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Técnico de

Enfermagem
Módulo IV
Clínica Cirúrgica II

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TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Clínica Cirúrgica II

SUMÁRIO

INFECÇAO HOSPITALAR ................................................................................................................ 3

TIPOS DE INFECÇÕES HOSPITALARES EM CLÍNICA CIRÚRGICA ........................................ 5

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES ........... 6

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CIRÚRGICO ............................................... 9

AFECÇOES DO APARELHO DIGESTIVO .................................................................................... 17

AFECÇÕES DA VESÍCULA E VIAS BILIARES ........................................................................... 22

AFECÇAO PULMONARES ............................................................................................................. 29

CIRURGIA VASCULAR .................................................................................................................. 46

AFECÇÕES UROLÓGICAS ............................................................................................................ 54

AFECÇÕES NEUROLÓGICAS ....................................................................................................... 66

AFECÇÕES ORTOPÉDICAS ........................................................................................................... 72

AFECÇÃO DA TIREÓIDE ............................................................................................................... 88

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 91

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TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Clínica Cirúrgica II

INFECÇAO HOSPITALAR

Introdução
Segundo a Portaria 196 de 24 de junho de 1983 do "Ministério da Saúde”, infecção hospitalar
é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifeste durante a internação
ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a hospitalização".
Nos Estados Unidos a sua incidência atinge cerca de 3,5 a 15% dos pacientes hospitalizados,
mas estudos recentes da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) revelam que nos hospitais
latino-americanos ela oscila de 5 a 70%.
No Brasil, a infecção hospitalar atinge hoje uma importância médico-social muito grande, pois
calcula-se que seja a quarta causa de morte, perdendo para as cardiopatias, gastroenterites e
neoplasias em geral. A infecção hospitalar é no Brasil um ônus para a sociedade devido ao
gigantismo dos hospitais, à sofisticação da medicina, ao progresso no campo dos antibióticos, ao
número excessivo de leitos em um só local, as salas de cirurgias não isoladas e ao tráfego intenso de
doentes, profissionais e visitantes.
Dessa forma, podemos afirmar que a infecção hospitalar, além de gerar uma problemática
ética e legal provoca prejuízos:
Aos pacientes, por aumento do tempo de internação, alterações emocionais, quebra da sua
dinâmica social etc.;
À instituição, por aumento de dias-leito, aumento da terapêutica medicamentosa, maior
gasto com a alimentação etc.;
À sociedade, por diminuição do número de leitos hospitalares disponíveis, não
produtividade do indivíduo doente, aumento do custo hospitalar etc.

Agentes etiológicos
a) bactérias: As bactérias são os principais microorganismos causadores da infecçao hospitalar,
que tem como patógenos:
 micrococcus: adquirem rapidamente resistência aos antibióticos, sendo os principais o
Staphlíococcus aureus, Staphylococcus pneumoniae, Streptococcus pyógenes, Streptacoccus
faecalis;
 enterobactérias: provocam as infecções hospitalares graves, sendo os principais a
Escherichia coli, Klebsiellas, Proteus, Serratia sp, Salmonella;
 pseudomonadacese: constituem a grande problemática hospitalar, sendo os principais a
Pseudomonas aeruginosa, Moraxella;
 anaerábios: Clostridios.
b) vírus: da hepatite, herpes, influenza, e Cytomegalovírus.
c) fungos e leveduras: Candida aíbicans, Aspergilius, Cyptocoecus.

Mecanismo da infecção
O desenvolvimento da infecção irá depender da relação virulência do microorganismo e
resistência do organismo infectado. Os componentes da virulência são: poder da cápsula do
microrganismo que o protege contra as forças defensivas do organismo infectado; enzimas
secretadas pelas bactérias que atuam favorecendo a difusão do processo infeccioso poder toxígeno
que pode ser pouco ou muito estimulante para a produção de antitoxinas pelo indivíduo infectado.
Os microorganismos, para desenvolverem uma infecção, devem lutar contra um conjunto de forças
defensivas (de mecanismo variado e eficiência relativa do hospedeiro).

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Existem 2 tipos de resistência:


1) a inespecífica que compreende: as barreiras opostas à porta de entrada, que impedem a
penetração do agente infeccioso por ação mecânica e efeito bactericida de seus componentes
químicos. Compreendem a pele, muco da árvore respiratória, saliva, lágrimas, secreção do tubo
digestivo, secreção vaginal, flora bacteriana normal; os agentes de proteção profunda, constituídos
pela beta lisina, leucócitos, células pertencentes ao SRE (Sistema Retículo Endotelial).
2) a específica ou imunidade que se desenvolve quando os microrganismos transpõem as barreiras
da resistência inespecífica. O agente infeccioso age como antígeno, ou seja, induz a formação de
anticorpos pelo hospedeiro; os anticorpos são globulinas modificadas com poder antitoxinas ou
antimicrobiana.

Epidemiologia
Existem 2 tipos de infecção:
1) não hospitalar: o paciente já é admitido, no hospital com essa infecção adquirida fora do
ambiente hospitalar;
2) hospitalar: O paciente contrai a infecção no hospital derivada da: sua própria flora (auto-
infecção): alguns microrganismos não patogênicos podem provocar infecções, quando se faz
antibioticoterapia, e quando se procede inadequadamente; flora de outro paciente (infecção
cruzada): os microrganismos são transmitidos por contato direto entre os pacientes (saliva, mãos),
pelo ar, pelos profissionais (que contaminam as mãos, roupas e/ou cultivam os microorganismos na
mucosa), por objetos inanimados contaminados (pelos pacientes, profissionais, visitantes, água
etc.).

Fatores predisponentes
Os fatores que facilitam ao paciente adquirir uma infecção hospitalar são os inerentes ao
próprio paciente, à agressão diagnóstica terapêutica e ao ambiente hospitalar.

Fatores inerentes ao próprio paciente


Idade: os mais suscetíveis são os idosos e as crianças (principalmente os prematuros);
Fumo: diminuem as defesas da árvore respiratória;
Malformação congênita: as meningomieloceles favorecem a instalação de meningites; as
anomalias do trato urinário predispõem às infecções urinarias etc.;
Lesões cutâneas: as lesões de continuidade permitem a penetração dos microrganismos por
quebra da barreira de proteção da pele;
Desnutrição: é uma importante causa predisponente por provocar alteração da flora intestinal,
diminuição da resistência tecidual etc.;
Obesidade: o fluxo sanguíneo está diminuído no tecido adiposo, e ocorre sobrecarga de todos
os sistemas;
Diabetes: provoca absorção inadequada de medicamentos administrados por via I.M.,
dificuldade de cicatrização devido à acidose, que diminui a proliferação dos fibroblastos;
Viroses respiratórias: a gripe predispõe o paciente a pneumonias;
Insuficiência cardíaca, insuficiência renal, hipotensão, choque, coma: essas alterações
predispõem à infecção, pois a estase sangüínea prejudica a mobilização das células fagocitárias;
distúrbio no processo imunológico.

Fatores inerentes à agressão diagnostica e terapêutica


Presença de terapêutica respiratória: anestesia, nebulização, inalação, aspiração endotraqueal,
traqueostomia, intubação, ventilação assistida;
Realização de exames: biópsia, laparoscopia;
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Administração de medicamentos: antibióticos, corticosteróide, citostáticos vasopressores,


soluções hipertônicas, soluções de aminoácidos, NPP (Nutrição Parenteral Prolongada), venóclise
em geral;
Transfusão de sangue e derivados;
Realização de punções: arteriais, venosas e raquianas;
Presença de cateteres nos vasos: dissecções arteriais e venosas; íntracather;
Passagem de sonda vesical;
Existência de próteses vasculares e cardíacas;
Realização de cirurgias: a incidência de infecção no pós-operatório aumenta de acordo com:
a) grau de contaminação bacteriana da cirurgia: se limpa “Potencialmente contaminada,
contaminada, ou infectada;
b) local da operação: maior o risco nas abdominais do que nas torácicas;
c) tamanho da ferida operatória;
d) duração da cirurgia;
e) intercorrências no ato cirúrgico;
f) falhas de técnica cirúrgica: debridamento inadequado, manipulação grosseira dos tecidos,
hemostasia incompleta, distúrbio do suprimento sangüíneo local, quebra da técnica asséptica, sutura
sob tensão, espaços mortos anatômicos (permitindo o desenvolvimento de hematomas e seromas),
drenagem inadequada;
g) técnica de curativo.

Fatores inerentes ao ambiente hospitalar


Ambiente poluído de antibióticos e quimioterápicos que selecionam as espécies
multirresistentes;
Existência de microrganismos mais resistentes e virulentos que contaminam artigos e áreas
hospitalares (medicamentos, soluções germicidas, alimentos, móveis etc.) e infectam
paciente suscetível;
Existência de hospedeiros suscetíveis que possuem falhas nos mecanismos de defesa e
sofrem agressões diagnosticas e/ou terapêuticas;
Modificação da flora endógena normal do paciente, pois ao ser destruída pelos antibióticos,
ela será substituída pela flora hospitalar, que é mais patogênica e resistente;
Amento do número de pessoas lidando com o mesmo paciente e circulando nas
dependências hospitalares;
Aumento da circulação de pacientes dentro do hospital;
Pessoal auxiliar não preparado para atuar no controle e prevenção das infecções;
Planta física inadequada: falta de pias nas enfermarias, sala de medicação próxima ao
banheiro etc.; número de leitos excessivo nas enfermarias.

TIPOS DE INFECÇÕES HOSPITALARES EM CLÍNICA CIRÚRGICA

Ferida operatória
Considera-se infectada qualquer ferida cirúrgica que elimine secreção purulenta com ou sem
cultura positiva. Classificam-se as cirurgias em:
Limpas: realizadas na ausência de processo infeccioso local, em condições ideais de sala de
cirurgia, em tecidos de fácil descontaminação;
Potencialmente contaminadas: realizadas na ausência de supuração local, em tecidos de difícil
descontaminação (conjuntiva ocular, ouvido externo, estômago, esôfago, duodeno, vesícula biliar,
uretra e útero);

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Contaminadas: realizadas na ausência de supuração local, em feridas traumáticas recentes, em


tecidos ricos em flora bacteriana residente e de difícil descontaminação (cavidade bucal, glândulas
salivares, trato respiratório alto, cólon, reto, ânus, vulva e vagina);
Infectadas: realizadas em qualquer tecido com presença de supuração local, feridas traumáticas
sujas, úlceras perfuradas.

Urinária
A sonda favorece a infecção, por ser uma via de acesso para o microrganismo, e causa
ulceração e inflamação na mucosa uretral e vesical. A sua incidência é diretamente proporcional à
freqüência da sondagem vesical, tempo de permanência do cateter e tipo de sistema coletor de
urina.

Broncopulmonar
A penetração dos agentes infecciosos no trato pulmonar ocorre através da inalação de
partículas contaminadas e, esporadicamente, pela via hematogênicas causas que predispõem os
pacientes a desenvolverem este, tipo de infecção são:
Patologia de base: quadro de coma, hipotensão, acidose, azotemia, hipoventilação, imobilidade e
diminuição do reflexo da tosse: traqueostomia, intubação, nebulização, sedação, ventilação
assistida, anestesia geral.

Bacteriomia
Os germes são veiculados pelo sangue, sendo introduzidos na corrente circulatória: pelas
punções arteriais e venosas: na coleta de sangue para exame ou como via de administração de
drogas; pelos cateteres nos vasos: flebotomia, intracather, cateter arterial, arteriografia, cateterismo
cardíaco; pela Introdução de medicamentos parenterais contaminados; pela hemodiálise.

Gastrintestinal
Nos adultos, os surtos de gastroenterites são associados a:
Patologias de base: retocolites ulcerativas, enterocolites, obstrução intestinal, tumores,
necrose de alça intestinal etc; diminuição do peristaltismo intestinal devido à anestesia, imobilidade
prolongada, tipo de alimentação etc; proliferação dos microrganismos devido à diminuição da
acidez gástrica provocada pela ingestão de antiácidos, aspiração e drenagem do suco gástrico,
lavagem gástrica; antibioticoterapia por destruição da flora intestinal normal; ingestão de alimentos
contaminados; presença de colostomias, ileostomias e jejunostomias, que são portas de entrada aos
microrganismos; lavagens intestinais freqüentes que alteram a flora intestinal normal e irritam a
mucosa intestinal.

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CONTROLE DAS INFECÇÕES


HOSPITALARES

Observar técnicas assépticas gerais


Utilizar materiais esterilizados vários procedimentos invasivos e na realização de curativos;
Observar técnicas assépticas na execução das técnicas de enfermagem;
Lavar as mãos:
Antes de comer, de iniciar o trabalho e do procedimento asséptico;
Quando as mãos estiverem sujas;
Após atender cada paciente, sair do toalete, assoar ou limpar o nariz, sair de área de
isolamento, manipular material contaminado e sujo;

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O término do serviço.
Ter cuidado no manuseio de roupas sujas.
a) Colocá-las em hamper;
b) Não tocá-las no uniforme;
c) Os cobertores devem ser de uso individual e lavados após alta do paciente e a cada 3 semanas (de
preferência semanalmente);
d) Não colocar roupas de um paciente no leito de outro paciente.
Forrar colchões e travesseiros com material impermeável a fim de facilitar a limpeza e
dificultar a contaminação;
Não sentar nos leitos dos pacientes;
Não contaminar as roupas hospitalares limpas;
a) guardando-as em armários limpos e fechados;
b) Não levando-as em excesso para as enfermarias;
c) Não colocando as em superfícies contaminadas, sujas, úmidas;
Não usando roupas de cama colocadas no leito de outro paciente.
Isolar os pacientes infectados ou com suspeita;
Orientar e supervisionar os pacientes sobre os cuidados de higiene e assepsia.

Classificar os artigos segundo o risco potencial de transmissão de infecções


Críticos: são os que penetram nos tecidos subepiteliais, no sistema vascular e em qualquer órgão
isento de microrganismo.
Ex. instrumentos cirúrgicos, soluções injetáveis e roupas utilizadas nos atos cirúrgicos e nas
unidades de alto risco;
Semicríticos: são os que entram m contato com mucosa íntegra, Ex.: equipamento de anestesia
gasosa, equipamento de assistência ventilatória, sondas vesicais, cateteres traqueais e nasográsticos,
endoscópicos, termômetros, medicamentos orais e inaláveis, pratos, talheres e alimentos;
Não-críticos: são os que entram em contato com a pele integra ou os que não entram em contato
direto com o paciente. Ex.: artigos de higiene do paciente, roupas de cama, equipamento sanitário,
mobiliário, etc.

Procedimentos de enfermagem
Esterilizar os artigos críticos, obedecendo aos princípios de assepsia ao manuseá-los e à data de
validade;
Esterilizar os artigos semicríticos, e, na sua impossibilidade, desinfetá-los;
Manter utensílios alimentares e alimentos o mais possível isentos de germes;
Manter artigos não-críticos limpos e desinfetados;
Conservar limpas e, desinfetadas todas as áreas: a que o paciente tem acesso, o banco de
sangue, a cozinha e o lactário.

Considerar a equipe a fonte mais freqüente de contaminação da ferida.

Portanto deve-se:
1. em relação ao ambiente:
Manter limpas e desinfetadas todas as dependências;
Restringir o número de pessoas circulantes;
Utilizar roupas, propé, gorro e máscara de uso exclusivo do centro cirúrgico;

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Esterilizar os artigos críticos e semicríticos, obedecendo aos princípios de assepsia ao


manuseá-los;
Desinfetar os artigos semicríticos que não possam ser esterilizados;
Adequar a planta física de tal forma que possibilite a manutenção de áreas limpas e
desinfetadas, da esterilidade dos materiais, da não contaminação de materiais desinfetados.

2. em relação à equipe:
Restringir a entrada ou saída de pessoas da sala de operação durante o ato cirúrgico;
Escovar mãos e antebraços com escova esterilizada embebida em sabão e detergente,
enxaguar em água corrente e passar solução anti-séptica (PVP-I);
Usar avental e luvas esterilizadas.

3. em relação ao Centro de Material.


Esterilizar e desinfetar os materiais de acordo com as normas de funcionamento das
autoclaves e estufas, e de acordo com as recomendações sobre o uso dos agentes químicos;
Obedecer aos princípios de esterilização e desinfecção de materiais;
Controlar a qualidade e integridade dos materiais a serem esterilizados ou desinfetados;
Fazer periodicamente testes de controle de esterilidade dos materiais.

Evitar contaminação da ferida


Descontaminação pré-operatória da pele através de:
a) banho corporal, de preferência de chuveiro, com solução detergente de PVP-1 a 10%, cloro-
hexidina 4% ou hexaclorofeno 3%;
b) tricotomia no máximo 2 horas antes da cirurgia (mas não na SO), por acelerar o desenvolvimento
de microrganismos presentes na pele. Fazê-lo apenas nos casos em que os pêlos impedem a
visualização do campo;
c) degermação do campo operatório no máximo 2 horas antes da cirurgia;
d) anti-sepsia da área operatória com solução de álcool iodado a 2% ou outro anti-séptico.
Hospitalização pré-operatória: quanto maior o tempo de hospitafização antes da cirurgia,
maior a probabilidade de infecção pós-operatória;
Realização de curativo:

Observar técnica de curativo;


Iniciar pelas incisões limpas e fechadas, cuidar dos curativos de ferida aberta não infectada,
seguindo-se os de ferida infectada e, por último, as colostomias e fistulas em geral, colocar
açúcar após a limpeza das feridas abertas e infectadas;
Remover curativos úmidos e roupas de cama suja com secreção da ferida quantas vezes for
necessário;
Inspecionar sinais de infecção da ferida operatória;
Colher amostra para bacterioscopia e cultura de secreções de ferida que se suspeite estar
infectada;
Manter drenagem por sucção fechada de secreções de ferida não infectada;
Evitar o uso de carrinho de curativo;
Levar para a enfermaria somente o material necessário, em bandeja; os frascos de anti-
sépticos devem ser, de preferência, individuais.

Prevenir infecção urinaria


Passar a sonda vesical somente quando necessário para:

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Alivio de obstrução anatômica ou fisiológica prolongada;


Facilitar reparo cirúrgico da uretra ou órgãos adjacentes;
Medição exata do débito urinário;
Fazer a sondagem vesical com técnica adequada, obedecendo aos princípios de assepsia e
não traumatizando a uretra;
Utilizar coletor fechado estéril, desconectando apenas quando houver suspeita de obstrução;
Manter a bolsa coletora em nível inferior ao da bexiga para evitar retorno;
Esvaziar a bolsa coletora a cada 8 horas e sempre que necessário; não se deve contaminar a
torneira de descarga;
Fazer a higiene íntima e passar anti-séptico no local duas vezes por dia;
Evitar cálculos urinários e sedimentos através de mudança de decúbito (para mobilizar a
bexiga) e hidratação (quando não houver contra-indicação).

Prevenir infecção respiratória


1. Em pacientes traqueostomizados deve-se:
Utilizar técnica correta da aspiração endotraqueal;
Passar PVP-1, diariamente, na pele, em volta da cânula;
Manter limpas e desobstruídas as cânulas internas e externas;
Trocar a cânula externa e a de plástico sempre que necessário;
Recomenda-se trocar diariamente a cânula metálica interna, da traqueostomia, o vidro
coletor e a borracha do aspira dor de secreção.

2. Em pacientes em inaloterapia, com nebulização e ventilação respiratória, deve-se:


Utilizar material esterilizado e individual e, na sua impossibilidade, material desinfetado;
Utilizar frascos estéreis na terapia respiratória;
Os frascos de sucção do aspirador devem ser esvaziados sempre que necessário ou,
rotineiramente, duas vezes por dia. A tubulação e o frasco de sucção devem ser substituídos
diariamente;
Trocar as conexões a cada 24 horas, quando usados sem interrupção.

3. Prevenir atelectasias através do alívio da dor, exercícios respiratórios, estimulo ao reflexo da


tosse, posicionamento adequado do paciente no leito, suspensão do fumo.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CIRÚRGICO

Considerações gerais
Os cuidados de enfermagem variam de paciente para paciente. Os procedimentos de
enfermagem serão baseados no atendimento às necessidades básicas do indivíduo e nas reações
psíquicas e físicas do paciente a essa situação.
Faz-se necessário que o paciente seja esclarecido sobre os procedimentos a serem realizados,
pois o simples fato de não saber “o que vai ser feito” pode torná-lo não cooperativo e inquieto.
Além da necessidade de atendimento às necessidades básicas o paciente cirúrgico requer
alguns cuidados específicos. Neste capítulo e nos demais, será abordada, de uma maneira geral, a
conduta de enfermagem perante moléstias e terapêuticas.

Assistência de enfermagem no pré-operatório


O preparo pré-operatório inicia-se na internação, terminando momentos antes da cirurgia. Tem por
finalidade:

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Proporcionar uma recuperação pós-operatória (PO) mais rápida e redução das complicações;
Diminuir o custo hospitalar e o período de internação.
Nas cirurgias de rotina, o preparo físico e psíquico inicia-se com alguns dias de antecedência
e, nas de emergência, momentos antes de encaminhar o paciente à sala de cirurgia (SO).
Todo paciente ou responsável deve assinar antes da cirurgia um termo de responsabilidade,
autorizando o hospital à realizar o procedimento cirúrgico. Essa autorização operatória tem
por finalidade:
Proteger o paciente contra uma cirurgia indesejada;
Proteger o hospital e sua equipe contra uma ação legal do paciente ou família sobre uma
cirurgia realizada sem consentimento.
A assistência de enfermagem no pré-operatório abrange o preparo psíquico -espiritual e o preparo
físico.

Preparo psíquico-espiritual
Explicar ao paciente a sua cirurgia e os exames na medida do possível;
Diminuir a sensação de medo da anestesia, cirurgia, dor, morte, do desconhecido e de
destruição da imagem física;
Orientar sobre os procedimentos e a importância da sua cooperação no pré e pós-operatório;
Explicar como irá retomar da cirurgia e que a enfermagem estará presente para atendê-lo em
qualquer anormalidade,
Apoiar psicologicamente o paciente, principalmente no dia da S0;
Transmitir sensação de calma e confiança, e ouvir com atenção os problemas do paciente;
Proporcionar um ambiente calmo e tranqüilo, favorecendo o equilíbrio psicológico e o
entrosamento com o ambiente hospitalar;
Atender a família, explicando resumidamente a cirurgia, como o paciente retomará da SO e
a importância da família em apoiá-lo nesse período;
Providenciar ou dar assistência religiosa, de acordo com a religião ou solicitação do
paciente.

Preparo físico
1. Inicial: utilizam-se recursos para melhor esclarecimento do diagnóstico e para adequar o estado
geral do paciente a cirurgia. Para tal, a enfermagem realiza exame físico, atentando para
determinadas condições que podem, atuar negativamente na cirurgia. Ex.: idade, outras doenças, -
quadro infeccioso;
Providencia e prepara o paciente para os exames laboratoriais e outros exames auxiliares no
diagnóstico controla os sinais vitais e outros; observa o equilíbrio hidroeletrolitico e o estado
nutricional; orienta, estimula e administra dietas adequadas, medicamentos, soros etc.;
Ensina exercícios respiratórios com frasco, principalmente aos que serão submetidos à
anestesia geral.
2. Para a cirurgia: objetiva remover as possíveis fontes de infecção e preparar o paciente para a
operação. Em geral, realiza-se no dia anterior à operação. Basicamente, os cuidados de enfermagem
são:
Verificar na lista de cirurgia quais os pacientes a serem operados, tipo de cirurgia, de
anestesia, horário, preparos especiais e de rotina;
Colher amostra de sangue em tubo com anticoagulante para tipagem sangüínea, se
necessário;
Observar e notificar sinais e sintomas de anormalidades ou alterações dos sinais vitais;

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Limpar a pele com banho completo no dia anterior; e, no dia da cirurgia, banho corporal
com troca de roupa;
Proceder à tricotomia da área operatória e barbear os pacientes do sexo masculino;
Manter unhas curtas, limpas e sem esmalte;
Iniciar o jejum após o jantar; - fazer a lavagem intestinal à noite, quando necessário.
3. Imediato:
Verificar se os preparos foram realizados na véspera;
Verificar e manter o jejum; comunicar anormalidades no estado geral do paciente;
Remover grampos de cabelos, maquiagem, goma de mascar;
Remover e guardar identificados: jóias, dentaduras, lentes de contato ou óculos;
Passar sonda vesical e SNG de acordo com o tipo de cirurgia e rotina da clínica (geralmente
realizam-se esses procedimentos na SO);
Após o aviso da 50 ou momentos antes do horário marcado deve-se:
Pedir para o paciente urinar espontaneamente quando não houver sonda vesical;
Retirar toda a roupa de uso pessoal e colocar camisola com a abertura nas costas;
Cobrir a cabeça com uma touca;
Deitar o paciente na maca;
Verificar e anotar TPRPA,
Aplicar a medicação pré-anestésica prescrita e checar;
Fazer as anotações;
Encaminhar o paciente com papeleta e prontuário para a SO.
Observação: A medicação pré-anestésica (MPA) é prescrita pelo anestesista, devendo ser
administrada 45 minutos antes da cirurgia, ou seja, momentos antes de encaminhar o
paciente para a cirurgia. Ela visa:
Reduzir a ansiedade do paciente, facilitando o efeito do anestésico. Ex. Demerol
(Dolantina), Dienpax (Diazepan);
Diminuir secreção, principalmente do trato respiratório, Ex: Atropina;
Reduzir as intercorrências alérgicas. Ex: Fenergan.

Assistência no intra-operatório
Por isso, o preparo da unidade varia de hospital para hospital, de cirurgia para cirurgia, mas,
basicamente, consiste em:
a) montar cama de operado;
b) esvaziar jarro de água;
c) colocar ao lado de leito o suporte de soro;
d) deixar na mesinha de cabeceira: 2 a 3 pacotes de gaze, aparelho de PA e estetoscópio (pode-se
colocar 1 cuba-rim, 1 seringa de 20 cc, extensão de sonda, coletores, ataduras de crepe, material de
aspiração etc.);
e) testar fluxometro do oxigênio.

Assistência de enfermagem no PO
Tem por finalidade detectar e prevenir a instalação das complicações pós- operatória e,
conseqüentemente, obter uma rápida recuperação. O paciente retomará a sua unidade sob efeito da
anestesia geral, raquianestesia, pendurar ou local.

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PO imediato (ao receber o paciente na enfermaria)


Transferir o paciente dá maca para a cama, mantendo o leito na posição horizontal ou de acordo
com a prescrição médica. No caso de anestesia raquidiana, manter o paciente em decúbito
horizontal por 24 horas; na anestesia geral, mantê-lo sem travesseiro (até o retomo da consciência) a
não ser que apresente SNG (neste caso, deixá-lo em ligeiro Fowler, a fim de prevenir esofagite de
refluxo);
Agasalhá-lo de acordo com a necessidade;
Manter a função respiratória:
a) observando os sinais de insuficiência respiratória: cianose, dispnéia, tiragem intercostal,
batimentos de asa de nariz, agitacão;
b) mantendo a fixação das cânulas (endotraqueal e traqueostomia);
c) ligando os respiradores artificiais e mantendo a cânula endotraqueal desobstruída através de
aspiração de secreção;
d) conservando a cânula de Guedel até que o paciente desperte, a fim de que não ocorra queda da
língua e, conseqüentemente, obstrução respiratória.
Observar nível de consciência, estado geral, quadro de agitação e outros comprometimentos
neurológicos;
Tranqüilizar o paciente e notificá-lo do local onde se encontra; perguntar se ele apresenta
alguma anormalidade. Não se deve tecer comentários indevidos perante o paciente
aparentemente inconsciente ou sonolento, pois a audição poderá estar presente;
Verificar anormalidades no curativo (secreção, sangue) e se há presença de hemorragia;
Observar funcionamento de drenos, sondas, cateteres e conectá-los às extensões;
Observar e controlar gotejamento de soro, sangue e derivados;
Verificar as anotações do centro cirúrgico e prescrição médica;
Controlar e anotar TPRPA freqüentemente, de acordo com a condição clínica do paciente;
Observar presença de anormalidades e complicações pós-operatórias, prestando os cuidados
específicos (ver a seguir);
Iniciar tratamento de pós-operatório especifico da cirurgia e da prescrição médica;
Promover conforto e segurança através de meio ambiente adequado, uso de grades na cama,
restrição das mãos (de acordo com o grau de agitação);
Comunicar as intercorrências, controlando-as com maior freqüência;
Registrar os dados observados e controlados.

PO mediato (nas horas e dias consecutivos)


Controlar TRPA freqüentemente, de acordo com a evolução clínica;
Controlar infusão venosa;
Observar funcionamento e controlar, quando necessário, os líquidos eliminados por sondas,
drenos etc.;
Controlar as anormalidades e complicações pós-operatórias;
Fazer mudança de decúbito de acordo com a evolução clínica;
Aspirar SNG de 2/2 horas ou de acordo com a necessidade;
Avaliar periodicamente a cessação do efeito anestésico;
Iniciar a partir do 1º PO (em geral);
a) deambulação precose;
b) exercícios respiratórios com frascos ou aparelhos;
c) banho no leito ou ajudar a encaminhá-lo ao chuveiro;
d) troca de curativo;
e) estimular aceitação da dieta.

