dirigente máximo poderia decidir o
pleito.

Tendo em mente o caso concreto acima narrado e os termos da Lei


n. 9.784/99, que regula o processo administrativo em âmbito
federal, assinale a opção que contenha a resposta correta.

a) Assiste razão ao recorrente. A ausência de previsão legal


específica desloca a competência decisória para a autoridade de
maior grau.

b) A autoridade competente para julgar o recurso do servidor


poderá delegar esta competência desde que para agente de grau
hierárquico superior ao da primeira instância decisória.

c) A delegação da competência para julgamento do recurso deve


ter sido prévia a sua interposição e divulgada na internet do
órgão.

d) A competência para decidir acerca da licença capacitação era


da DRH, unidade organizacional de menor nível na hierarquia, não
sendo admissível em nenhuma hipótese, a avocatória.

e) Inexistindo competência legal específica, o processo


administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor
grau hierárquico para decidir.

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A letra A pode ser respondida com a leitura do artigo 17 da Lei
9.784/99, senão vejamos:

“Art. 17. Inexistindo competência legal


específica, o processo administrativo deverá ser
iniciado perante a autoridade de menor grau
hierárquico para decidir”.

Dessa forma, a letra A está incorreta, pois não assiste razão ao


recorrente, pois se não houver previsão específica em lei, a autoridade de
menor hierarquia deverá decidir.

A letra B também está errada, pois a decisão de recurso


administrativo não pode ser objeto de delegação.

Assim como a letra B, a letra C também está errada, pois a decisão


de recurso administrativo não pode ser objeto de delegação.
Mesmo que fosse, o artigo 14 da Lei dispõe que “o ato de delegação e sua
revogação deverão ser publicados no meio oficial”.

Pessoal, esse ato só não poderia ser avocado se não for de


competência exclusiva, isto é, o superior poderia “atribuir-se” da
decisão de assuntos de competência do subordinado. A questão fala que
em nenhuma hipótese poderá haver avocação, o que é errado.

A letra E é a literalidade do artigo 17 da Lei, transcrito acima, e está


totalmente correto. O gabarito da questão, portanto é a letra E.

Impedimento e Suspeição

Outro assunto bastante recorrente nas questões de concurso é


quando ocorre impedimento ou suspeição de um servidor ou autoridade
em atuar em um processo administrativo com o objetivo de garantir
imparcialidade e impessoalidade no curso de um processo administrativo.
As bancas costumam fazer trocadilhos nas questões. Dessa forma,
vocês devem ter em mente exemplos de casos em que ocorre um ou
outro.
Vejamos alguns casos em que um servidor é impedido de atuar em
um processo administrativo, devendo comunicar os motivos à autoridade
competente com a finalidade não cometer falta:
Por motivos óbvios de incapacidade não relacionada ao cargo que
ocupa, se o servidor tiver interesse direto ou indireto na

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matéria, estará impedido;

Da mesma forma, caso ele tenha participado ou venha a


participar como perito, testemunha ou representante no processo
ou até mesmo se o cônjuge, companheiro ou parente e afins até
o terceiro grau participe.

Por fim, se o servidor estiver em litígio judicial ou administrativo


com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro se
encontrará impedido de atuar em processo administrativo, pois
tenderá a não respeitar a imparcialidade.

Agora, os casos em que o servidor ou autoridade incorrem em


suspeição em um processo administrativo seriam aqueles que tenham
amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados
ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins
até o terceiro grau.
Nos casos de suspeição, o servidor ou autoridade não “cai” em falta
se não vier se declarar suspeito, pois não há obrigatoriedade imposta por
lei.
Aqui está uma das grandes pegadinhas em prova. O servidor é
obrigado a se declarar impedido, entretanto, não há a mesma
obrigatoriedade no caso de suspeição.
Outra pegadinha é que, em um processo administrativo, a
suspeição é facultativa ao interessado, e se não ocorrer dentro do prazo,
pode ocorrer a preclusão do seu direito, ok?
Vejamos mais uma questão:
10 - (ESAF - MTE - AFT – 2010) A esposa de um servidor público é
advogada e fez a defesa administrativa de uma empresa autuada
pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. Os
honorários que ela pactuou com essa empresa, para a realização
da defesa, foi com base no resultado (contrato de êxito). Esse
servidor é a autoridade competente para apreciar a defesa e
julgar a autuação. Neste caso esse servidor:

a) pode dar-se por suspeito se alguém arguir sua suspeição.

b) não está impedido, mas pode dar-se por suspeito, por razões de
foro íntimo.

c) deve, necessariamente, dar-se por suspeito.

d) está impedido de atuar no feito.

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e) não está impedido de atuar no feito nem obrigado a dar-se por
suspeito, ainda que alguém argua a sua suspeição.

O servidor estará impedido de atuar no feito, pois, como a esposa


receberá honorários, ele se beneficiará indiretamente. De acordo com o
artigo 18 da Lei de processo administrativo, o servidor estará impedido
em atuar em processo caso tenha interesse direto ou indireto na matéria.
Desse modo, o gabarito é letra D.

Comunicação dos Atos

Todos aqueles considerados interessados em um processo


administrativo deverão ter ciência de atos no curso de um processo
administrativo ou de efetivação de diligências, com ou sem a necessidade
de comparecimento, por meio de intimações.
Essas intimações deverão conter: Identificação, finalidade,
indicação de fatos e fundamentos pertinentes, data, hora e local
de comparecimento. Também deverá constar se esse comparecimento
pode-se fazer por meio de representação ou não, assim como a
informação clara de que o processo terá continuidade independente do
comparecimento do interessado.
Já foi cobrado em prova de concurso se o desatendimento de uma
intimação gera efeitos de revelia. A resposta é não. Logo, se o
interessado não atender à intimação, ele não estará renunciando aos seus
direitos perante o processo, nem estará “declarando” que os fatos os
quais está sendo acusado são verdadeiros.
Dessa forma, o direito à ampla defesa continuará garantido durante
o processo e o interessado poderá apresentar documentos e formular
alegações antes da decisão, os quais serão considerados pelo órgão
competente.
Vejamos como esse tema pode ser cobrado em provas de concurso:
11 - (ESAF - MI – NÍVEL SUPERIOR – 2012) O desatendimento,
pelo particular, de intimação realizada pela Administração Pública
Federal em processo administrativo:

a) não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a


renúncia a direito pelo administrado.

b) não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, mas


constitui renúncia a direito pelo administrado, se se tratar de

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direito disponível.

c) importa o reconhecimento da verdade dos fatos, mas não


constitui renúncia automática a direito pelo administrado,
tratando-se de direito indisponível.

d) importa o reconhecimento da verdade dos fatos, e a renúncia a


direito pelo administrado.

e) opera extinção do direito de defesa, por opção do próprio


particular.

De acordo com o artigo 27 da Lei 9.784/99, o “desatendimento da


intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a
renúncia a direito pelo administrado”.

Com isso, o legislador afastou a revelia que seria a decisão do réu


em não agir. Normalmente, essa decisão seria como se tivesse
reconhecendo como verdade os fatos. Entretanto, para a Lei dos
processos administrativos, o desatendimento da intimação não importa o
reconhecimento da verdade dos fatos, logo, não aceita a revelia.
Gabarito, portanto, letra A.

Instrução do Processo

A instrução de um processo administrativo tem a finalidade de


averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão, sendo
realizada de ofício, sem prejuízo do direito dos interessados de propor
atuações probatórias.
Esse direito dos interessados poderá ser exercido desde a fase
introdutória até antes da tomada de decisão, podendo ser juntados
documentos, pareceres, requerimentos de diligências e de perícias. Cabe,
entretanto, aos interessados, a prova dos fatos alegados.
Se, por acaso, as provas propostas pelos interessados forem ilícitas,
impertinentes, desnecessárias ou protelatórias, a Administração poderá
recusá-las, desde que devidamente fundamentadas.
Pessoal, um processo poderá ser instruído por um parecer emitido
por algum órgão consultivo dentro do prazo máximo de quinze dias, salvo
normas específicas ou necessidade de prazo maior comprovada. No

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entanto, a Lei dá duas alternativas, dependendo do tipo de parecer, senão
vejamos:
 Parecer obrigatório e vinculante:

se deixar de ser emitido no prazo fixado:

◦ o processo não terá seguimento até a respectiva


apresentação;

◦ quem der causa ao atraso será responsabilizado.

 Parecer obrigatório e não vinculante:

se deixar de ser emitido no prazo fixado:

◦ o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido


com sua dispensa;

◦ quem tiver se omitido no atendimento será


responsabilizado.

Vimos que o interessado poderá propor atuações probatórias desde


a fase introdutória até antes da tomada de decisão. Além disso, a Lei
ainda concede mais um prazo máximo de dez dias, após o término da
instrução, para que ele se manifeste.
Sem se esquecer do direito que o interessado tem sobre a vista do
processo e a obtenção de certidões ou cópias reprográficas dos dados e
documentos que o integram, ressalvados os de terceiros protegidos por
sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem.
Por fim, concluída a fase de instrução do processo, caberá,
obrigatoriamente, à Administração decidir sobre os processos, sobre
solicitações e reclamações, dentro do prazo máximo de até trinta dias,
podendo ser prorrogado por igual período se houver motivação expressa.

Motivação

Os atos administrativos devem ser motivados, possuindo uma


linguagem de fácil atendimento, além de ser clara e congruente.
A motivação de um ato administrativo pode conter declarações que
concordem com documentos fundamentados em pareceres, informações,
decisões ou propostas. Quando isso ocorrer, a motivação será parte
integrante do ato administrativo.

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O artigo 50 da Lei 9.784/99 pontua o momento em que os atos
administrativos devam ser motivados. Vejamos, no quadro abaixo,
quando a motivação é necessária em um ato administrativo.

Motivação de atos administrativos ocorre quando:


neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
decidam recursos administrativos;
decorram de reexame de ofício;
deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou
discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

Figura 4. Motivação de atos administrativos

Desistência, Extinção, Anulação, Revogação, Convalidação

Pessoal, continuando a nossa aula, falaremos agora sobre a


possibilidade de o administrado desistir, total ou parcialmente, do pedido
formulado para início de um processo.
A Lei admite que o interessado desista de seus direitos disponíveis,
ou até os renuncie, desde que se manifeste de forma escrita.
Agora, se a Administração considerar que, por interesse público, o
processo deva prosseguir, mesmo após a desistência ou renúncia, o seu
andamento não será prejudicado. Entretanto, se a finalidade tiver sido
exaurida, ou o objeto do processo se tornar inútil impossível ou
prejudicado por algum fato superveniente, o órgão poderá extinguir o
processo.
Aí vem a pergunta que todos fazem: “mas professor, e se for o caso
de um processo ter vários interessados e só um se manifestar de forma
escrita, desistindo? É possível?” A resposta é sim. Conforme o § 2º do
artigo 51 da Lei, “havendo vários interessados, a desistência ou renúncia
atinge somente quem a tenha formulado”.

