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ENG 1016 – Prof.

Marcos Pereira
Fundamentos da Engenharia de Materiais

Conteúdo Programático da Aula

2. Fundamentos da Engenharia de Materiais


2.1 Ordenação atômica nos materiais;
2.2 Diagramas de fase;
2.3 Ligas monofásicas;
2.4 Ligas polifásicas;
2.5 Solidificação eutética;
2.6 Diagrama ferro-carbono;
2.7 Reações eutética e eutetóide;
2.8 Microestruturas características.
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Material Cristalino

• os átomos estão situados em um arranjo que se repete ou que é periódico ao


longo de grandes distâncias atômicas (ordem de longo alcance).
• na solidificação, os átomos se posicionarão em um padrão tridimensional
repetitivo, no qual cada átomo está ligado aos seus átomos vizinhos
mais próximos.
• a formação cristalina depende da facilidade com a qual uma estrutura atômica
aleatória no estado líquido pode se transformar em outra ordenada na solidificação.

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Material não-Cristalino (Amorfo)

• não apresentam arranjo atômico regular e sistemático de longo alcance;


• materiais amorfos são caracterizados por estruturas atômicas ou moleculares
relativamente complexas e que apresentam dificuldade de ordenação.

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• resfriamentos rápidos até temperatura inferior àquela de solidificação


(super-resfriamento) favorecem a formação de um sólido não cristalino;

(a) (b)

Figura 1: Estrutura do dióxido de silício cristalino (a) e dióxido de silício não-


cristalino (b) [1].
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Estrutura Cristalina

• materiais sólidos podem se classificar de acordo com a regularidade de


arranjo dos átomos ou íons;

• no material cristalino a repetição ordenada é de longo alcance;

• todos os metais, muitos materiais cerâmicos e poliméricos formam


estruturas cristalinas sob condições normais de solidificação;

• algumas propriedades são função da estrutura cristalina;

• célula unitária é a estrutura básica de uma célula cristalina.

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Figura 2: Estrutura cúbica de corpo centrado [1].

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Figura 3: Estrutura cúbica de face centrada [1].

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Figura 4: Estrutura hexagonal compacta [1].

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Diagramas de Equilíbrio

A compreensão de diagramas de equilíbrio para sistemas de ligas


é de extrema importância para que engenheiros explorem a
correlação entre microestruturas e propriedades mecânicas,
pois sabe-se que as características do diagrama de equilíbrio da
liga influenciam no seu desenvolvimento microestrutural.

Embora a maioria dos diagramas de equilíbrio apresente fases estáveis


em função da composição e temperatura, os mesmos
fornecem informações relevantes sobre históricos térmicos das
ligas, como solidificação e desenvolvimento
de microestruturas de equilíbrio durante o resfriamento.

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Figura 5: Esquema temperatura versus tempo de solidificação [3]. 10


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Figura 6: Esquema de solidificação e crescimento de grão em meio líquido [3]. 11


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Condição de equilíbrio ???????

Figura 7: Parte de diagrama de fases para composição do sólido (CS) menor do que aquela
do líquido (CL) (a) e ao contrário (b). 12
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Resfriamento lento para haver reajustes nas


composições das fases sólida e líquida !!!!!

Figura 8: Variações de composição durante solidificação no equilíbrio. 13


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Figura 9: Mecanismo de difusão por lacunas (a) e intersticial (b) [1].


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Terminologia

• Componente: metais puros e/ou compostos que compõem uma


mistura;
• Sistema: possíveis misturas de diferentes composições com base
nos mesmos componentes;
• Limite de solubilidade: concentração máxima de átomos de soluto
que pode se dissolver no solvente para formar uma solução;
• Fase: porção homogênea de um sistema que possui características
físicas e químicas uniformes;

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• Equilíbrio termodinâmico: condição na qual o sistema apresenta um


valor mínimo para sua energia livre (energia interna e entropia) em
determinada combinação específica de temperatura, pressão e
composição;
• Equilíbrio de fases: quantidade das fases resultante do equilíbrio
termodinâmico;
• Diagrama de fases: representação gráfica do equilíbrio termodinâmico
em função da temperatura, pressão e composição;
• Sistemas isomorfos: quando os componentes apresentam completa
solubilidade nos estados líquido e sólido.

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Na temperatura T2, quais as composições do sólido e líquido?


Quais são as quantidades de sólido e líquido?