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Orientar paciente e família para a alta: importância do retomo ao hospital ou consultório


médico para controle, cuidados a serem dispensados no domicílio.

Procedimentos de enfermagem
Avaliar tipo, local, intensidade e duração da dor;
Promover, quando recomendado, mudança de decúbito e massagem de conforto;
Tranqüilizar o paciente e tentar eliminar a causa da dor: afrouxar curativos, apertados (se
não houver contra-indicação), verificar presença de retenção de urina e gases etc.;
Administrar o analgésico prescrito (quando outras medidas não surtiram efeito) e observar o
efeito do medicamento;
Anotar características da dor (local e tipo), providências tomadas e checar a medicação.
2. Alterações da temperatura: quando o paciente retoma da SO, em geral apresenta-se
hipotérmico: devido à depressão do sistema nervoso decorrente da droga anestésica. Com o passar
das horas, poderá haver hipertermia decorrente da agressão tissular provocada pela incisão
operatória.
hipotermia: aquecer o paciente, acrescentando mais cobertores, ligar aquecedor, fechar janelas.
Não aplicar bolsa de água quente devido ao perigo de queimadura por diminuição da sensibilidade
dolorosa. Controlar com maior freqüência a temperatura corporal;
hipertermia: retirar cobertores, desligar aquecedor, aplicar compressas frias (na frente, região
axilar e inguinal), medicá-lo conforme prescrição. Controlar com maior freqüência a temperatura
corporal e a instalação de quadro convulsivo.
3. Náuseas e vômitos: é um sinal comum após o paciente recobrar a consciência, mas torna-se
grave se persistir por mais de 3 dias.
Pode ocorrer devido ao acumulo de líquido e restos alimentares no trato digestivo, decorrente de
diminuição do peristaltismo, efeito colateral das drogas anestésicas, dissensão abdominal.

Colocar o paciente com a cabeça voltada lateralmente, deixando-se uma cuba-rim para
recolher o material do vômito. Na ausência da cuba-rim, aparar o vômito com o lençol de
cabeceira da cama do operado;
Proceder a aspiração da SNG a fim de esvaziar a cavidade gástrica;
Lavar a boca após o vômito e manter ambiente limpo e com odor agradável;
Medicar conforme prescrição (Plasil ou Dramim);
Anotar quantidade, aspecto e providências tomadas.
Sede: é a sensação de ressecamento da boca e faringe decorrente da ação inibidora de secreções da
Atropina (utilizada como MTA), perdas sangüíneas perda de líquidos através de sudorese excessiva,
hipertermia e cavidade exposta durante o ato operatório.
Observar sinais de desidratação através de turgor da pele, diurese, alteração da PA, sonolência e
outros;
Verificar jejum para manter uma hidratação VO ou EV;
Umidificar boca e lábios e realizar higiene oral nos pacientes impedidos de hidratar-se por VO.
Soluços: são esparmos diafgmáticos internitentes provocados pela irritação do nervo frênico, mas
de etiologia desconhecida.
No PO, a causa mais comum é por dissensão abdominal e hipotermia.
Eliminar as causas: aquecer o paciente, fazer mudança de decúbito, aspiração ou lavagem gástrica,
estimular deambulação etc.;
Fazer o paciente inspirar e expirar com um saco de papel (porque o dióxido de carbono
diminui a irritação nervosa);
Comprimir com os dedos as dobras oculares com as pálpebras cerradas durante alguns
minutos;

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Clínica Cirúrgica II

Executar a prescrição médica, tais como a administração da Atropina e inalação com


dióxido de carbono;
Ajudar o médico na infiltração local com Procaína 1%, mudança do tubo de drenagem e
outros;
Preparar e encaminhar o paciente para a SO, a fim de se submeter ao esmagamento do nervo
frênico (último recurso).
4. Choque: é um quadro grave, cujo prognóstico depende da rapidez do atendimento. No PO, o
choque mais comum é o hipovolômico ou hemorrágico, decorrente da perda sangüínea excessiva e/
ou reposição inadequada durante ou após a operação.
Os sinais e sintomas são: pulso taquicárdico e filiforme, hipotensão arterial, dispnéia, cianose das
extremidades, palidez, sudorese fita, hipotermia, agitação, oligúria.

Procedimentos de enfermagem
Avisar imediatamente o responsável (médico, enfermeira-chefe) da presença da hipotensão arterial
e pulso filiforme, não esquecendo de comparar com os dados anteriores-,
Controlar com maior freqüência TPRPA,. principalmente P e PA;
Controlar PVC que estará abaixo do valor normal,
Observar focos hemorrágicos (incisão operatória, drenos, cateteres, sondas etc.), fazendo
curativo compressivo, se necessário;
Ligar SG 5%, caso não esteja em venóclise, pois com a progressão do choque torna-se
difícil, puncionar uma veia devido à vasoconstrição;
Colher amostra de sangue e encaminhar ao banco de sangue para a tipagem;
Aquecer o paciente, elevar os MMI. e manter o decúbito dorsal.
Administrar os medicamentos prescritos e manter as infusões venosas (soro com eletrólitos,
sangue e seus derivados),
Passar sonda vesical, se necessário, para controle de volume a fim de detectar anúria;
Preparar material de emergência e outros, de acordo com a evolução clínica do paciente.

5. Alterações pulmonares: a atuação de enfermagem deve estar voltada para a sua prevenção; após
a sua instalação e de acordo com a evolução, o paciente é encaminhado à terapia intensiva.
As principais complicações são: atelectasias: a obstrução do brônquio através de secreções ocasiona
colabamento dos alvéolos pulmonares;
Broncopneumonia (Bcp): afecção pulmonar provocada por aspiração de vômito ou
alimentos, estase pulmonar, irritação por produtos químicos ou infecção por
microrganismos;
Embolia pulmonar: obstrução da artéria pulmonar ou de seus ramos através de êmbolos.

Procedimentos de enfermagem
Estimular a movimentação no leito e a deambulação precoce;
Incentivar exercícios respiratórios com Bird ou frascos,
Fazer tapotagem após mudança de decúbito e exercício respiratório;
Estimular a tosse e expulsão da secreção broncopulmonar,
Manter a cabeça do paciente voltada lateralmente na presença de vômito
Aspirar secreção endotraqueal sempre que necessário, através da intubação ou
traqueostomia,
Manter material de oxigenação pronto para atendimento de emergência;
Manter nebulização contínua, inalação, oxigenioterapia e administração de expectorantes, de
acordo com a orientação médica;

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Manter hidratação adequada a fim de fluidificar secreções e, conseqüentemente, facilitar a


sua expulsão;
Atentar para as alterações da respiração e temperatura,
Evitar infusão venosa nos MMII (prevenção de embolias).

6. Alterações urinárias: pode ocorrer anúria, oligúria, infecção retenção e incontinência urinaria.

Procedimentos de enfermagem
Na infecção urinária:
Obedecer a técnica asséptica ao passar a sonda vesical,
Utilizar somente extensões ou conectores esterilizados;
Manter a higiene íntima;
Observar e controlar hipertermia, presença de disúria;
Observar características da urina: turva, com odor fétido, presença de secreção;
Administrar o anti-séptico urinário ou antibiótico prescrito;
Fazer a lavagem vesical de acordo com a prescrição médica, nos casos de infecção
Colher amostra para urucultura e antibiograma.
Na anúria e oligúria (presentes na insuficiência renal aguda, choque, hipovolemia, distúrbios
hidroeletrolitico):
Controlar diurese (de 24 horas, a cada 1 ou 2 horas ou minuto);
Administrar líquidos VO ou EV nos casos de desidratação;
Restringir líquidos no caso de edema,
Administrar diuréticos de acordo com a prescrição médica,
Controlar PVC e PA para detectar hipovolemia;
f) observar sinais de confusão mental, pois poderá ser um indício de uremia;
g) preparar paciente para diálise peritonial ou hemodiálise (quando indicado).
Na retenção urinaria: ocorre mais freqüentemente nas cirurgias abdominais. A enfermagem deve
diferenciá-la da anúria, palpando-se a parte inferior do abdome, onde sentirá a presença da bexiga
distendida (bexígoma). Para promover a eliminação da urina retida recomenda-se.
a) auxiliar o paciente a sentar-se (quando não houver contra-indicação), pois essa posição facilita a
micção;
b) fazer higiene íntima com água morna;
c) abrir a torneira próximo ao leito do paciente, pois o som ou a visão de água corrente relaxa o
espasmo do esfíncter urinário;
d) colocar bolsa de água quente sobre o abdome, compressas quentes no períneo;
e) promover a privacidade do paciente: fechar a porta, evitar abri-Ia constantemente (orientar o
paciente a tocar a campainha quando urinar ou necessitar de auxílio), cercar a cama com biombos;
f) orientar o paciente sobre a importância da eliminação da urina retida;
g) medicar para dor, pois esta dificulta o relaxamento esfíncter, necessário para a micção;
h) passar, sob prescrição médica, sonda vesical de alívio quando outras medidas falharam. Anotar o
procedimento, controlar volume drenado e características.

7. Alterações gastrintestinais: as mais comuns são constipação intestinal, dissensão abdominal e


obstrução intestinal.
A constipação intestinal é causada pelo efeito colateral do anestésico, imobilidade prolongada,
medo da dor. Pode provocar, além da retenção das fezes, dor ou desconforto abdominal é
flatulência.

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Procedimentos de enfermagem
Estimular ingestão de líquidos (água, chá, sucos de frutas) para amolecer as fezes endurecidas;
Oferecer e estimular a aceitação de alimentos ricos em celulose (verduras, legumes, frutas
com bagaço)
Evitar a imobilidade através da movimentação no leito e deambulação, que tem por
finalidade facilitar o retomo do peristaltisrno,
Administrar a medicação laxante prescrita no período noturno,
Orientar o paciente sobre os procedimentos a adotar, inclusive no que se refere ao hábito
do funcionamento intestinal após o desjejum;
Orientar sobre a importância da evacuação, tentar diminuir o medo e a ansiedade;
Proceder à lavagem intestinal quando outras medidas falharam.
A obstrução intestinal ocorre com maior freqüência nas cirurgias abdominais com o trânsito
intestinal interrompido ou paralisado devido às aderências inflamatórias, Introdução da alça
intestinal no trajeto da drenagem etc. Caracteriza-se por estagnação do conteúdo intestinal,
produzindo vômito de odor fétido e distensão abdominal.

Passar SNG e proceder a aspiração;


Procedimentos de enfermagem:
Observar retomo da lavagem intestinal (em geral, é de cor clara, sem ou com pouca
quantidade de fezes);
Controlar P e PA com freqüência para detecção precoce do choque;
Preparar o paciente para uma provável cirurgia.

Alterações da ferida operatória


a) Hemorragia
Interna: um dado significativo é a formação de hematoma, que poderá interferir no processo de
cicatrização,
Externa: é a saída de sangue através da ferida operatória.
Procedimentos de enfermagem
Fazer curativo compressivo,
Observar presença de sangramento nos curativos e na roupa de cama;
Observar e notificar sinais de choque hemorrágico,
Prevenir e tratar o choque hemorrágico.
b) Infecção: as causas são várias, tais como a falta de assepsia na SO, preparo da pele inadequado
no pré-operatório, técnica de curativo errado, falha de técnica cirúrgica.
Procedimentos de enfermagem:
Observar os princípios da técnica do curativo,
Estimular ingestão adequada de proteínas e vitamina C;
Observar sinais de infecção: processo inflamatório (intumescimento, sensibilidade e
hipertermia da ferida), saída de secreção purulenta, hipertermia;
Manter o local cirúrgico limpo: sem secreção, sujidades, coágulos;
Colher material para cultura; -.iniciar antibioticoterapia. ,

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AFECÇOES DO APARELHO DIGESTIVO

Megaesôfago
Patogenia
O Trypanosoma cruzi lesa os plexos mioentéricos provocando rompimento da cadeia, funcional
entre o peristaltismo da musculatura esofágica com os movimentos de abertura e fechamento da
cárdia. Dessa forma, inicia-se a retenção progressiva do bolo alimentar no esôfago, produzindo
contrações fortes e irregulares (devido à excitação permanente da musculatura), mas ineficazes.
Com a evolução da doença, ocorre atonia completa do esôfago acompanhada por acentuado
alongamento e dilatação do órgão.

Sinais e sintomas
O quadro clínico clássico é disfagia, vômito, dor e sialorréia.
Disfagia: é a principal manifestação pode se instalar subitamente ou progressivamente, sendo mais
acentuada para alimentos sólidos A melhora ocorre após a ingestão de grande quantidade de água
após as refeições, pois o alimento ou passa para o estômago, ou é regurgitado;
Vômito: é mais freqüente sob a forma de regurgitação esofãgica, não sendo precedido de náuseas.
A regurgitação ocorre com maior freqüência na posição deitada ou inclinando-se o corpo para
frente;
Dor: geralmente devida à esofagite, diminuindo, com a regurgitação ou com a passagem do
alimento para o estômago. Pode apresentar-se de forma intensa, localizada no espigástrio ou com
irradiação para cima ou para trás;
Sialorréia a irritação constante do esôfago pelos alimentos parados repercute de maneira reflexa
sobre as glândulas salivares, que aumentam de número e em função;
Emagrecimento: devido à disfagia, o paciente diminui a ingestão de alimentos, podendo chegar até
à caquexia.

Tratamento
Objetiva diminuir a disfagia e a esofagite através de:
Lavagem do esôfago com sonda de Fouchet;
Não ingestão de alimentos sólidos e irritantes;
Administração de antiácidos (Hidróxido de Aluminio ete.) para proteger a mucosa
esofágica;
Administração de antiespasmódicos (Buscopan) para dinúnuir a dor provocada pelas
contrações;
Dilatação da cárdia através do dilatador de balão pneumático. A passagem pode ser feita
através de uma das narinas ou por incisão operatória no estômago, introduzindo-se o balão
em direção à cárdia. Quando o balão situar-se na cárdia, enche-se o balão com ar ou água,
esvazia-se o conteúdo e refira- se o dilatador.
Cirúrgico:
gastrostomia: atualmente não é muito utilizada, a não ser provisoriamente;
cardiomiectomia: retira-se fita muscular. Como os músculos possuem inervação, o esfíncter, após
a cirurgia, permanece constantemente aberto. Para evitar esofagite de refluxo, indica-se a
fundoplicatura, que consiste em uma cobertura do fundo do estômago no esôfago, mantendo assim a
parte inferior do esôfago mais ou menos fechada.

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Úlcera gastroduodenal
Sinais e sintomas
Dor: é o principal sintoma. Localiza-se no epigástrico (entre o apêndice xifóide e o umbigo),
piorando após a ação dos fatores agressivos e podendo apresentar-se sob a forma de azia (sensação
de queimação). A dor da úlcera gástrica inicia-se e não melhora. com a ingestão de alimentos; na
duodenal ocorre melhora logo após a ingestão de alimentos;
Náuseas e vômitos: a náusea é mais freqüente do que o vômito e de maior incidência na úlcera
gástrica,
Sialorréia e eructações: devido à deglutição constante de saliva e ar, o paciente apresenta
eructações freqüentes,
Apetite: pode estar diminuído na gástrica, devido ao medo da dor, e por isso o paciente tende a
emagrecer. O paciente com úlcera duodenal, como ingere alimentos com freqüência para diminuir a
dor, poderá aumentar de peso;
Obstipação intestinal: devida ao efeito colateral da medicação antiácida.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico: é pouco esclarecedor, exame radiológico: é o melhor meio
diagnóstico, sendo feito RX contrastado através do bário; prova de histalog: o histag assemelha-se à
histamina e é injetado na cavidade gástrica através da SNG (sonda naso-gástrica). Sua finalidade é
estimular as glândulas gástricas, e, com isso, colher amostra para dosagem do HCI (ácido
clorídrico); exame citológico do suco gástrico para diagnóstico diferencial do câncer; gastroscopia:
usado para o diagnóstico diferencial do câncer, como também nos casos não visíveis ao RX.
Consiste na Introdução, pelo operador, do fibroscópico no estômago com a finalidade de estudar a
mucosa gástrica.
Complicações
As principais são a perfuração, obstrução pilórica, hemorragia.

Tratamento
Dieta branda ou normal (sem alimentos irritativos ou estimulantes da secreção gástrica) em
quantidade normal;
Drogas antiácidas – Aldrox, Hidróxido de Alumínio, Droxaine, Leite de Magnésia;
Drogas anticolinérgicas que reduzem a secreção ácida (Pro-banthine);
Drogas inibidoras da histamina (Tagamet, Ulcimed).
Cirúrgico: indica-se nos casos de úlceras que não se cicatrizam após o tratamento e nas recidivas.
As mais utilizadas são:
Gastrectomia parcial sem anastomose com o duodeno;
Gastrectomia total com anastomose esôfago-jejuno;
Billroth I, que é a retirada de 1/3 a 1/2 do estômago e anastomose com o duodeno;
Biliroth II, que consiste na remoção do segmento distal do estômago e duodeno (poderá
não ser retirado) e anastomose com o jejuno;
Vagotomia seletiva: consiste lia secção do nervo vago, que estimula a secreção gástrica.

Câncer gástrico
É um tumor maligno que incide com maior freqüência no sexo masculino da faixa etária de 40 a
60 anos. Sua etiologia é desconhecida, mas supõe-se que existem ,fatores predisponentes que são:
Hereditariedade;
Estados pré-cancerosos: úlcera gástrica, gastrite e tumores benignos.

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Sinais e sintomas
Sensação de desconforto gástrico após as refeições (plenitude gástrica) e azia;
Eructações;
Anorexia- é um dado significativo para diferenciá-lo da úlcera gastroduodenal;
Sialorréia;
Emagrecimento acentuado,
Dor de caráter indefinido, em geral no epigástrio;
Alterações da função intestinal: prisão de ventre ou diarréia;
Hematemese e/ou melena,
Presença de massa tumoral no epigástrio.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico: são dados significativos o emagrecimento, anorexia e massa
abdominal palpável;
RX:
Gastrocopia,
Gastrocamera consiste na Introdução no estômago de um aparelho dotado de lente, câmara
fotográfica e flasch. A finalidade é fotografar o interior gástrico, podendo –se também
introduzir uma pinça e proceder à biópsia de determinado ponto;
Dosagem da acidez gástrica em geral o paciente;
Exame citológico do suco gástrico para detectar células cancerígenas,
Ultra- sonografia demonstra o contorno da tumoração.

Tratamento
É cirúrgico, realizando–se a gastrectomia total ou subtotal, extirpação das áreas de metástases
com restabelecimento do trânsito gastrintestinal a Billroth I ou II . Pode ser feita
concomitantemente a quimioterapia e/ou radioterapia.

Apendicite aguda
É uma afecção do apêndice vermiforme, que acomete principalmente os jovens. As causas que
induzem à doença são as erosões parasitárias, presença de corpos estranhos (por exemplo,
sementes), doenças exantemáticas, infecção por Streptococos.
Patogenia
Há 4 tipos de apendicite:
Catarral aguda: com edema e hiperemia da parede,
Supurativa: provocada por germes anaeróbios ou por oclusão vascular, apresenta áreas de
necrose,
Por obstrução da luz: existe um perigo maior de perfuração, pois os germes se proliferam
rapidamente nessa cavidade fechada, que está aumentada após a obstrução.

Sinais e sintomas
Dor súbita abdominal, a seguir localizando–se na fossa ilíaca direita;
Hipertermia oscilando de 37,5 a 38º C;
Náuseas e vômitos.
Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico: com dor á palpação e hiperestasia da pele na fossa ilíaca direita,
Hemograma: presença de leucocitose,

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Tratamento
Clínico: bolsa de gelo no quadrante inferior direito; antibióticos;
Cirúrgico: apendicectomia.

Câncer de colo
É um dos cânceres do aparelho digestivo de menor malignidade, sendo mais freqüente entre 40
e 70 anos, no sexo masculino.
Sintomatologia
Alteração do hábito intestinal: obstinação intestinal ou diarréia;
Dispepsia, plenitude e dissensão abdominal, eructação, dor de intensidade variável,
Queda do estado geral com emagrecimento e anemia;
Fezes com muco e sangue;
Tenesmo,
Massa tumoral na fossa ilíaca direita.

Meios diagnósticos
Ananmese e exame físico: o médico não deve descartar a possibilidade de câncer, se o paciente
for de idade superior a 40 anos e apresentar diarréia rebelde ao tratamento e presença de fezes com
sangue;
Toque retal: metade dos cânceres cálidos e retais descobre-se através do toque;
Reto-sigmoidoscopia: utilizado para avaliar a extensão do tumor e áreas de metástases e
colher material para exame anátomo-patológico;
Exame radiológico: no enema opaco observa-se uma falha do enchimento no local do
tumor;
Hemograma: observa-se a diminuição dos critrácitos e hemoglobina, e aumento de
leucócitos;
Ultra-sonografia: demonstra o contorno da tumoração.

Tratamento
Clínico:
Radioterapias
Quimioterapia;
Medidas para melhorar o estado geral: dieta hiperprotéica e hipercalórica, medidas para
corrigir a anemia;
Administração de medicamentos para combater os sinais e sintomas.
Cirúrgico: extirpação da área tumoral e de metástases.

Hipertensão Portal
Segundo Okumura, (Zerbini, 1979) "denominamos hipertensão portal uma síndrome
caracterizada pelo aumento da pressão no sistema porta, em conseqüência de um obstáculo intra ou
extra-hepático, ao seu fluxo sangüíneo".
Patogenia
Normalmente a pressão portal é de 6 a 14 em de água; na hipertensão portal ela deverá estar acima
de 24 em de água.
A moléstia é decorrente de obstáculos:
Pré-hepáticos por estenose ou trombose dos ramos da veia porta;
Hepáticos: no Brasil é a causa mais comum, sendo devida à fibrose esquistossomótica e cirrose de
Laennec (ou alcoólica);

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Pós-hepáticos: por trombose da veia supra-hepática (síndrome de Budd Chiari), pericardite


constritiva, insuficiência tricúspide, compressões extrínsecas por tumores.
Sinais e sintomas
Caracterizam-se pela tríade:
Hepatoesplenomegalia: o fígado e o baço aumentam devido à congestão sangüínea.
Hemorragia digestiva a congestão sangüínea dos vasos do esôfago e estômago determinam o
aparecimento de varizes esofágicas e/ou gástricas. A diminuição da protrombina, varizes e
hipertensão portal determinam o rompimento das veias, ocorrendo hematemese e melena.
Ascite e edema: devido ao congestionamento de sangue na área abdominal, albuminemia,
(provocando queda da pressão oncótica) e aumento de estrógenos (ocasionando retenção de sódio e
água), ocorrera acumulo de líquido na cavidade abdominal.
Além dessa sintomatologia clássica o paciente poderá apresentar:
Anorexia, náuseas, vômitos, astenia, anemia;
Eritema palmar e teleangectasia ou spider: a alteração dos elementos da coagulação e aumento
de estrógenos circulantes favorecem as fistulas artério-venosas e fragilidade capilar,
Ginecomastia: a alta taxa de estrógeno determinam diminuição de pêlos e aumento dos órgãos
sexuais;
Presença de circulação colateral devido à congestão abdominal
Icterícia: por aumento de bilirrubina circulante, pois diminui-se a excreção da bile e aumenta-se a
hemólise dos. glóbulos vermelhos pelo baço,
Encefalopatia: devido ao aumento da amonia circulante.
Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico;
Arteriografia: consiste na Introdução de contraste pela artéria femoral, tendo por objetivo
visualizar o trajeto dos vasos abdominais;
Esplenoportografia: através da punção no 10.0 espaço intercostal esquerdo, é introduzido o
contraste, obtendo-se radiografias contrastadas do sistema porta (ver fig. 3.6);
Endoscopia: a esofagoscopia tem por finalidade descobrir a presença de varizes do esôfago;
Biópsia hepática: é a retirada de um fragmentado fígado, com o objetivo de pesquisas ovos de
Schistosoma ou granulomas;
Exames de fezes para pesquisa de esquistossomose;
Exame de sangue: hermograma, coagulograma, proteínas, bilirrubina. BSP (para verificar a
capacidade de excreção do fígado), TTA (teste de tolerância à amônia), TGO e TGP (enzimas
hepáticas), Hbs (para pesquisar presença de antígeno a Hepatite tipo B).

Tratamento
Repouso no leito;
Transfusão sangüínea para compensar perdas sangüíneas
Vitamina K I.M. para ajudar na formação da protrombina;
Venóclise acrescido de vitaminas C e do Complexo B;
Nos sangramentos esofágicos é indicado lavagem gástrica com água gelada, enteroclisma,
bolsa de gelo, sobre o tórax. Quando o sangramento persiste passa-se o balão esofágico ou
sonda de Sengstaken - Blakemore que consta de 3 vias de saída:
Via para insuflar o balão gástrico
Via para insuflar o balão esofágico;
Via digestiva para administrar medicamentos e alimentos líquidos.
Atropina para diminuir a secreção gástrica e salivar;
Oxigenioterapia,

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Administração de antiácidos, - nos casos de agitação, não sedar com barbitúricos por serem
hepatotóxicos,
Neomicina por VO ou por lavagem intestinal com a finalidade de destruir as bactérias
entéricas que transformam as proteínas em amônia,
Dieta hipoprotéica e hipossódica: a hipoprotéica e para diminuir a probabilidade de
formação de amônia e a hipossódica, para diminuir o volume,
Albumina EV para diminuir ascite e edema por aumentar a pressão oncótica,
Diuréticos , Lasix, Edecrin,
Paracentese abdominal: é a Introdução de uma agulha de punção ou intracather na região
abdominal com a finalidade de drenar o líquido ascítico.

Cirúrgico:
Combater as varizes esofágicas: para esse fim, as cirurgias mais utilizadas são as operações
de Bocrema-Cryle Jr. (consiste no chuleio das varizes), esplenectomia, esplenectomia com
desconexão ázigo-portal ou cirurgia de Welch (desconectando-se a veia ázigo da porta,
cessa o sangramento digestivo, pois diminui a estase venosa no sistema ázigo). As
esplenectomias são condenadas por alguns, pois prejudicam uma futura cirurgia definitiva;
Diminuir a pressão no sistema porta através da redução do fluxo portal, evitando assim as
recidivas de hemorragia e ascite. As operações mais realizadas são as anastomoses porto-
cava (consiste na derivação da veia porta para a veia cava inferior) e anastomose espleno-
renal (consiste na derivação da veia esplênica para a veia renal);
Diminuir a ascite através da colocação da válvula de Le Veen: é um sistema de drenagem
peritônio jugular, corri drenagem contínua do liquido ascítico para o sistema venoso.

AFECÇÕES DA VESÍCULA E VIAS BILIARES


As afecções mais comuns são as colecistites e cálculos biliares, mais predominante no sexo
feminino, na idade de 20 a 50 anos e nas pessoas de vida sedentária.
Principais terminologias:
colecistite: inflamação aguda ou crônica da vesícula conseqüente a um processo irútativo químico,
seguido ou não de infecção;
cálculos biliares: formações constituídas pelos elementos sólidos da bile (bilirrubina, cálcio,
colesterol etc.), variando de forma e tamanho;
colelitíase: cálculos situados na vesícula biliar;
coledocolitíase: cálculos situados no canal colédoco.

Patogenia
Geralmente as colecistites são acompanhadas de cálculos nas vesículas ou nas vias biliares.
Acredita-se que os cálculos são formados devido a 3 fatores:
discolia: por alteração da composição da bile, estase vesicular:, devido a várias causas (estenose
colecística; obesidade, sedentarismo, gravidez) a bile permanece um tempo maior na vesícula,
aumentando a concentração dos sais biliares;

Inflamação: o refluxo do suco pancreático provoca alterações inflamatórias da vesícula, alterando a


capacidade de absorção, modificando o equilíbrio de sais minerais.

Sinais e sintomas
Dor com espasmos: aparece com maior freqüência após a ingestão de ovos e alimentos
gordurosos e frituras.

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Náuseas e vômitos: em geral estão presentes na crise biliar,


Icterícia: aparece quando existe obstrução dos canais de escoamento da bile, febre em torno de
38'C,
Colúria: em decorrência do aumento da bilirrubina excretada pela urina.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico,
colecistografia: é o RX contrastado das vias biliares e vesícula; RX simples do abdome,
Exame de urina: com presença de pigmentos biliares e aumento de urobilinogênio;
Exame de sangue: bilirrubina, dosagem de sódio, cloro e potássio,, colesterol, fosfatase alcalina.