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Sobre anulação, revogação e convalidação de um ato
administrativo, vocês já devem estar “carecas” de conhecer o assunto,
não é verdade?
Vou dar uma pincelada só pra refrescar a memória de vocês, ok?
Nem se preocupem que não é aula de atos administrativos, e, além do
mais, a prova deriva da Lei 9.784/99 que sucinta bastante o assunto.
A anulação decorre do fato de um ato conter vício de legalidade,
devendo ocorrer dentro de 5 anos da data em que foi praticado, salvo em
casos de má-fé. Já na revogação, o ato é removido do ordenamento
jurídico por motivo de conveniência ou oportunidade, desde que os
direitos adquiridos sejam respeitados.
Por fim a convalidação poderá ser realizada pela Administração se
o ato tiver um defeito que seja sanável e que não gere prejuízo a
terceiros, nem ao interesse público.
Vejamos como a banca já cobrou esse tema em prova:
12 - (ESAF – SEFAZ-CE – ANALISTA - 2007) São pressupostos para
a convalidação do ato administrativo, exceto:

a) Ausência de discricionariedade.

b) Ausência de prejuízo a terceiros.

c) Existência de defeitos sanáveis.

d) Ausência de má-fé.

e) Ausência de lesão ao interesse público.

O ato administrativo, que apresentar defeito sanável, poderá ser


convalidado pela Administração desde que: não acarretem lesão ao
interesse público e não acarretem prejuízo a terceiros.

Outros pré-requisitos para se convalidar atos seriam: ausência de


prejuízo ao erário, ausência de má-fé, que a matéria não tenha sofrido
decadência, dentre outros.

A questão pede o item que não apresenta pressuposto para


convalidação de ato. O gabarito, portanto, é letra A, pois, para se
convalidar, não existe esse requisito de um ato ser vinculado ou
discricionário.

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13 - (CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2012) Quando
importar em anulação, revogação, suspensão ou convalidação, o
ato administrativo deverá ser motivado, com a indicação dos fatos
e dos fundamentos jurídicos que justifiquem sua edição.

Essa questão foi tirada do inciso VII do artigo 50 da Lei nº 9.784/99


que versa sobre a motivação em um processo administrativo, senão
vejamos:

“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser


motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:

(...)

VIII – importem anulação, revogação,


suspensão ou convalidação de ato
administrativo.”

Dessa forma, o gabarito é questão correta.

14 - (ESAF - RFB - ATRFB - 2009) De acordo com o disposto na Lei


n. 9.784/99, que regula o processo administrativo, no âmbito da
Administração Pública Federal, a Administração deve anular seus
próprios atos e pode revogá-los, sendo que:

a) a revogação, por motivo de conveniência ou oportunidade, deve


respeitar os direitos adquiridos.

b) a revogação prescinde de motivação.

c) anulação, quando o ato estiver eivado de vício de legalidade,


pode ocorrer a qualquer tempo.

d) a anulação prescinde de motivação.

e) tanto a anulação como a revogação está sujeitas à prescrição


decenal, não havendo o que cogitar de eventuais direitos
adquiridos.

De acordo com o disposto na Lei n. 9.784/99, a Administração deve


anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,

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respeitados os direitos adquiridos. Desse modo, a letra A está correta
e é o nosso gabarito. As letras B e C estão errada, pois, nem a anulação,
nem a revogação dispensam motivação.

Na letra D, o “direito da Administração de anular os atos


administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé”. Dessa forma a letra D também
está errada.

Na letra E, o prazo aplicado é o decadencial e não prescricional, e


apenas sobre a anulação. A letra E, portanto está errada e o gabarito é
mesmo a letra A.

Recurso Administrativo

Após a Administração decidir sobre um processo administrativo, é


permitido recorrer quanto à legalidade e ao mérito, independente de
caução, se não houver lei que o exija, claro, dentro do prazo de dez dias.
A contagem desse tempo se inicia a partir da ciência ou divulgação da
decisão recorrida.
Depois que o legitimado interpor o recurso, entregando os autos no
órgão competente, a autoridade administrativa deverá decidir no prazo
máximo de trinta dias (podendo ser prorrogado por igual período,
mediante justificativa expressa), exceto quando lei fixar prazo diferente.
Dessa forma, a autoridade poderá confirmar, modificar, anular ou
revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida. Mas, se a situação do
recorrente for agravada, isto é, se a autoridade decidir “contrariar” o
recorrente, “este deverá ser cientificado para que formule suas alegações
antes da decisão”.
E a quem se deve dirigir o recurso? Depende. Se o recurso for
decorrente de alegação de que a decisão contrariou súmula
vinculante, o recorrente dirigirá o recurso à autoridade que proferiu a
decisão. Esta deverá, portanto, justificará sua decisão de aplicabilidade ou
não da súmula.
Caso a autoridade não reconsidere, o recurso será encaminhado à
autoridade superior com as explicações de aplicabilidade ou
inaplicabilidade da súmula.
Agora, se não for por contrariar súmula vinculante, o recorrente
também dirigirá o recurso à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se
não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade

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superior, sem a exigência de explicações de aplicabilidade ou não de
súmulas, por motivos óbvios, não é mesmo?
Vejamos, no gráfico abaixo, quem pode interpor recurso
administrativo.

os titulares de direitos e interesses que


forem parte no processo;
aqueles cujos direitos ou interesses
Legitimados a forem indiretamente afetados pela
interpor decisão recorrida;
recurso as organizações e associações
representativas, no tocante a direitos e
administrativo: interesses coletivos;
os cidadãos ou associações, quanto a
direitos ou interesses difusos.

Figura 5. Recurso Administrativo

Pessoal, se o recurso for interposto fora do prazo ou perante órgão


incompetente ou por quem não seja legitimado, ou, ainda, após exaurida
a esfera administrativa, ele não será aceito. Entretanto, o fato dele não
ser aceito, não impede que a Administração reveja, de ofício, o ato
considerado ilegal, até que ocorra a preclusão administrativa.
Se o recurso for interposto perante órgão incompetente, será
indicada, pela Administração, a autoridade competente para que o direito
do interessado seja exercido. Para isso, devolve-lhe o prazo de
interposição de recurso que é de dez dias a partir da ciência ou divulgação
da decisão recorrida, como vimos anteriormente.
Vamos a mais uma questão de concurso.
15 - (ESAF – MPU – TÉCNICO – 2004 – ADAPTADA) Quem tiver
direito ou interesse seu afetado por um determinado ato
administrativo, pode dele recorrer, administrativamente,
objetivando a sua invalidação e o restabelecimento da situação
anterior, que, quando não houver norma legal específica, em
sentido contrário, far-se-á mediante pedido de reexames
interposto no prazo máximo de 8 dias.

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A questão está errada, pois o prazo para interposição de recurso
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão
recorrida, é de 10 dias. Gabarito, portanto, questão errada.

16 - (ESAF – RFR - ATRFB – 2012) Quanto ao recurso


administrativo previsto na Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999,
que regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Pública Federal, é incorreto afirmar que:

a) salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito


suspensivo.

b) em regra, a interposição de recurso administrativo depende de


caução prestada pelo requerente.

c) o recurso administrativo tramitará, no máximo, por três


instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.

d) entre outros, têm legitimidade para interpor recurso


administrativo as organizações e associações representativas, no
tocante a direitos e interesses coletivos.

e) quando interposto fora do prazo, o recurso não será conhecido.

A letra A está corretíssima, pois o recurso não terá efeito


suspensivo, exceto se lei dispuser contrariamente. Entretanto, se houver
receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução,
a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a
pedido, dar efeito suspensivo ao recurso, ok? Mas a regra geral é que o
recurso não terá efeito suspensivo.

Questão B errada, pois a interposição de recurso não depende de


caução pelo requerente. A letra C está correta. Nela, o examinado copiou
a literalidade do artigo 57 da Lei.

Além das organizações e associações representativas, no tocante a


direitos e interesses coletivos, também terão legitimidade para interpor
recurso administrativo os seguintes: os titulares de direitos e interesses
que forem parte no processo; aqueles cujos direitos ou interesses forem
indiretamente afetados pela decisão recorrida; e os cidadãos ou
associações, quanto a direitos ou interesses difusos. Logo, o item D

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também está correto.

Por fim, o item E está correto, pois o recurso não será reconhecido
quando interposto fora do prazo, assim como, quando interposto por
quem não for legitimado e após exaurida a esfera administrativa. O
gabarito, portanto, é letra B.

Prazos e Sanções

Pessoal, os prazos contidos na Lei de Processo Administrativo, e


que, dispusemos aqui, começam a ser contados a partir da data da
cientificação oficial. No entanto, deve-se excluir da contagem o dia do
começo e incluir o do vencimento, ok?
E se o vencimento não cair em dia útil ou se o expediente for
encerrado antes da hora normal? O que fazer? Bem, ele será prorrogado
automaticamente até o primeiro dia útil seguinte.
Só um detalhe, se os prazos estiverem expressos em “dias”, a
contagem se dará de modo contínuo. Dessa forma, os dias que caírem em
finais de semana e feriado também serão contados, ok? Agora, se os
prazos se derem em “meses” ou em “anos” , contam-se mês a mês, anos
a ano.
Logo, se o início do prazo for dia 15 de novembro, o vencimento se
dará no dia 14 de dezembro. E se o início se der no dia 31 de janeiro?
Não existe dia 30 de fevereiro, não é verdade? Dessa forma, a Lei
determina que o vencimento se dê no último dia do mês, isto é, dia 28 de
fevereiro, por exemplo.
Por fim, vocês devem levar pra prova que esses prazos não se
suspendem, logo, se houver recurso, o que foi decidido antes, não se
suspende esperando a decisão de recurso, e poderá, portanto, ser
executado. Salvo, claro, por motivo de força maior, devidamente
justificado.
E quanto às sanções a serem aplicadas após as decisões em um
processo administrativo? Bom, elas poderão ser de dois tipos:
de natureza pecuniária (dinheiro);

em obrigação de fazer ou não fazer.