α é uma fase sólida de níquel e cobre

Figura 10: Diagrama isomorfo binário cobre-níquel de composição X. Desenvolvimento 17


microestrutural [4].
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• Sistemas eutéticos: quando os componentes apresentam solubilidade


limitada no estado sólido, ou seja, durante a solidificação o limite de
solubilidade é atingido.

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α é uma fase
sólida rica em
cobre
β é uma
fase sólida
rica em
prata

Figura 11: Diagrama de equilíbrio do sistema cobre-prata [1].


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Na figura anterior:

• Reação eutética ocorre, durante a solidificação, quando a fase líquida


se transforma isotermicamente num sólido bifásico, chamado de
sólido eutético.

• O sólido eutético uma microestrutura formada pelas fases α e β.

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microestrutura final: fase α


primária rica em chumbo
(regiões globulares
escuras) no interior de
uma estrutura eutética
lamelar composta de fase
β rica em estanho
(regiões claras) e fase α
rica em chumbo (regiões
escuras).

Figura 12: Solidificação em equilíbrio da liga 40Sn-60Pb [5].


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Figura 13: Diagrama de fases do sistema ferro-carbeto de ferro [1].


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Conceitos

• Aços ≠ ferros fundidos.


•  - ferrita , solução sólida de carbono em ferro na estrutura
cúbica de corpo centrado, estável na temperatura ambiente.
•  - austenita, solução sólida de carbono em ferro na estrutura
cúbica de face centrada, instável na temperatura ambiente.
•  - ferrita , solução sólida de carbono em ferro na estrutura
cúbica de corpo centrado, instável na temperatura ambiente.
• Fe3C - cementita ou carbeto de ferro, solução sólida de carbono
em ferro em estrutura ortorrômbica com 12 átomos de ferro e 4
átomos de carbono por célula unitária, estável na temperatura
ambiente.

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Tabela 1: Diferentes tipos de ferros fundidos [6]

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Regiões de austenita pró-eutética


transformada em perlita* (escura).
Entre perlitas se observa o eutético
(ledeburita) formado por perlita*
(escura) e cementita (clara).
* após reação eutetóide

Figura 14: Ferro fundido branco [6].

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Figura 15: Transformação isotérmica da austenita ()


em perlita ( + Fe3C) na reação eutetóide [1]. 26
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• Aços hipoeutetóides (C < 0.8%)

• Aço eutetóide (C = 0.8%)

• Aços hipereutetóides (C > 0.8%)

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L+δ
Líquido (L)

100% γ
γ+L
γ
Temperatura

γ
90% 
10% 
γ→α
α+γ γ→ perlita

90% 
α + perlita
10% perlita

0,8 2 Tempo t
Carbono(%)
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Perlita

Ferrita
Figura 16: Característica microestrutural dos aços hipoeutetóides.
Regiões de ferrita (áreas claras) e perlita (áreas escuras). Aumento 200x [4].

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Líquido (L)

γ+L 100% γ

γ 100% γ
Temperatura

γ Austenit

γ → perlita

perlita

100% perlita
0,8 2 Tempo t
Carbono (%)
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Figura 17: Característica microestrutural do aço eutetóide.


Totalmente perlítico. Aumento de 200x [4].
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Líquido (L)

100%γ
γ+L

γ
Temperatura

γ
γ→ Fe3C 90% 
10% Fe3C

γ→ perlita
perlita +
Fe3C 90% perlita
10% Fe3C
0,8 1 2 Zeit t
Carbono (%)
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Fe3C

Perlita

Figura 18: Característica microestrutural dos aços hipereutetóides.


Regiões de cementita (áreas claras) e perlita (áreas escuras).
Aumento de 200x [4].
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1. W. D. Callister Jr., Ciência e Engenharia de Materiais: uma


Introdução. LTC Editora, Rio de Janeiro, 2012.
2. M. F. Ashby and D. R. Jones, Engineering Materials - Microstructure,
Processing and Design. Elsevier, Oxford, 2005.
3. M. P. Campos Filho e G. J. Davies, Solidificação e Fundição de
Metais e suas Ligas. LTC / EDUSP, Rio de Janeiro,1978.
4. R. A. Higgins, Propriedades e Estrutura dos Materiais em
Engenharia. DIFEL, São Paulo, 1992.
5. W. D. Callister, Materials Science and Engineering - An Introduction.
John Wiley and Sons, New York, 2000.
6. H. Colpaert, Metalografia dos Produtos Siderúrgicos Comuns.
Editora Edgard Blücher, São Paulo (2008).

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