Tratamento
sonda nasogástrica: a fim de evitar a dissensão abdominal e a passagem do conteúdo gástrico para
o duodeno, com conseqüente estímulo sobre a vesícula;
Jejum se necessário (na fase aguda).
Plasil IM ou EV para combater náuseas e vômitos,
Antiespasmódico para diminuir a dor espasmódica,
Antibióticos de amplo espectro;
Soro com eletrólitos para repor as perdas provocadas pelo vômito,
Sangue e plasma;
Vitamina K para os casos de diminuição de protrombina,
Dieta hipogordurosa após a melhora do quadro.
Cirúrgico:
Colecistectomia: extirpação da vesícula;
Colecistostomia: abertura da vesícula para retirada dos cálculos;
Coledostomia: incisão no colédoco para extirpação dos cálculos.

Pancreatite aguda
É um processo inflamatório do pâncreas provocado pela autodigestão do parênquima através do
suco pancreático extravasados dos ductos.

Patogenia
O alcoolismo e a doença biliar são as causas mais freqüentes da pancreatite.

Sinais e sintomas
Dor: é o sintoma mais freqüente e o primeiro a aparecer. Apresenta-se em forma de cólica ou de
dor contínua no cpigástrio com irradiação para os hipocôndrios e região lombar. Quando a dor for
muito intensa pode levar a um quadro de choque;
Náuseas e vômitos;
Soluço: devido à reação inflamatória no diafragma;
Dissensão abdominal: devido ao ileo adinâmico ocorre retenção de gases e fezes,
Quadro de choque: ocorre nos casos graves indicando necrose e hemorragia; icterícia e colúria:
nos casos de pancreatite de origem biliar; febre em torno de 38'C-,
Episódios psicóticos nos pacientes alcoólatras.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico: a dor é o sintoma principal e o paciente refere dor à palpação no
cpigástrio e hipocôndrios,

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Exame de sangue: apresenta aumento da amilase, lipase e glieose e diminuição de cálcio e


potássio;
Exame radiológico;
Exame de urina: volume urinário diminuído e aumento da taxa de pigmentos biliares e
urobilinogênio.

Tratamento
É basicamente clínico e tem por objetivo: sedar a dor através de barbitúricos, infusão venosa de
Novocaína, antiespasmódicos; diminuir a secreção grandular através de:
a) jejum, passagem de sonda nasogástrica, aspiração de conteúdo gástrico e lavagem gástrica: estas
medidas visam diminuir a excitação alimentar e hormonal do pâncreas.
b) repouso no leito,
c) administração de Atropina; neutralizar a tripsina através de Trasylol, Pancreozimina ou
pancreatina, corrigir o desequilíbrio hidroeletrolitico através da administração de soro fisiológico ou
SG 5% associado a vitamina C, Complexo B, cloreto de potássio, cloreto de sódio; combater o
choque com administração de plasma, sangue, oxigenioterapia, drogas hipertensivas, combater a
infecção com Cloranfenicol, Cefalosporina. O tratamento cirúrgico somente será indicado nas
obstruções de origem biliar, e após a fase aguda, realiza-se a colesistectomia.

Pancreatite crônica
Caracteriza-se por crises de pancreatite aguda associada a alterações da função endócrina e
exócrina do pâncreas. A causa mais comum e alcoolismo.

Sinais e sintomas
a) Na crise é semelhante a pancreatite aguda,
b) fora da crise. Dor constante, com freqüência á noite, com o paciente sentando e fletindo o tronco
e colocando a mão sobre o epigástrico. Alterações gastrintestinal náuseas, vômitos, flatulência,
intolerância alimentar, constipação, diarréia com ou sem esteatorréia (fezes com gordura).
Emagrecimento e inapetência.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico: é pobre em dados, sendo a esteatorréia o sintoma mais freqüente e
característico;
Exame de sangue: amílase, teste de tolerância a glicose, glicemia,
Exame de fezes: revela grande quantidade de gorduras nas fezes;
RX simples e contrastado;
Esplenoportografia.

Tratamento
Clínico é precário, mas recomenda-se
Fase aguda, procedimento semelhante ao da pancreatite aguda;
Fora da crise;
Administração de insulina e dieta hidrogordurosa;
Administração de pancreatinina e dieta hipogordurosa,
Controle da dor.
Cirúrgico;
Operações sobre o trato biliar quando a etiologia for a doença biliar,
Anastomose entre o canal de Wrsung e o intestino,
Pancreatectomia total ou parcial.

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Colostomia
E a exteriorização de uma porção do cólon na parede abdominal, criando uma abertura para
saída de fezes, temporária ou permanente.
Finalidade: promover a salda dos produtos intestinais não aproveitados.
Tipos:
1. simples: possui urna boca ou abertura;
2. dupla: há 2 bocas, a próxima (para o funcionamento do cólon) e a distila (é irrigada
periodicamente para a manutenção da limpeza e retirada do muco).
Consistência da evacuação: fezes pastosas e moldadas, podendo-se "educar" a evacuação.

Cuidados de enfermagem:
1 .Trocar a bolsa de colostomia fechada sempre que necessário, ou seja, ao se encher de fezes, ao se
descolar;
2. Esvaziar a bolsa de colostomia drenáveis do tipo "Karaya", retirando o clamps, limpar a bolsa e
recolocar o elarnps;
3. Limpar o local com líquido de Dakin ao trocar a bolsa e após a higiene local. A partir do 7º PO
lavar apenas com água e sabão sem esfregar;
4. Passar tintura de Benjoim na área aderida à parte gomada da bolsa (se a pele não estiver irritada)
5. Deixar tomar sol no - local irritado da colostomia após a limpeza,
6. Colocar pedaços de carvão vegetal tabletes de clorofila no interior da bolsa para diminuir o odor,
7. Orientar para evitar alimentos que aumentam o odor e a formação de gases: repolho, cebola,
couve-flor, nabo, peixe, ovo, feijão, cerveja,
8. Estimular ingestão de alimentos que diminuem o odor: espinafre, salsa, iogurte;
9. Estimular hidratação, pois há maior quantidade de água nas fezes;
10. Controlar e anotar freqüência e características da evacuação;
11. Apoiar psicologicamente tanto no pré como no pós- operatório;
12. Fazer a irrigação da colostomia quando indicado: esvaziamento do cólon, prevenção da
obstrução intestinal e educação sobre o controle da colostomia;
13.Orientar o paciente a cuidar de sua colostomia, supervisionando esses cuidados
14.Orientar o paciente sobre os Centros de Assistência aos Colostomizados.

Ileostomia
É a exteriorização de uma porção do íleo na parede abdominal.
Finalidade: promover a saída de produtos não aproveitados após a remoção cirúrgica do cólon.
Consistência da evacuação: inicialmente é constante a saída de fezes liquidas amarela, verde ou
marrom; com o passar do tempo, o intestino delgado começará a absorver água e consequentemente
as fezes serão semi - sólidas (dependendo do tipo de ileostomia). ,
Cuidados de enfermagem:
1 .Atentar para as irritações cutâneas que são mais freqüentes devido a fezes ricas em enzimas;
2. pode-se passar pasta de alumínio nos locais lesados;
3. atentar para os sinais de desidratação, pois as fezes são mais liquidas que as da, colostomia;
4. estimular ingestão de líquidos e em alguns casos, de alimentos com maior teor de sal;
5. dispensar os mesmos cuidados da colostomia.

Coto perenal
É a exteriorização de uma porção do intestino através do orifício anal; e provisório, sendo feita
uma amputação 15 dias após.
Finalidades: é urna das etapas da cirurgia sendo que o paciente evacua através desse coto.
Consistência da evacuação normal.

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Cuidados de enfermagem:
1. fazer a limpeza do coto com água e sabão diariamente e sempre que necessário,
2. fazer a anti-sepsia com líquido de Dakin;
3. proteger o, coto com gaze vaselinada, envolvendo-o com compressas e fixar;
4. observar áreas de necrose, coloração, sangramento e secreções;
5. estimular higiene intima e banho de assento;
6. orientar a não deitar ou sentar sobre o coto, pois a compressão ocasiona necrose do coto e
conseqüentemente o fracasso da cirurgia;
7. controlar e anotar freqüência e características das fezes;
8. encaminhar para a SO para a amputação do coto, prestando os cuidados pré - operatórios gerais.

Gatrostomia
É uma sonda introduzida no estômago através de um ofício na parede abdominal, podendo ser
definitiva ou temporária.
Finalidade: administrar alimentos e líquidos nos pacientes impossibilitados de deglutir como
nos casos de obstrução do esôfago.
Tipo de dieta: liquida.

Cuidados de enfermagem:
1. manter jejum e drenagem da secreção gástrica pôr 24 horas,
2. iniciar a administração da dieta paulatinamente-(mais ou menos 50 ml) a partir do 1º PO);
3. aumentar a dieta gradativamente até mais ou menos 250 ml, de acordo com a aceitação do
paciente,
4, colocar, o paciente sentado ou em posição de Fowler no momento da administração da dieta;
5. retirar a tampa (rolha) do orifício da sonda, proteger a extremidade com gaze e adaptar- um
funil ou introduzir a dieta através de uma seringa;
6. injetar lentamente a dieta, evitando-se a entrada de ar;
7. introduzir água após a Introdução da dieta para evitar obstrução e manter a sonda limpa;
8. lavar diariamente a região com água e sabão e fazer curativo ao redor do orifício da gastrostomia;
proteger com gaze e fixar a sonda com esparadrapo,
9. observar lesões ao redor do orifício da gastromia devido a ação corrosiva do suco gástrico.
Recomenda-se passar no local pasta de alumínio ou tintura de Bejoim para prevenir as irritações
cutâneas,
10. orientar o paciente sobre o procedimento para que possa executa-lo sozinho, posteriormente;
11. dar maior assistência psicológica , principalmente nas gastromia definitiva,
12. anotar quantidade, aceitação do paciente e intercorrências.

Jejunostomia
É uma sonda introduzida no jejum através de um orifício na parede abdominal, podendo ser
temporária ou definitiva.
Finalidade , alimentar e hidratar o paciente .
Tipo de dieta: líquida.

Cuidados de enfermagem
Manter jejum e drenagem da secreção pela sonda pôr 24 horas ou mais,
Iniciar a administração da dieta após a suspensão do jejum.
Retirar a dieta da geladeira, aquece – lá, conectar ao frasco um equipo de soro e retirar o
ar extensão ;
Colocar o frasco a uma altura de mais ou menos 50cm e conectar a sonda;

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Colocar o paciente em posição de fowler ou semi- fowler;


Administrar a dieta gota a gota para melhor aproveitamento dos nutrientes;
Observar técnicas assépticas na administração, pois no duodeno e jejuo o número de
bactérias é mínimo e o pH (7.2 a 7.8) é favorável ao crescimento bacteriano.
Injetar água na sonda após a administração da dieta para evitar obstrução e mantê – lá
limpa;
Fazer curativo ao redor da sonda diariamente e sempre que necessário, fixando –se a sonda
com esparadrapo;
Observar lesões ao redor do orifício da jejunostomia e colocar protetores de pele, tais como
pasta de alumínio e tintura de Benjoim nas áreas integras,
Anotar quantidade, aceitação do paciente e interferências;
Controlar peso e correlacionar com a aceitação do paciente e interferências, tais como
edema , diarréia etc.

Dieta por sonda naso-enteral


É a Introdução de dieta líquida para o duodeno ou região alta do jejuno através de uma sonda de
borracha de silicone, que é introduzida por urna das narinas.
Vantagens:
1 .é passado na própria enfermaria por não ser um ato cirúrgico;
2. é de boa aceitação mesmo em uso prolongado por ser flexível e de baixo peso,
não existe alteração no processo digestivo como na jejunostomia em que não há uma mistura
adequada da dieta com o suco biliar e pancreático;
4. há melhor absorção da dieta do que na jejunostomia pois a assimilação do alimento é menor
quanto mais distalmente for introduzido o alimento.

Cuidados de enfermagem:
1. preparar o material: sonda de borracha de silicone com perfuração e "peso"' de mercúrio na
extremidade, mandril;
2. aguardar 4 a 12 horas para ocorrer a migração, da sonda do estômago para o duodeno devido ao
efeito do peristaltismo sobre o balonete de mercúrio;
3. manter o paciente em decúbito lateral direito durante o período de migração;
4. encaminhar o paciente para o controle radiográfico; após a comprovação radiológica fixar
corretamente,
5. dispensar os mesmos cuidados da jejunostomia em relação a dieta.

Nutrição Parenteral Prolongada (NPP)


Segundo Dudrick (Pinotti) é a administração intravenosa de nitrogênio, calorias e outros nutriente
em quantidades suficientes, para conseguir a síntese tissular e anabolismo em pacientes com
necessidades normais ou excessivas.
Finalidade: na impossibilidade da alimentação por via digestiva, ou quando esta for insuficiente
para atender as necessidades metabólicas, recomenda-se a NPP por vela profunda (Intracather ou
flebotomia);

Cuidados de enfermagem
1. evitar o stress e atender o paciente nas suas necessidades psíquicas que podem estar alteradas
devido à dor e à hospitalização prolongada,
2. fazer o curativo no local da inserção do cateter troca diária, limpeza com álcool iodado ou PVPI
(Povidine),
3. manter medidas que evitem a infeção, tais como higiene corporal do paciente, higiene ambientar,

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cuidados com a solução, controle de temperatura com maior freqüência, estimular deambulação e
exercícios respiratórios:
4. fazer glicoceto às micções ou a cada 4 horas;
5. verificar peso corporal diariamente;
6. controle de líquidos administrados e eliminados.

Preparo da solução:
1 .preparar em local asséptico, ou seja, limpo, desinfetado, de preferência com capela de fluxo
laminar ou no centro cirúrgico,
2. reunir os medicamentos e materiais;
3. forrar com um campo esterilizado a mesa,
4. limpar as ampolas e frascos com álcool iodado 2% e colocá-los sobre o campo esterilizado,
5. desinfetar a borracha da solução de aminoácidos e de glicose hipertônica; colocar o equipo no
frasco de SG 50% e transferi-lo para o frasco de aminoácidos;
6. adicionar os eletrólitos e vitaminas aspirados na seringa, através do injetor lateral do equipo;
7. transferir todo o conteúdo do frasco de glicose;
8. desconectar o equipo de transferência e colocar o equipo de soro, ou vedar com gaze embebida
em solução anti-séptica a tampa aluminizada;
9. rotular o frasco e guardar em geladeira (72 horas) ou ligá-la no paciente;
10. envolver a agulha de respiro (quando for necessário) com gaze embebida em álcool iodado a
2%-,
11. retirar o frasco da geladeira 2 horas antes do uso;
12. a solução poderá vir preparada da farmácia, devendo ser estocada em geladeira por 7 a 30 dias,
de acordo com o método de preparo;
13. recomenda-se preparar a solução com as mãos enluvadas, gorro, máscara e avental esterilizado;

Administração e após a instalação:


1. trocar diariamente o equipo de soro;
2. observar alterações da solução, tais como precipitação, partículas, alteração de coloração;
3. manter uma vela exclusiva para administração da NPP, devido ao risco de infeções,
incompatibilidade entre as drogas;
4. controle rigoroso e constante do gotejamento,
5. administrar gluconato de cálcio dissolvido em SG 5%, Intralipid ou Lipofundin por via EV. As
vitaminas K e B 12 e ácido fólico (Leucovorin) por via LM. Poderá também ser Prescrito plasma
EV.

Cuidado pós-operatórios
Administrar os cuidados gerais de pós - operatório,
Controlar ou observar líquido drenado por SNG, dreno tubular abdominal ou de Penrose,
Aspirar SNG sempre que necessário;
Controlar líquido drenado (SNG, drenos, diurese) e infundido através de soro, sangue e
derivados;
Controlar gotejamento da venóclise, obedecendo aos horários prescritos;
Observar condições da área cirúrgica e fazer a troca do curativo diariamente, sempre que
necessário ou de acordo com a rotina da clínica,
Observar local do dreno e mobilizar o dreno de Penrose de acordo com a prescrição
médica;
Colocar o alfinete para evitar a penetração do dreno de Penrose na cavidade abdominal;
Colocar várias gazes no cal do dreno de Penrose a fim de absorver as secreções drenadas-,-

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Vedar bem com esparadrapo e gaze as incisões limpas, para protegê-las das secreções dos
drenos, fezes da colostonúa e ileostomia,
Observar o aparecimento das complicações pós -operatória,
Dar o cuidado de enfermagem específico para as colostomias, ileostomias, jejunostomia,
gastrostomia, coto perineal e dreno torácico;
Colher amostras de sangue, urina, para controle laboratorial;
Estimular a deambulação precoce, movimentação no leito;
Após a retirada da SNG, geralmente é prescrita dieta líquida ou leve, devendo-se atentar
para a presença do íleo paralítico.

AFECÇAO PULMONARES
E o acumulo de secreção purulenta inespecífica no espaço pleural.
Patogenia
O pneumococo e o estreptococo são os principais agentes bacterianos causadores do empiema,
que, após provocarem processos inflamatórios pulmonares, atingem a cavidade pleural por via
linfática, sangüínea ou por contaminação direta (por fístulas broncopleurais).

Sinais e sintomas
Febre elevada com sudorese;
Anorexia com anemia, debilidade geral e desânimo;
díspnéia;
Dor em decúbito lateral e ao respirar profundamente;
Tosse com secreção purulenta e, nos casos de fistula brônquica, escarro hemoptóico; a
tosse intensifica a dor.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico: dom história recente de infecção do aparelho respiratório, ao exame
físico observa-se diminuição da expansão torácica, abaulamento dos espaços intercostais, atrito
pleural audível na ausculta;
RX: observa-se a opacidade devido ao liquido pleural, realizando-se o RX de frente e perfil;
Toracocentese: consiste na punção e retirada da secreção existente no espaço pleural. É o melhor
meio diagnóstico, pois irá definir se o derrame pleural é setoso ou purulento, e permitirá o exame
bacteriológico, de cultura e antibiograma dessa secreção.

Tratamento
Manter o estado geral através de dieta hiperprotéica, hipercalórica e hipervitanúnie,a,
administração de medicamentos vitaminicos e sulfato ferroso;
Combater o desequilíbrio hidroeletrolitico (devido a febre alta e secreção purulenta)
através de hidratação oral ou parenteral;
Combater o agente bacteriano através da administração de antibióticos de acordo com o
antibiograma. Administra-se por via oral, parenteral ou diretamente na cavidade pleural.
Cirúrgico:
Drenar a secreção purulenta através de
Drenagem fechada ou aberta por meio ( Malecot, tubular e Pezzer) ou punção com agulha
calibrosa
Aspiração do liquido empiemático;
Lavagem da cavidade com soro fisiológico acrescido ou não de antibióticos.

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Facilitar a saída de líquido empiemático e melhorar a expansão pulmonar com a Introdução


na cavidade de soro fisiológico acrescido de dissolventes de fibrina, que está provocando o
espessamente da parede e obstruindo a via de saída, corrigir as seqüelas ou complicações
através de:
a) decorticação pulmonar: consiste na remoção da carapaça fique envolve o pulmão;
b) pneumectomia: é a retirada do pulmão que perdeu a sua elasticidade devido à fibrose pulmonar.

Abscesso pulmonar
É um processo pulmonar com destruição do seu parênquima, originando uma ou mais cavidades
contendo secreção purulenta.

Patogenia
Os germes atingem o pulmão geralmente por via broncogênica devido a:
Aspiração de material infectado da boca, nariz e laringe, por ocasião de sono profundo,
anestesia, estados comatosos, aspiração de vômito;
Obstrução brônquica;
Pneumonias necrosantes;
Tuberculose;
Embolia pulmonar.
Abscesso classifica-se em:
Pútrido: mais freqüente, provocado por germes anaeróbios;
Não pútrido: causado por germes aeróbios (estafilococo, estreptococo, pneumococo).

Sinais e sintomas
a) Inicial:
Febre com calafrio intenso,
Dor torácica ao respirar;
Tosse,
Inapetência e adinamia;
Hálito pútrido,

b) Posterior (a partir da 2º semana).


Tosse com expectoração purulenta em forma de vômica (saída de grande quantidade de
escarro de uma só vez);
Escarro fétido nos casos de infecção por germes anaeróbios;
Escarro coletado divide-se em 3 camadas:
Superficial: espumosa;
A intermediária: clara
Inferior - esverdeada,

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico: a vômica e as características do escarro coletado são dados
significativos;
RX de tórax: observa-se uma área opaca que corresponde a cavidade;
Broncoscopia: para colher material para exame e visualizar a árvore brônquica e descobrir a
etiologia;
hemograma: observa-se a leucócitos na fase aguda;
exame de escarro: para cultura e antibiograma.

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Tratamento
drenagem postural: colocar o paciente em posição de Trendelemburg (nas afeções dos lobos
inferiores) e Fowler para os lobos superiores,
Antibióticos para combater a infeção;
Cateterismo brondocavitário: é introduzida uma sonda através do brônquio até o local do
abscesso para drenar a secreção e injetar na cavidade antibióticos e broncodilatadores;
Estimular hidratação e aceitação de dieta hiperprotéica e hipercalórica.

Cirúrgico
Drenagem cirúrgica do abscesso,
pneumectomia: ressecção do pulmão
lobectomia: ressecção de um lobo;
segmentectomia: ressecção

Câncer pulmonar
Também denominado câncer broncogênico, pois geralmente inicia-se no epitélio brônquio; mas
o pulmão também pode alojar metástases de carcinomas de outros órgãos,

Patogenia
A sua etiologia não está devidamente esclarecida, mas sabe-se que existem fatores
predisponentes: fumo, exposição profissional ou ambientar aos riscos de câncer amianto, arsênico,
substâncias radioativas, vapores de petróleo etc.
A propagação do câncer broncogênico pode ser por contigüidade, invasão local. Via linfática e por
via sangüínea. As áreas habituais de metástase são os gânglios regionais, fígado, cérebro, glândulas
supra-renais, ossos.

Sinais e sintomas
Geralmente manifestam-se tardiamente e variam de acordo com a extensão, localização, área de
metástase. A sintomatologia respiratória é:
Tosse com expectoração, em alguns casos irritativa, ou seja, seca,
Hemoptise,
Dor torácica e desconforto torácico;
Infecções freqüentes da árvore respiratória
Ingurgitamento dos vasos do pescoço devido a compressão tumoral; dispnéia;
Desfaria quando a tumoração comprime o esôfago,
Alterações da voz devido a lesão da inervação das cordas vocais,
Sintomas gerais: perda de peso, fadiga, anorexia.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico: é tardio o aparecimento das manifestações clínicas, mas deve-se
suspeitar da existência do câncer nos indivíduos com idade de 40 anos, com sintomas respiratórios e
RX suspeito,
exame radiológico: é o elemento fundamental para a diagnóstico, por isso é importante o controle
radiográfico do tórax como medida profilática e de controle terapêutica. Visualiza-se sinais de
bronboestenose e de massa tumoral,
broncoscopia: para verificar a localização, retirar material para biópsia e
exame citológico da secreção;
exame citológico do escarro;
biópsia dos gânglios enfartado,

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Tratamento.
Medidas para melhorar o estado geral como dieta hiperprotéica e hipercalárica, antibióticos
para combater infecções, administração de broncodilatadores,
Administração de quimioterápicos; - radioterapia.
Cirúrgico:
lobectomia: ressecção do lobo afetado;
pneumectomia: com ou sem ressecção dos gânglios linfáticos.

Assistência de enfermagem

Toracocentese
Faz-se a punção torácica colocando uma agulha entre as pleuras com o objetivo de aspirar:
Sangue, nos casos de hemotórax;
Ar, nos de pneumotórax;
Secreção purulenta do empiema ou piotórax,
Líquido seroso do hidrotórax ou pleurisia.
Utiliza-se a toracocentese com a finalidade de retirar material para ajudar no diagnóstico
e/ou esvaziar o espaço pleural e com isso melhorar a respiração.

Procedimento de enfermagem
Esclarecer o paciente sobre o exame e colocá-lo sentado com o braço do lado a ser puncionado,
elevado e com a mão apoiada na nuca.
Colocar o material no carrinho de curativo ou mesa auxiliar:
1. anti-séptico,
2. gaze e esparadrapo;
3. agulha de punção,
4. seringa de 20 e 50 cc
5. material para anestesia local:Xylocaína, seringa de 10cc e agulha;
6. tubos esterilizados para colheita de material;
7. luvas;
8. campo fenestrado;
9. torneirinha (alguns médicos utilizam-na para prevenir o pneumotórax);
10. frasco a vácuo e equipo de soro, dependendo da finalidade da punção e da quantidade a ser
drenada.

Drenagem de tórax ou pleural


Tem por finalidade promover, através de um dreno entre as pleuras, a saída contínua de
materiais patológicos acumulados no espaço pleural:
Sólidos: fibrina ou sangue acumulado;
Líquido: secreção serosa ou purulenta, sangue, suco gástrico;
Gás: ar proveniente do pulmão, esôfago.
Portanto, ela poderá ser adotada como medida de tratamento ou profilática (após cirurgias de tórax),
podendo ser realizada na enfermaria.
Tipos de drenagem
Aberta: possui comunicação com a atmosfera, indicada nos empiemas crônicos em que há
aderências entre as duas pleuras, impedindo o colapso pulmonar,
Fechada: o transito é feito no sentido da caixa torácica para fora, não devendo ter comunicação
direta do sistema com o ar ambiente.

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Drenagem fechada
a) Na instalação da drenagem (quando realizada na enfermaria):
Preparar o material:
Dreno de tórax: sondas de Pezzer, Malecot ou tubular, e de acordo com a numeração
pedida pelo médico;
Carrinho de curativo,
Caixa de pequena cirurgia ou de dicção de veia,
Fios cirúrgicos;
Luvas
Campo fenestrado
Material para anestesia local: Xylocaína, seringa de 10 ce, agulhas;
Frasco de drenagem e frasco de água ou soro fisiológico estéril;
Extensão de drenagem com uma ponta ligada ao intermediário e a outra funcionando
colmo respiro;
Aparelho de aspiração, se necessário.
Apoiar psicologicamente o paciente e orientá-lo quanto a:
1. posição: sentado, com o braço do lado a ser drenado, elevado, e com a mão apoiada na nuca;
2. não se mexer durante o procedimento.
Preparar o sistema de drenagem sem contaminar o material: colocar o liquido estéril dentro
do frasco em quantidade suficiente que permite a imersão de mais ou menos 2 em do tubo
de vidro maior ,
Conectar, após instalação do dreno, sua extremidade livre ao intermediário da extensão de
borracha e fixar melhor essa conexão com esparadrapo;
Manter o frasco em nível mais baixo em relação ao tórax para facilitar o escoamento do
líquido e impedir o seu retorno para a cavidade pleural.
b) no cuidado ao sistema de drenagem.
Verificar se as conexões estão fixas e bem adaptadas,
Manter os frascos em engradados especiais e, na falta destes, no chão; verificar
funcionamento do dreno através da oscilação do líquido na extensão (geralmente na coluna
de vidro);
Manter vedada com uma tira de esparadrapo a junção rolha-frasco para evitar entrada de ar
e desconexão acidental,
Ordenhar periodicamente a extensão de borracha no sentido descendente para evitar ou
retirar a obstrução por pus ou coágulos.
1. com a pinça de ordenha: adaptá-la abaixo ao intermediário, segurar com uma das mãos a
borracha e com a outra segurar a pinça para tracionar a extensão de borracha para baixo; despinçar,
aguardar a volta da extensão de borracha ao tamanho normal e repetir o procedimento, por mais
duas ou três vezes;
2. com as mãos: fazer movimentos de ordenha com as 2 mãos na extensão da borracha no sentido
do intermediário para baixo.
Ligar o aspirador à extensão do respiro quando indicada pelo médico. Geralmente coloca-
se, em adultos, uma pressão de 1 5 a 20 em de água,
Trocar diariamente os frascos de drenagem e sempre que necessário:
c) no cuidado com o paciente:
Entender as alterações psicológicas do paciente, pois a drenagem pode ser um
procedimento doloroso, como também de longa duração;
Observar sintomas de dor, dispnéia, medicando conforme prescrição médica;
Manter o dreno em posição adequada, sem dobras;

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Não prender com esparadrapo a extensão de borracha no leito, pois o dreno poderá ser
retirado com a movimentação do paciente no leito;
Orientar o paciente a cuidar do sistema de drenagem:
1. manter posição de Fowler ou semi - Fowler;
2. não deitar sobre o dreno ou dobrá-lo;
3. pinçar com a mão a extensão de borracha se o frasco quebrar-se acidentalmente ou se o dreno
desconectar-se do intermediário;
4. deambular com o frasco de drenagem em nível mais baixo em relação ao tórax,
5. manter postura adequada, a fim de evitar posições viciosas e deformidades.
Estimular o paciente em relação a movimentação, exercícios respiratórios;
Transportar o paciente em cadeira de rodas ou macas com o frasco coletor em nível mais
baixo e levar uma pinça para pinçar a extensão do dreno em casos de acidentes;
Trocar o curativo diariamente;
d) na retirada do dreno (realizada pelo médico, e, em alguns casos, de acordo com a rotina
hospitalar, pela enfermeira):
Ordenhar o dreno, pinçar a extensão próximo ao dreno;
Retirar o curativo, passar anti-séptico e retirar os pontos que fixam o dreno,
Pedir para o paciente inspirar profundamente e conter a respiração no momento da retirada;
Fixar próximo ao local do dreno, a metade da tira larga do esparadrapo com gaze, retirar o
dreno em movimento seguro e vedar esse orifício com o restante do esparadrapo;
Deixar o paciente confortável e orientá-lo a respirar normalmente;
Manter o local vedado por mais ou menos três dias, observando-se, nesse período,
enfisema subcutâneo, dispnéia, dor torácica, saída de secreção.
Observação: na drenagem aberta não se coloca líquido no frasco, ficando o tubo de vidro
em contato com o ar ambiente,

Traqueostomia
É uma abertura externa feita na traquéia, indicada nos problemas respiratórios com a finalidade
de:
Obter e manter uma via aérea permeável
Substituir a sonda endotraqueal, que permaneceu por 5 a 7 dias, em paciente que necessita
do respirador artificial
Permitir a aspiração de secreções traqueobrônquicas.
As cânulas podem ser de material plástico ou metálicas e ainda:
Com cuff: promove uma adaptação hermética e necessária para o funcionamento dos
ventiladores;
Sem cuff;
Com cânula interna;
Sem cânula interna;

Procedimentos de enfermagem
Preparar psicologicamente o paciente:
1. orientar se será provisório ou de longa duração;
2. verificar com o paciente quais os melhores métodos de comunicação após a traqueostomia;

Preparar o material:
1 .caixa de traqueostomia
2. cânula de traqueostomia de acordo com o pedido médico (numeração e tipo),
campos (fenestrado ou médio), luvas, compressas, gaze, avental;

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4. gorro e máscara;
5. anti-séptico'
6. material para anestesia local: seringa de 10 ml, anestésico, agulhas,
7. fios de sutura;
8. seringa para insuflar o cuff,
9. material de aspiração: sondas, aspirador,
10. focos

Preparar fisicamente o paciente:


1. tricotomia da área cervical (se necessário);
2. colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal, com hiperextensão do pescoço através da
colocação de coxim sob os ombros;
Auxiliar o médico durante o procedimento;

Após a traqueostomia:
1. observar no local a presença de enfisema subcutâneo, sangramento,
2. manter posicionamento correto da sonda para evitar lesão à traquéia;
3. instalar nebulização contínua conforme prescrição médica;
4. aspirar secreções sempre que necessário;
5. controlar freqüência respiratória, tipo de respiração, quantidade e características da secreção;
6. trocar o curativo diariamente e sempre que necessário;
7. trocar a cânula traqueal após 48 horas (geralmente, na 1º semana, é feita pelo anestesista ou
médico).