Só lembrando de que, em ambos os casos, é assegurado o direito


de defesa do interessado.
Pessoal, a Lei que regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal, prioriza, no curso de tramitação, os

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procedimentos administrativos cuja parte ou interessado seja algum dos
dispostos abaixo, independente de órgão ou instância. Dessa forma, terão
prioridades:
pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;

pessoa portadora de deficiência, física ou mental;

pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla,


neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia
grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte
deformante), contaminação por radiação, síndrome de
imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em
conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha
sido contraída após o início do processo.

Entretanto, não basta se enquadrar em uma dessas situações


acima. O interessado que quiser o benefício da prioridade deverá provar a
sua condição. Para isso, ele irá requerer à autoridade administrativa
competente, com provas de sua condição.
A autoridade, portanto, determinará as providências a serem
cumpridas. Após o deferimento, os autos serão identificados de forma que
seja evidenciado o regime de tramitação prioritária.
Vejamos como as bancas já cobraram esse assunto:
17 - (ESAF - MTE - AFT – 2006) Conforme a legislação federal
sobre o processo administrativo (Lei n. 9.784/99), as sanções a
serem aplicadas pela autoridade competente:

a) terão sempre natureza pecuniária.

b) podem consistir em obrigação de fazer ou de não fazer.

c) serão precedidas, se for o caso, pelo direito de defesa.

d) serão, sempre, obrigações de fazer.

e) podem ter, excepcionalmente, natureza de privação de


liberdade.

Essa questão pode ser respondida com a leitura do artigo 68 da Lei


9.784/99, senão vejamos:

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“Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por
autoridade competente, terão natureza
pecuniária ou consistirão em obrigação de
fazer ou de não fazer, assegurado sempre o
direito de defesa”.

Vejam que as letra A e D estão erradas, pois as sanções podem ser


de natureza pecuniária ou obrigações de fazer ou de não fazer. O que
torna a letra B correta, sendo o gabarito da questão.

A letra C está errada, pois é assegurado sempre o direito de


defesa. Não há nenhuma previsão, na Lei, de sanção de natureza de
privação de liberdade, o que torna a letra E absurda. O gabarito,
portanto, é mesmo a letra B.

18 - (ESAF - CVM – ANALISTA - 2010) Acerca do processo


administrativo, no âmbito da administração pública federal, é
correto afirmar que:

a) são inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos, exceto


quando houver autorização judicial.

b) da revisão de processo administrativo, não pode resultar


agravamento da sanção.

c) a desistência ou renúncia do único interessado implica no


arquivamento do processo.

d) salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo


depende de caução.

e) o recurso deve ser dirigido à autoridade superior daquela que


tenha proferido a decisão.

A Lei 9.784/99 dispõe apenas que as provas obtidas por meios


ilícitos serão inadmissíveis, não comportando nenhuma exceção. Dessa
forma, a letra A está errada.

A letra B foi extraída do artigo 65 e seu parágrafo único, senão


vejamos:

“Art. 65. Os processos administrativos de que

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resultem sanções poderão ser revistos, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando
surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes
suscetíveis de justificar a inadequação da sanção
aplicada.

Parágrafo único. Da revisão do processo não


poderá resultar agravamento da sanção”.

Percebam que da revisão de processo administrativo não pode


resultar agravamento da sanção. Dessa forma, a letra B está correta e é o
gabarito da questão.

A letra C está errada, pois mesmo havendo desistência total ou


parcial do pedido formulado ou, ainda, renúncia a direitos disponíveis,
mediante manifestação escrita, a desistência ou renúncia só alcançará a
quem o tiver formulado naqueles casos em que houver mais de um
interessado.

A letra D está errada, pois é totalmente o contrário. Apenas se


houver exigência em lei, a interposição de recurso administrativo não
dependerá de caução.

Por fim a letra E também encontra-se errada, pois “o recurso será


dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade
superior”. Dessa forma, o gabarito da questão é mesmo a letra B.

19 - (ESAF – RFB - AFRFB – 2009) João pretende fazer um


requerimento, de seu interesse, junto à unidade da Secretaria da
Receita Federal do Brasil em sua cidade. Conforme o que
determina a Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, assinale a
opção que relata a correta conduta.

a) Tratando-se de uma situação urgente, João protocolou seu


requerimento num domingo, pela manhã, junto ao segurança do
prédio em que funciona a Receita Federal do Brasil em sua cidade,
conforme a exceção legal para as hipóteses de emergência.

b) O servidor da Receita Federal do Brasil negou-se a receber o


requerimento de João alegando a ausência de reconhecimento de
sua firma pelo cartório competente.

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c) Tendo em mãos os documentos originais, João solicitou ao
servidor da Receita Federal do Brasil que autenticasse as cópias
que apresentava, tendo sido seu pedido deferido.

d) Após o transcurso de 15 (quinze) dias do protocolo de seu


pedido, João recebeu a intimação para o seu próprio
comparecimento à sede do órgão naquele mesmo dia, com um
prazo de 3 (três) horas para a apresentação.

e) Tendo comparecido na data, hora e local marcados, João alegou


a nulidade absoluta da intimação. A autoridade competente,
assim, declarou nulo o ato e determinou que a intimação fosse
realizada novamente.

A letra A está errada, pois não se observa essa previsão na Lei. Os


atos do processo ocorrerão em dias úteis, no horário normal de
funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.

No entanto, poderão ser concluídos, depois do horário normal de


funcionamento, os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso
regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à
Administração.

A letra B está errada, pois só se exigirá o reconhecimento de firma


quando houver dúvida da autenticidade, exceto se existir imposição legal.
Como a banca não citou haver qualquer tipo de dúvida, segue a regra
geral de não exigência do reconhecimento de firma.

A letra C está correta, sendo o § 3º do artigo 22 da Lei sua


fundamentação, senão vejamos:

“Art. 22. Os atos do processo administrativo não


dependem de forma determinada senão quando a
lei expressamente a exigir.

(...)

§ 3º A autenticação de documentos exigidos em


cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo”.

A letra D está errada, pois o prazo é de 3 dias e não 3 horas. Seria


nem um pouco razoável esse curto prazo de horas, não é verdade? Por
fim a letra E também se encontra errada, pois ao comparecer na data,

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hora e local marcados, afastou a nulidade da intimação. O gabarito,
portanto, é letra E.

20 - (ESAF – RFB - ATRFB – 2009) Considerando o disposto na Lei


n. 9.784/99, a qual regula o processo administrativo, no âmbito
da Administração Pública Federal, marque a opção incorreta.

a) Às decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de


legalidade, legitimidade, mérito e discricionariedade.

b) É permitida a avocação temporária de competência atribuída a


órgão hierarquicamente inferior.

c) Em hipótese alguma os prazos processuais serão suspensos,


salvo, unicamente, motivo de força maior.

d) Não pode ser objeto de delegação a decisão de recursos


administrativos.

e) O recurso administrativo tramitará no máximo por três


instâncias administrativas, nos termos da lei.

A letra A está errada, pois conforme o artigo 56 da Lei, das decisões


administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de
mérito. Logo, o erro da questão é dizer que cabe por razões de
legitimidade e discricionariedade, ok?

Na letra B, a banca colocou que é permitida avocação temporária de


competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. Isso é verdade
desde que seja, em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados. No item, não foi especificado nada, só disse que
se permite avocação temporária, o que é verdade.

A letra C pode ser respondida com a leitura do artigo 67 da Lei,


senão vejamos:

“Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente


comprovado, os prazos processuais não se
suspendem.”

Só lembrando de que os prazos começam a correr a partir da data


da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e

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incluindo-se o do vencimento, ok? A letra C, portanto, está correta.

A letra D está correta. Realmente, decisão de recursos


administrativos, assim como a edição de atos de caráter normativo e
matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade, não pode ser
objeto de delegação.

Por fim, a letra E também está correta, pois se trata da literalidade


do artigo 57 da Lei. Dessa forma, o gabarito é letra A.

21 - (ESAF - MPOG - EPPGG – 2009) Quanto ao Processo


Administrativo, nos termos da Lei n. 9.784/1999, marque a opção
incorreta.

a) A Administração Pública obedecerá ao princípio da segurança


jurídica.

b) É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento


de documento.

c) O administrado tem direito perante a Administração de fazer-se


assistir, obrigatoriamente, por advogado.

d) O interessado poderá desistir totalmente do pedido formulado.

e) O órgão competente para decidir o recurso poderá modificar a


decisão recorrida.

A letra A está correta, pois conforme o artigo 2º da Lei, “a


Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência”.

O parágrafo único do artigo 6º da Lei afirma que “é vedada à


Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos,
devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de
eventuais falhas”. Dessa forma, a letra B também está correta.

Os direitos dos administrados estão listados no artigo 3º da Lei nº


9+784/99, senão vejamos:

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Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos
perante a Administração, sem prejuízo de
outros que lhe sejam assegurados:

I - ser tratado com respeito pelas autoridades e


servidores, que deverão facilitar o exercício de
seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II - ter ciência da tramitação dos processos


administrativos em que tenha a condição de
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de
documentos neles contidos e conhecer as decisões
proferidas;

III - formular alegações e apresentar documentos


antes da decisão, os quais serão objeto de
consideração pelo órgão competente;

IV - fazer-se assistir, facultativamente, por


advogado, salvo quando obrigatória a
representação, por força de lei.

Dessa forma, o administrado tem direito de fazer-se assistir,


facultativamente, por advogado, e não obrigatoriamente, o que torna a
letra C incorreta.

A letra D está correta, pois o interessado poderá desistir total ou


parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos
disponíveis, mediante manifestação escrita, ok?

Por fim a letra E também se encontra correta. O órgão competente


para decidir o recurso poderá, além de modificar a decisão recorrida,
confirmá-la, anulá-la ou revogá-la, total ou parcialmente, se a matéria for
de sua competência. O gabarito, portanto é letra C.

22 - (ESAF - MF - ATA – 2009) Quanto aos critérios a serem


observados no trâmite do processo administrativo da
administração pública federal, conforme disposto na Lei n. 9.784,
de 29 de janeiro de 1999, pode-se afirmar corretamente:

a) em regra, cabe aos administrados o pagamento das despesas


processuais, independente de previsão expressa na lei.

