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RESUMO
O objeto de estudo do presente artigo é uma análise da evolução do entorno da Praça Barão de Rio
Branco, conhecida popularmente como “Praça do Liceu”, levando em consideração seu contexto
histórico e sua importância na cidade de Campos dos Goytacazes. O objetivo principal desta pesquisa
é obter uma análise da evolução de seu entorno, analisando de forma crítica o crescimento da cidade
em relação a suas áreas verdes. Para que este estudo acontecesse, foi levantado as questões históricas
que permeiam a cidade, como fotos, mapas e plantas baixas, e além disso, também foi estudado a
evolução do entorno da praça. O seu entorno cresceu de forma desordenada e crescente, tendo hoje,
uma oscilação entre os estilos arquitetônicos que se encontra ao seu redor.
ABSTRACT
The object of study of this article is an analysis of the surrounding’s evolution of the Praça Barão de
Rio Branco, popularly known as "Praça do Liceu", taking into account her historical context and the
importance in the city of Campos dos Goytacazes. The main objective of this research is obtain an
analysis of the surrounding’s evolution so that it can be analyzed critically the growth of the city in
relation to the green areas. In order for this study to take place, the historical questions that permeated
the city, such as photos, maps and floor plans, were also raised, and the evolution of the surrounding
area. Its surroundings grew in a disordered and growing way, having today, an oscillation between the
architectural styles that are around to him.
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1. INTRODUÇÃO
O objeto de estudo presente neste artigo é a Praça Barão de Rio Branco, conhecida
popularmente como “Praça do Liceu”, local no qual permitiu o levantamento do contexto histórico da
cidade na época da implantação da praça e de que forma ela esta sendo usada hoje, analisando a
evolução do seu entorno, neste caso, foram estudadas edificações como residências, comércio,
verticalização, áreas de uso comum e áreas de educação.
É perceptível a necessidade de uma distribuição mais igualitária das áreas verdes na cidade,
pois a localização delas na maioria das vezes, esta próxima a especulação imobiliária. Logo, os
espaços destinados a lazer, quando bem equipados, transformam as áreas em seu redor mais
valorizadas e, consequentemente, procuradas pela garantia de uma vida mais saudável. Isso tudo pelos
benefícios que o espaço pode oferecer. (GOMES; SOARES, 2003)
O estudo possibilitará uma boa análise sobre a importância das áreas verdes no centro urbano
da cidade de Campos dos Goytacazes e o levantamento do contexto histórico que permeia a área da
praça, fazendo a análise crítica e comparativa da atual circunstância em que o objeto de estudo se
encontra com o passado.
2. METODOLOGIA
Encontra-se neste artigo levantamento de dados da praça e de seu entorno, tais como
plantas baixas, mapas e fotos e a elaboração de um relatório com apontamento de problemas e
possíveis soluções.
O sistema das áreas verdes é entendido como integrante do sistema de espaços livres.
Essas áreas são como um subsistema do sistema dos espaços livres e fornecem possibilidades
de lazer a população (FILHO; NUCCI, 2006 apud BARGOS; MATIAS, 2011).Um
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importante componente para regular a temperatura da vida urbana, seria a vegetação, pois
absorve com facilidade a radiação solar que é utilizada nos processos biológicos, como:
fotossíntese e transpiração. Igualmente como as áreas verdes arborizadas que se encontram na
cidade, que tendem a apresentar temperaturas mais amenas. (GOMES; AMORIM, 2006)
3. RESULTADOS
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de cidade em 28 de março de 1835, devido a esse fato, hoje em dia, uma das principais vias
que cruzam a cidade é denominada 28 de março.
Figura 3: Vista panoramica da cidade de Campos. Figura 4: Vista panoramica da cidade de Campos.
Fonte: Arquivo Municipal de Campos dos Goytacazes
Figura 5: Planta evidenciando o quadrilátero histórico campista, formado pelo Liceu de Humanidades de Campos, Vila
Maria, Câmara Municipal e Praça do Barão de Rio Branco.
Fonte: INEPAC
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Figura 6: Liceu no ínicio do século XX. Figura 7: Liceu atualmente.
Fonte: INEPAC Fonte: Foto autoral.
“Em frente ao edificio haverá dois jardins de regular largura ladeando a escadaria central, os
quais serão limitados por duas artisticas muralhas. O jardim da praça será abaixo do nivel das
ruas lateraes, e como esses niveis são variaveis, as escadas que darão acesso ao jardim
também serão de diversas alturas. Em frente ao Liceu, num gramado muito artistico, será
colocado o busto de Rio Branco, de Charpentier.”
Figura 9: Planta de situação da Praça do Liceu. Figura 10: Planta baixa da Praça do Liceu.
Fonte: Arquivo particular de Leonardo Vasconcelos.
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Dourada, uma das maiores escolas municipais da cidade, e além dela, há também a presença
de escolas particulares ao redor.