Broncoscopia
Consiste na Introdução do broncoscópico através da laringe, traquéia e brônquios, permitindo a
visualização dessas vias, aplicação de medicamentos, retirada de secreções, de tecidos (biópsia) e de
corpos estranhos.

Procedimentos de enfermagem:
Manter jejum por mais ou menos 6 horas;
Retirar dentaduras e próteses;
Administrar, sob prescrição médica, Atropina para reduzir secreção e sedativos como o
Dienpax e Dolantina;

Após o exame:
1 .verificar o tipo de anestesia (tópica ou geral) e dar a assistência específica,
2. administrar líquidos somente após a volta da capacidade do paciente de tossir,
3 .observar complicações, tais como cianose, hipotensão, taquicardia, hemoptise, dispnéia,
laringoespasmo.

Pré-operatório
Estimular a deambulação, movimentação, exercícios respiratórios com frasco ou Bird.
Orientar sobre a importância da tosse para eliminar as secreções brônquicas;
Orientar a fazer higiene oral mais constantemente
Orientar o paciente a eliminar as secreções brônquicas diretamente no frasco graduado
envolvido em papel e com tampa (devido ao aspecto desagradável.
Controlar ou coletar escarro para exame, desprezar o conteúdo, lavar e desinfetar;
Observar características da expectoração

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Orientar e estimular o paciente a parar ou diminuir o fumo, pois este aumenta a irritação
brônquica,
Diminuir o acumulo de secreções pulmonares:
Orientar o paciente a eliminar a secreção através da tosse,
Ligar nebulização continua, fazer inalações, segundo prescrição médica,
Administrar os medicamentos prescritos: broncodilatadores, expectorantes e agentes
monolíticos
Administrar antibióticos para combater a infecção,
Estimular hidratação para manter a secreção fluida;
Preparar psicologicamente o paciente para a cirurgia, orientando-o para:
Importância da tosse e exercícios respiratórios;
Presença do dreno torácico; respirador artificial.
Fazer o preparo físico de cirurgia (ver cap. 2).

Pós - Operatório
Observar sinais de problemas respiratórios: dispnéia, agitação, expansão pulmonar diminuída,
batimentos de asas de nariz, tiragem intercostal, cianose;
Manter vias aéreas desobstruídas através de:
Aspiração de secreção orotraqueal dos pacientes incubados ou traqueostomizados;
Eliminação da secreção traqueal através da tosse;
Mudanças de decúbito, tapotagem e deambulação precoce, apesar de suas limitações
físicas;
Hidratação por via EV ou oral (sucos de frutas, água, chá) para repor líquidos e eletrólitos
perdidos pelas secreções e outras drenagens,
Ligar nebulização contínua e inalação de acordo com a prescrição médica;
Medicar para dor, que dificulta a respiração e inibe o paciente para tossir;
Manter infusão venosa para repor perdas liquidas e de eletrólitos,

Infarto do miocárdio
Devido á irrigação sangüínea inadequada ocorre um desequilíbrio entre o suprimento e a
demanda de oxigênio do miocárdio, provocando necrose do tecido nessa área.

Patogenia
As causas que induzem o paciente a uma insuficiência coronária são:
Obstrução do fluxo coronariano por aterosclerose da(s) artéria(s) do coração,
Embolia da artéria coronária
Diminuição do fluxo sangüíneo coronariano devido a hemorragia ou cheque.

Sinais e sintomas
Dor: intensa, constritiva, na região retroestemal ou epigástrica, com ou sem irradiação, não
relacionada ao esforço,
Sudorese: intensa, pele úmida e viscosa;
Palidez;
Vertigem, confusão mental e lipotimia: devido à diminuição do fluxo sangüíneo cerebral;
Náusea, vômito;
Dispnéia, sensação de mal-estar;
Estado de ansiedade, inquietação e opressão;
Taquicardia ou bradicardia;

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Hipotensão arterial;
Complicações: choque cardiogênico, arritmias, insuficiência cardíaca, embolia, ruptura
ventricular.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico;
ECG (eletrocardiograma): detecta-se áreas de necrose e de isquemia;
dosagens enzimáticas sangüíneas:
1 . aumento da TGO (transaminase glutâmica oxalacética);
2. aumento da CPK (fosfoquinase creatínica): é a mais específica, sendo positiva em 80% dos
casos;
3. aumento da DHL (desidrogenase láctica);
4. aumento da DHB (desidrogenase hidroxibutírica);

Exame hematológico:
1 . leucocitose;
2. hemossedimentação elevada;
3. aumento de mucoproteínas sérica;
4. presença de proteína C reativa;
5. aumento do fibrinogênio plasmático;
Cinecoronariografia: através de um cateter especial e uma câmara cinematográfica estuda-
se a rede coronariana em vivo, observando e filmando-se os locais de obstrução da artéria;
Vetocardiograma: estuda a ação elétrica cardíaca.

Tratamento
Promover a diminuição do trabalho do miocárdio através de repouso absoluto nas
primeiras 72 horas e relativo a seguir; dieta líquida;
Diminuir a dor e ansiedade através da administração de morfina, demerol ou dolantina,
barbitúricos;
Combater as arritmias administrando-se Xyioeaína (Lidocaína) sem adrenalina, EV direto
ou diluído em SG 5%, sulfato de quinidina, Inderal (Propanolol). Pode-se combater as
arritmias através da cardioversão;
Melhorar a oxigenação ligando-se oxigênio úmido;
Evitar complicações tromboembólicas adnúru'strando-se anticoagulantes para evitar
formação de novos trombos e dissolver os existentes (Heparina ou Liqueraine) ou agentes
fibrinolíticos para desagregar as fibrinas (Streptoquinase);
Melhorar a irrigação do miocárdio através de vasodilatadores: lsordil, Persantin;
Evitar ou combater a insuficiência cardíaca através da digitalização: Digoxina, Digitoxina,
Digitalina, Cedilanide.
Cirúrgico:
Revascularização do miocárdio que pode se efetuar através de:
Implante de mamária: disseca-se a artéria mamária -(um dos ramos da aorta torácica) e faz-
se o enxerto ligando através dela a aorta com a coronária;
Ponte de safena: é o enxerto da veia safena (localizada nos membros inferiores) na artéria
coronária afetada;
Tratamento das complicações do infarto do miocárdio através do balão intraaórtico (BIA)
que é uma assistência circulatória mecânica com a finalidade de facilitar o trabalho
cardíaco, melhorar a circulação coronariana e elevar a pressão arterial. Um balão cateter é
introduzido através da artéria femural até a aorta descendente, onde será inflado no início

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da diástole ventricular (aumenta-se o fluxo de sangue para as artérias coronarianas pois o


balão é inflado antes que o coração envie todo o sangue para a aorta) e desinflado no inicio
da sístole ventricular (o balão ao se esvaziar provoca dinu'nuição da pressão na aorta e essa
pressao negativa facilitará o bombeamento do sangue pelo coração).

Estenose mitral
É a oclusão progressiva da valva mitral decorrente do espessamento e contratara das cúspides.

Patogenia
Geralmente a estenose mitral é seqüela da febre reumática, onde a fibrina e as plaquetas
depositam-se no tecido edemaciado das cúspides, estendendo-se, posteriormente, para as cordoalhas
e comissuras. Com a repetição do surto ocorre encurtamento das cordas tendíneas, fusão das
conússuras da cordoalha, retração e calcificação das cúspides, cordoalhas e músculos papilares.
Dessa forma ocorre dificuldade na passagem normal do sangue do átrio esquerdo para o ventrículo
esquerdo, e, em conseqüência, o átrio esquerdo aumenta a força de contração para impulsionar o
sangue para o ventrículo esquerdo, provocando sua hipertrofia (aumento da massa muscular). Com
o passar do tempo instala-se uma estase sangüínea na circulação pulmonar e hipertrofia de
ventrículo direito .

Sinais e sintomas
1ª fase: assintomática;
2ª fase: em decorrência da estase sangüínea nos capilares da circulação pulmonar, as manifestações
clínicas são:
Dispnéia aos esforços;
Asma cardíaca;
Edema agudo de pulmão com escarro hemoptoico, dor torácica, febre e arritmias;
Trombose;
Palpitação pré-cordial.
3ª fase: com a hipertensão pulmonar instala-se a insuficiência cardíaca direita com edema dos
membros inferiores, estase venosa e hepatomegalia.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico;
Exames para febre reumática: antiestreptofisina 0, hemossedimentação, hemograma;
Exame radiológico: observa-se aumento do átrio esquerdo, artéria pulmonar e ventrículo
direito;
Eletrocardiograma (ECG): evidencia-se sobrecarga atrial esquerda e de ventrículo direito;
Fonocardiograma: é um registro gráfico da ocorrência, sincronização e duração dos sons
do ciclo do coração;
Ecocardiografia: é o ultra-som do coração e demonstra as deformidades da valva e de
outras estruturas cardíacas;
Cateterismo cardíaco: determina as curvas de pressão no átrio esquerdo e presença de
refluxo de sangue durante a sístole ventricular. Utilizado para diferenciá-la da insuficiência
mitral.

Tratamento
Revenção e tratamento das recidivas reumáticas através de antibióticos, corticóides,
analgésicos e antinflamatórios;
Compensação da insuficiência cardíaca através de repouso absoluto ou relativo, dieta hipo

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ou acloretada, diuréticos e digitalização quando indicada;


Controle das arritmias com Xylocaína, Sulfato de Quinidina, Inderal etc.
Cirúrgico:
Comissurotomia mitral: consiste na dilatação do orifício da valva mitral através da abertura
das comissuras, libertação da cordoalha e a papilarotomia (é a libertação das pontas e
divisão pelo meio dos músculos papilares);
Troca da válvula por dura-máter, valva, biológica, Starr- Edwards.

Insuficiência mitral
Caracteriza-se pelo fechamento insuficiente da valva mitral.

Patogenia
A etiologia mais comum é a febre reumática, seguida pela endocardite bacteriana. Pacientes
com infarto do miocárdio podem apresentar rotura do músculo papila, trazendo como conseqüência
uma insuficiência mitral.
Devido ao mau fechamento da valva mitral parte do sangue do ventrículo esquerdo retoma ao
átrio esquerdo durante a sístole ventricular. Essa intercorrência determina hipertrofia de ventrículo
esquerdo, átrio esquerdo e sobrecarga na circulação pulmonar.
Um paciente pode apresentar Dupla Lesão Mitral, ou seja, estenose e insuficiência mitral.

Sinais e sintomas
São semelhantes aos da estenose mitral, adicionada a fadiga. É raro edema agudo de pulmão e é
menor a incidência da complicações tromboembólicas.

Meios diagnósticos
Mesmo da estenose.
Tratamento
a) Clínico: semelhante a da estenose.
b) Cirúrgico: troca da valva mitral por dura-máter, biológica ou de Starr-Edwards.

Insuficiência aórtica
É causada por lesões inflamatórias deformativas da valva aórtica ocasionando um fechamento
incompleto do orifício aórtico durante a diástole ventricular.

Patogenia
Pode ser causada por febre reumática, sífilis, malformações congênitas, endocardite, endocardite
e traumatismos.
Durante a diástole ventricular ocorre uma regurgitação do sangue da aorta para o interior do
ventrículo esquerdo devido ao fechamento insuficiente da valva. Dessa forma, ocorre uma
hipertrofia, dilatação e insuficiência de ventrículo esquerdo, e diminuição da irrigação coronariana,

Sinais e sintomas
Dispnéia de esforço e paroxística noturna;
Ortopnéia;
Fadiga fácil;
Dor torácica;
Tontura, desmaio;
Pulso de martelo d'água ou de Corrigan: batimento violento com a artéria desaparecendo
rapidamente sob os dedos;

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Pressão diastótica baixa devido ao aumento da regurgitação do sangue para o ventrículo


esquerdo.

Meios diagnósticos
Os mesmos da estenose aórtica.
Tratamento
a) Clínico: semelhante a da estenose;
b) Cirúrgico: troca da válvula por dura-máter, biológica ou de Starr-Edwards.

Exames
a) Cateterismo cardíaco
Através da Introdução de um cateter no sistema venoso ou arterial dos MMSS e MMII pode-se
televisionar e registrar o ritmo cardíaco e as pressões intracardíacas.
Os procedimentos de enfermagem antes do exame são:
Observar reações emocionais do paciente em relação ' ao exame e prestar assistência
psicológica;
Pesquisar o histórico do paciente sobre alergia a iodo;
Orientar o paciente sobre o exame;
Realizado sob anestesia local;
Orientações gerais sobre o exame;
Importância do repouso no leito por 24 horas após o exame;
Não mobilizar o membro cateterizado por 2 horas;
Administrar sedativo conforme prescrição médica;
Avaliar a necessidade da suspensão da medicação do dia: cardiotônicos, diuréticos,
vasodilatadores coronarianos etc.;
Fazer a tricotomia bilateral da região braquial e inguinal; retirar próteses, retirar esmalte
das unhas;
Anotar peso e estatura;
Verificar TPRPA, encaminhar o paciente ao banheiro para esvaziamento da bexiga antes
de encaminhá-lo ao exame;
Arrumar a unidade do paciente como cama de operado.
Os procedimentos de enfermagem após o exame são:
Verificar sinais vitais com maior freqüência (inicialmente 30 minutos, 2/2 horas,
aumentando-se o intervalo com a estabilização dos dados);
Observar:
1. condições gerais,
2. sinais de choque, sangramento, edema no local da incisão cirúrgica;
3. reações alérgicas ao contraste;
Manter curativo compressivo no local da incisão;
Observar presença de pulso, coloração e temperatura do membro caracterizado e comparar
com o outro membro;
Manter repouso por 24 horas;
Não mobilizar por 2 horas o membro caracterizado;
Comunicar queixas do paciente: dor, formigamento, cefaléia, náuseas;
Envolver o membro caracterizado com algodão e atadura de crepe nos casos de
extremidades frias.
b) Cinecoronariografia
É o estudo cinematográfico e contrastado das artérias coronárias (eventualmente das veias
coronárias) com a finalidade de determinar obstruções ou estreitamentos. Os procedimentos de
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enfermagem são os mesmos do cateterismo cardíaco.


c) Eletrocardiograma (ECG)
É a representação da atividade elétrica do coração. Não há nenhum cuidado em especial a ser
dispensado ao paciente.
d) Fonocardiograma
Faz-se o registro gráfico da ocorrência, sincronização e duração dos sons do cicio cardíaco. Não
há necessidade de preparo em especial do paciente.
e) Vetocardiografia
Registra-se sob a forma de alças vetoriais a dimensão e direção da ação elétrica cardíaca. Não
há necessidade de preparo em especial do paciente.
f) Ecocardiografia
Também considerado como cardiografia ultra-sônica, pois o ultra-som é enviado para o coração
através de um condutor e as estruturas cardíacas devolvem os ecos derivados do ultra-som. Esses
ecos são traçados num osciloscópio e registrados em um filme. Não há necessidade de preparo em
especial do paciente.
g) Eletrocardiograma de esforço
O paciente faz exercícios numa esteira ou aparelho semelhante a uma bicicleta e avalia-se as
anormalidades no ECG que indica a isquemia miocárdica e avalia a idade para o desempenho físico.
Cuidado de, enfermagem: ministrar dieta leve cerca de 1 1/2 hora antes do
exame.

Pré-operatório
a) Psicológico
Os pacientes que irão se submeter a cirurgia cardíaca são mais ansiosos e temerosos. A
ansiedade, o medo e a angústia interferem negativamente sobre a estrutura cardíaca. Portanto, a
enfermagem deverá prestar uma assistência psicológica adequada a fim de contribuir para uma
melhora do quadro clínico e boa evolução pós-operatória.
Observar as condições emocionais do paciente:
1. esclarecer sobre a cirurgia e exames de acordo com o grau de compreensão e condições
emocionais do paciente;
2. demonstrar interesse pelo paciente, estimulá-lo a expressar seus sentimentos, diminuir o estado
de angústia;
Dar apoio emocional sem criar dependência;
Encaminhar ao psicólogo quando necessário.
Mostrar a unidade de recuperação cardíaca, ou seja, o local onde permanecerá até mais ou
menos no 3º PO;
Explicar como retomará da cirurgia: soros, sondas, drenos, intubação, etc.
Colocar-se à disposição para quaisquer esclarecimentos.

b) Físico
Observar efeitos colaterais dos medicamentos:
Suspender cardiotônico na presença da intoxicação digitálica: cefaléia, náuseas, vômitos,
bradicardia, taquicardia, diarréia;
Observar sinais de desidratação nos pacientes que recebem diuréticos: sensação de
fraqueza, hipotensão postural, turgor da pele.
Estimular ingestão de potássio (suco de laranja, chá) nos pacientes digitalizados;
Melhorar a função pulmonar através de:
Exercícios respiratórios com frasco;
Parada ou diminuição do fumo;

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Orientar sobre a importância de eliminar secreção brônquica no PO através de exercícios


com Bird, nebulização, tossir;
Fazer tricotomia de toda a extensão corpórea com exceção do couro cabeludo;
Promover higiene pessoal e manter jejum por mais ou menos 8 horas antes da cirurgia;
Dar os cuidados gerais de pré-operatório.

Intra-operatório
A unidade de terapia intensiva (Recuperação Cardíaca) é preparada para atender as alterações e
necessidades do paciente:
Montar a cama de operado;
Testar funcionamento da régua de Takaoka: oxigênio, aspirador, foco;
Conectar o aparelho de ventilação Bird à régua de Takaoka juntamente com o frasco para a
umidificação do oxigênio (em alguns hospitais o aparelho encaminhado ao centro cirúrgico
juntamente com a cama);
Aproximar dá unidade:
Aparelho de aspiração de dreno torácico (Emerson);
Suporte de soro e nivelador de PVC.
Colocar na mesa de cabeceira:
Material de aspiração brônquica: sondas, luvas, gazes;
Suportes para o frasco de drenagem (pode-se deixá-los instalados na cama);
Frasco para coletar urina com extensão e suporte do coletor (pode-se também instalá-lo na
cama);
Solução heparinizada (1 ml de Heparina para 500 ml SG 5%) e seringa com agulha para
lavagem do cateter arterial;
Material para PVC: equipo, SG 5%, torneirinha;
Balança de sangue;
Atadura de crepe para restringir o paciente;
Colocar em uma mesinha ou prateleira o monitor cardíaco: aparelhe eletrodos, pasta,
esparadrapo, fio terra.

Pós-opertarório
a) Imediato
Adaptar o ventilador à régua ajustando o aparelho ao paciente;
Observar expansão torácica, ritmo, necessidade de aspiração, condições do cuff e fixação
da sonda de intubação ou traqueostomia;
Manter infusão endovenosa:
Observar permeabilidade dos caracteres;
Controlar gotejamento de soro e sangue, colar, no frasco uma tira de esparadrapo no
sentido vertical, marcar o nível do soro e sangue e anotar o horário ao lado, pesar o sangue
nos casos de acondicionamento em bolsa plástica;
Verificar conexão do cateter arterial com o manômetro de mercúrio e observar:
Oscilação da coluna de mercúrio que indica o funcionamento do sistema; necessidade de
lavar o cateter com solução heparinizada, se houver presença de sangue, pressão arterial
média que consiste na pressão sistólica mais 2 vezes a pressão diastólica, e o resultado
dividido por 3; geralmente oscila entre 7 e 8.
Fazer a restrição dos membros superiores tomando-se o cuidado com os cateteres arterial e
venoso;
Prestar os cuidados ao dreno torácico:

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Colocar os frascos de drenagem no suporte,


Despinçar a extensão do sistema de drenagem e conectar à sua extremidade livre o
aparelho de sucção,;
Observar oscilação da coluna de vidro;
Colocar uma tira de esparadrapo marcando o nível do liquido com um traço horizontal e
anotar a hora;
Conectar a sonda vesical na extensão do frasco coletor de urina; colar uma tira de
Esparadrapo no coletor marcando o nível da urina com um traço horizontal e anotando a
hora;
Monitorizar o paciente:
Passar a pasta nos eletrodos colocando-os no tórax;
Fixar os eletrodos com esparadrapos ou adesivo;
Ligar os eletrodos ao cabo do aparelho;
Observar o traçado eletrocardiográfico.
Colocar o paciente em semi-Flower;
Fazer urna revisão dos dados:
Verificar intercorrências e medicamentos ministrados na SO
Observar o balanço hídrico: se positivo ou negativo;
Solicitar a prescrição médica e ministrar medicamentos, soro, sangue e derivados;
Avaliar condições neurológicas do paciente: estado de consciência, estímulos auditivos e
dolorosos, presença de reflexo, movimentação voluntária, agitação psicomotora,
Tranqüilizar a paciente e notificá-lo do local ande se encontra controlar de 1/1 hora: -------
TPRPA;
2. PVC (pressão venosa central);
Líquidos infundidos (soro, sangue);
Líquidos drenados (diurese, drenagem torácica),
(Balanço hídrico),
Observar cianose, tipo de respiração, sangramento, condições do curativo;
Acionar periodicamente o mecanismo de suspiro do aparelho de ventilação, aspirar
secreção endotraqueal sempre que necessário;
Colher amostra de sangue arterial para gasimetria:
Heparinizar a parte interna do cilindro da seringa;
Retirar com uma seringa a soro da extensão do cateter arterial;
Conectar a seringa heparinizada e aspirar o sangue sem permitir entrada de ar;
Desconectar e vedar o bico da seringa.
Colher amostra de sangue para dosagem de sódio, potássio, cloro, hematócrito e
hemoglobina;
Encaminhar pedido de RX no leito;
Proceder a ordenha do dreno torácico;
Dar os cuidados gerais de PO (capítulo 1) e drenagem torácica
Observar instalação de complicações:
Tamponamento cardíaco: é o acumulo de sangue ou fluidos no saco pericárdico,
comprimindo o coração e provocando hipotensão arterial, aumento da PVC, pulso
filiforme, diminuição da diurese;
Sangramento;
Psicose pós-operatória;
Insuficiência cardíaca;
Insuficiência renal.
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b) Mediato (a partir do Iº PO)


Após a extubação (poderá ser feita no 0º PO):
Ligar nebulização contínua;
Fazer exercícios respiratórios com Bird durante 15 minutos (RPPI - respiração de pressão
positiva intermitente) a cada 2 horas;
Manter o paciente em posição de semi-Flower, pois melhora a expansão pulmonar;
Estimular tosse e expectoração;
Fazer tapotagem para ajudar a eliminação da secreção brônquica;
Fazer a troca de curativo da incisão cirúrgica, locais do dreno torácico e dos cateteres;
Observar presença de problemas neurológicos por deslocamento de trombo (mais comum
nas trocas de valvas), diminuição da vascularização cerebral;
Prestar os cuidados gerais de PO.

Balão intra-aórtico (BIA)


Realiza-se na SO a instalação do sistema da assistência circulatória que é composto por:
Monitor e unidade do balão: possui um painel com as unidades de controle;
Cateter com balão: a sua Introdução realiza-se através da dissecção da artéria femural, utilizando-se
um anestésico local. Passando pela aorta torácica cateter vai localizar-se na aorta descendente.
O médico ajusta os controle colocando o aparelho inflando o balão em cada diástole ventricular
com determinado volume de gás hélio, e desinflando na sístole. O balão será inflado para cada
batimento cardíaco e após reavaliação clínica poderá ser retirado gradativamente.
Os procedimentos de enfermagem são:
Prestar assistência semelhante a da cirurgia cardíaca;
Detectar alterações hematológicas:
Observar presença de sangramentos: no local da inserção, sinais hemorrágicos gerais;
Providenciar coleta de material para controle periódico do tempo de coagulação e
coagulograma, dosagem de plaquetas, hematócrito e hemoglobina;
Repor, de acordo com a orientação médica, plaquetas e sangue;
4. manter o paciente heparinizado para evitar formação de trombos;
Prevenir infecções: administração de antibióticos, troca de curativo,, controle de
temperatura e na presença de picos febris colher amostra para hemocultura,
Proteger o cateter:
Orientar o paciente para que não flexione o membro cateterizado;
Não elevar a cabeceira do leito acima do ângulo de 30º para não forçar o balão para o arco
da aorta;
Detectar alterações (fraturas ou dobras) do cateter através do sistema de alarme.
Controlar o pulso, coloração e temperatura do membro cateterizado;
Manter uma infusão contínua, de solução de heparina nos cateteres arterial e de Swan Ganz
(necessário para a mensuração das pressões intracavitárias e da artéria pulmonar);
Eliminar todo o ar dos transdutores, tubos e cateteres;
Manter as conexões e eletrodos bem conectados, pois uma fixação inadequada ocasionará
uma interrupção no funcionamento do aparelho;
Colocar um fio-terra no aparelho para evitar interferência no monitor;
Observar arritmias cardíacas, alteração da freqüência cardíaca no monitor;
Observar presença de líquido na extensão plástica do balão (conseqüente ao contato do gás
sob pressão com o ar atmosférico; neste caso, deve-se introduzir o liquido para dentro do
compartimento de drenagem);
Manter no painel a localização correta dos botões de controle;

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Proteger o aparelho contra choques mecânicos ;


Não deixar a bomba desligada por mais de 30 minutos enquanto o balão estiver implantado
(nesta intercorrência, inflar e desinflar manualmente o balão a cada 30 minutos com o
auxílio de uma seringa);
Manter o aparelho para o seu pronto uso através de:
Revisão periódica do seu funcionamento;
Conservação da bateria carregada: a bateria pode substituir a energia elétrica por
aproximadamente 1 hora;
Verificação da capacidade do torpedo de gás hélio que deve conter entre 1700 a 2000
libras/pol2;
Limpeza do filtro da ventoinha de arrefecimento do compressor.