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b) os atos praticados no processo administrativo são, em regra,
sigilosos, ressalvadas as hipóteses de divulgação oficial previstas
na Constituição.

c) a impulsão do processo administrativo compete,


primeiramente, aos interessados.

d) nova interpretação dada à norma administrativa deve ser


aplicada a todos os casos sujeitos àquela regulamentação,
inclusive retroativamente.

e) garantem-se aos administrados, nos processos de que possam


resultar sanções e nas situações de litígio, os direitos à
comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de
provas e à interposição de recursos.

A letra A está errada, pois a cobrança das despesas processuais


não é a regra. Na verdade, essa cobrança é proibida, exceto aquela que
for prevista em lei. A letra B está errada, pois é exatamente o contrário,
já que deve haver a divulgação oficial dos atos administrativos,
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição.

A letra C também está errada, pois a impulsão do processo


administrativo compete à Administração, de ofício, sem prejuízo da
atuação dos interessados. A letra D está errada, pois é vedada a aplicação
retroativa de nova interpretação da norma administrativa.

Por fim, a letra E está correta e é o gabarito da questão. É


garantido, aos administrados, nos processos de que possam resultar
sanções e nas situações de litígio, os direitos à comunicação, à
apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição
de recursos, conforme inciso X doa artigo 2º da Lei 9.784/99.

23 - (ESAF - MF - ATA – 2009) Em relação aos atos praticados no


âmbito dos procedimentos administrativos que se sujeitam à Lei
n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, analise os itens a seguir e
marque com V se a assertiva for verdadeira e com F se for falsa.
Ao final, assinale a opção correspondente.

( ) Os atos do processo administrativo não dependem de forma


determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

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( ) A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser
feita pelo órgão administrativo.

( ) Os atos do processo podem realizar-se em quaisquer dias da


semana, sem restrições de horário.

( ) A intimação para ciência de decisão ou a efetivação de


diligências quanto a interessados indeterminados, desconhecidos
ou com domicílio indefinido, deve ser efetuada por meio de
publicação oficial.

a) V, V, V, V

b) F, V, F, V

c) F, F, V, F

d) V, V, F, V

e) F, F, F, F

Os atos administrativos realmente não dependem de forma


determinada a não ser que lei a exija expressamente. No entanto, os atos
do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data
e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. O
primeiro item está correto.

O segundo item também está correto, pois a autenticação de


documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo,
conforme § 3º do artigo 22 da Lei.

O terceiro item está falso, pois “os atos do processo devem realizar-
se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na
qual tramitar o processo”. Logo, não é em qualquer dia da semana e em
qualquer horário.

O quarto item está correto. Pessoal, a intimação para ciência pode


se dar no processo, por via postal com aviso de recebimento, por
telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do
interessado. Se, acaso o interessado for desconhecido, com domicílio
indefinido ou indeterminado, a intimação será efetuada por meio de
publicação oficial. O gabarito da questão, portanto, é letra D.

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24 - (ESAF - ANA - ANALISTA – 2009) Segundo a Lei n.
9.784/1999, o administrado tem os seguintes direitos perante a
Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam
assegurados, exceto:

a) fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando


obrigatória a representação, por força de lei.

b) formular alegações e apresentar documentos antes da decisão,


os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente.

c) ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que


deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de
suas obrigações.

d) ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que


tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias
de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas.

e) ver proferida a decisão em processo administrativo de seu


interesse em um prazo improrrogável de trinta dias.

O examinador pede a letra errada, pois vamos diretamente a ela.


Na letra E, a banca peca ao afirmar que, após concluir a instrução do
processo, o prazo de 30 dias para decidir é improrrogável. Isso está
errado, pois a lei garante que pode haver prorrogação por igual período
desde que haja motivação expressa. Dessa forma, o gabarito é mesmo
letra E.

25 - (ESAF - MTE - AFT – 2006) Sobre o processo administrativo


regulado pela Lei n. 9.784, de 29.1.1999, é correto afirmar que:

I. a Administração não pode recusar o recebimento de documento


apresentado pelo interessado, salvo se motivar a recusa.

II. a Administração deve dar regular andamento ao processo, sem


prejuízo da atuação do interessado.

III. o prazo para que a Administração profira a decisão é de trinta


dias, prorrogável, motivadamente, por igual período, contados da
data do ingresso do pedido, na repartição competente.

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IV. o fato de a autoridade ter interesse direto ou indireto na
matéria a torna suspeita, mas não impedida, para atuar no
processo respectivo.

V. é vedada a imposição de obrigações ou restrições em medida


superior ao estritamente necessário para atendimento do
interesse público.

Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.

b) apenas as afirmativas I, III, IV e V.

c) apenas as afirmativas III, IV e V.

d) apenas as afirmativas I, II e V.

e) apenas as afirmativas II, III e IV.

Vamos analisar item a item. O primeiro item, a banca tirou do


parágrafo único do artigo 6º da Lei, no qual veda a recusa imotivada
de recebimento de documento pela Administração. Primeiro item,
portanto, correto.

O segundo item também está correto, pois, nos processos


administrativos, a impulsão de ofício deve ocorrer, sem prejuízo da
atuação dos interessados. Logo, é a Administração quem deve dar
andamento ao processo, de ofício.

O item III está errado por um detalhe. O prazo começa a ser


contado da instrução do processo administrativo e não do ingresso do
pedido.

O item IV está errado, pois são motivos de impedimento, e não


suspeição, em atuar em processo administrativo a servidor ou autoridade
que: tenha interesse direto ou indireto na matéria; tenha participado
ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se
tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e
afins até o terceiro grau; esteja litigando judicial ou administrativamente
com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

O item V está correto, pois a adequação entre meios e fins justifica


essa vedação de impor obrigações ou restrições em medida superior ao

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estritamente necessário para atendimento do interesse público. O
gabarito da questão, portanto, é letra D.

26 - (CESPE - TCE-RS – OFICIAL DE CONTROLE EXTERNO – 2013)


Caso seja instaurado processo administrativo de assunto de
interesse individual, poderá ser aberto a pedido do interessado,
para subsidiar posterior decisão da autoridade administrativa,
período de consulta pública, com a finalidade de que outros
servidores possam examinar os autos e oferecer alegações em
favor do interessado.

Pessoal, essa questão exige um pouco de atenção, pois possui uma


“casca de banana”. O artigo 31 da Lei 9.784/99 dispõe que quando uma
matéria for assunto de interesse geral, o órgão poderá abrir um espaço
de tempo para consulta pública para que pessoas físicas ou jurídicas
possam examinar os autos e fazer alegações escritas.
Como podemos observar, a consulta pública de interesse geral não
é adstrita aos servidores, podendo qualquer pessoa, física ou jurídica,
examinar os autos e oferecer alegações. Dessa forma, o gabarito é
questão errada.

27 - (CESPE - TCE-RS – OFICIAL DE CONTROLE EXTERNO – 2013)


Caso seja interposto recurso de decisão decorrente de processo
administrativo, a autoridade recorrida pode, de ofício, dar efeito
suspensivo ao recurso interposto, caso se configure o justo receio
de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução.

Essa questão foi tirada do parágrafo único do artigo 61 da Lei


8.784/99, senão vejamos:
“Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o
recurso não tem efeito suspensivo.

Parágrafo único. Havendo justo receio de


prejuízo de difícil ou incerta reparação
decorrente da execução, a autoridade recorrida
ou a imediatamente superior poderá, de ofício
ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso”.

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Conforme vimos, a regra é que o efeito suspensivo não será
aplicado ao recurso de decisão de processo administrativo. Entretanto, se
alguma lei dispuser contrariamente ou se houver receio de prejuízo
advindo da execução, será aberta excepcionalidade.
Dessa forma, o gabarito é questão correta.

28 - (CESPE - DEPEN - ESPECIALISTA – 2013) De acordo com o


princípio da oficialidade, a administração pública pode instaurar
processo administrativo, mesmo que não haja provocação do
administrado, e o órgão responsável pode determinar, por si
mesmo, a realização de atividades de instrução destinadas a
averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão,
independentemente de haver interesse ou desinteresse das partes
no processo.

A administração Pública deve sempre buscar alcançar o interesse


público. Dessa forma, não poderá ficar de “braços cruzados” e esperar
que algum particular tome a iniciativa de instaurar um processo.
O princípio da oficialidade permite que a Administração Pública
instaure um processo, independente de previsão em lei, assim como,
deverá instruir o processo com a finalidade de consolidar os dados
essenciais para que se tome uma decisão, como providenciar a produção
de provas, laudos técnicos, etc.
Por fim, a Lei nº 9.784/99 impõe que é dever da Administração a
impulsão do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos
interessados. O gabarito, portanto, é questão correta.

29 - (CESPE - MI - ANALISTA – 2013) Um dos princípios do


processo administrativo, a oficialidade refere-se às formalidades
legais adotadas pela administração pública, a fim de garantir
segurança jurídica ao administrado.

A oficialidade, também conhecida por impulso oficial, significa que a


Administração Pública tem o dever de conduzir o andamento do processo
administrativo até que se tome a decisão final. A doutrina considera a
oficialidade como um princípio implícito do processo administrativo.
Os princípios explícitos decorrentes da Lei nº 9.784/99 são os
seguintes:

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Princípio explícitos:

Legalidade;
Finalidade;
Motivação;
Razoabilidade;
Proporcionalidade;
Moralidade;
Ampla defesa;
Contraditório;
Segurança jurídica;
Interesse público e
Eficiência.

Figura 6. Princípios explícitos na lei 9.784/99

Desse modo, o gabarito é questão errada, pois a oficialidade não se


refere às formalidades legais a serem adotadas no curso de um processo
administrativo. A oficialidade tem relação com o “impulso”, de ofício, do
processo administrativo.

30 - (CESPE – POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO – 2013) De acordo


com a Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo
no âmbito da administração pública federal, um órgão
administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal e quando conveniente, em razão de circunstâncias de índole
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial, delegar parte da
sua competência a outros órgãos, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados.

Questão totalmente tirada dos artigos 11 e 12 da Lei nº 9.784/99.


Esses artigos dispõem sobre a competência no processo administrativo.
A regra é que a competência é irrenunciável. Entretanto, a lei
poderá admitir casos em que poderá delegar ou avocar essa competência.
Se a competência não estiver especificada legalmente, o processo
administrativo será iniciado perante a autoridade de menor grau
hierárquico para decidir. O gabarito, portanto, é questão correta.