Figura 11: Praça do Liceu em 1890. Figura 12: Praça do Liceu atualmente.
Fonte: Arquivo particular Jaime Ressiguier. Fonte: Foto autoral.
Figura 13: Foto da Praça atualmente. Figura 14: Foto da praça atual em dia de evento.
Fonte: Foto autor Fonte: Foto autoral.
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Figura 16: Vila Maria no ínicio do século XX. Figura 17: Vila Maria atualmente.
Fonte: UENF. Fonte: TripAdvisor.
Figura 18: Antigo Fórum Nilo Peçanha. Figura 19: Atual Camâra Municipal.
Fonte: Jaime Ressiguier. Fonte: Foto autoral.
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4. DISCUSSÃO
Figura 21: Panificadora à esquina da praça na qual Figura 22: Verticalização ao redor da praça.
adotou diferentes estilos arquitetônicos.
Fonte: Google Maps Street View.
As obras foram iniciadas em 1861 e finalizadas em 1864, a imprensa local deu grande
valor a essa edificação e teve grande clamor pela mídia como o mais rico edifício que hoje se
encontra em Campos. Obedecendo as linhas neoclássicas, os moldes dos palacetes foram
construídas do Rio de Janeiro, que na época era capital do Império. (TAVARES, 2009)
Hoje o monumento funciona uma escola pública estadual e também serve como local
público que atende as necessidades do governo, tais como local de votação e provas de
concurso público, ele se encontra em seu estado original desde quando fora construído e
segundo Tavares, o INEPAC tombou o prédio do palacete no ínicio de 1998, tornando o
monumento um patrimônio histórico pertencente a cidade de Campos dos Goytacazes.
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Figura 23: Solar que hoje tem como funcionalidade uma escola. Figura 24: Solar à esquina do antigo Fórum de Campos.
Fonte: Google Maps Street View.
Apesar de várias intervenções que a Praça do Liceu sofreu, ela ainda se mantém no seu
estilo original “Belle Époque”. Com a urbanização, as cidades brasileiras buscavam evolução,
trazer a modernidade e renovar sua feição. De acordo com Follis, isso deve ao fato da
transição dos fazendeiros da área rural para as cidades, dessa forma, houve uma necessidade
maior de aperfeiçoamento urbano, como por exemplo, contrução de jardins, passeios
públicos, teatros e cafés, além de ampliamentos das áreas de calçada, iluminação e
abastecimento de água. As praças começaram a surgir junto com as cidades, nas cidades
gregas, a ágora – local de reunião – era a área de convívio, principalmente quando era
necessário resolver questões políticas, além de servir ao comércio e reuniões de uma forma
geral, assim como nas cidades medievais, que possuíam suas praças de mercado aonde
abrigavam reuniões e cerimônias públicas. Assim como ressalta Sun Alex (apud TAVARES,
2009), a praça começou a se tornar importante no plano urbanístico das cidades a partir do
Renascimento, tornando-se referência de lugar, estilo de vida, boa arquitetura e desenho
urbano. As cidades europeias possuíam boulevards e ruas e avenidas com arborização
plausível no século XVIII, surgindo os passeios públicos, aonde as pessoas poderiam circular
livremente. (TAVARES, 2009)
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5. CONCLUSÕES
Desde a Campos antiga, a “Praça do Liceu” sempre foi uma das maiores referências
presentes na cidade, seja como ponto de encontro ou ponto turístico, porém, infelizmente, seu
entorno cresceu de forma desordenada, ou seja, não foi levado em consideração a riqueza
arquitetônica e histórica que o local oferece aos habitantes e aos turistas.
6. REFERÊNCIAS
COSEAC UFF, 23 abril 1999. Campos antiga. Acessado em 18 set 2017. Disponível
em: <http://www.coseac.uff.br/cidades/campos_antiga.htm>
FEYDIT, Julio. Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes desde os tempos
coloniais até a proclamação da república. Campos: J. Alvarenga & Companhia, 1900.
FILHO, Alexandre Theobaldo Buccheri; NUCCI, João Carlos. Espaços livres, áreas
verdes e cobertura vegetal no bairro alto da XV, Curitiba/PR. Revista do Departamento de
Geografia (UFPR). Paraná, 2006. Disponível em:
<https://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/47264/51000> Acesso em: 22 agosto 2017.
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GOMES, Marcos Antônio Silvestre; SOARES, Beatriz Ribeiro. A vegetação nos
centros urbanos: Considerações sobre os espaços verdes em cidades médias brasileiras.
Estudos Geográficos. 2003. Acessado em 10 nov 2017 Disponível em: <
http://www.redbcm.com.br/arquivos/bibliografia/a%20vegeta%C3%A7%C3%A3o%20nos%
20centros%20urbanos.pdf>
NETO, Everaldo Marques de Lima. Análise das áreas verdes das praças do bairro
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URURAU, 23 maio 2011. A vila de São Salvador dos Campos era fundada em 334
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