Desfíbrilação Ventricular
Aplica-se externamente no tórax um choque elétrico para restaurar o ritmo cardíaco, indicado na
fibrilação ventricular. Os procedimentos de enfermagem são:
Preparar o material: desfibrilador com o cabo de força ligado na tomada, duas pás com
cabo, pasta condutora; preparar as pás do desfibrilador:
Colocar pasta condutora na superfície metálica das pás;
Distribuir de maneira uniforme a pasta, deslizando a superfície metálica das pás uma sobre
a outra;
Segurar as pás sempre pelo cabo e nunca tocar na parte metálica;
Ligar o aparelho e carregar desfibrilador:
Girar o botão de controle de energia na quantidade requisitada pelo médico (mede-se a
energia em watts/segundo ou joules);
Não tocar nos discos metálicos enquanto se carrega o aparelho;
Desligar o oxigênio;
Aplicar a desfibrilação (geralmente feita pelo médico);
Segurar pelo cabo das pás, colocar a superfície metálica no tórax em superfície lisa e nunca
em fios, eletrodos e outros materiais;
Uma das pás é aplicada próximo ao esterno, na altura do mamilo esquerdo, e a outra na
linha axilar média esquerda;
Empurrar para baixo as pás para proporcionar bom contato com a pele;
Verificar se todos se afastaram do paciente e da cama;
Pressionar e segurar os botões de descarga de ambas as pás até que o desfibrilador
descarregue a energia;
Retirar as pás do tórax do paciente;
Observar respiração e ritmo cardíaco no monitor;
Repetir o procedimento se o paciente permanecer em fibrilação ventricular;
Limpar o tórax do paciente para a retirada da pasta e observar presença de queimadura,
Nos casos de aparelho carregado mas não utilizado:
Colocar o botão de controle de energia na escala zero;
Colocar a superfície metálica das pás uma contra outra e pressionar os botões de descarga;
Proceder a limpeza do desfibrilador após a descarga de energia.

Cardioversão programada
Aplica-se externamente no tórax uma descarga elétrica sincronizada, ou seja, na onda P do
ECG, com o ventrículo polarizado. Tem por finalidade despolarizar o coração e restaurar o ritmo
sinusal.

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Os procedimentos de enfermagem são:


Manter o paciente em jejum por 8 horas;
Medicar, pela prescrição médica, com quinidina ou procamide injetável 15 a 30 minutos
antes do procedimento (medicação depressora do miocárdio);
Observar condições emocionais do paciente, orientá-lo na medida do possível;
Monitorizar o ECG não colocando os eletrodos em posição que interfira na colocação das
pás do desfibrilador;
Colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal, sem travesseiro, sem paletó do pijama
ou camisola;
Preparar o material e atender o anestesista durante a indução anestésica:
Anestésico geral;
Seringas, agulhas, SG 5% ml, equipo de soro;
Materiais para aspiração brônquica;
Materiais e medicamentos de emergência
Fazer os mesmos procedimentos da desfíbrilação;
Manter o paciente em decúbito dorsal horizontal, cabeça lateralizada e monitorizado, e
observar a respiração até o retorno da consciência;
Controlar sinais vitais mais freqüentemente.

CIRURGIA VASCULAR
Oclusão arterial aguda
Devido a unia redução súbita do fluxo sangüíneo para os tecidos, estes poderão apresentar-se
isquêmicos ou evoluir para a necrose.
A sintomatologia irá vaiar de acordo com o local da inclusão: intestino, coração etc. Aqui serão
abordadas as oclusões arteriais agudas de MMSS e MMII.

Patogenia
As causas mais freqüentes da oclusão são:
embolias: os êmbolos (trombos que se libertam do ponto de formação indo ocluir um vaso
sangüíneo) são originados no coração devido a arritmias, lesões valvulares, infarto do miocárdio,
endocardite bacteriana;
tromboses: os trombos (coágulo que oclui em vaso sangüíneo no seu ponto de formação) são mais
freqüentes na arterosclerose, nas artérias com placas de ateroma (formado por lipoproteína e cálcio).
A partir do momento em que a Oclusão se instala ocorre:
desenvolvimento da circulação colateral: quanto mais lentamente se desenvolve a oclusão, mais
extensa e rapidamente se desenvolverá a circulação colateral. Nas instalações agudas, quando não
há tempo suficiente para formar a circulação colateral, os tecidos sofrerão intensamente a isquemia;
espasmos arteriais: o diâmetro da artéria ocluída será ainda menor com o espasmo;
trombose secundária: o sangue estagnado próximo da oclusão provocará trombose nas colaterais.
Sinais o sintomas
Dor: na metade dos casos, é insidiosa e de fraca intensidade e, nos 50% restantes, é súbita e de forte
intensidade; sensação de queimação;
No segmento distal da oclusão: hipotermia, palidez, cianose difusa ou em placas, pulso arterial
difícil ou ausente; parestesia e paresia por mais ou menos 30 minutos, com paralisia após 2 a 3
horas, sendo as lesões neurológicas irreversíveis após 24 a 48 horas.
Meios diagnósticos
Exame clínico e história da moléstia;

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exame de sangue: hemograma coagulograma, dosagem de colesterol e cálcio exames para febre
reumática;
arteriografia: é através dela que se consegue localizar a área ocluída;
ultra-som Doppler: utilizado para detectar o fluxo sangüíneo. Através de uma geléia acústica
aplicada sobre a pele, um feixe de ultra-som é projetado para os tecidos e o som refletido nas
células sangüíneas em movimento, é captado no aparelho em forma de som audível.

Tratamento
Combate ao espasmo arterial;
Manter ambiente e corpo aquecidos,:
Manter o membro afetado envolto com algodão e atadura de crepe;
Medicar com analgésicos, pois a dor aumenta os espasmos;
Anestesia peridural continua para diminuir a dor;
Infiltração medicamentosa nos gânglios simpáticos. Ex.: procaína para bloquear os
impulsos vasoconstritores;
Vasodilatação da circulação colateral: administração de drogas vasodilatadoras, tais como
Hydergine, Fluidlat, Vasculat, Iridux, Novocaína;
Prevenção da trombose secundária através da administração de anticoagulantes, como
Heparina e Liquemine.
Cirúrgico:
Ernbolectomia: é feita uma arteriotomia e passado o cateter de Fogarty para
Remoção do êmbolo;
Derivação arterial com veia (geralmente safena) ou dacron (sintético);
Anastomose arterial: retira-se o segmento arterial ocluído, substituindo-o pela veia safena
ou dacron;
Amputação do membro isquemiado.

Arteriosclerose obliterante periférica


É uma obstrução arterial crônica, com perda da elasticidade e endurecimento da parede vascular
periférica. Ela é característica na faixa etária de 50 anos, predominante no sexo masculino, em
diabéticos, raça branca e hipertensos.

Patogenia
A placa de ateroma é uma filtração endarterial de lipoproteínas e cálcio que cresce da íntima
para a luz da artéria, provocando o seu estreitamente. Com isso, irá ocorrer:
Isquemia é a má irrigação sangüínea dos tecidos;
Necrose é a morte dos tecidos, devido à falha na irrigação sangüínea, gangrena é a morte
dos tecidos. Pode ser:
a) seca: acompanhada de mumificação do membro lesado;
b) úmida: acompanhada de infecção, levando a putrefação e deteriorização dos tecidos.

Sinais e sintomas
Dor: sensação de adormecimento e formigamento; claudicação intermitente: é a dor aos
exercícios, melhorando com o descanso. Acomete mais a panturrilha, coxas, quadris ou planta dos
pés;
De repouso: geralmente precede a necrose, melhorando com o membro pendente à borda da cama
(aumento da pressão hidrostática); alteração na coloração das extremidades:
palidez: com o membro elevado ou com o paciente deitado em decúbito dorsal;
hiperemia: rubor cutâneo com o membro pendente devido ao desenvolvimento de circulação

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colateral cutânea;
Cianose: ocorre nos dias frios, após a hiperemia;
Hipotermia do membro lesado;
Impotência sexual nos homens nos casos de obstrução aortoilíaca;
Ulcerações decorrentes de pequenas agressões traumáticas ou infecciosas que, devido à má
irrigação, poderá evoluir inclusive para a gangrena, principalmente nos diabéticos;
Diminuição de intensidade ou ausência de pulso no membro afetado;
Sintomatologia nos diabéticos:
É pouco comum a claudicação intermitente na panturrilha. Se ocorrer será no pé;
Geralmente assintomático até o surgimento das úlceras e placas de necrose cutânea, que
evoluem rapidamente para a gangrena;
Ausência ou pequena intensidade de dor nos processos gangrenosos devida à neuropatia
diabética, que causa diminuição dos estímulos sensitivos.

Meios diagnósticos
Exame físico e anamnese;
Exame de sangue hemograma, coagulograma, colesterol, glicemia;
Arteriografia: para localizar regiões ocluídas;
Ultra-som Doppler

Tratamento
Sedação da dor: administrarão de analgésicos, anestesia peridural contínua; tratamento da
diabete mellito e hipertensão arterial;
Melhora do estado geral.

Cirúrgico:
Restauração vascular:
Endarterectomia retirada do trombo da endartéria (camada intima), o que conserva, a luz
arterial. Não se recomenda a embolectomia, pois permanece o fator causador do trombo;
Derivação arterial da veia safena. Faz-se ma secção da parte superior e inferior a oclusão,
ligando as através do enxerto;
Anastomose arterial: retira-se o segmento arterial ocluído, substituindo-o pela veia safena;
Vasodilatação - simpatectomia: é a secção e retirada da cadeia de gânglios lombar e
cervical do nervo simpático, responsável pela vasoconstrição; dessa forma, retirando-se o
fator vasoconstritor, artéria entrará em vasodilatação;
Retirada da dor - neurotripsia: consiste no esmagamento do nervo que traz os estímulos
dolorosos e motores. Em geral é realizada nos pacientes sem condições para outras
cirurgias;
Retirada da gangrena através da amputação do membro isquemiado. Indica-se quando: 1)
outros tratamentos falharam; 2) a gangrena ameaça a vida do paciente e 3) não há mais
recuperação para o membro, o ou parte dele.
Os níveis de amputação são: transmetatarsiana, terço superior, da perna, coxa inferior,
médio ou superior.

Varizes
Denominam-se varizes as veias que se mantém permanentemente dilatadas, com alterações de
suas paredes, válvulas e de suas funções.
Elas podem ser classificadas em:

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Primitivas ou essenciais: de causa desconhecida;


Secundárias: decorrentes de trombose venosa profunda e fistulas artério - venosas.

Patogenia
Varizes primitivas: não têm etiologia conhecida, mas várias causas:
a) predisponentes:
Hereditariedade: a má formação da parede (debilidade de parede) e problemas valvulares
(ausência, número reduzido ou funcionamento insuficiente) levam à dilatação da veia e
deficiência na aproximação das cúspides valvulares.
b) desencadeantes:
Idade: o envelhecimento provoca diminuição do tônus da parede e da válvula venosa; ---
gravidez:
Dificuldade de retomo venoso por compressão, devido ao aumento do fluxo sangüíneo nas
veias ilíacas e aumento do volume do útero;
Dilatação da veia, devido à ação da progesterona;
Obesidade: o peso excessivo nos MMII dificulta o retorno venoso;
Profissão: em indivíduos que trabalham de pé ou os que solicitam contentemente a prensa
abdominal (levantadores de peso, pedreiros etc.);
Problemas ortopédicos: o andar inadequado (pé chato) não "massageia" a sola do pé.
Varizes secundárias:
Na trombose venosa profunda a insuficiência das veias profundas ocasionam dilatação das
veias perfurantes comunicantes, cujas válvulas se tomam insuficientes;
Na fistula artério-venosa ocorre aumento de pressão do sistema venoso superficial.
As varizes, ou seja, a insuficiência das veias dos MMIT, acarretam, uma estase venosa; em
conseqüência, ocorre extravasamento de líquidos e proteínas para o espaço
Intersticial e não absorção dos catabólitos e do excesso pelo capilar venoso. Dessa forma,
os tecidos serão mal nutridos.

Sinais e sintomas
Dor e cãibras: devido à dissensão da veia, aumentando na gravidez e menstruação;
edema: com hiperpigmentacão cutânca, celulite, eczema; diminuição de resistência a infecções e
traumatismos; deformidade e aumento do tamanho das veias; fadiga fácil nos MMII; sensação de
peso; na posição de pé são mais nítidas as veias tortuosas e aumentadas.
Complicações
Úlcera varicosa;
Flebite.

Meios diagnósticos
Exame físico e ananmese;
Exame de sangue: hemogramam, coagulograma;
Esquematização dos trajetos varicosos e topografia dos pontos venosos de refluxo (safena
e perfurantes-comunicantes).

Tratamento
Conservador: o uso de meias elásticas, posição de Trendelemburg, evita a estase venosa e diminui
o edema;
esclerosante: indicado para microvarizes, teleangectasias ou varizes residuais pós-operatórias.
Introduz-se una substância química irritante na veia que a asclerosa e oblitera:
cirúrgico: operação radical das varizes através dá safenectomia interna e externa, retirada das

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colaterais, ligadura das perfurantes comunicantes;


clínico da úlcera varicosa: recomenda-se a Bota de Una para impedir o edema e possibilitar a
cicatrização (além do que a pasta utilizada na confecção da bota possui efeito cicatrizante).

Trombose venosa aguda


É a oclusão total ou parcial de veia por trombo com reação inflamatória da parede venosa.

Patogenia
A lesão inflamatória ou não do endotélio venoso, estase e alteração da crase sangüínea
(alteração da coagulação, mentia etc,) são condições que levam a trombose venosa.
Há fatores que predispõem o seu aparecimento: varizes, compressão das veias por tumores ou
traumatismos, venoclise nos MMI 1 prolongado, obesidade, doenças cardíacas, repouso no leito por
tempo prolongado, predisposição pua fazer coágulos, estase venosa prolongada.
A doença classifica-se em:
Superficial: a flebite superficial decorre após punção venosa, veia varicosa etc.
Profunda: a tromboflebite (flebotrombose, flebite) acomete principalmente pacientes
obstétricos e cirúrgicos.

Sinais e sintomas
Dor: súbita ou progressiva, de intensidade variável;
alteração da cor: ocorre cianose e, nas superficiais, observa-se região hiperemiada. A cianose pode
evoluir até a gangrena venosa;
alteração da temperatura local: em geral é conservada, mas pode inicialmente estar mais elevada
(processo inflamatório) e, com o aumento da dor e do espasmo arterial secundário, poderá diminuir;
edema: decorrente da hipertensão no sistema venoso, com dilatação das veias subcutâneas;
marcha difícil e dolorosa.
Meios diagnósticos
Exame físico e anamnese;
exame de sangue: hemograma, coagulograma, hemossedimentação;
flebografia: radiografia feita após a Introdução de contraste na veia.
Geralmente não é necessária a utilização de anestesia geral.

Tratamento
administração de anticoagulantes: Heparina ou Liquemine, Dicumarol;
combate à estase venosa: repouso no leito em posição de Trendelemburg, exercício ativo dos MMII,
uso de meias elásticas; ao iniciar a deambulação deve-se andar sem mancar e aumentando a duração
paulatinamente;
combate à dor através de analgésicos e sedativos: Novalgina, Sedalene, Dolantina.

Cirúrgico:
1. trombectomia: é feita uma flebotomia e retirado o coágulo através do cateter de Fogarty;
2. ligadura venosa acima da área de trombose.

Assistência de enfermagem
Preparo para exames

Arteriografia
É a radiografia da artéria após administração de substância radiopaca.
Recomenda-se fazê-la com anestesia geral. Dependendo do local do exame ela receberá

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as seguintes denominações:
aortografia: o contraste é injetado na aorta por punção lombar, visualizando-se a aorta;
artenografia femural: injeta-se o contraste na artéria femural, obtendo-se radiografia dos
vasos dos MMII;
arteriografia subclávia: injeta-se o contraste na artéria subclávia, visualizando-se as artérias
dos MMSS.

Os cuidados de enfermagem são:


administrar laxantes e/ou fazer lavagem intestinal na véspera;
fazer a tricotomia:
inguinal: arteriografia femural;
colo do pescoço e axilas: arteriografia de subclávia;
região lombar: aortografia; manter jejum no dia do exame;
aplicar medicação pré-anestésica;
- após o exame:
recebê-lo como operado;
observar nível de consciência;
controlar T e P no membro submetido a exame, comparando dados obtidos no membro
contrário;
controlar sangramento no local do exame, mantendo curativo compressivo;
controlar com maior freqüência P e PA nas primeiras doze horas;
manter repouso no leito por 24 horas;
observar, sinais alérgicos ao, contraste, tais como: sudorese, dispnéia, náuseas, vômitos,
taquicardia, dormência nas extremidades, prurido;
estimular hidratação (após recobrar a consciência) para acelerar o processo de excreção do
contraste.

b) Flebografia
Após o exame:
observar sinais alérgicos ao contraste;
estimular hidratação.

Preparo pré-operatório
a) Cuidados gerais:
orientar o paciente sobre os cuidados e a importância da sua cooperação e participação
ativa;
prestar assistência psicológica, pois muitos pacientes apresentam-se revoltados e nervosos
devido à dor constante e evolução da doença;
não prender as roupas de cama nos pés da cama a fim de evitar a compressão e diminuição
da circulação sangüínea;
evitar uso de roupas apertadas e ligas;
não usar bolsas de água quente, cobertor elétrico e compressas quentes devido ao perigo de
queimaduras pela diminuição da sensibilidade;
manter o membro aquecido envolvendo-o com algodão em rama e atadura de crepe;
não puncionar a veia e não aplicar medicamentos parenterais no membro afetado;
medicar para dor sempre que necessário;
diminuir ou abolir o fumo;
evitar machucar pés e pernas através de:

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uso de sapatos macios e não apertados;


não andar descalço;
membro limpo, seco e lubrificado;
unhas curtas e limpas.
evitar permanecer na mesma posição por muito tempo;
não cruzar as pernas;

Prestar assistência aos pacientes heparinizados:


1. administrar por VO subcutâneo ou diluído em soro;
2. controlar o soro com heparina observando sinais internos e externos de sangramento: epistaxe,
melena, petéquias, equimose, hipotensão;
3. administrar com a prescrição do dia após TS e TC;
4. manter em repouso no leito a fim de evitar o deslocamento do trombo;
observar nos pacientes que recebem vasodilatadores queda de PA, lipotimia;
observar sinais de complicações, principalmente embolia pulmonar;
lavar com soro fisiológico morno o membro em processo de necrose, retirar os tecidos mortos e
proceder ao curativo. Em lesões infectadas, pode-se fazer banho de permanganato de potássio a
fim de secar as secreções;
observar sinais e sintomas que impliquem na evolução da doença;
fazer tricotomia e anti-sepsia de acordo com a rotina do hospital (recomenda-se fazê-las três dias
antes da cirurgia).

b) Cuidados nas afecções arteriais


Cuidados com o cateter peridural:
1. administrar soro com Xylocaína ou outro anestésico;
2. mantê-lo desobstruído, com gotejamento correto, de acordo com a intensidade da dor e
prescrição médica,
observar sinais de paralisia ou parestesia.
fixá-lo corretamente com esparadrapo, evitar contaminação do cateter;
pode-se deixar o paciente em proclive para melhorar a circulação arterial;
controle da diabete: dieta adequada, glicoceto às micções, observar sinais e sintomas;
controle da hipertensão arterial: controle mais freqüente da PA, observar sinais e sintomas,
dieta adequada, evitar tensão emocional, controle da obesidade.

c) Cuidados nas afecções venosas


Manter posição de Trendelemburg para facilitar retomo venoso;
alertar o paciente para não ferir ou coçar a perna afetada;
orientar o paciente sobre as medidas profiláticas para as varizes.
uso de meias elásticas;
evitar atividades que causem estase venosa;
não usar ligas ou cinturões;
não cruzar as pernas ao nível das coxas, sentar ou ficar de pé por muito tempo.
d) Cuidados na amputação de membros isquemiados
Obter o consentimento do paciente ou responsável;
manter o estado físico e geral em condições para a cirurgia;
dar assistência psicológica ao paciente devido à alteração da sua auto- imagem;
conscientizar o paciente que a amputação não deverá levá-lo a uma incapacidade.

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Assistência no Pós-operatório
a) Cuidados gerais
Cuidados gerais de pós-operatório;
controlar PA com maior freqüência para mantê-la nos níveis recomendados;
observar sangramento pela incisão operatória.
verificar temperatura e coloração das extremidades do membro operado;
observar sinais de complicações operatórias: dor intensa no membro operado, ausência de
pulso (poplíteo, pedial ou radial), cianose de extremidades, paralisia;
observar abolição dos sintomas pré-operatóríos.

b) Cuidados nas cirurgias de varizes


Cuidados gerais de pós-operatório vascular;
colocar a cama em Trendelemburg (caso não haja contra-indicação como na
raquianestesia) por 1 5 a 20 dias;
a partir do 1º PO:
deambular sem mancar a curtos períodos (5 minutos a cada 2 horas), aumentando-se
gradativamente;
não permanecer de pé, imóvel ou sentado, mas deitar-se na posição de Trendelemburg;
não retirar o esparadrapo que aproxima as bordas da incisão,
não molhar as pernas;
manter as pernas encaixadas com atadura de crepe;
estimular a movimentação ativa: flexão e extensão do joelho sem levantar o calcanhar.
orientar o paciente sobre os procedimentos para que possa adotá-los em sua casa após alta
hospitalar.
Observação: a posição de Trendelemburg obtém-se colocando um suporte nos pés da cama. Não se
deve elevar o membro por meio de travesseiros, pois haverá compressão da panturrilha e
comprometimento do sistema venoso profundo.

c) Cuidados na amputação de membros isquemiados


Os cuidados com o coto de amputação são:
Observar sangramento;
não usar pomadas e nem colocar o esparadrapo diretamente sobre a pele;
evitar o edema:
1. enfaixando sem compressão exagerada o coto com atadura;
2. não ficando com o coto pendente;
manter posicionamento correto do membro amputado:
1. não colocando travesseiro para elevação do coto, pois dificulta a circulação;
2. conservando a articulação acima do coto estendida e fazer movimentação ativa e passiva;
3. encaminhando o paciente para a fisioterapia.
proporcionar atividades e recreação ao paciente para que diminua a ocorrência da sensação
de um membro fantasma (sensação da presença do membro) ou da dor fantasma;
encaminhar para o serviço de prótese (perna mecânica etc.).

d) Bota de Una
Indica-se a partir do 5º PO de safenectomia para possibilitar uma atividade normal do
paciente, não necessitando, portanto, dê repouso no leito;
indica-se também como tratamento da úlcera varicosa:

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colocar após o desaparecimento do edema e com a úlcera sem secreção em processo de


granulação;
fazer uma janela na bota no local da úlcera e realizar o curativo diariamente.

AFECÇÕES UROLÓGICAS
Hidronefrose
É a dilatação da pelve e dos cálices de um ou ambos os rins, devido à obstrução no trato
urinário, dificultando o fluxo urinário.

Patogenia
As causas que determinam a Hidronefrose são congênitas ou adquiridas.

Congênitas:
estenose ou acotovelamento da junção pelvi-uretral;
atresia do orifício uretral.
Adquirida:
obstrução por compressão da próstata hipertrofiada;
obstrução por cálculo renal - obstrução do ureter por cálculo, estenose;
compressão do ureter ou colo vesical por câncer da bexiga, próstata, colo de útero;
causas neurogênicas;
refluxo vesicoureteral.
A obstrução que dificulta a saída da urina dos rins poderá levar a uma infecção crônica e sua
destruição progressiva.

Sinais e sintomas
Fase Inicial: é assintomática ou discreta;
dor: discreta, sensação de peso na região lombar;
hematúria: o sangramento ocorre por congestão sangüínea renal;
uremia: nos casos bilaterais e na fase mais avançada da doença;
nos casos de infecção: febre, disúria, piúria, hipersensibilidade (dor à palpação).

Meios diagnósticos
Exame físico e anamnese;
urografia excretora: esclarece a causa, duração e reversibilidade;
mapeamento renal: delineia a anatomia renal, com ausência radioatividade(o radioisátopo é
administrado pela veia) na área afetada.

Tratamento
administrar antibióticos para combater a infecção;
aplicar medidas de combate aos cálculos que provocam a Hidronefrose.
a) Cirúrgico:
neftostomia: Introdução de uma sonda no rim com a finalidade de drenar a urina, aliviando
a estase urinaria e permitindo a restauração fisiológica do tecido renal;
piolopastia: cirurgia que remove, e corrige a obstrução na junção pelve- uretral;
nefrectomia: pode ser a retirada total ou parcial do rim afetado.

Nefroptose
É a queda ou deslocamento do rim, tomando-o móvel.

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Patogenia
As causas que determinam a neftoptose são:
defeito congênito,
adquirido: ausência de apoio adiposo do rim após dieta para emagrecer, deslocamento
traumático.

Sinais e sintomas
Dor constritiva na região lombar;
distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos;
infecção do trato urinário: fadiga, febre, disúria;
hipertensão arterial.

Meios diagnósticos
Exame físico e anamnese;
Pielografia: determina o grau de mobilidade, rotação renal, presença de distorções nos ureteres e
pelve;
urina: cultura e antibiograma, urina tipo 1.

Tratamento
exercícios para melhorar a postura e fortalecer os músculos abdominais;
repouso na posição de Trendelemburg;
tratamento da infecção;
administração de analgésicos e antiespasmódicos.
b) Cirúrgico:
nefropexia: consiste na elevação e sutura para fixar o rim.

Urolitíase
É a presença de cálculos no sistema urinário. Os cálculos são formados pelas substâncias
cristalinas que normalmente são excretadas pela uniria: cálcio, magnésio, ácido úrico.
Os cálculos formam-se no rim e na sua maioria migram para o ureter ou para a
bexiga.

Patogenia
As causas que favorecem a formação de cálculos são:
obstrução, estase urinaria, imobilidade prolongada, desidratação e hiperconcentração da urina são
fatores que facilitam a precipitação dos sais existentes na urina;
infecção;
hipercalcemia por ingestão excessiva de cálcio e doenças que provocam uma taxa elevada
de cálcio no sangue e, consequentemente, na urina;
excreção excessiva de ácido úrico;
deficiências vitamínicas;
hereditariedade.

Sinais e sintomas
Hidronefrose;
infecção urinária: calafrios, febre, disúria, piúria;
dor lombar em forma de cólica renal e com irradiação para os genitais;
hematúria;
sintomas gastrintestinais: náusea, vômito, diarréia, desconforto abdominal.

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Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico: pacientes que anteriormente tiveram episódios de litiase tendem a
apresentar novas crises;
RX: como os cálculos são radiopacos, eles aparecerão na radiografia;
exame de sangue: proteínas séricas, uréia, dosagem de cálcio, fósforo, cloro, ácido úrico;
exame de urina: urina tipo 1, cultura, dosagem de pH2;
estudo da função excretória para cálcio, fósforo, ácido úrico, oxalato.

Tratamento
hiperidratar o paciente através de ingestão e/ou administração de 3 litros de líquido por dia;
dificultar a formação de cálculo por fosfato, oxalato e carbonato, acidificando a urina
através da administração de Mandelamina;
dificultar a formação de cálculo por ácido úrico e cistina, alcalinizando a urina- através de
citrato de potássio, bicarbonato de sódio;
eliminar as causas formadoras do cálculo;
diminuir a cólica renal através da administração de analgésicos e antiespasmódicos:
Novalgina, Buscopan;
manter repouso durante a crise de cólica renal;
executar a citoscopia, que consiste na passagem de cateter uretral, que desloca o cálculo,
aliviando a pressão sobre o rim e a dor;
litotricia: esmaga-se e retira-se o cálculo vesical através da Introdução, via uretral, de um
aparelho chamado litotridor.

b) Cirúrgico:
nefrectomia: quando os cálculos localiza-se no rim provocando a sua perda funcional;
nefrolitotomia: faz-se uma incisão no rim para retirar o cálculo;
pielolitotomia: retirada do cálculo da pelve renal;
ureterolitotomia: retirada do cálculo do ureter;
cistolitotomia-. retirada de cálculos da bexiga.

Tumores Renais
Todos os tumores renais são considerados malignos até a confirmação da sua benignidade. A
tumoração poderá ser de origem secundária ou primária, ou seja, como manifestação metastáticas
ou de origem no próprio órgão.

Sinais e sintomas
Muitos tumores são assintomáticos, apresentando a sintomatologia na fase tardia. As
manifestações metastáticas é que muitas vezes levam ao diagnóstico de câncer renal. As áreas
metastáticas mais acometidas são o ligado, pulmões, ossos.
Principais manifestações clínicas:
dor no franco do rim afetado;
massa palpável no flanco;
hematúria;
sintomas comuns ao câncer em geral: emagrecimento, anemia, indisposição, problemas
gastrintestinais.

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Exame físico e anamnese:


radiografia simples: demonstra o rim aumentado; exame citoscópico para identificar locais de
sangramento; citologia esfobativa do sedimento urinário; exame de urina: urina tipo I,
desidrogenase láctica (está aumentada); ultra-sonografia; arteriografia renal.