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31 - (CESPE - PRF - POLICIAL – 2013) Não poderá ser objeto de
delegação a decisão referente a recurso administrativo interposto
pelo PRF contra decisão que lhe tiver aplicado penalidade em
razão do acidente.

Percebam que essa questão é mais uma cópia de parte da Lei nº


9.784/99. O artigo 13 lista os casos em que a delegação de competência
do Processo Administrativo é impedida.
Dessa forma, a delegação é ato pelo qual é repassada a
competência, legalmente atribuída a outro órgão ou agente, sendo
revogável a qualquer tempo pela autoridade que delegou.
Entretanto, há alguns casos em que a delegação é proibida, como:
 a edição de atos de caráter normativo;

 a decisão de recursos administrativos;

 as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

O gabarito, portanto, é questão correta.

32 - (CESPE - PRF - POLICIAL – 2013) Ainda que seja absolvido


por ausência de provas em processo penal, o PRF poderá ser
processado administrativamente por eventual infração disciplinar
cometida em razão do acidente.

Questão tranquila, pois em Direito Administrativo estudamos muito


os casos em que o servidor responderá civil, penal e administrativamente
pelo exercício irregular de suas atribuições.
Um servidor poderá responder tanto na esfera civil , quanto na
administrativa e na penal de forma independente entre si.
Entretanto, se ele for inocentado na esfera penal por negativa de
autoria, automaticamente, ele será inocentado na esfera administrativa.
Já se ele for inocentado na esfera penal por ausência de provas, o
servidor continuará sendo processado na esfera administrativa. Dessa
forma, o gabarito é questão correta.

33 - (CESPE - MS - ANALISTA – 2013) O fato de a administração


pública ter lançado mão de dados de ação penal instaurada para
apurar as condutas do servidor configura segunda punição

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baseada no mesmo processo.

Esta questão refere-se a um caso de mandato de segurança


instaurado por um servidor que questionou a demissão no cargo
decorrente de PAD (Processo administrativo Disciplinar), dentre outras
coisas, ao fato de a Administração “ter lançado mão de dados de ação
penal instaurada para apurar as condutas do servidor” como uma
segunda punição.
Já foi visto que o servidor poderá ser processado nas esferas civil,
penal e administrativa, de forma independente e autônoma.
O STJ decidiu que não se tratava de segunda punição baseada no
mesmo processo o fato de a administração Pública ter lançado mão de
dados de ação penal. O gabarito, dessa forma, é questão errada.

34 - (CESPE - MS - ANALISTA – 2013) Não gera nulidade do ato


administrativo o fato de o servidor processado, apesar de
intimado, não se fazer acompanhar por advogado no momento do
seu interrogatório.

O Supremo Tribunal Federal já se pronunciou acerca da questão por


meio da edição da Súmula Vinculante nº 5, que dispõe o seguinte:
“A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição”.

As Súmulas Vinculantes são de observância obrigatória à


Administração Direta e Indireta, de todas as esferas da Federação, assim
como aos órgãos do Poder Judiciário, com exceção do próprio STF.
Dessa forma, a falta de um advogado no curso de um processo
administrativo não gera nulidade do ato, o que torna a questão correta.

35 - (CESPE - 2013 - MS - ANALISTA – 2013) Caso o presidente da


comissão processante tenha participado de outro processo
administrativo instaurado contra o mesmo servidor que tenha sido
posteriormente anulado por cerceamento de defesa, deverá ser
determinada, segundo entendimento dominante, a sua suspeição,
uma vez que houve vício apto a determinar a nulidade do ato
demissório e do processo administrativo.

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O caso em questão trata-se de impedimento, e não de suspeição,
conforme artigo 18 da Lei 9.784/99:
“Art. 18. É impedido de atuar em processo
administrativo o servidor ou autoridade que:

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

II - tenha participado ou venha a participar como


perito, testemunha ou representante, ou se tais
situações ocorrem quanto ao cônjuge,
companheiro ou parente e afins até o terceiro
grau;

III - esteja litigando judicial ou


administrativamente com o interessado ou
respectivo cônjuge ou companheiro”.

O gabarito, portanto é questão errada.

36 - (CESPE - IBAMA - ANALISTA – 2013) De acordo com a Lei n.º


9.784/1999, serão sempre motivados os atos administrativos que
decidam processos administrativos de seleção pública e recursos
administrativos e revoguem ato administrativo anteriormente
praticado.

Os atos administrativos deverão ser motivados quando decidirem


processos administrativos de concurso e seleção pública, assim
como, recursos administrativos. O ato que revogue , anule, suspende ou
convalide outro ato administrativo também deverá ser motivado.
O artigo 50 da Lei 9.784/99 lista vários atos que deverão ser
motivados. Quero ressaltar a vocês que essa lista não é exaustiva, pois,
como já devem ter estudado no Direito Administrativo, a motivação é
regra para os atos vinculados e discricionários, legitimando-os. O
gabarito, portanto, é questão correta.

37 - (CESPE - ANS - Analista – 2013) Após ter apreciado o recurso


apresentado pela empresa A, a ANS não precisará intimar esta
empresa para que ela tome ciência da decisão, dado que é dever
dos interessados acompanhar o trâmite dos recursos
administrativos.

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A intimação é, sim, necessária para que o interessado tome ciência


da decisão do recurso ou efetive as diligências determinadas. Essa
intimação deverá ocorrer em, no mínimo, três dias úteis à data de
comparecimento.
O gabarito, portanto é questão errada.

38 - (CESPE - ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO


CIVIL – 2012) A autoridade ou servidor que não comunicar o seu
impedimento no processo administrativo comete falta grave para
efeitos disciplinares.

O artigo 19 e seu parágrafo único da Lei nº 9.784/99 dispõe sobre o


tema, senão vejamos:
“Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em
impedimento deve comunicar o fato à autoridade
competente, abstendo-se de atuar.

Parágrafo único. A omissão do dever de


comunicar o impedimento constitui falta
grave, para efeitos disciplinares”.

Dessa forma, podemos concluir que o gabarito é questão correta.

39 - (CESPE - ANAC - ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO


CIVIL – 2012) No processo administrativo, o comparecimento do
interessado de forma espontânea não supre a falta ou a
irregularidade da intimação.

Vimos que a intimação, isto é, a ciência do interessado de um ato


em um processo administrativo deve ocorrer necessariamente.
No entanto, o comparecimento do interessado de forma espontânea
supre essa falta cometida pela Administração, evitando a nulidade da
intimação que não observou as prescrições legais. O gabarito, portanto, é
questão errada.

40 - (CESPE - ANAC - ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO


CIVIL – 2012) A desistência, ou renúncia, por parte do
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interessado no processo administrativo, gera automaticamente o
arquivamento do processo.

Pessoal, se foi aberto um processo administrativo disciplinar, o


interessado terá o direito de desistir total ou parcialmente do pedido de
abertura do processo, assim como renunciar a direitos disponíveis. No
entanto, ele não poderá prejudicar o andamento do processo caso haja
interesse público quanto ao prosseguimento.
Dessa forma, a desistência ou renúncia do interessado no processo
não gera o arquivamento automático do processo, pois o interesse
público poderá prevalecer para a Administração. O gabarito, portanto, é
questão errada.

41 - (CESPE - ANAC - ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO


CIVIL – 2012) Em um processo administrativo, são considerados
capazes os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial
em ato normativo próprio.

O artigo 10 da Lei 9.874/99 dispõe que os menores de 18 anos são


considerados capazes para fins de processo administrativo, exceto se um
ato normativo próprio definir o contrário.
A questão totalmente literária e de fácil resolução, não é verdade?
O gabarito, portanto, é questão correta.

42 - (CESPE - INPI – ANALISTA - 2013) A autoridade ou o


servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com
algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau estão
impedidos de atuarem no mesmo processo.

A questão trata de casos de suspeição, e não de impedimento na


atuação do processo administrativo. O artigo 20 da Lei trata o tema
dispondo que “pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor
que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos
interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e
afins até o terceiro grau”.
O gabarito, portanto, é questão errada.

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43 - (CESPE - INPI – ANALISTA - 2013) No processo
administrativo disciplinar, a falta de defesa técnica por advogado
ofende a Constituição Federal, pois o contraditório e a ampla
defesa são princípios orientadores do processo administrativo.

Conforme já vimos anteriormente, a nossa Suprema Corte já se


pronunciou sobre o assunto, publicando, inclusive, uma Súmula
Vinculante. Nela, o STF firmou entendimento de que “a falta de defesa
técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição”.
Logo, em um Processo Administrativo Disciplinar, o
acompanhamento da causo por um advogado é facultativo. O gabarito,
desse modo, é questão errada.

44 - (CESPE - TJ-DF – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2013) O servidor


que estiver litigando judicialmente contra a companheira de um
interessado em determinado processo administrativo estará
impedido de atuar nesse processo.

O impedimento relaciona-se com uma situação objetiva. Já a


suspeição tem relação com uma situação subjetiva.
Dessa forma, podemos resolver a questão facilmente, pois o
examinador, ao colocar que o servidor estará litigando judicialmente
contra a companheira de um interessado, mostra, claramente, que há
uma situação de desapreço entre eles, tornando causa de impedimento de
atuação nesse processo administrativo.
As causas de impedimento e de suspeição poderão ser mais
facilmente visualizadas abaixo:
Impedimento (caráter objetivo e presunção absoluta)

Quando for parte no processo;

Quando intervir como mandatário da parte, oficiar como perito ou


prestar depoimento como testemunha;

Quando tiver proferido sentença ou decisão em primeiro grau de


jurisdição;

Quando postular como advogado de uma das partes o seu cônjuge,


ou outro parente consanguíneo ou até segundo grau;

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Quando cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau.

Suspeição (caráter subjetivo e presunção relativa):

Quando for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes;

Quando ele ou seu cônjuge ou parente forem credores ou devedores


de alguma das partes;

Quando for herdeiro, donatário ou empregador de alguma das


partes;

Quando for interessado no julgamento da causa em favor de uma


das partes.

Quando declarar motivo íntimo.

O gabarito, portanto, é questão correta.

45 - (CESPE - TJ-DF – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2013) O processo


administrativo pode ser iniciado a pedido do interessado,
mediante formulação escrita, não sendo admitida solicitação oral.