Tratamento
melhorar o estado geral através de dieta hiperprotéica e hipercalárica, repouso relativo etc.
medicar para dor;
administrar quimioterápicos;
encaminhar para radioterapia.
b) Cirúrgico:
nefrectomia radical: retirada do rim, tecido peri-renal, gânglios e órgãos adjacentes (baço,
intestino etc.).

Traumatismos renais
Qualquer traumatismo abdominal e da parte inferior do tórax podem lesar o rim, por isso, deve-
se suspeitar de lesão renal nos pacientes politraumatizados.

Patogenia
As lesões podem provocar no rim simples impacto, equimose, lacerações, ruptura ou lesão
vascular. Dependendo do tipo de lesão, o paciente apresentará hemorragia e lesões de outros
órgãos.
Sinais e sintomas
Dor na região costovertebral, no abdome superior;
hematúria;
náuseas, vômitos, rigidez abdominal;
choque hipovolêmico nos casos de sangramentos intenso.

Meios diagnósticos
Anamnes e exame físico;
exame de urina para detectar hematúria;
exame de sangue: hemograma;
radiografia simples para descobrir outras fraturas;
urografia excretora para definir a extensão da lesão renal e o funcionamento do rim não lesado;
mapeamento renal: avaliar o fluxo sangüíneo;
arteriografia renal para determinar a integridade vascular;

Tratamento
manter o paciente em repouso no leito;
prevenir o choque hipovolêmico (ver anormalidades e complicação PO);
administrar antibióticos para tratamento de infecção perinefrética;
sedar para dor, mas evitando-se drogas do grupo dos narcóticos que mascaram sintomas
abdominais.
b) Cirúrgicos:
drenagem da região renal;
tem a finalidade de retirar o sangue retido na cavidade abdominal, próxima dos rins;
sutura do local da lesão renal;
nefrectomia: parcial ou total, dependendo do grau de perda da função renal.

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Câncer de bexiga
É de etiologia desconhecida, acomete mais os homens após idade avançada 50 anos)

Patogenia
Apesar de ser de etiologia desconhecida, acredita-se que haja fatores desencadeantes, tais como
o fumo, ingestão excessiva de café e analgésicos, exposição prolongada aos corantes.
Além disso, o câncer de bexiga poderá ser decorrente de metástases de câncer de próstata,
cólon, reto, vagina.
Sinais e sintomas
Hematúria: provocada por traumatismo no momento da contração da bexiga;
disúria: é sintoma da irritação vesical;
dor no franco, pélvica ou lombar, calafrios, febre: indicam a progressão do câncer e
infecção vesical;
sintomas gerais de câncer: emagrecimento, inapetência, mal-estar.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico: é pobre em dados na fase inicial;
cistouretroscopia: visualiza-se bexiga e uretra e pode-se fazer biopsia da lesão;
urografia venosa: para detectar obstrução ureteral e presença de tumor renal;
urografia excretora;
exames de urina;
radiografias simples para descobrir áreas de metástases, principalmente óssea e pulmonar.

Tratamento
melhorar estado geral através de dieta hiperprotéica e hipercalórica, repouso relativo no
leito, administração de vitaminas, hidratação;
administrar quimioterápicos;
encaminhar para radioterapia;
tratar a infecção vesical através de antibióticos.
Cirúrgico:
eletroexeisão transuretral e transvesical: indicado para os papilomas simples;
implante de material radioativo (rádio) na bexiga;
cistectomia: retirada da bexiga;
cistectomia radical: retirada da bexiga e de áreas de metástase;
derivação urinaria: é o desvio da corrente urinária, de modo a sair por uma nova via.

Os tipos de derivação são:


1. nefrostomia: Introdução de uma sonda no rim (pelve renal);
2. ureterostomia: anastomose dos ureteres à pele. É feita uma incisão na parede abdominal,
exteriorização do ureter para saída da urina;
3. ureteroileostomia: é semelhante à ileostomia, com o ureter implantado ao íleo, que, ao ser
exteriorizado na parede abdominal, drena a urina;
4. ureterossiginoidostomia: derivação do(s) ureter(es) para o sigmóide, para que a urina saia
através do reto. É uma técnica cirúrgica recomendada somente aos pacientes que possuam um
bom controle do esfíncter anal;
5. cistostomia: abertura da bexiga e Introdução de uma sonda pela parede abdominal.

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Hipertrofia benigna da próstata


É o aumento da glândula próstata; acomete os homens após os 50 anos.
Patogenia
É de causa desconhecida, mas parece ser um distúrbio hormonal que ocorre no processo de
envelhecimento.
O aumento da glândula causa o estreitamente da uretra prostática e pressão na bexiga,
dificultando a passagem normal da urina.

Sinais e sintomas
Inicialmente é assintomático;
nictúria, polaciúria;
sintomas de infecção urinária: disúria, febre;
diminuição no tamanho e força do jato urinário;
a obstrução prolongada ao fluxo urinário poderá determinar complicações renais:
hidronefrose, insuficiência renal.

Meios diagnósticos
Anamnese e exame físico,
exame citoscópico: visualizar o aumento da próstata e comprometimento da parede da
bexiga,
cistouretrografia: visualizar a uretra posterior e próstata, urografia excretora;
sondagem vesical após micção: determina a quantidade de urina residual na bexiga;
exame retal: avaliar o tamanho da próstata;
cistometrografia: avaliar a presença de bexiga neurogênica.

Tratamento
administrar anti-séptico urinário: Piridium;
administrar antibióticos nos casos de infecção resistente aos anti-sépticos;
fazer massagem prostática para reduzir a inflamação.

Cirúrgico:
prostatectomia por via:
1. transuretral: introduz-se um instrumento pela uretra para retirar a próstata (geralmente parcial);
2. perineal;
3. retropúbica;
4. suprapúbica.

Câncer da próstata
É o tumor maligno da próstata, de relativa incidência, com áreas de metástases para os tecidos
próximos a ela, inclusive ossos pélvicos e coluna vertebral,

Sinais o sintomas
Semelhantes aos da hipertrofia benigna;
sintomas gerais de câncer: mal-estar, emagrecimento, fraqueza, náuseas;
dor na região lombo-sacral, podendo irradiar para a pelve e MMII;
desconforto perineal e retal.

Meios diagnósticos
Semelhantes aos da hipertrofia benigna;

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biópsia prostática;
exames para detectar áreas de metástase: RX ósseo, mielograma.

Tratamento
melhora do estado geral: dieta hiperprotéica, hipercalórica, complementação vitamínico,
transfusão sanguínea.
radioterapia.
quimioterapia;
administração de estrógenos, que diminuem o crescimento da neoplasia.
administração de corticóides, que diminuem os sintomas.

Cirúrgico:
prostatectomia radical: retirada da próstata e áreas de metástase;
orquiectomia bilateral retirada dos testículos, pois eles produzem a testosterona que é um
hormônio essencial para o crescimento do câncer;
criocirurgia: é a morte das células cancerígenas por congelamento prostático através de
uma sonda.

Hidrocele
É o acúmulo anormal de líquido seroso dentro do escroto, entre as 2 camadas da túnica vaginal
provocando o aumento do escroto.

Patogenia
Ela é devida à reabsorção incompleta do fluído produzido, sendo decorrente de infecção
traumatismos locais; complicações de tumores;
estados edematosos: Insuficiência cardíaca, cirrose hepática;
idiopática.

Sinais e sintomas
Pequenas: assintomática, apresentando apenas o aumento do escroto;
volumosas: presença de massa indolor, dificuldade para caminhar. A dor estará presente
quando o líquido acumulado causar pressão.
O exame físico é o meio diagnóstico para esta moléstia.

Tratamento
Punção escrotal: retirada do líquido acumulado;
suspensório escrotal para diminuir o desconforto e edema;
inversão da túnica vaginal do testículo.

Varicocele
Caracteriza-se por dilatação, alongamento e tortuosidade das veias do cordão espermático
devido à ausência de válvula venosa ao longo do seu trajeto.

Sinais e sintomas
Subfertilidade devido à inadequada espermatogênese por alterações vasculares e de
temperatura,
pequena:, geralmente assintomática-,
volumosas: dores escrotais e inguinais, sensação de peso no escroto.

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exame físico é o meio diagnóstico para esta moléstia.

Tratamento
Assintomática: não é feito tratamento,
suspensório escrotal para aliviar o desconforto,
ligadura e retirada do segmento dilatado.

Fimose
É quando o orifício do prepúcio é pequeno, não permitindo que sua retração descubra a glande.

Tratamento
Em crianças: fazer exercícios de retração do prepúcio no momento da higienização;
postectomia ou circuncisão-. retirada do excesso de pele do prepúcio que recobre a grande.
Indica-se a cirurgia com finalidade higiênica, como medida preventiva de carcinoma de
pênis e como tratamento da fimose,, infecções recidivantes da giande e prepúcio.

Assistência de enfermagem
Prepara para exames
a)Cistografia
Injeta-se através da sonda vesical um liquido radiopaco, obtendo-se radiografias que permitem
avaliar as válvulas uretrovesicais e visualizar a parede vesical.
Os procedimentos de enfermagem são:
orientar o paciente sobre o exame,
passar sonda vesical em pacientes não sondados;
esvaziar a bexiga antes do exame.

b) Cistouretrografia
Injeta-se através da sonda vesical o líquido radiopaco e tiram-se radiografias para visualizar
uretra e bexiga.
Os procedimentos de enfermagem são os mesmos da cistografia.

c)Urografia excretora (PielografiaEV, Cosi urografia intravenosa).


Tiram-se radiografias após a Introdução endovenosa de contraste radiopaco (Hypaque,
Renografina-60). Visualiza rins, ureteres e bexiga, pois o contraste é eliminado pela urina.
Os procedimentos de enfermagem são:
na véspera, administrar dieta leve, laxantes para eliminar fezes e gases, e restrição hídrica
para evitar diluição do contraste;
suspensão da ingestão de líquidos de 8 a 10 horas antes do exame; - jejum após o jantar;
pesquisar história de alergias e notificar o radiologista se o paciente for de alto risco,
orientar o paciente a notificar a presença de sinais alérgicos ao contraste, tais como náusea,
vômito, prurido.

d) Arteriografia renal
Introduz-se um cateter na artéria femoral em direção a artéria renal e injetando- se o contraste.
Indicado para diagnosticar anormalidades vasculares do rim, tumores renais.
Os procedimentos de enfermagem são:
preparo físico para o exame:

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lavagem intestinal ou administração de laxantes;


tricotornia da região inguinal;
jejum: dependendo do horário do exame pode ser após o jantar ou após desjejum;
medicação pré-anestésica: poderá ser feita na enfermaria ou na sala de exames.
após o exame:
observar no local da punção sangramento, edema, equimose, temperatura,
controlar PA e pulso pedial, comparar com o do membro não puncionado; 3.observar cor e
temperatura da extremidade do membro puncionado e comparar com a outra extremidade,
manter repouso de 12 a 24 horas.

e) Exame citoscópico
Objetiva, através de lentes telescópicas iluminadas, visualizar a bexiga, uretra e, em alguns
sistemas, até o rim. Também indica-se esse exame para obter amostra de cada rim, remoço de
cálculos.
Os procedimentos de enfermagem são:
preparo do paciente (depende da anestesia: geral ou local):
orientação em relação ao exame e sintomas pós - exame;
administração de líquidos oral e tranqüilizantes prescritos;
3 .tricotomia local.
após exame:
observar micção: é normal ocorrer freqüência,
alteração da coloração da urina,
observar retenção urinaria e Prestar anormalidades e
complicações no PO).

f) Biópsia renal por agulha


Orientar o paciente em relação ao exame e aos cuidados pós - exame;
colocá-lo em decúbito ventral, com apoio firme sob o abdome no momento da punção,
após exame:
manter repouso no leito por 24 horas,
verificar sinais vitais com maior freqüência (a cada hora) até a sua estabilização;
observar características da urina após cada micção;
observar sinais de sangramento: hematúria, hipotensão, vômitos, dor ou desconforto
abdominal;
evitar esforços físicos por mais ou menos duas semanas.
Preparo pré-operatório
Prestar os cuidados gerais pré-operatórios;
fazer diariamente o controle de diurese, atentando não só ao volume como também às
demais características: coloração, hematúria, presença de cálculos, piúria, odor,
observar sinais de infecção urinária (febre, disúria), desidratação (turgor da pele, condições
da mucosa, pressão arterial), edema;
observar sinais de insuficiência renal: oligúria, anuiria, hipertensão arterial, edema;
estimular a ingestão da dieta e, de acordo com a prescrição dica, restringir ou estimular a
ingestão de líquidos;
controlar o peso diariamente;
proceder à tricotomia na região tóraco-lombar, axilar, abdominal e perenal; orientar o
paciente sobre a impotência sexual na prostatectomia radical,
observar na terapia por estrógeno,: edema, ginecomastia, problemas cardíacos-,

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observar na terapia por corticóides a formação de edema, gastrite, face de Cushing.

Tratamento cirúrgico especifico


a)Sistema de irrigação contínua
É a Introdução de uma sonda de três vias: para inflar o balão, para saída da urina e da solução de
drenagem e para entrada da solução de drenagem. Utilizada rotineiramente nos pacientes
prostatectomizados .
Tem por finalidade esvaziar a bexiga, prevenir ou tratar a obstrução da sonda e introduzir
líquido anti-séptico ou antibióticos como medida de tratamento da infecção da bexiga.

Os procedimentos de enfermagem são


fazer a irrigação com soro fisiológico contínuo, recolocando um novo frasco sempre que a
solução terminar;
esvaziar o recipiente coletor evitando que extravase,
anotar . em folha especial a quantidade de soro fisiológico infundido e drenado. A
diferença entre o liquido drenado e infundido será o volume urinário. Ex:.- em 24 horas foi
infundido 8 litros de soro e drenado 9 litros a diurese, portanto, será de 1 litro.
o gotejamento do soro fisiológico irá depender das características do líquido drenado; em
drenagem clara, é de 40 a 50 gotas/minuto; na hemorrágica, deixar a solução correr más
rapidamente;
estimular hidratação, que produz limpeza mecânica, previne a formação de cálculos e de
infecção;
observar no líquido drenado a quantidade de sangue, pois a hemorragia é a principal
complicação na prostatectomia;
suspeitar de acotovelarnentos, obstrução de sonda (por coágulos, tampões mucosos)
quando a quantidade de liquido drenado é inferior à do infundido; fixar a sonda no abdome
ou lateralmente para evitar pressão no ângulo peníanoscrotal, que é causadora de infecção,
abscessos e fistulas; explicar ao paciente:
finalidade da sonda;
para não puxar a sonda i fim de evitar sangramento, dissensão, entupimento da sonda por
coágulos;
manter higiene íntima adequada.

b) Nefrostomia
É a sondagem do fim, utilizada como método de derivação temporária (raramente é
permanente).
Tem por finalidade:
promover a drenagem do rim após a cirurgia;
conservar e permitir a restauração do tecido renal;
prover a drenagem do ureter não funcionaste.
Os procedimentos de enfermagem são.
observar sangramento pelo local da nefrostomia, pois é a sua principal complicação;
não fechar o tubo da nefrostomia para evitar hidrocele;
irrigar o tubo da nefrostomia somente em casos restritos (geralmente feito
pelo médico). -

c) Uretorossigmoidostomia
O paciente manterá provisoriamente uma sonda reta] (ou sonda de Pezzer) pua drenar a urina, a
fim de permitir a drenagem e evitar o refluxo da urina para dentro dos ureteres e rins. Após a

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retirada da sonda, o paciente passa a urinar através do reto


Os procedimentos de enfermagem são
fixar a sonda nas nádegas, - retirar a sonda na hora da evacuação, fazer a higiene da região
mal e reintroduzir mais ou menos 10 em da sonda; introduzir a sonda com cuidado, ante
higiene e passar pomada de Hipogeus na região anal para evitar eritema e escoriações;
não administrar lavagens intestinais pua não ocorrer refluxo intestinal aos ureteres e rim
orientar o paciente a citar alimentos formadores de gases. deglutição de w, pois a
flatulência poderá causar incontinência de esforço;
observar sinais de infecção urinaria por absorção e refluxo das bactérias entéricas. O
paciente, no momento da alta, deverá ser orientado também quanto a esse aspecto
após a retirada da sonda deve-se também
estimular o paciente a esvaziar o reto a cada 2 a 3 horas pua manter baixa a pressão retal
recolocar no período da noite a sonda conectada a um recipiente de drenagem a fim de
permitir um sono sem interrupções.

d) Ureteroileostomia
A bexiga ilegal drena urina constantemente, sem presença de fezes.
A bolsa de drenagem pode ser:
reutilizável ou permanente: possui uma base que é presa ao corpo com adesivo ou cimento;
semidescartável: possui uma base reutilizável, na qual se fixam as bolsas descartáveis,
descartável: eliminada após cada troca.
Os procedimentos de enfermagem são:
retirar as bolsas de drenagem, lavar a pele com água e sabão, sem esfregar;
introduzir gaze ou pano no estoma para absorver a urina enquanto se procede à troca da
bolsa;
observar condições da pele ao redor do estoma;
esticar a pele do abdome, preparar o dispositivo de acordo com o seu tipo e aplicar com
cuidado; no caso das bolsas reutilizáveis deve-se:
retirar o adesivo com solvente, limpar com escova, água e sabão,
após limpo, pode-se colocar o dispositivo em solução desodorizante, solução de
bicarbonato, de sódio ou vinagre branco;
promover a secagem do dispositivo.

e) Ureterostomia cutânea
Por 7 a 10 dias são colocadas, algumas vezes, sondas ureterais de demora no local do estoma.
Os procedimentos de enfermagem são.
fixar bolsas de ureterostomia na parede abdominal para coletar a urina,
depois de retirada da sonda ureteral, realiza-se a sua dilatação com sonda estéril a
intervalos regulares para prevenir a estenose ureteral (será feita pelo médico ou enfermeira,
de acordo com o grau de gravidade).

f) Cistostomia
Consiste na Introdução de uma sonda, na bexiga, por área supra pública, por via cirúrgica. A
sonda é fixada através de sutura ou esparadrapo. Tem por finalidade drenar a bexiga, desviando o
fluxo urinário de uretra.
Os procedimentos de enfermagem são:
Fixar com esparadapo a sonda na parede lateral do abdome;
Conectar a sonda a um sistema estéril fechado;
Observar, se a sonda está drenando adequadamente;

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Manter o local e protegido com curativo;


Controlar volume drenado; - proceder á tentativa de micção normal após orientação
médica.
clampear a sonda por 4 horas;
após o paciente urinar, orientar o paciente para urinar através da uretra;
após o paciente urinar, desclampear a sonda e medir a urina rsidual,
notificar se a urina residual for menor ou igual a 100ml, pois a sonda poderá ser retirada.
fazer o curativo no local da retirada da sonda.

g) Vasectomia
É a ligadura e secção do canal deferente, sendo a bilateral utiliza como procedimento de
estetização.
Os procedimento de enfermagem no pré-operatório são:
orientar o paciente:
a vasectomia não interfere na potência sexual, ereção, ejaculação ou produção hormonal;
as células espermáticas serão reabsorvidas pelo organismo,
a vasectomia é considerada uma medida permanente de estilização;
após cirurgia, o paciente deverá fazer vários espermogramas, pois ele é considerado fértil
até que, pelo menos, 2 amostra de sêmen demonstrem sua esterilidade;
após ser considerado estéril, fazer espermogramas periodicamente, pois existem casos de
reanastomose espontânea.
obter consentimento assinado pelo paciente.
Os procedimentos de enfermagem no pós - operatório são
aplicar bolsas de gelo para diminuir edema e dor-,
fazer suspensório escrotal,
manter atividade física moderada por alguns dias
reiniciar o ato sexual quando desejar.

Cuidados pós-operatórios
Prestar assistência pós-operatória em geral,
prevenir o choque hemorrágico, que é a principal complicação, através de:
controle freqüente de PA e pulso;
observação de sangramento pela incisão operatória,
observação das características da urina e líquido drenado pelas sondas e estomas.
estar atento para o íleo paralítico (complicação comum no PO):
1. observar detenção e dor abdominal;
2. evitar ingestão oral até que ocorra eliminação dos gases;
3. manter hidratação adequada por via EV ou VO;
4. estimular movimentação no leito e deambulação. A deambulação estará restringida nos
pacientes prostatectomizados com sangramento e cirurgias plásticas;
5. administrar os medicamentos prescritos;
6. aplicar lavagem intestinal ou passar sonda retal de acordo com a prescrição médica.
manter função respiratória adequada através de deambulação, mudança de decúbito,
exercícios respiratórios, estimulação da tosse e expectoração;
fazer o balanço hídrico prescrito: é a diferença entre os líquidos infundidos é ingeridos com
os líquidos drenados;
certificar-se do funcionamento adequado dos tubos de drenagem (drenas, sondas,
cateteres), impedindo sua obstrução por coágulos, acotovelamento da sonda ou extensão,

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desconexão,
orientar o paciente a não deitar em cima da sonda ou extensão, pois seu peso poderá
obstruí-la
fixar a sonda de demora na coxa e, no sexo masculino, no abdome;
controlar diurese, e, no caso de haver mais de uma sonda, medir em separado o conteúdo
de cada coletor;
observar aspecto do volume urinário e outros líquidos drenados;
lavar a sonda vesical com soro fisiológico associado ou não a permanganato de potássio
somente com prescrição médica;
prestar assistência ao tratamento cirúrgico especifico;
pesar diariamente o paciente;
fazer nas cirurgias de varicocele para diminuir o edema: suspensório escrotal e bolsa de
gelo nas primeiras horas;
na postectomia, trocar o curativo com gaze vaselinada envolvendo a giande;
nas derivações urinarias de longa duração, orientar e estimular o paciente para o auto cuidado.

AFECÇÕES NEUROLÓGICAS

Hipertensão intracraniana (HIC)


A HIC pode ser de evolução rápida ou lenta, e constitui a via final de muitas lesões encefálicas,
pois o SNC é um sistema fechado com pequena capacidade, de expansão.
Ela pode decorrer de alteração no:
compartimento vascular, por aumento de pressão venosa, que dificulta o retorno venoso
intracraniano;
compartimento do líquor (LCR), por obstrução do trânsito liquórico, alterações do seu
mecanismo de reabsorção e por aumento da produção do líquor,
compartimento parenquimatoso, por processo expansivo, encefálico ou edema cerebral.

Patogenia
Geralmente a FHC está associada ao edema cerebral que é o acumulo anormal de líquido no
parênquima nervoso (no interior das células ou no espaço intersticial), aumentando-se o seu
volume.
A HIC e o edema cerebral são decorrentes de:
tumores malignos ou benignos:
1. meningeomas: originário nas meninges
2. neurinomas: originário nos nervos cranianos;
3. gliomas e sarcomas: tem origem no tecido nervoso;
4. angioma, hemangioblastoma: tem origem nos vasos sanguíneos; 5. lesões metastáticas do
pulmão e mama.
neurocisticercose: é a cisticercose (larva da tênia) no sistema nervoso e seus envoltórios;
hemorragia cerebral provocada por:
distúrbios hemorrágicos: leucemia, anemia aplástica, terapêutica anticoagulante etc.;
ruptura de aneurisma: é o rompimento de um divertículo formado pela dilatação das paredes de
uma artéria no interior da cabeça,
doença vascular hipertensiva;
traumatismos cranianos, tumores
abscesso cerebral: é uma coleção de pus localizada no interior do encéfalo provocada por
traumatismo ou cirurgia cerebral, disseminação da infecção a partir da otite média, corpos
estranhos, sinusite, meningite etc.; cirurgia craniana.

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Sinais e sintomas
Varia de acordo com a etiologia e localização do processo responsável
alteração do nível de consciência- letargia, demora em responder as solicitações, agitação-,
confusão, inquietação, torpor mental, coma,cefaléia intensa no período da manhã, melhora após o
vômito;
vômito não precedido de náuseas, matutino, não relacionado com a ingestão de líquidos, mas sim
com o esforço e após cefaléia e tontura, tontura acompanhada ou não de náuseas,
bradicardia e hipertensão arterial: observada nos casos de evolução rápida,
crises convulsivas: indica o sofrimento cerebral, ação irritativa de processo expansivo;
febre. nos casos de abscessos, tumores;
distúrbio do ritmo respiratório: bradipnéia, Cheyne-Stockes,
distúrbio motor e sensitivo déficit motor em um hemicorpo (do lado
oposto ao da pupila alterada), disfasia , anosmia, distúrbio auditivo, diminuição da acuidade visual,
midriase (raramente meiose);
edema papilar (através do exame de fundo de olho) é um dos principais sinais, resultante da pres são
do LCR das bainhas óticas sobre a veia central da retina.

Tratamento
diminuir o edema cerebral através dá administração de:
diuréticos osmóticos: Manítol,
corticóides: Decadron, que diminui o processo inflamatório;
albumina: aumenta a pressão oncótica e com isso diminui o líquido cerebral.
diminuir o fluxo sanguíneo cerebral através da hiperventilação;
combater o FHC de acordo com a causa:
1. repouso no leito, sendo absoluto nos casos hemorrágicos,
2. administração de antibióticos para combater o processo infeccioso;
3. administração de quimioterápicos (Vincristina, Metotrexato) para evitar a propagação de células
tumores.
b) Cirúrgico:
combater a MC:
descompressão externa: retirada de retalhos ósseos e abertura da dura- mate;
descompressão interna: ressecção do parênquima nervoso,
derivação externa,
colocação de válvula unidirecional derivando o líquor para a corrente sangüínea (drenagem
ventrículo-jugular) ou para o peritônio.
combater as causas que levam a HIC:
craniotomia: é a abertura cirúrgica do crânio para remover tumor, coágulo sanguíneo e abscesso,
estancar hemorragia, aliviar pressão intracraniana; drenagem do abscesso através de trepanações
(fazem-se orifícios na caixa craniana com unia broca após incisão no couro cabeludo).
Assistência de enfermagem
Grande parte dos cuidados de enfermagem pré e pós-operatório são semelhantes aos de uma
cirurgia de alto risco.
Exames

Carotidoaglografia (CAG)
É a radiografia contrastada da circulação arterial e venosa do cérebro e crânio, obtida através da
injeção de contraste pela artéria carótica. Realizada com anestesia geral, tendo a finalidade de
demonstrar a posição da artéria, presença de aneurisma, hematoma tumores, vasos anormais.
fistulas artéria-venosas, oclusões arteriais.

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Os procedimentos de enfermagem são:


antes do exame:
1. manter jejum no dia;
2. administrar medicação pré--anestésica.
após o exame:
observar seqüelas neurológicas: déficit motor e sensitivo, nível de consciência, distúrbio da fala;
verificar presença de hematoma no local da injeção, colocando-se bolsa de gelo se houver
sangramento;
manter repouso por 24 horas;
observar reações alérgicas ao contraste, tais como sudorese, dispnéia, náuseas, vômitos,
taquicardia, prurido;
estimular hidratação (após recobrar a consciência) para acelerar o processo de excreção do
contraste.

Exame de líquor
É um exame indicado em várias doenças neurológicas, e o líquor é obtido através de punção
lombar, suboccipital e ventricular.
A punção subventricular em adulto é feita na SO, pois há necessidade de trepanação na calota
craniana. Dás 3 punções a mais utilizada é a lombar .
Características examinadas no líquor
cor: límpida e incolor (quando alterado, o líquor apresenta-se turvo, hemorrágico, ou
xántocrômico);
exame citológico: ausência de hemácias- leucócitos até 4 por mm

exame bioquímica: cloro- 700 a 750 mg/100 ml; proteína- 40 mg/100 glicose: 50 a 80 mg
100 ml,
exame imunológico pesquisa de sífilis através do Wasser-man, VDRL; pesquisa de
neurocisticercose,
exame microbiológico: cultura e antibiograma,
Finalidades da punção obter líquor para exame e reduzir a pressão cerebromedular.
Os procedimentos de enfermagem são
antes do exame:
1. preparar o material: agulha de punção com mandril, seringa, tubo de ensaio, luva, gaze com
anti-séptico, momento para medir a pressão liquórica,
2. orientar o paciente em relação do exame;
durante o exame.
manter o paciente com o segmento lombar arqueado colocando-o com o queixo próximo ao tórax e
no decúbito lateral com os joelhos próximos ao abdome e presos com as mãos. ou sentado em uma
cadeira ao contrário,
após a Introdução da agulha de punção é feita a retirada do líquor e leitura da pressão medular,
após o exame:
1. anotar o procedimento, aspecto do líquor, pressão medular;
2. encaminhar material para exame (geralmente 1O ml);
3. manter paciente em decúbito horizontal sem travesseiro por 24 horas. Na punção 4. occipital
não há necessidade de decúbito horizontal;
4. estimular hidratação VO;
5. observar presença de cefaléia é sinal de hipotensão intracraniana.

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Eletroencefalografia (EEG)
É o registro da atividade elétrica, aplicada através do eletroencefalógrafo. Esse aparelho capta
a atividade cerebral por meio eletrodos fixados na superfície do couro cabeludo.
Finalidades: avaliar a atividade fisiológica cerebral, ajudar no diagnóstico de epilepsias,
pesquisar coma, diagnosticar morte cerebral.
Procedimentos de enfermagem:
orientar o paciente em relação ao exame:
1. indolor;
2. realizado, em decúbito dorsal ou sentado;
3. necessidade de permanecer quieto, calmo, sem se movimentar durante o exame:
4. suspenso de bebidas estimulantes;
5. suspensão de tranqüilizantes e medicação antiepiléptica 24 horas antes do exame ou de acordo
com a orientação médica;
6. não há necessidade de jejum;
7. cabelos limpos, sem laquê, óleo, brilhantina.

d) Pneumoenceialogralia
E feito por punção lombar, tirando-se uma série de radiografias após a retirada de uma porção
do líquor e introduzido ar, que atua como meio de contraste. Realizado sob anestesia geral.
Finalidades:
visualizar o sistema ventricular, espaço subaracnóidea,
ajudar no diagnóstico de lesões tonsurais, atrofia cerebral.
Procedimentos de enfermagem:
pré-exame: medidas de atendimento de pacientes anestesiados: jejum, controle de sinais vitais.
após exame:
1. medicar para cefaléia, cuja duração e intensidade irá depender da sua absorção;
2. colocar bolsa de gelo sobre cabeça para diminuir cefaléia febre
3. medicar para hipertermia, náuseas e vômitos;
4. manter repouso em decúbito horizontal por 24 horas,

e) Pneumoventriculografia
É a obtenção de uma série de radiografias do crânio após a substituição parcial de líquor
ventricular por substância de contraste gasoso. Indíca -se somente quando a CAG não é
esclarecedora.
Realizado com anestesia geral, pois é necessário trepanação craniana. Portanto, os cuidados de
enfermagem serão semelhantes aos do pré e pós-operatório de cirurgias cranianas.

f) lodoventriculografia
Consiste em radiografias do crânio após Introdução de contraste iodado. Realizado com
anestesia geral, em SO, pois é necessário trepanação craniana. Portanto, os cuidados de enfermagem
serão semelhantes aos cuidados de neurocirurgia.

g) Radiografia simples do crânio


São radiografias simples de frente e perfil demonstrando a configuração, vasos, calcificações
intracraniana e tumores. Não necessita de nenhum preparo especial.

h) Tomografia
Consiste na obtenção de imagem computadorizada dos valores de absorção dos tecidos da área
mapeada. Não necessita de nenhum preparo físico especial. O paciente deverá ser esclarecido que
esse exame é indolor, que deverá permanecer quieto durante o exame.

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i) Ecoencefalografia
O ecoencefalógrafo envia ao crânio vibrações ultra-sônicas (alta freqüência), que, ao serem
refletidas pelas variadas estruturas Iranianas, são captadas em forma de eco pelo aparelho que as
transforma em sinais elétricos transcritos no osciloscópio.
Não há nenhum preparo físico em especial, necessita apenas orientação ao paciente de que esse
exame é indolor e de que as sondas serão fixadas, na cabeça.

j) Mapeamento cerebral
Após a Introdução de radioisótopos, a radioatividade é captada por um mapeado. A substância
radioativa atinge maior concentração nos tumores, derrames e abscessos,
Os procedimentos de enfermagem são:
Orientar o paciente que o exame é indolor, que deverá permanecer quieto durante o
procedimento,
Administrar Lugol no dia anterior ao exame, a fim de bloquear a captação do radioisótopos
pela tireóide, glândulas salivares, mucosa gastrintestinal,
Manter o paciente em isolamento até a eliminação dos radioisótopos.

Preparo pré-operatório
Observar nível de consciência:
conscientes: se está confuso (tempo e espaço), orientado no meio sonolento,
inconscientes: se reage a estímulos dolorosos, se possui alguma atividade motora,
Comunicar-se com o paciente (oralmente ou por escrito), inclusive com os aparentemente
inconscientes. observar dificuldade na articulação, incapacidade de se exprimir,
incapacidade de entender;
Observar déficit motor e sensitivo, auxiliando e estimulando-o a deambular, movimentar
se.
O paciente poderá apresentar:
plegia: diminuição da sensibilidade e motricidade;
paresia: perda da sensibilidade;
ataxia: incoordenação motora,
parestesia: sensação de formigamento, queimação,
Bservar problemas urinários, tais como incontinência. Retenção, infecção.
Passar sonda vesical, se necessário;
Manter o paciente limpo e seco;
Proceder à terapêutica adequada ao problema;
Estimular hidratação e alimentação, observando presença de disfagia, afagia,
Observar necessidade de sng para alimentação,
Observar complicações:
Ortopédicas: pé eqüino, posição viciosa;
Pulmonares.- broncopneumonia, atelectasia, infecção,
Cutâneo: escara de decúbito;
Prevenir essas complicações mantendo o paciente em posição anatômica, uso de suportes e
coxins, estimulando e ajudando na deambulação e movimentação, fazendo massagem de
conforto e mudança de decúbito, ,deixando o paciente limpo e seco etc.,
Observar midríase, se reage à luz, e correlacioná-la com o déficit motor do lado oposto;
Controlar mais freqüentemente p e pa;,
Observar crises convulsivas e tomar as devidas providências: manter via aérea
desobstruída. Afrouxar as roupas, proteger a cabeça contra agressão, medicar,
Fazer tricotomia total do couro cabeludo,

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Contra-indicada a lavagem intestinal em pacientes de aneurisma e hipertensão


intracraniana, pois o esforço para defecar eleva a pressão intracraniana.
Medicar conforme a sintomatologia apresentada e prescrição médica, dar assistência,
psicológica atentando principalmente para:
A alteração da auto-ima em: os pacientes neurológicos podem apresentar uma não
aceitação do corpo,
Situação altamente stressante ao paciente e família, pois o cérebro é considerado por eles
como um dos órgãos essenciais.

Cuidados no pós-operatório
Indica-se a permanência do paciente por mais ou menos 48 horas na UI'I, onde deverá receber
os cuidados de paciente grave.
Cuidados gerais de PO;
Observar nível de consciência:
1. resposta a estímulos verbais: tempo gasto para responder, respostas com nexo, dificuldade na
articulação das palavras;
2. capacidade motora: se consegue elevar o braço, exteriorizar a língua,
3. respostas a estímulos dolorosos sensação à dor, contração muscular a estímulo doloroso.
observar crises convulsivas prestando a assistência devida, e, em crises freqüentes, deixar o paciente
com cânula de Guedes;
Elevar as grades da cama;
Manter vias aéreas desobstruídas, aspirando, fazendo tapotagens, mudanças de decúbito
Manter o paciente em decúbito lateral para facilitar a respiração;
Controlar freqüentemente os sinais vitais, geralmente de hora em hora nas primeiras 24
horas;
Manter o paciente normotérmico, pois na hipertermia aumentam as necessidades
metabólicas do cérebro,
Observar sintomatologia de fuc:
Diminuição de reação aos estímulos;
Diminuição da mortalidade nos membros,
Sinais de descerebrarão e decorticação;
Autuações nos sinais vitais, cefaléia, alterações visuais, midríase, ausência de reação à luz
Inquietação, agitação.
Evitar irritações e úlceras de córnea através de limpeza com água burricada, colocação de
tampões úmidos- passar pomada oftálmica;
Observar turgor da pele, pois o paciente poderá desidratar-se devido à diminuição da
hidratação e administração de drogas antiedema cerebral,
Fazer o balanço hídrico;
Elevar a cabeceira mais ou menos 30 em para diminuir o edema cerebral e facilitar o
retorno venoso (após o paciente recobrar a consciência);
Manter o dreno ventricular funcionando adequadamente:
Verificar a permeabilidade do dreno através das pulsações do líquor no tubo de drenagem;
Manter a cabeceira da cama elevada
Não colocar o frasco coletor em níveis baixos. Mas sim no mesmo nível ou acima da
cabeça. Isso é para evitar a saída contínua de lcr e, conseqüentemente, a hipotensão
liquórica,
Deixar em nível mais baixo que a cabeça do paciente o frasco que coleta o liquido retido
nos espaços manipulados durante a cirurgia extradural, subdural,

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Observar características do líquido drenado,


Observar presença de fistulas liquórica através de perda de lcr, pelo nariz e ouvido. Estas
fistulas poderão levar o paciente à meningite
Observar a sintomatologia de meningite: rigidez de nuca, vômitos em jato não precedido
de náuseas, cefaléia, hipertermia;
Nas hipofisectomias deve-se observar sinais de Diabetes Insípidas:
1. controlar o peso diariamente,
2. controlar a diurese e densidade da urina.

AFECÇÕES ORTOPÉDICAS

Considerações gerais sobre fisioterapia


Na fisioterapia utilizam-se agentes Físicos no tratamento das doenças, atendendo o paciente no pré
e pós-operatório. Tem por objetivo manter o estado geral, tônus muscular e mobilidade articular-,
obtêm-se esses objetivos através de:
Orientação posturas no leito,
Exercícios respiratórios,
Movimentação passiva e ativa para desenvolver a independência ou mobilidade no leito;
Cinesioterapia: tratamento realizado em ginásio, usando-se tapetes, polias, barras,
bicicletas, escadas. Próteses ortopédicas e pesos. O tratamento tem por finalidade:
Promover a independência para transferências-. Cadeira-tapete, cadeira- barras, muletas
etc.-,
Treinar para a marcha,
Treinar e preparar para a prótese ortopédica;
mecanoterapia: emprega-se a massagem e mesa de tração como meios terapêuticas;
Aplicação,de calor superficial é a termoterapia propriamente dita:
a) raios infravermelhos,
b) raios ultravioleta: indica-se nos casos de ferida aberta,
c) forno de Bier .

Aplicação de calor profundo:


a)hidroterapia: é,o tratamento através da água, recomendado aos pacientes com dores intensas,
(artrite reumatóide, paralisia infantil) e contra-indicado nos pacientes que apresentam lesões na
pele. Neste tipo de tratamento, a água morna sai em forma de jatos em direção ao local lesado,
permitindo sua movimentação subaquática;
b) eletroterapia: empregasse o ultra-som (ondas curtas), associado às movimentações;
c) banho de parafina.

Fraturas
É uma quebra anormal na continuidade de um osso, determinando lesão ou morte de algumas
células ósseas, e, algumas vezes, do periósteo e tecidos adjacentes.
Tipos
Ela pode ser classificada. de acordo com:
causa:
1. fraturas traumáticas: causadas por acidentes de trânsito ou quedas;
2. fratura patológica: causada por doenças que diminuem a resistência óssea, tais como tumores,
osteoporose e outros.
integridade da pele:
fratura fechada: as superfícies fraturadas não entram em contato com o meio ambiente, pois a pele

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permanece integra,
,fratura exposta: ocorre comunicação do osso com o meio ambiente através de uma solução de
continuidade da pele.

Sinais e sintomas
Dor: espontânea ou provocada pela movimentação e palpação,
edema. devido a agressão traumática e derrame do conteúdo da medula óssea.
deformidade: pode ocorrer urna posição anômala visível ou palpável
impotência funcional: o local afetado torna-se incapaz (total ou parcialmente) de exercer as suas
funções, podendo desenvolver nessa área uma mobilidade anormal, crepitação óssea devido ao
atrito entre as superfícies fraturadas, hematoma por lesão dos vasos sanguíneos na área atingida.

Complicações
Infecção da ferida
Infecção óssea (osteomielite),
Lesões vasculares provocando isquemia da extremidade comprometida
Retardo ou falta de consolidação do osso fraturado,
Choque hemorrágico,
Lesão nervosa (paraplegia ou tetraplégica). São termos utilizados para indicar
comprometimento motor e sensitivo dos NINUI ou dos quatro membros. Os sinais e
sintomas comuns:
Paralisia e insensibilidade dos membros afetados,
Deformidade;
Bexiga neurogênica: impede a conscientização e controle voluntário do ato de urinar;
Distúrbios urinários: hipercalciúria, disfunção renal, infecção urinária,
Distúrbio ano-retal;
Distúrbios sexuais: geralmente toma o homem incapaz para a fecundação. Um pequeno
número de pacientes pode apresentar ereção psicogenética que o tornará, capaz para o oito,
Distúrbio no metabolismo, provocando principalmente hipoproteinemia de causa
desconhecida;
Distúrbio no índice de cálcio, com pouca quantidade no osso (provocando osteoporose) e
aumento da eliminação pela urina (facilitando cálculos renais);
Distúrbio neuro - vegetativo. Hipotensão ou hipertensão arterial, distúrbio respiratório,
digestivo,
Alteração do comportamento psicossocial. O paciente apresenta-se deprimido, negativo,
agressivo-, alguns passam para a fase seguinte que é de aceitação, progresso e reabilitação.

Tratamento
Redução incruenta: colocam-se as extremidades dos fragmentos ósseos em contato pela
manipulação e tração manuais; depois recomenda-se aplicar o aparelho gessado para manter
a imobilização e redução,
Enfeixamento com atadura de crepe,
Aparelho de gesso ou goteira gessada através do uso de atadura de gesso, sendo um dos
tratamentos mais utilizados por ser prático e eficiente.

Tipos de gesso mais complexos:


Minerva: imobiliza a coluna vertebral, pois engessa o queixo, parte da cabeça, todo o tórax e parte
do abdome;
pelve podálico: imobiliza articulação coxo-femurai, pois engessa região abdominal e MMII,

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tóraco-abdominal: imobiliza a articulação do ombro pois engessa tórax e MMSS.


tração contínua: de redução: aplica-se uma força contrária à ação contrátil do músculo,
promovendo uma redução gradual;
de pele ou cutânea: possui ação indireta sobre os ossos através da aplicação de uma tábua
quadrangular paralela à planta do pé, que deverá estar colada à tira de esparadrapo aplicada na pele
do segmento a ser tracionado; coloca- se um peso na extremidade como contratação;
esquelética: a mais eficaz., consiste em colocar-se um fio ou pino metálico diretamente sobre o
osso; pode ser transesquelética e craniana.
cirurgia: indica-se nos casos em que outros métodos não surtiram o efeito desejado. Através da
cirurgia pode-se obter uma redução e imobilização adequada, ou seja, alinhamento correto dos
fragmentos ósseos; fisioterapia para preservar e restaurar a função do segmento lesado.

Hérnia de disco
É uma protrusão do núcleo do disco para o seu interior, provocando compressão nervosa.

Causas
Traumáticas: queda, acidente automobilístico, força para carregar objetos pesados;
degenerativa; predisposição congênita.

Sinais e sintomas
Irá depender de localização, tamanho e efeito sobre as estruturas.
a) Disco cervical: 1
Dor e rigidez no pescoço, extremidade dos ombros e região da escápula;
Dor nos mmss e cabeça,;
Parestesia e formigamento das extremidades dos mmss.
b) Disco lombar:
Dor lombar persistente irradiando para região glútea e MMII
Deformidade postura da coluna vertebral;
Fraqueza muscular;
Perda sensitiva,
Dificuldade para andar e ficar de pé;
Perda do controle urinário e fecal por compressão da cauda eqüina

Meios diagnósticos
Exame físico e anamnese,
RX da coluna;
Mielografia: demonstra a área da pressão, local da herniação do disco-,
Venografia lombar;
Eletromiografia.

Tratamento
Uso de colarinho cervical,
Colocação do paciente em tração cervical);
Administração de relaxantes musculares (bescrol etc.) E antiinflamatórios (butazona etc.),
analgésicos e sedativos;
Injeção de corticosteróide no espaço epidural para aliviar a dor, encaminhamento à
fisioterapia.
Cirúrgico:
laminectomia: consiste na ressecção de lâminas da vértebra, exposição e inspeção dos elementos

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nervosos do canal medular e remoção da patologia que comprime a medula e raízes nervosas.

Escoliose
E urna deformidade óssea que produz um desvio lateral patológico da coluna vertebral
acompanhada de rotação dos corpos vertebrais.

Patogenia
Em conseqüência do desvio lateral da coluna vertebral há uma alteração da estática, equilíbrio
muscular ou do crescimento vertebral.
Tipos:
Congênita: a anomalia vertebral mais freqüente é de uma hermivértebra. Muitas vezes
passa desapercebida;
Adquirida ou secundaria: devido ao raquitismo, afecções neurológicas, neurológicas, certas
intervenções cirúrgicas e outros,
Essenciais ou idióticas.- de etiologia desconhecida, predominam em 70% dos casos, são as
mais freqüentes em adolescentes.
Sinais e sintomas
Curvatura escoliótica na região cérvico-dorsal, dorsal ou dorso-lombar,
Distúrbios respiratórios: devido à deformidade do gradeado costal, ocorre diminuição da
ventilação;
Insuficiência cardíaca: a diminuição da ventilação pulmonar provoca vasoconstrição, que
gera hipertensão no circuito pulmonar;
Alterações sensitiva e motora dos NMSS e MMII, podendo provocar parapalesia e
paraplegia;
Alterações visuais: principalmente diplopia por paralisia do VI par do nervo craniano.
Meios diagnósticos
Exame físico e anamnese : o apresentação dos sinais e sintomas característicos da doenças;
Manobra de Adams o paciente permanece de pé e encurva-se para frente .
Exame radiológicos: fundamental importância;
Provas de função pulmonar,
ECG

Tratamento
Fisioterápico: tem a finalidade de restabelecer o equilíbrio vertebral, melhorar o tônus muscular e a
postura;
dispositivos de correção
colete de Risse: aparelho gessado que vai desde a mandíbula e occipto até o púbis e nádegas,
colete de Miliwankee: colete que liga e sustenta o apoio pélvico ao apoio da regiião cervical.
Cirúrgico: tração halo femoral. consiste na instalação de parafusos ou pinos no crânio e
fêmur, faz-se a tração, colocando pesos na parte craniana, e a contratação, através de pesos na parte
femoral;
artrodese: fixação da coluna vertebral usando-se varetas. No pré-operatório deve-se fazer uma
redução da escoliose com os dispositivos de correção,

Osteomielite
É uma infecção piogênica, de grande importância em ortopedia, não só pela
freqüência ocorre que ocorre como também pelas seqüelas que prejudicam o estado geral do
paciente.

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Patogenia
O microrganismo que mais freqüentemente causa a osteomielite é o Stafilococus, cuja toxina
possui alto teor necrotizante.
Os microrganismos poderão chegar ao interior do osso através de três vias-.
Hematogênica: por um foco à distância, os germes invadem a corrente circulatória
provocando septicemia (infecção geral), inclusive a osteomielite. É a causa mais
comum a mais grave e de rápida disseminação,
Exógena: por ulceração ou ferimento, sendo as fraturas expostas infectadas o
exemplo clássico;
Por contigüidade: quando através de um foco próximo, o osso é atingido,
Ex.: osteomielite de costelas como conseqüência de uma infecção pulmonar.

Sinais e sintomas
a) Gerais: a sintomatologia de qualquer processo infeccioso agudo tais como:
febre alta, abatimento geral, inapetência.
b) Local:
Dor: contínua, intensa, piorando com a movimentação;
Edema e flutuação: inicialmente acontece o edema, e quando os abscessos se
superficializam e perfuram em direção à pele (canais fistulosos), ocorre a flutuação;
Atitude antálgica: o paciente procura defender-se da dor, assumindo posições articulares
vícios. Ex.: contratura de flexão do joelho;
Impotência funcional: impossibilidade de movimentar a extremidade afetada de modo
parcial ou total.
c) Complicações.
gerais: infecções à distância, tais como a pericardite, endocardite, abscesso pulmonar, nefrites;
locais: invasão articular vizinha (pioartrite);
formação de abscessos e fistulas (fase de osteomielite crônica);
1-fraturas patológicas,.
2-deslocamento epifisário

Exames
Sangue
Bemocultura. Geralmente positiva,
Hemograma. Acusa anemia (diminuição de eritrócitos) e leucocitose (aumento do número
de leucócitos);
Hemossedimentação: apresenta-se elevada.
Cultura e antibiograma da secreção do abscesso,
R,X.

Tratamento
Geral: administração de antibióticos de acordo com o antibiograma; manutenção do estado geral
através de transfusões sanguíneas, soro acrescido de vitaminas etc. administração de analgésicos e
sedativos.
Local: imobilização em aparelho, goteira gessada ou tração, drenagem do local através de
perfurações ósseas, limpeza cirúrgica.

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Osteomielite crônica
É a osteomielite aguda que, não conseguindo curar-se, persistindo por meses ou anos, passa à
etapa crônica.
Patogenia
A conexidade da infecção pode ser decorrente da drenagem inadequada, infecção secundária,
antibioticoterapia insuficiente ou ineficaz.
À medida que o osso tenta erradicar a infecção, forma-se o seqüestro, que é a parte morta do
osso dentro da cavidade. Com o seqüestro funcionando como corpo estranho, ele poderá ser
eliminado espontaneamente ou cirurgicamente.
O osso reconstituído ao redor da área da osteomielite crônica se espessa, tomando-se
esclerótica.

Sinais e sintomas
Dor profunda, mas não tão intensa como na fase aguda,
Edema e endurecimento das partes moles;
Orifícios fistulosos persistentes,
Estado totêmico crônico, com o estado geral discretamente alterado.

Complicações
Alongamento ósseo,
Encurtamento ósseo
Fratura patogica
Cancerizacão das fistulas

Tratamento
Administração de antibióticos VO, parenteral ou pelo sistema de irrigação continua,
Medidas gerais: analgésicos, sedativos.

Cirúrgico
Drenagem dos abscessos: os espaços ósseos, devido à limpeza cirúrgica, poderão ser
preenchidos por enxertos ósseos esponjosos,
Seqüestrectomia: retirada dos seqüestros;
Fistulectomia: ressecção dos trajetos fistulosos;
Cirurgia plástica para corrigir os problemas de cicatrizes da pele;
Amputação-. É a última opção, quando outras medidas não erradicaram a doença.

Osteoartrite
Caracteriza-se pela degeneração da cartilagem articular, calcificação dos ligamentos e
expressamente da cápsula e membrana sinovial.

Patogenia
Ela decorre do desgaste natural prolongado das superfícies articulares. Portanto, acomete
principalmente as articulações que suportam grandes pesos ( joelho. quadril, vértebras e dedos)
Os fatores predisponentes são:
Idade: na meia-idade e velhice;
Traumas: irritações leves ou contínuas,
Trabalho físico que desgasta a articulação-,
Obesidade: o excesso de peso determina uma pressão excessiva sobre as articulações.

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Sinais e sintomas
Dor: constante, melhorando com o repouso
Rigidez e limitação dos movimentos articulares, que levam à deformidade articular.
Dificuldade para deambular,
Nódulos de Heberden hipertrofias ósseas nas articulações distais de alguns ou todos os
dedos.

Tratamento
Manter repouso das articulações acometidas através de tração, coletes, repouso no leito;
Aliviar a dor através da aplicação de calor ou frio, analgésicos
administrar antiinflamatórios e corticóides
Fazer exercícios fisioterápicos para manter os movimentos, melhorar a força muscular e
prevenir deformidades.
Cirúrgico
Artroplastia: indicada para joelho e quadris, consistindo na plástica ou reconstituição da
articulação, podendo ser parcial (restauração de uma das duas faces articulares), ou total
(restauração de ambas as partes). O material utilizado para uma das faces é de polietileno e,
para a outra, de aço inox ou Vitalium.

Tumor de células gigantes


Acomete a extremidade de um osso longo (tíbia, fêmur, rádio), em adultos e jovens (15 a 35
anos), caracterizando-se por abundância de células gigantes. Esse tumor benigno poderá
transformar-se em maligno.
Inicia-se geralmente após traumatismos, provocando:
Aumento do volume e edema local;
Dor constante e progressiva,
Disfunção articular;
Fratura patológica.
Basicamente o tratamento é cirúrgico, consistindo em:
Exerce do tumor e enxerto ósseo: em 50% dos casos ocorre bom prognóstico e, nos outros
50%, aparece recidiva local dentro de 3 a 4 anos;
Radioterapia: não traz bons resultados;
Alívio da dor com analgésicos;
Prevenção da fratura patológica, restringindo-se a movimentação brusca, carregamento de
peso.

Sarcoma osteogênico
É um tumor ósseo maligno que se origina nos osteoblastos e tecido conjuntivo, desenvolve-se
rapidamente, é o mais freqüente entre todas as neoplasias ósseas malignas, e de prognóstico
desfavorável.
Acomete mais os jovens e os ossos longos (fêmur, tíbia, fíbula e úmero). Os sinais e sintomas
variam de acordo com a idade do paciente, malignidade, localização e tempo de evolução.
Basicamente são:
Dor: próxima da articulação, suave e intermitente, melhorando com o repouso. Com a
evolução, a dor passa a ser contínua, aliviando com a
Administração de analgésicos e entorpecentes. Na fase avançada. Ela toma- se de difícil
alivio.
Aumento de volume local, pele distendida e brilhante;
Emagrecimento. Inapetência. Mal-estar,
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Atrofia muscular por restrição de movimentos devido à dor.


Hidrartrose: acumulo de liquido seroso nas articulações.s vizinhas.
O tratamento consiste em.
Cirurgia: e paliativo. Indicando-se a amputação ou a desarticulação.
Radioterapia: pouco utilizada, pois o tumor é radiorresistente,
Quimiotera , pia. Inicia-se após o tratamento cirúrgico, e as drogas mais utilizadas são a
vincristina. Metotrexato, adrianúcina.

Sarcoma de Ewing
Esse tumor maligno origina-se na célula reticulo endotelial da medula óssea, incidindo mais nos
adolescentes, no sexo masculino e nos ossos longos (fêmur, tíbia e Úmero).
Os sinais e sintomas principais são
Febre em tomo de 3 8ºC
Dor local;
Aumento de volume local.
O tratamento é paliativo, consistindo em:
Cirúrgico: amputação e desarticulação;
Quimioterápico: obtêm-se resultados satisfatórios com o uso de citostáticos como o
indexam, oncovin;
Radioterápico.

Paralisia cerebral
Enfermidade do- SNC caracterizada por paralisia, fraqueza, incoordenação motora ou ataxia.

Patogenia
Os fatores responsáveis pela paralisia cerebral (PC) são:
Pré-natais. Influências hereditárias ou congênitas tais como: mãe com toxoplasmose ou
rubéola, ação dos rx sobre a mãe etc.
Natais:
Anoxia: administração de medicamentos analgésicos e/ou anestésicos à mãe, levando o
feto a ter anoxia cerebral;
Traumatismo cerebral durante o parto;
Hiperbilirrubinemia devido à incompatibilidade sangüínea.
Pós-natais.
Traumatismos: contusão cerebral, hemorragia.
Infecção- meningite, encefalite,
Anoxia: envenenamentos.

Sinais o sintomas
Há vários tipos de PC. A classificação mais utilizada é a clínica, que divide a doença em sete
tipos: espástico, atetóide, rígido, atáxico, hipotônico, trêmulo e misto.
Os tipos mais Requentes são
Espástico: de maior incidência, com alguns músculos apresentando espasticidade, que, ao
afetar os músculos flexores, origina uma deformidade típica: flexão da planta dos pés,
joelhos, quadris, dedos, punhos e cotovelo- o ombro poderá estar em abdução e em rotação
interna;
Atetóide: caracterizasse por movimentos involuntários, lentos, irregulares, que impedem
qualquer função útil da extremidade;
Misto: composto por mais de um tipo, sendo o mais freqüente o espástico- atetóide.

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Além dos distúrbios de motricidade, o paciente poderá apresentar também: - alteração da


fala: dislalia, fala lenta, voz gutural;
Diminuição da acuidade auditiva ou surdez;
Cegueira parcial e estrabismo por distúrbio da musculatura motora do olho; - crises
convulsivas,
Diminuição da inteligência; - persistência de reflexos primários, (como a sucção nas
crianças).

Tratamento
Irá depender do tipo e da gravidade, pois a PC é uma doença difícil de diagnosticar nos
primeiros meses.
fisioterapia: deve ser iniciada o mais cedo possível. Os exercícios objetavam:

a) diminuir o espasmo e contraturas musculares através da dissensão passiva


b) dos músculos afetados;
c) reforçar, os músculos antagonistas aos afetados;
desenvolver a coordenação muscular.
aparelhos: são utilizados a fim de evitar recidiva dê deformidade nos músculos espástico (ex.:
aparelho no tornozelo para prevenir o pé eqüino) ou para facilitar a deambulação,
cirurgia:
a) cirurgia das partes moles, dividindo os tendões, músculos e cápsulas articulares. Esta operação
tem por finalidade diminuir as contraturas,
b) neurectonfia: faz-se secção de determinados músculos periféricos a fim de relaxar os músculos
espástico;
c) osteotomias: corrigir as deformidades ósseas;
d) artrodeses: estabilizar as articulações comprometidas.