A questão está correta ao afirmar que o processo administrativo


poderá ser iniciado a pedido do interessado. Lembrem-se de que também
há a possibilidade de ser iniciado de ofício, ok?
Quando for iniciado a pedido, o interessado deverá fazer um
requerimento inicial que deverá ser formulado por escrito. Entretanto,
poderá se admitido casos em que a solicitação seja oral, conforme o
artigo 6º da Lei 9.784/99, como o processo iniciado após denúncia feita
por telefone em ouvidorias. O gabarito, portanto, é questão errada.

46 - (CESPE - INCA – ANALISTA JÚNIOR – 2010) O processo


administrativo estabelece uma relação bilateral, de um lado o
administrado, que deduz uma pretensão, e de outro a
administração, que, quando decide, não age como um terceiro,
estranho à controvérsia, mas como parte.

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O processo administrativo realmente estabelece essa relação
bilateral entre o administrado e a administração que atuam como partes
do processo, sendo, os dois, submetidos a limites legais.
Dessa forma, é por causa dessa relação bilateral que a decisão da
Administração não possui status de “coisa jugada”, diferenciando da
função jurisdicional que o Poder Judiciário possui. O gabarito, portanto, é
questão correta.

47 - (CESPE - INCA – ANALISTA JÚNIOR – 2010) O processo


administrativo pode ser instaurado de ofício, por iniciativa da
administração, ou a pedido do interessado. Caso instaurado a
pedido deste, será vedado à administração impulsionar e instruir o
processo, em atenção ao princípio da oficialidade.

A questão está correta ao falar que o processo administrativo pode


ser instaurado de ofício ou a pedido do administrado. Entretanto, ela
apresenta um erro ao dizer que há uma vedação em a administração
impulsionar e instruir o processo quando este foi iniciado a pedido.
Na verdade, o princípio da oficialidade, também conhecido como
princípio do impulso oficial do processo, garante o contrário. Dessa forma,
independente de quem deu causa para iniciar o processo, a Administração
deverá dar continuidade no processo. O gabarito, portanto, é questão
errada.

48 - (CESPE - INCA – ANALISTA JÚNIOR – 2010) Aos processos


administrativos disciplinares instaurados para apurar infração
disciplinar praticada por servidor público civil da União serão
aplicadas, de forma subsidiária, as normas insertas na Lei n.º
9.784/1999 (lei que regula o processo administrativo no âmbito
da administração pública federal).

O processo administrativo disciplinar é um processo específico,


regulado pela Lei nº 8.112/90. Entretanto, seguindo o comando do artigo
69 da Lei 9.784/99, notamos que ele deverá observar subsidiariamente a
Lei que regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Pública Federal, senão vejamos:

“Art. 69. Os processos administrativos específicos


continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-

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se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos
desta Lei”.

Dessa forma, o gabarito é questão correta.

49 - (CESPE - CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2013) É defeso à


administração recusar imotivadamente o recebimento de
documentos. Nesse caso, o servidor deverá orientar o interessado
quanto ao suprimento de eventuais falhas.

Pessoal, a única pegadinha dessa questão está em não saber o


significado da palavra “defeso”. Quem desconhecer essa palavra poderia
ficar em dúvida, pois, conhecendo a Lei, saberá que o item está presente
no parágrafo único do artigo 6º.
Defeso significa proibido, logo a Administração realmente não
poderá recusar, sem motivo, o recebimento dos documentos de um
interessado que queira fazer o requerimento inicial de um processo
administrativo. O gabarito, portanto, é questão correta.

50 - (CESPE - PRF - AGENTE ADMINISTRATIVO– 2012) Havendo


posterior alteração na interpretação de lei que embasou a prática
de determinado ato administrativo, não poderá a administração
aplicar a nova interpretação a esse ato.

Esta questão relaciona-se com o princípio da segurança jurídica,


uma vez que garante firme a interpretação de norma administrativa da
forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige.
Uma interpretação diferente não poderá retroagir para atingir
situações já definidas. Gabarito, portanto, é questão correta.

51 - (CESPE - ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) Ao


recurso administrativo poderá ser conferido efeito suspensivo pela
autoridade recorrida quando houver justo receio de prejuízo de
difícil ou incerta reparação decorrente da execução de decisão
administrativa proferida em processo administrativo.

Questão também copiada literalmente da Lei que regula os


processos administrativos, conforme mostrado abaixo:
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“Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o
recurso não tem efeito suspensivo.

Parágrafo único. Havendo justo receio de


prejuízo de difícil ou incerta reparação
decorrente da execução, a autoridade recorrida
ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou
a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso”.

Dessa forma, o gabarito é questão correta.

52 - (CESPE - ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) Depois


de iniciado o processo administrativo, ao interessado é vedado
desistir total ou parcialmente do pedido formulado.

Pessoal, não é vedado desistir total ou parcialmente do pedido


formulado e nem é vedado renunciar a direitos disponíveis.
Lembrem-se apenas de que a desistência ou renúncia não
prejudicará o prosseguimento do processo, caso a Administração
Pública considere que haja interesse público. Desse modo, o gabarito é
questão errada.

53 – (CESPE – TCU – PROCURADOR – 2004) Observado o mesmo


princípio do direito processual civil, o desatendimento de
intimação pelo administrado importa o reconhecimento da
verdade dos fatos.

Segundo o artigo 27 da Lei de Processo Administrativo, “o


desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade
dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado.”
Dessa forma, o processo irá prosseguir, e o direito de ampla defesa
do interessado será assegurado. O gabarito, portanto, é questão errada.

54 – (CESPE – PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE ARACAJU – 2008)


O desatendimento de intimação para apresentação de defesa em
processo administrativo não importa no reconhecimento da
verdade dos fatos.

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Percebam que a banca repete as questões nos mais variados
concursos. O mesmo artigo fora cobrado em outra prova.
Já vimos que o desatendimento de intimação para apresentação de
defesa em processo administrativo realmente não importa no
reconhecimento da verdade dos fatos, conforme artigo 27 da Lei
9.784/99. Gabarito, portanto, questão correta.

55 – (CESPE – PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE ARACAJU – 2008)


A decisão de recursos administrativos não pode ser objeto de
delegação.

Conforme artigo 13 da Lei 9.784/99, não poderão ser objeto de


delegação os seguinte atos:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Dessa forma, a competência é irrenunciável, no entanto, ela poderá


ser delegada a outros órgãos ou titulares, em razão de circunstâncias de
índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial, exceto nos casos
relacionados acima. O gabarito, portanto, é questão correta.

56 – (CESPE – DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO – 2010) Pedro Luís,


servidor público federal, verificou, no ambiente de trabalho,
ilegalidade de ato administrativo e decidiu revogá-lo para não
prejudicar administrados que sofreriam efeitos danosos em
consequência da aplicação desse ato. Nessa situação, a conduta
de Pedro Luís está de acordo com o previsto na Lei n.º
9.784/1999.

O artigo 53 da Lei de Processo Administrativo dispõe que a


Administração deverá anular, e não revogar, um ato considerado ilegal.
A revogação se dará em casos em que o ato encontra-se
devidamente legal, no entanto, por conveniência e oportunidade, a
Administração resolve desfazê-lo. O gabarito, portanto, é questão errada.

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57 – (CESPE – ME - SUPERIOR – 2009) A avocação temporária de
competência atribuída a órgão inferior é permitida como regra,
tendo em vista o poder hierárquico.

Essa questão poderá ser resolvida com a leitura do artigo 15 da Lei


9.784/99, senão vejamos:

“Art. 15. Será permitida, em caráter


excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, a avocação temporária
de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior”.

Dessa forma, observamos que a regra não é a avocação. Ela será


permitida em caráter excepcional, temporária e devidamente motivada. O
gabarito, portanto, é questão errada.

58 – (CESPE – ME - SUPERIOR – 2009) Concluída a instrução de


processo administrativo, a administração tem o prazo de até trinta
dias para decidir, salvo prorrogação por igual período
expressamente motivada.

Pessoal, a Administração tem o dever de decidir, em até 30 dias


após a instrução, um processo administrativo. É bom ter em mente que
esse prazo é prorrogável por igual período, desde que devidamente
motivado. Dessa maneira, o gabarito é questão correta.

59 – (CESPE – DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO – 2010) Carlos,


servidor da Justiça Federal, responde a processo administrativo
nesse órgão e requereu a aplicação da Lei nº 9.784/1999 no
âmbito desse processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal
aplicação é cabível.

A Lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo no âmbito da


Administração Pública Federal. No entanto, a Lei também será observada
pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando
estiverem desempenhando funções administrativas. Dessa forma, o
gabarito é questão correta.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1 - (ESAF – MPOG - APO – 2005 - ADAPTADA) Os princípios da


Administração Pública estão presentes em todos os institutos do Direito
Administrativo. Aquele princípio que melhor se vincula à proteção do
administrado no âmbito de um processo administrativo, quando se refere
à interpretação da norma jurídica é o princípio da legalidade.

2 - (ESAF – BACEN – PROCURADOR – 2001 - ADAPTADA) A recente Lei


Federal relativa aos processos administrativos adotou diversos princípios
da Administração Pública entre os seus comandos. O inciso XIII do art. 2º
desta Lei tem a seguinte redação: "XIII- interpretação da norma
administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público
a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação." Este
comando alude ao princípio da segurança jurídica.

3 - (ESAF – MPOG – EPPGG – 2003 - ADAPTADA) A Lei Federal nº 9.784


de 1999, que cuida do processo administrativo, dispõe sobre diversos
princípios da Administração Pública. Todavia, existem outros princípios
reconhecidos pela doutrina que não se incluem neste rol. O princípio da
boa-fé é princípio da Administração Pública que não é mencionado pela
referida norma legal.

4 - (ESAF – AGU – ASSISTENTE JURÍDICO – 1999 - ADAPTADA) No


âmbito do processo administrativo, o princípio que autoriza a instituição
do processo por iniciativa da Administração, sem necessidade de
provocação, denomina-se princípio da oficialidade.

5 - (CESPE - DEPEN - ESPECIALISTA – 2013) O processo administrativo


pode iniciar-se de ofício ou a pedido do interessado.

6 - (ESAF – CGU – AFC – 2008) Decorrente da presença do poder


hierárquico na Administração, afigura-se a questão da competência
administrativa e sua delegação. Sobre o tema é correto afirmar, exceto:

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a) a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos
a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação
legalmente admitidos.

b) um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver


impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.

c) a edição de ato de caráter normativo não pode ser objeto de


delegação.

d) a decisão de recursos administrativos pode ser objeto de delegação.

e) o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio


oficial.