Seqüela da poliomielite (PI)


O paciente com seqüela de PI possui um comprometimento das raízes motoras da parte anterior
da medula. Como as raízes sensitivas saem da parte posterior, há uma paralisia mas com a
sensibilidade presente. A doença caracterizasse por irregularidade nos segmentos nervosos afetados,
podendo progredir para um comprometimento respiratório por paralisia dos músculos que
participam na respiração
Portanto, as seqüelas de PI são
Deformidades as mitos comuns são a contratara em flexão do quadril e joelho, escoliose
paralítica, , contratura do tornozelo;
Osteoporose e a redução difusa da densidade óssea provocada por alteração no
metabolismo protéico,
Dor ocasionada pela irritação meníngica, aumentando com a manipulação e posição
inadequadas
Complicações respiratórias provocada pela paralisia dos músculos respiratórios e
imobilização prolongada no leito
O tratamento objetiva:
a) tratar o comprometido respiratório através do uso de respiradores artificiais, sendo os mais
utilizados.
Pulmão de aço indicado em paciente consciente, com deglutição normal, comprometido
parcial da musculatura respiratória. A cabeça do paciente permanece fora do aparelho para
poder inspirar quando a pressão negativa do respirador exercer efeito sobre o tórax; e
expirar quando a pressão do aparelho volta aos valores normais .

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Ventiladores de pressão negativa e de volume (bird, monaghan, bennet, emerson, etc.) Para
a instalação desses respiradores é necessários que o paciente esteja incubado ou
traqueotomizado.
b) corrigir as deformidades e recuperar a função muscular
Tração das partes mole e esquelética,
Colocação de gessos sucessivos para correção progressiva,
Uso de aparelhos ortopédicos,
Fisioterapia;
Tenotomia, ou seja, a secção de tendões dos músculos encurtados ou contraídos,
Transplante de tendões
Aponeurotomia: secção de aponeuroses retraídas,
Capsulotomia: secção das cápsulas articulares,
Sindesmotomia-. Secção dos ligamentos;
Artodese-. Fixação cirúrgica da articulação;
Osteotomias: abertura dos ossos a fim de corrigir os desvios dos eixos articulares.

c) prevenir a instalação da osteoporose através de dietas ricas em vitaminas D, cálcio e proteínas;


d) tratamento da dor através de analgésicos, posição no leito adequada.

Mielografia
E o estudo radiológico da coluna vertebral após a Introdução de contraste no espaço
subaracnóideo.

Procedimentos de enfermagem
Prestar informações sobre a punção lombar (ver no capítulo da Neurologia);
Após o exame manter o paciente em decúbito horizontal por 24 horas;
Estimular hidratação.
Tração
a) Preparo para tração de pele .
Preparo o material: esparadrapo, c= de algodão ortopédico, atadura de crepe, tábua quadrangular
(1O ou 5 em) perfurada no centro, corda, tesoura, pesos

Preparo o paciente para a tração:


1. explicar o procedimento,
2. lavar com água e sabão o local e proceder a tricotomia
3. observar presença de lesão na pele, pois esse tipo de tração será contra- indicado;
4. remover gordura da pele com éter ou benzina, depois, passar tintura de Benjoim,
5. proteger as saliências ósseas com algodão ortopédico, tendo o cuidado de não garrotear.
Após a tração:
1. colocar o cordel no orifício da tábua e instalar no máximo 4 kg de peso. Após 12 a 24 horas
pode-se colocar os pesos prescritos;
2. apoiar o membro e orientar o paciente a mantê-lo imobilizado.
b) Preparo para tração esquelética.
Preparar o material: irá variar de acordo com o local a ser tracionado, se realizado ou não
no centro cirúrgico. Geralmente necessita-se de pesos, suportes, cordas de náilon, roldanas,
cama ortopédica e materiais para anti-sepsia, anestesia e curativo; 0
Preparar o paciente,.
1. explicar o procedimento;
2. lavar com água e sabão o local e proceder à tricotomia;

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3. observar a presença de lesão na pele e tratá-la adequadamente,


4. pesquisar e notificar problemas neurovasculares.
c) Cuidados gerais com o paciente com tração
1. Orientá-lo a fazer a sua própria higiene com a enfermagem lavando)-Ihe o segmento tracionado,
costas e áreas não alcançadas pelo paciente, estimular o paciente para:
1. erguer-se usando o trapézio, a fim de ajudá-lo em suas tarefas, prevenir escaras de decúbito,
provocar expansão torácica;
2. fazer exercícios a fim de manter a tonicidade muscular através de extensão e flexão de dedos,
artelhos etc.;
3. ingerir líquidos e alimentos ricos em resíduos e proteínas.
Trocar as roupas de cama no sentido da cabeceira para os pés; o paciente auxilia,
erguendo-se através do trapézio.Enquanto se retira o lençol sujo forra-se a parte da
cabeceira da cama com o limpo; o paciente ao deitasse eleva o quadril e a enfermagem
passa o lençol para a parte inferior da cama.
Fazer a transferência do paciente da maca para a, cama pelo lado não afetado:
1. com a cooperação do paciente: pedir-lhe para usar o trapézio, flexionar o joelho e apoiar o
calcâneo da perna não afetada no colchão. Com a ajuda da enfermagem que deverá também
estar tracionando o membro fraturado, ele eleva o corpo e dirige-se para a cama;
2. sem a cooperação do paciente: através do lençol da maca e com um profissional tracionando o
membro afetado.
Ao colocar a comadre, pedir ao paciente para elevar as nádegas com o auxílio do trapézio;
Observar e notificar:
1. condições circulatórias das extremidades;
2. condições da pele, presença de infecção em volta da tração;
3. aparecimento de escara de decúbito.
Manter o paciente em posição anatômica, o pé em ângulo reto com a perna, o segmento
fraturado em posição e alinhamento de acordo com a prescrição médica
Proteger o suporte de mmii para que não se contamine com fezes e urina;
Fazer a contratação de acordo com o tipo de tração:
1. Trendelemburg: tração nos MMII
2. próclise: tração craniana;
3. peso do corpo- quando é usado o balancim (tipóia pélvica).
Não apoiar lençol, colcha, cobertor ou objetos na corda da tração
Manter as cordas íntegras, deslizando sem atrito pelas roldanas, em alinhamento correto;
Não deixar as cordas fora da roldana;
Na corda que prende os pesos, dar nó fume e seguro, e, por medida de segurança, prendê-
los com esparadrapo;
Colocar os pesos na quantidade prescrita, não se esquecendo de que a tração de pele não
suporta elevada quantidade de peso
Manter os pesos numa altura adequada do chão e da roldana, pendendo livremente, sem
tocar em nenhuma superfície (chão ou objetos); não remover os pesos sem permissão
médica;
Não bater na tração e nem balançá-la, pois isso provoca dor ao paciente, fazer o curativo
nas áreas em volta dos fios e pinos. Deve-se proteger os pinos enrolando-os em gaze estéril
e as superfícies pontiagudas do fio ou pino com rolha ou fita adesiva.
d) Cuidados com o paciente com tração craniana:
Fazer a movimentação de acordo com a ordem médica,
Proceder à movimentação com no mínimo três pessoas,
Não fletir a cabeça do paciente nem para a frente, nem lateralmente;

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Manter a cabeça em linha reta com a coluna cervical,


Virar o paciente lateralmente observando a seqüência:
1. não fletir a cabeça;
2. cruzar a perna do lado oposto ao lado que será virado e apoiá-la no travesseiro;
3. apoiar o braço por cima sobre um travesseiro;
4. uma pessoa segura firmemente no estribo para manter a tração e o alinhamento, e as outras duas
pessoas movimentam o tronco do paciente;
5. mover a tração à medida que o paciente é virado, para mantê -lá em linha reta com o eixo
cervical;
6. colocar um pequeno travesseiro sob a cabeça na altura do ombro a fim de manter o alinhamento
cervical;
Triturar os comprimidos para facilitar a deglutição e evitar aspirarão.

Aparelho de gesso
a) Na aplicação:
Dar apoio psicológico antes e durante a aplicação do gesso;
Lavar com água e sabão o local e deixá-lo seco; passar talco ou álcool;
Preparar o material: malha tubular, algodão ortopédico, atadura de gesso, bacia com água.
Nos casos de goteira gessada, acrescentar atadura de crepe-, proteger a pele com uma malha
tubular (se não houver edema) e envolver as saliências ósseas com algodão ortopédico,
Imergir a atadura de gesso na água até que pare de borbulhar. Oferecer ao médico a atadura
gessada úmida e com a extremidade solta;
Não preparar em excesso ataduras de gesso, pois uma vez molhadas elas não se
conservam;
Manter o membro na posição colocada pelo médico durante a aplicação-, não fletir o
membro durante a aplicação e secagem do gesso;
Dobrar a malha tubular sobre as bordas do aparelho gessado e passar nova camada de
atadura de gesso na parte da malha dobrada;
Evitar queimaduras no paciente não apoiando em superfície impermeável e não cobrindo
com cobertor a parte cessada úmida. Isso porque durante a solidificação do gesso há
liberação de calor elevando-se a temperatura do ,gesso;
Transportar o paciente da maca para a cama, evitando movimentos bruscos que possam
quebrar o gesso. Segurar o membro gessado úmido com a mão espalmada para evitar
depressão do gesso, cuja compressão pode lesar nervos, vasos e pele;
Apoiar o membro gessado com travesseiro, de acordo com o molde do aparelho.
b) Após aplicação.
Deixar o gesso descoberto por 48 horas para secar. As partes do corpo não gessadas
deverão e cobertas;
Quando seco, proteger com esparadrapo as bordas da malha tubular para que o gesso desse
local não se fragmente,
Manter o gesso limpo e seco, limpando com pano úmido sempre que necessário;
Evitar queimaduras através da colocação de bolsa de água quente sobre o
Gesso;
Não molhar o gesso; não introduzir e nem retirar algodão do gesso;
Manter elevadas as extremidades gesso a fim de facilitar a circulação de retomo e evitar
edema (ex.: tipóia, calço na região do calcâneo);
Orientar o paciente a não introduzir nenhum objeto (estilete, varetas) no aparelho de gesso
para se caçar,
Manter as janelas (recortes do gesso) abertas ou fechadas, de acordo com a prescrição

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médica. Fazer o curativo diariamente e sempre que necessário;


Observar sinais de sangramento: manchas de sangue nos aparelhos gessados pós-cirúrgico
ou no lençol.
Observar sinais de garroteamento ou gesso apertado:
1. dor;
2. ausência ou diminuição da sensibilidade ou motricidade
3. extremidades edemaciadas, pálidas, cianosadas, corri alteração da temperatura.
Observar presença de odor desagradável ou fétido que pode ser indicativo de infecção ou
necrose,
Fazer mudanças de decúbito periodicamente"
Proporcionar recreação, pois a permanência prolongada no leito faz o paciente necessitar
de distrações e ocupações;
Orientar e estimular o paciente a:
1. movimentar as articulações não engessadas;
2. fazer exercícios no leito: erguer o tronco com auxílio do trapézio;
3. fazer exercícios respiratórios com frascos, inspirações profundas.
Evitar atrofia do membro gessado:
1. nos MMII: forçar a perna gessada contra o calço, estender e contrair os artelhos;
2. nos MMSS: flexão e extensão dos dedos, contração forçada dos dedos (fechar o punho).
Estimular., a marcha dos pacientes com. Bota de gesso e, quando em repouso, eleva-la
Estimular o paciente para o auto cuidado, orientando-o,
Colocar a cama em fowler ou semi-fowler no momento do paciente usar a comadre, a fim
de evitar refluxo da urina e fezes para o gesso;
Ao colocar a comadre, pedir ao paciente para elevar as nádegas com o auxílio do trapézio;
Manter higiene -corporal:
Paciente acamado dar banho no leito lavando as partes não gessadas;
Paciente ambulante: encaminhar ao chuveiro com as partes gessadas protegidas com
plástico. Orientar o paciente a não molhar o aparelho gessado. Se o gesso for apenas em
uma perna, sentar o paciente em unia cadeira embaixo do chuveiro e apoiar a perna
gessada em outra cadeira. Limpar os dedos e artelhos do membro gessado com pano
úmido e secar bem os espaços interdigitais,
Pacientes acamados que cooperam: dar o material de higiene, orientá-lo em como lavar-se,
e lavar as partes não alcançaras pelo paciente,
Paciente com gesso pelve - podálico ou calção gessado: manter limpa e seca a região
perenal,
Fazer a tricotomia da região pubiana para facilitar a higienização de alguns pacientes,
Estimular a hidratação e alimentação rica em proteínas e resíduos.
c) Na remoção
Retirar com serra elétrica, pressionando-se firmemente contra o gesso. Ao se perceber a
falta de superfície dura, erguer a lâmina e avançar 1,5 cm na direção do corte. Dessa forma,
corta-se o aparelho de maneira sucessiva e alternada,
Orientar o paciente sobre a sensação de calor no momento em que a lâmina estiver
cortando o gesso. Isso não significa que a serra estaria lesando a pele;
Comunicar ao paciente sobre a sensação de dor e rigidez no segmento no qual foi retirado
o gesso,
Lavar com água e sabão, enxugar e lubrificar a pele após a retirada do gesso,
Orientar e estimular o paciente a fazer os exercícios.

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Cuidados gerais em Ortopedia


Dispensar os cuidados específicos ao membro amputado (ver em afecções
Vasculares);
Manter o paciente em alinhamento correto, nas posições prescritas
(ablação, elevação etc.),
Manter desobstruída a sonda de irrigação da ferida, controlando ,cvoiejamento do soro e
anotando o líquido infundido e drenado;
Colocar os materiais necessários ao auto-cuidado próximo ao paciente; lubrificar a pele;
Aquecer os membros expostos com pequenos cobertores ou algodão ortopédico;
Acamar o paciente em colchão firme e estrado duro;
Transportar o paciente de fratura de ossos da bacia sempre em maca;
Acolchoar a tipóia pélvica e mantê-la limpa,
Afastar a tipóia pélvica quando for colocar a comadre (sendo aconselhável a baixa),
Observar, entender e apoiar psicologicamente o paciente com alteração de comportamento,
Proporcionar recreação (TV, rádio, revistas, jogos etc.), colocar o leito em tal posição que
facilite a comunicação
Orientar família e paciente em como participar e cooperar no tratamento;
Prestar os cuidados gerais de pré e pós-operatório.

Assistência aos paraplégicos


a) Prestar os cuidados básicos de higiene, conforto e segurança-.
Acamar o paciente em cama dura, com estrado e colchão de espuma;
Orientar e estimular o paciente para as atividades básicas da vida diária:
1. higiene corporal;
2. importância de como se vestir, calçar
3. transferência da cama para cadeira de rodas ou maca e vice-versa-,
4. transferência da cadeira de rodas para o chuveiro, banheiro e sanitário,
5. manutenção da ordem e limpeza da sua unidade.
Manter mecânica corporal através da posição anatômica e funcional, uso de coxins,
suporte, rolos e outros apoios;
Manter uma restrição do paciente que tenha contrações musculares na cadeira de rodas ou
maca sempre que houver perigo de queda (lateral ou para &ente). Fazer a restrição com a
devida ..cautela a fim de evitar complicações circulatórias e respiratórias;
Evitar uso de aquecedores e bolsa de água quente nas áreas de perda de. sensibilidade.
b) Prevenir ou tratar as anormalidades e complicações:

Escaras de decúbito:
1. supervisionar diariamente nas áreas de atrito a formação da escara,
2. eliminar os fatores que são favoráveis à escara: umidade, rugas no lençol, migalhas de
alimentos, resíduos de urina, presença de fezes,
3. fazer mudança rotativa de decúbito, massagem das proeminências ósseas, proteção das áreas de
atrito com coxim de espuma de náilon, rodelas de algodão envolvidas com atadura de crepe.
4. estimular o paciente a sentar-se na cama, sustentando-se com os MMSS;
5. administrar dieta hiperprotéica, rica em resíduos, hipervitamínica e líquidos em abundância,
6. fazer movimentos ativos e passivos com a finalidade de estimular o fluxo sangüíneo e
conseqüentemente a oferta de oxigênio ao local da escara;
7. fazer curativo diário dá escara;
8. orientar e estimular o paciente para a importância desses procedimentos de preservação da

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integridade cutâneo-mucosa.

Distúrbios urinários:
1. controle da temperatura e dos sinais de infecção;
2. estimular a ingestão hídrica (mais ou menos 3 litros por dia);
3. promover a reeducação da bexiga em pacientes sondados: pinçar a sonda por mais ou menos 90
minutos e aumentar progressivamente o tempo até a obtenção do controle
4. promover a reeducação da bexiga em pacientes não sondados- quando a bexiga estiver cheia
(percebe-se através de discreta cefaléia, sensação de mal-estar, sudorese, eriçarnento dos pêlos,
sensação de acumulo) proceder a,:
manobra de Credé: fazer compressão do baixo ventre com a mão espalmada e fletir o tronco sobre
as coxas;
manobra de Valsava.- objetiva aumentar a pressão intra-abdominal e dessa forma comprimir a
bexiga. Consiste em inspiração profunda e a seguir em tentativa de expiração forçada com as saídas
de ar fechadas.

Distúrbio do controle esfincteriano anal:


1. promover a reeducação do intestino, orientando o paciente para a evacuação diária, num mesmo
horário, após a refeição, aumentando a pressão intra-abdominal através da compressão dos
músculos abdominais e flexão do corpo sobre as coxas;
2. manter o paciente limpo após as evacuações,
3. programar o treinamento de acordo com os hábitos intestinais anterior à doença.

Deformidades físicas:
1. estimular atividades físicas com as partes do corpo não comprometidas;
2. fortalecer os músculos do tronco e MMSS: levantar peso, sentar na cama, com as mãos apoiadas
no colchão;
3. fazer mudança de decúbito de 4/4 horas,
4. manter as partes do corpo em posição anatômica e funcional;
5. fazer movimentos passivos com as articulações afetadas;
6. encaminhar para fisioterapia e continuar na enfermaria os exercícios prescritos.

Problemas pulmonares:
1. observar alteração da respiração e temperatura;
2. estimular movimentação no leito, na cadeira de fisioterápicos
3. fazer mudança de decúbito freqüente, tapotagem;
4. orientar e estimular os exercícios respiratórios.
c) Promover a independência física, psíquica e social
Orientar, supervisionar e incentivar o paciente para o auto cuidado tanto no aspecto de
manutenção das condições gerais como também nas medidas terapêuticas e profiláticas,
Compreender os sentimentos de agressividade, negativismo e depressão, procurando ajudar
o paciente a superá-los-,
Incentivar o paciente e ajudá-lo quando desanimar,
Aumentar gradativamente as atividades para o paciente de acordo com a melhora do seu
estado geral, grau de aproveitamento dos segmentos não atingidos
Ajudar na formação de sua nova auto -imagem e filosofia de vida,
Apoiar psicologicamente o paciente e a família na aceitação da paraplegia;
Estimular o paciente a participar das atividades recreativas e sociais,

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Incentivar ao aprendizado de ofícios adequados à sua condição: trabalhos manuais,


sapataria etc.,
Orientar sobre as adaptações a serem feitas na residência: retirar degraus e colocar rampas,
aumentar a altura do vaso sanitário etc.
Orienta sobre as limitações sexuais e da possibilidade remota de paternidade aos homens.

Paralisia cerebral:
Estimular o paciente ao auto-cuidado, mesmo que seja mais cômodo a equipe de enfermagem
faze-lo:
1. deixar o paciente alimentar-se sozinho mesmo que suje a enfermaria, que leve um tempo maior
para faze-lo,
2. criar adaptações e improvisações de acordo com a incapacidade de cada paciente;
3. ensinar a cuidar de sua aparência pessoal, higiene,
4. deixar o paciente deambular de acordo com a sua restrição: muletas, cadeiras de rodas,
Estimular a sociabilidade com outros pacientes e equipe de saúde,
Proporcionar segurança física através de cama com grades, chão limpo e seco, sem objetos
que possam levar o paciente à queda,
Esclarecer a família e paciente sobre as dúvidas, a respeito das orientações, tratamento,
expectativas de cura,
Esclarecer a família e o paciente que o tratamento objetiva obter condições para a auto-
suficiência;

Administrar a dieta de acordo com o PC:


1. atetóide: rica em calorias,
2. espástico: dieta de baixa calorias,
3. com tendência a regurgitações: alimentação pastosa;
4. com tendência a obstinação intestinal: alimentação rica em resíduos.
Dar apoio psicológico e incentivar o tratamento, mas sem criar dependência do paciente
e da família;
Proporcionar recreação, fazer e estimular os exercícios prescritos pela fisioterapia.

Paralisia infantil:
Verificar grau de paralisia, deglutição, respiração, promover medidas para diminuir a dor.
1. banho de imersão com água morna para promover relaxamento muscular;
2. mobilização com delicadeza,
3. medicar de acordo com a prescrição;
4. posicionar os segmentos do corpo de forma funcional.
Evitar formação de escaras através de mudança de decúbito, massagem de conforto e nas
saliências ósseas,
Administrar alimentos observando:
1. respeito aos hábitos alimentares.
2. colocar em decúbito lateral, cabeça e tronco discretamente elevados- medidas que favorecem a
deglutição e previnem a aspiração;
3. passar sonda nasogástnica quando necessário,
4. hidratar por VO ou SNG para facilitar eliminação urinaria, intestinal e brônquica.
observar retenção urinaria e proceder às medidas para alivia - lá

Prestar os cuidados para insuficiência respiratória:


1. ligar o respirador indicado pelo médico

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2. manter as vias aéreas desobstruídas através de aspiração ou remoção de secreção pelo Tussomat.
Esse aparelho é conectado 'a válvula espetaria do ventilador e remove a secreção por formação
de vácuo na fase expiratória, dessa forma. há salda brusca de ar e muco
3. fazer tapotagem para mobilizar secreções.
Apoiar psicologicamente o paciente e a família em relação à doença, seqüelas e
importância do auto cuidado;
Preparar família e paciente para a alta hospitalar.

AFECÇÃO DA TIREÓIDE

Bócio simples
Conhecido também corno bacio colóide, atôxico ou endêmico; caracteriza-se pelo aumento da
glândula tireóide sem modificações de sua função.
Pode resultar de:
Deficiência de iodo nos alimentos;
Ação de substâncias bocígenas pelo emprego de alimentos (repolho, nabo, couve, soja,
couve-flor), excesso de cálcio, corticóides, sulfas etc.,
Infecções,
Gravidez

Sinais e sintomas
São decorrentes de fatores mecânicos, ou seja, de ação compressiva do bócio sobre:
Vasos: cianose facial, ingurgitamento da veia jugular, cefaléia, insônia,
Traquéia: ligeira dispnéia,
Tosse seca;
Laringe: alterações na voz,
Rouquidão;
Esôfago: disfagia;
Nervo simpático: ligeira exoftalmia.

Tratamento
a) profilático: através do uso de iodo na alimentação (no Brasil o iodo é acrescentado ao sal de
cozinha), evitar medicamentos e alimentos bocígenas, e ingestão excessiva de cálcio;
b) curativo:
Clínico: administração de solução de Lugol (iodo), triodotironina (Cynomei) e tirosina
(Detixona); esses dois últimos medicamentos indica-se quando ao bacio se associa o
hipotireoidismo;
Cirúrgico: tireoidectomia subtotal.

Hipertircoidismo
É o bacio corri hiper função glandular, conhecido também como bócio tóxico.
Há duas formas da moléstia:
a) Primária ou moléstia de Basedow ou bacio difuso lúpertireoidiano de causa desconhecida, mas
existem teorias que tentam explicar a sua etiologia, tais como a deficiência de iodo na alimentação,
choques emocionais, excesso de trabalho intelectual. Caracteriza-se pelo aparecimento de:
Bacio;
Exoftalmia: supõe-se que seja devido ao aumente da excitação simpática ou de depósito
exagerado de tecido gorduroso no fundo da órbita;

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Alterações musculares- tremores, fraqueza, fadiga muscular, cãibra dos membros-,


alterações nervosas e mentais, excitabilidade nervosa, grande emotividade,
irritabilidade, inquietação,
Alterações circulatórias: taquicardia, palpitações, dores pré cordiais arritmias,
hipertensão arterial;
Alterações digestivas: emagrecimento rápido, aumento do apetite, vômitos, sensação de
plenitude gástrica, diarréia;
Pele quente, intolerância ao calor, sudorese intensa, cabelo seco e quebradiço;
Nas mulheres amenorréia e dificilmente metrorragia
Aumento da libido,
Aumento significativo do metabolismo basal,
b) Secundária ou doença de Plummer, ou bócio nodular tóxico: apresenta-se após um bócio
preexistente. Sua sintomatologia assemelha-se à de Basedow:
Em menor intensidade: alterações do metabolismo basal, exoftalmia, tremor, taquicardia,
instabilidade psíquica;
Em maior intensidade: cansaço muscular, dispnéia aos esforços, insuficiência cardíaca
congestiva.

O tratamento do hipertircoidismo consiste em:


Repouso no leito nos casos de aumento exagerado do metabolismo;
Alimentação abundante e fracionada; administração de calmantes;
Administração de iodo (lugol, iodeto de potássio);
Administração de drogas antitireoidianas (tiouracil, propiltiouracil, metiltiouracil tapazol);
Administração de inderal para diminuir taquicardia, arritmias;
Aplicação de radioterapia, lodo radioativo (1 "') que objetiva destruir parte da glândula.
Cirúrgico:
Tireoidectomia subtotal: é a retirada parcial da tireóide, sendo considerado o tratamento
mais eficiente.

Meios diagnósticos
a) Anamnese e exame físico;
b) exame de sangue para hemograma, dosagem de glicose e colesterol, PBI;
c) exame de urina para mensuração do metabolismo básico;
d) captação de iodo radioativo administra-se lodo 131 VO e dosa-se o iodo eliminado pela urina.
No hipertircoidismo a eliminação do lodo pela urina estará baixa (menos de 50%, que é o normal),
e) cintilografia - após administração de iodo radioativo, faz-se o mapeamento da tiróide. As áreas
frias (áreas não captastes que no mapa aparecem como zonas claras) podem ser tecidos neopiásicos
ou bacio simples.

Exames
Ao colher amostra de sangue para PBI não fazer anti-sepsia com álcool iodado,
Suspender uma semana antes do exame de PBI alimentos e medicamentos com iodo,
esmalte, uso de álcool iodado;
Manter jejum antes do exame de iodo radioativo,
Colocar o paciente em isolamento por três dias após exame com radiação; desprezar
imediatamente no sanitário as fezes e urina dos pacientes submetidos à radiação da tiróide.

Pré-operatório
Observar alterações psíquicas do paciente:
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1. 1.devido à própria sintomatologia;


2. devido às alterações estéticas por bócio e exoftalmia,
Proporcionar condições para diminuir as alterações nervosas e mentais.
1. ambiente calmo e tranqüilo;
2. repouso para aliviar ansiedade e temores;
3. atividade recreativa relaxante e de acordo com a preferência do paciente;
4. sedação segundo prescrição médica,
5. supressão dos alimentos estimulantes café, chá, álcool,
6. psicoterapia quando indicada.
1. sinais vitais cujos valores estarão acima dos normais;
2. peso diariamente, pois ocorre diminuição de peso progressivamente.

Observar eliminações:
Controlar:
1. intestinal: constipação ou diarréia,
2. menstrual: amenorréia ou metrorragia.
Ministrar dieta fracionada e balanceada;
Prestar cuidados para a exoftalmia:
1. colocar medicação oftálmica;
2. restringir sal e água,
3. usar espelho somente quando necessário.
Observar reações tóxicas ao iodo: estado febril, cefaléia, dores articulares, urticária,
eritema, icterícia,

Preparo para a cirurgia:


1. cuidados gerais;
2. tricotomia da região cervical e supratorácica;
3. orientar o paciente para evitar o repuxamento da incisão operatória no PO;
4. acrescentar, na unidade de operado, ampolas de gluconato de cálcio caixa de traqueostomia

Pós-operatório:
Prestar os cuidados gerais de PO
Evitar hiperextensão do pescoço, inclusive no momento de transferir o paciente da maca
para a cama (apoiar com uma mão espalmada no pescoço do paciente no momento da
transferência),
Movimentar lentamente a cabeça;
Manter decúbito dorsal horizontal. E, após recobrar a consciência, manter a cabeça elevada
em ligeiro Fowler;
Observar:
Sinais de insuficiência respiratória: dispnéia, agitação, cianose,
Sinais de hipoparatireoidismo (crise de tetania) devido à extirpação acidental ou lesão
traumática da paratireóide: formigamento dos membros, espasmos musculares dos pés e
mãos ou do grande artelho ou polegar, descoordenação de movimentos;
Sangramento: edema local, hematoma, hipotensão arterial, taquicardia, saída de sangue
pelo dreno,
Formação por lesão do nervo recorrente ocorre rouquidão, estridor inspiratório.
Fornecer, após 1º po, dieta e líquidos gelados.
Administrar gluconato de Cálcio EV nas crises de tetania segundo prescrição médica.

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