7 - (ESAF – MPU – ANALISTA PROCESSUAL – 2004 - ADAPTADA) A regra


quanto à avocação de competências determina a sua possibilidade, desde
que a competência a ser avocada não seja privativa do órgão
subordinado.

8 - (ESAF - ANA - ANALISTA – 2009) Sobre a competência, no âmbito do


processo administrativo na Administração Pública Federal, é correto
afirmar:

a) a edição de atos de caráter normativo pode ser objeto de delegação.

b) o ato de delegação é irrevogável.

c) em qualquer caso, a avocação é proibida.

d) a decisão de recursos administrativos não pode ser objeto de


delegação.

e) com a delegação, renuncia-se à competência.

9 - (ESAF - MF - ATA – 2012) Determinado servidor do Ministério da


Fazenda recorre da decisão do Chefe da Divisão de Recursos Humanos –
DRH do órgão em que está lotado, que lhe negou o pedido de gozo de sua

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licença capacitação. O único fundamento utilizado pelo recorrente
centrou- se na ausência de competência do chefe da DRH para decidir a
respeito de seu pleito. O recorrente sustenta que, ante a ausência de
previsão específica da competência decisória no regimento interno do
órgão para a referida DRH, somente o dirigente máximo poderia decidir o
pleito.

Tendo em mente o caso concreto acima narrado e os termos da Lei n.


9.784/99, que regula o processo administrativo em âmbito federal,
assinale a opção que contenha a resposta correta.

a) Assiste razão ao recorrente. A ausência de previsão legal específica


desloca a competência decisória para a autoridade de maior grau.

b) A autoridade competente para julgar o recurso do servidor poderá


delegar esta competência desde que para agente de grau hierárquico
superior ao da primeira instância decisória.

c) A delegação da competência para julgamento do recurso deve ter sido


prévia a sua interposição e divulgada na internet do órgão.

d) A competência para decidir acerca da licença capacitação era da DRH,


unidade organizacional de menor nível na hierarquia, não sendo
admissível em nenhuma hipótese, a avocatória.

e) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo


deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para
decidir.

10 - (ESAF - MTE - AFT – 2010) A esposa de um servidor público é


advogada e fez a defesa administrativa de uma empresa autuada pela
fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. Os honorários que ela
pactuou com essa empresa, para a realização da defesa, foi com base no
resultado (contrato de êxito). Esse servidor é a autoridade competente
para apreciar a defesa e julgar a autuação. Neste caso esse servidor:

a) pode dar-se por suspeito se alguém arguir sua suspeição.

b) não está impedido, mas pode dar-se por suspeito, por razões de foro
íntimo.

c) deve, necessariamente, dar-se por suspeito.

d) está impedido de atuar no feito.


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e) não está impedido de atuar no feito nem obrigado a dar-se por
suspeito, ainda que alguém argua a sua suspeição.

11 - (ESAF - MI – NÍVEL SUPERIOR – 2012) O desatendimento, pelo


particular, de intimação realizada pela Administração Pública Federal em
processo administrativo:

a) não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a


direito pelo administrado.

b) não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, mas constitui


renúncia a direito pelo administrado, se se tratar de direito disponível.

c) importa o reconhecimento da verdade dos fatos, mas não constitui


renúncia automática a direito pelo administrado, tratando-se de direito
indisponível.

d) importa o reconhecimento da verdade dos fatos, e a renúncia a direito


pelo administrado.

e) opera extinção do direito de defesa, por opção do próprio particular.

12 - (ESAF – SEFAZ-CE – ANALISTA - 2007) São pressupostos para a


convalidação do ato administrativo, exceto:

a) Ausência de discricionariedade.

b) Ausência de prejuízo a terceiros.

c) Existência de defeitos sanáveis.

d) Ausência de má-fé.

e) Ausência de lesão ao interesse público.

13 - (CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2012) Quando importar


em anulação, revogação, suspensão ou convalidação, o ato administrativo
deverá ser motivado, com a indicação dos fatos e dos fundamentos
jurídicos que justifiquem sua edição.

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14 - (ESAF - RFB - ATRFB - 2009) De acordo com o disposto na Lei n.


9.784/99, que regula o processo administrativo, no âmbito da
Administração Pública Federal, a Administração deve anular seus próprios
atos e pode revogá-los, sendo que:

a) a revogação, por motivo de conveniência ou oportunidade, deve


respeitar os direitos adquiridos.

b) a revogação prescinde de motivação.

c) anulação, quando o ato estiver eivado de vício de legalidade, pode


ocorrer a qualquer tempo.

d) a anulação prescinde de motivação.

e) tanto a anulação como a revogação está sujeitas à prescrição decenal,


não havendo o que cogitar de eventuais direitos adquiridos.

15 - (ESAF – MPU – TÉCNICO – 2004 – ADAPTADA) Quem tiver direito ou


interesse seu afetado por um determinado ato administrativo, pode dele
recorrer, administrativamente, objetivando a sua invalidação e o
restabelecimento da situação anterior, que, quando não houver norma
legal específica, em sentido contrário, far-se-á mediante pedido de
reexames interposto no prazo máximo de 8 dias.

16 - (ESAF – RFR - ATRFB – 2012) Quanto ao recurso administrativo


previsto na Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, é incorreto
afirmar que:

a) salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito


suspensivo.

b) em regra, a interposição de recurso administrativo depende de caução


prestada pelo requerente.

c) o recurso administrativo tramitará, no máximo, por três instâncias


administrativas, salvo disposição legal diversa.

d) entre outros, têm legitimidade para interpor recurso administrativo as


organizações e associações representativas, no tocante a direitos e

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interesses coletivos.

e) quando interposto fora do prazo, o recurso não será conhecido.

17 - (ESAF - MTE - AFT – 2006) Conforme a legislação federal sobre o


processo administrativo (Lei n. 9.784/99), as sanções a serem aplicadas
pela autoridade competente:

a) terão sempre natureza pecuniária.

b) podem consistir em obrigação de fazer ou de não fazer.

c) serão precedidas, se for o caso, pelo direito de defesa.

d) serão, sempre, obrigações de fazer.

e) podem ter, excepcionalmente, natureza de privação de liberdade.

18 - (ESAF - CVM – ANALISTA - 2010) Acerca do processo administrativo,


no âmbito da administração pública federal, é correto afirmar que:

a) são inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos, exceto quando


houver autorização judicial.

b) da revisão de processo administrativo, não pode resultar agravamento


da sanção.

c) a desistência ou renúncia do único interessado implica no


arquivamento do processo.

d) salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo depende


de caução.

e) o recurso deve ser dirigido à autoridade superior daquela que tenha


proferido a decisão.

19 - (ESAF – RFB - AFRFB – 2009) João pretende fazer um requerimento,


de seu interesse, junto à unidade da Secretaria da Receita Federal do
Brasil em sua cidade. Conforme o que determina a Lei n. 9.784, de 29 de
janeiro de 1999, assinale a opção que relata a correta conduta.

a) Tratando-se de uma situação urgente, João protocolou seu

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requerimento num domingo, pela manhã, junto ao segurança do prédio
em que funciona a Receita Federal do Brasil em sua cidade, conforme a
exceção legal para as hipóteses de emergência.

b) O servidor da Receita Federal do Brasil negou-se a receber o


requerimento de João alegando a ausência de reconhecimento de sua
firma pelo cartório competente.

c) Tendo em mãos os documentos originais, João solicitou ao servidor da


Receita Federal do Brasil que autenticasse as cópias que apresentava,
tendo sido seu pedido deferido.

d) Após o transcurso de 15 (quinze) dias do protocolo de seu pedido, João


recebeu a intimação para o seu próprio comparecimento à sede do órgão
naquele mesmo dia, com um prazo de 3 (três) horas para a
apresentação.

e) Tendo comparecido na data, hora e local marcados, João alegou a


nulidade absoluta da intimação. A autoridade competente, assim,
declarou nulo o ato e determinou que a intimação fosse realizada
novamente.

20 - (ESAF – RFB - ATRFB – 2009) Considerando o disposto na Lei n.


9.784/99, a qual regula o processo administrativo, no âmbito da
Administração Pública Federal, marque a opção incorreta.

a) Às decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de


legalidade, legitimidade, mérito e discricionariedade.

b) É permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão


hierarquicamente inferior.

c) Em hipótese alguma os prazos processuais serão suspensos, salvo,


unicamente, motivo de força maior.

d) Não pode ser objeto de delegação a decisão de recursos


administrativos.

e) O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias


administrativas, nos termos da lei.

21 - (ESAF - MPOG - EPPGG – 2009) Quanto ao Processo Administrativo,

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nos termos da Lei n. 9.784/1999, marque a opção incorreta.

a) A Administração Pública obedecerá ao princípio da segurança jurídica.

b) É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de


documento.

c) O administrado tem direito perante a Administração de fazer-se


assistir, obrigatoriamente, por advogado.

d) O interessado poderá desistir totalmente do pedido formulado.

e) O órgão competente para decidir o recurso poderá modificar a decisão


recorrida.

22 - (ESAF - MF - ATA – 2009) Quanto aos critérios a serem observados


no trâmite do processo administrativo da administração pública federal,
conforme disposto na Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, pode-se
afirmar corretamente:

a) em regra, cabe aos administrados o pagamento das despesas


processuais, independente de previsão expressa na lei.

b) os atos praticados no processo administrativo são, em regra, sigilosos,


ressalvadas as hipóteses de divulgação oficial previstas na Constituição.

c) a impulsão do processo administrativo compete, primeiramente, aos


interessados.

d) nova interpretação dada à norma administrativa deve ser aplicada a


todos os casos sujeitos àquela regulamentação, inclusive retroativamente.

e) garantem-se aos administrados, nos processos de que possam resultar


sanções e nas situações de litígio, os direitos à comunicação, à
apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição
de recursos.

23 - (ESAF - MF - ATA – 2009) Em relação aos atos praticados no âmbito


dos procedimentos administrativos que se sujeitam à Lei n. 9.784, de 29
de janeiro de 1999, analise os itens a seguir e marque com V se a
assertiva for verdadeira e com F se for falsa. Ao final, assinale a opção
correspondente.

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( ) Os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

( ) A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo


órgão administrativo.

( ) Os atos do processo podem realizar-se em quaisquer dias da semana,


sem restrições de horário.

( ) A intimação para ciência de decisão ou a efetivação de diligências


quanto a interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio
indefinido, deve ser efetuada por meio de publicação oficial.

a) V, V, V, V

b) F, V, F, V

c) F, F, V, F

d) V, V, F, V

e) F, F, F, F

24 - (ESAF - ANA - ANALISTA – 2009) Segundo a Lei n. 9.784/1999, o


administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem
prejuízo de outros que lhe sejam assegurados, exceto:

a) fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando


obrigatória a representação, por força de lei.

b) formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os


quais serão objeto de consideração pelo órgão competente.

c) ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão


facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações.

d) ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha


a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de
documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas.

e) ver proferida a decisão em processo administrativo de seu interesse


em um prazo improrrogável de trinta dias.

25 - (ESAF - MTE - AFT – 2006) Sobre o processo administrativo regulado

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pela Lei n. 9.784, de 29.1.1999, é correto afirmar que:

I. a Administração não pode recusar o recebimento de documento


apresentado pelo interessado, salvo se motivar a recusa.

II. a Administração deve dar regular andamento ao processo, sem


prejuízo da atuação do interessado.

III. o prazo para que a Administração profira a decisão é de trinta dias,


prorrogável, motivadamente, por igual período, contados da data do
ingresso do pedido, na repartição competente.

IV. o fato de a autoridade ter interesse direto ou indireto na matéria a


torna suspeita, mas não impedida, para atuar no processo respectivo.

V. é vedada a imposição de obrigações ou restrições em medida superior


ao estritamente necessário para atendimento do interesse público.

Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.

b) apenas as afirmativas I, III, IV e V.

c) apenas as afirmativas III, IV e V.

d) apenas as afirmativas I, II e V.

e) apenas as afirmativas II, III e IV.

26 - (CESPE - TCE-RS – OFICIAL DE CONTROLE EXTERNO – 2013) Caso


seja instaurado processo administrativo de assunto de interesse
individual, poderá ser aberto a pedido do interessado, para subsidiar
posterior decisão da autoridade administrativa, período de consulta
pública, com a finalidade de que outros servidores possam examinar os
autos e oferecer alegações em favor do interessado.

27 - (CESPE - TCE-RS – OFICIAL DE CONTROLE EXTERNO – 2013) Caso


seja interposto recurso de decisão decorrente de processo administrativo,
a autoridade recorrida pode, de ofício, dar efeito suspensivo ao recurso
interposto, caso se configure o justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação decorrente da execução.

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28 - (CESPE - DEPEN - ESPECIALISTA – 2013) De acordo com o princípio
da oficialidade, a administração pública pode instaurar processo
administrativo, mesmo que não haja provocação do administrado, e o
órgão responsável pode determinar, por si mesmo, a realização de
atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados
necessários à tomada de decisão, independentemente de haver interesse
ou desinteresse das partes no

29 - (CESPE - MI - ANALISTA – 2013) Um dos princípios do processo


administrativo, a oficialidade refere-se às formalidades legais adotadas
pela administração pública, a fim de garantir segurança jurídica ao
administrado.

30 - (CESPE – POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO – 2013) De acordo com a


Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da
administração pública federal, um órgão administrativo e seu titular
poderão, se não houver impedimento legal e quando conveniente, em
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial, delegar parte da sua competência a outros órgãos, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados.

31 - (CESPE - PRF - POLICIAL – 2013) Não poderá ser objeto de


delegação a decisão referente a recurso administrativo interposto pelo
PRF contra decisão que lhe tiver aplicado penalidade em razão do
acidente.

32 - (CESPE - PRF - POLICIAL – 2013) Ainda que seja absolvido por


ausência de provas em processo penal, o PRF poderá ser processado
administrativamente por eventual infração disciplinar cometida em razão
do acidente.

33 - (CESPE - MS - ANALISTA – 2013) O fato de a administração pública


ter lançado mão de dados de ação penal instaurada para apurar as
condutas do servidor configura segunda punição

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34 - (CESPE - MS - ANALISTA – 2013) Não gera nulidade do ato
administrativo o fato de o servidor processado, apesar de intimado, não
se fazer acompanhar por advogado no momento do seu interrogatório.

35 - (CESPE - 2013 - MS - ANALISTA – 2013) Caso o presidente da


comissão processante tenha participado de outro processo administrativo
instaurado contra o mesmo servidor que tenha sido posteriormente
anulado por cerceamento de defesa, deverá ser determinada, segundo
entendimento dominante, a sua suspeição, uma vez que houve vício apto
a determinar a nulidade do ato demissório e do processo administrativo.

36 - (CESPE - IBAMA - ANALISTA – 2013) De acordo com a Lei n.º


9.784/1999, serão sempre motivados os atos administrativos que
decidam processos administrativos de seleção pública e recursos
administrativos e revoguem ato administrativo anteriormente praticado.

37 - (CESPE - ANS - Analista – 2013) Após ter apreciado o recurso


apresentado pela empresa A, a ANS não precisará intimar esta empresa
para que ela tome ciência da decisão, dado que é dever dos interessados
acompanhar o trâmite dos recursos administrativos.

38 - (CESPE - ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL


– 2012) A autoridade ou servidor que não comunicar o seu impedimento
no processo administrativo comete falta grave para efeitos disciplinares.

39 - (CESPE - ANAC - ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL


– 2012) No processo administrativo, o comparecimento do interessado de
forma espontânea não supre a falta ou a irregularidade da intimação.

40 - (CESPE - ANAC - ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL


– 2012) A desistência, ou renúncia, por parte do interessado no processo
administrativo, gera automaticamente o arquivamento do processo.

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41 - (CESPE - ANAC - ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL
– 2012) Em um processo administrativo, são considerados capazes os
maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo
próprio.

42 - (CESPE - INPI – ANALISTA - 2013) A autoridade ou o servidor que


tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados
ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o
terceiro grau estão impedidos de atuarem no mesmo processo.

43 - (CESPE - INPI – ANALISTA - 2013) No processo administrativo


disciplinar, a falta de defesa técnica por advogado ofende a Constituição
Federal, pois o contraditório e a ampla defesa são princípios orientadores
do processo administrativo.

44 - (CESPE - TJ-DF – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2013) O servidor que


estiver litigando judicialmente contra a companheira de um interessado
em determinado processo administrativo estará impedido de atuar nesse
processo.

45 - (CESPE - TJ-DF – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2013) O processo


administrativo pode ser iniciado a pedido do interessado, mediante
formulação escrita, não sendo admitida solicitação oral.

46 - (CESPE - INCA – ANALISTA JÚNIOR – 2010) O processo


administrativo estabelece uma relação bilateral, de um lado o
administrado, que deduz uma pretensão, e de outro a administração, que,
quando decide, não age como um terceiro, estranho à controvérsia, mas
como parte.

47 - (CESPE - INCA – ANALISTA JÚNIOR – 2010) O processo


administrativo pode ser instaurado de ofício, por iniciativa da
administração, ou a pedido do interessado. Caso instaurado a pedido
deste, será vedado à administração impulsionar e instruir o processo, em
atenção ao princípio da oficialidade.
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48 - (CESPE - INCA – ANALISTA JÚNIOR – 2010) Aos processos


administrativos disciplinares instaurados para apurar infração disciplinar
praticada por servidor público civil da União serão aplicadas, de forma
subsidiária, as normas insertas na Lei n.º 9.784/1999 (lei que regula o
processo administrativo no âmbito da administração pública federal).

49 - (CESPE - CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2013) É defeso à


administração recusar imotivadamente o recebimento de documentos.
Nesse caso, o servidor deverá orientar o interessado quanto ao
suprimento de eventuais falhas.

50 - (CESPE - PRF - AGENTE ADMINISTRATIVO– 2012) Havendo posterior


alteração na interpretação de lei que embasou a prática de determinado
ato administrativo, não poderá a administração aplicar a nova
interpretação a esse ato.

51 - (CESPE - ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) Ao recurso


administrativo poderá ser conferido efeito suspensivo pela autoridade
recorrida quando houver justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação decorrente da execução de decisão administrativa proferida em
processo administrativo.

52 - (CESPE - ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2012) Depois de


iniciado o processo administrativo, ao interessado é vedado desistir total
ou parcialmente do pedido formulado.

53 – (CESPE – TCU – PROCURADOR – 2004) Observado o mesmo


princípio do direito processual civil, o desatendimento de intimação pelo
administrado importa o reconhecimento da verdade dos fatos.

54 – (CESPE – PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE ARACAJU – 2008) O


desatendimento de intimação para apresentação de defesa em processo
administrativo não importa no reconhecimento da verdade dos fatos.

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55 – (CESPE – PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE ARACAJU – 2008) A
decisão de recursos administrativos não pode ser objeto de delegação.

56 – (CESPE – DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO – 2010) Pedro Luís,


servidor público federal, verificou, no ambiente de trabalho, ilegalidade de
ato administrativo e decidiu revogá-lo para não prejudicar administrados
que sofreriam efeitos danosos em consequência da aplicação desse ato.
Nessa situação, a conduta de Pedro Luís está de acordo com o previsto na
Lei n.º 9.784/1999.

57 – (CESPE – ME - SUPERIOR – 2009) A avocação temporária de


competência atribuída a órgão inferior é permitida como regra, tendo em
vista o poder hierárquico.

58 – (CESPE – ME - SUPERIOR – 2009) Concluída a instrução de processo


administrativo, a administração tem o prazo de até trinta dias para
decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

59 – (CESPE – DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO – 2010) Carlos, servidor


da Justiça Federal, responde a processo administrativo nesse órgão e
requereu a aplicação da Lei nº 9.784/1999 no âmbito desse processo.
Nessa situação, é correto afirmar que tal aplicação é cabível.

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Gabaritos.
1. E 22. E 43. E
2. C 23. D 44. C
3. C 24. E 45. E
4. C 25. D 46. C
5. C 26. E 47. E
6. D 27. C 48. C
7. C 28. C 49. C
8. D 29. E 50. C
9. E 30. C 51. C
10. D 31. C 52. E
11. A 32. C 53. E
12. A 33. E 54. C
13. C 34. C 55. C
14. A 35. E 56. E
15. E 36. C 57. E
16. B 37. E 58. C
17. B 38. C 59. C
18. B 39. E
19. E 40. E
20. A 41. C
21. C 42. E

Bibliografia
Alexandrino, M., & Paulo, V. (2009). Direito administrativo
descomplicado. São Paulo: Forense.
Mazza, A. (2011). Manual de Direito Administrativo. Saraiva.

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Rodrigo Rennó
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