Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
AULA 1
CONTEXTUALIZANDO
2
aproximaram os países e, de certa forma, removeram as fronteiras da distância.
Eventos históricos determinantes e com impacto internacional foram transmitidos
ao vivo, como a queda do muro de Berlim, em 1989, e a invasão do Afeganistão,
em 2001.
E você já parou para pensar qual o impacto desse fato para o mundo dos
negócios? É imenso! A sua empresa deixa de concorrer apenas com seus rivais
locais e passa a concorrer com qualquer outra empresa do planeta que produza
os mesmos bens. Se a concorrência aumentou, aumentaram também as
possibilidades de escolha para os consumidores, que já não compram mais
como antigamente. Isso pode ser tanto uma oportunidade para as empresas e
profissionais bem preparados quanto uma ameaça para aqueles que não têm
conhecimentos na área.
Hoje, o comércio virtual está plenamente difundido, e nós compramos
tanto de sites no exterior quanto de sites nacionais. Além disso, os produtos que
muitas grandes empresas oferecem aqui são exatamente os mesmos oferecidos
no exterior. Nike, Ford, Fiat, Toyota, Tommy Hilfiger, Levi’s, Ralph Lauren, Calvin
Klein, Absolut Vodka, Apple, Samsung, Microsoft e tantas outras empresas dos
mais diversos segmentos estão absolutamente espalhadas no mundo.
Como você pode perceber, é fácil lembrarmos dessas grandes marcas
plenamente globalizadas e internacionalizadas. O que nem sempre pensamos
ou lembramos é das negociações e práticas comerciais que fizeram com que
esses produtos chegassem até nós. É justamente disso que a negociação
internacional se encarrega!
Pesquise
Como você definiria o papel do negociador num mundo interconectado?
3
buscaram levar suas leis e culturas para fora de sua bela cidade expandindo as
fronteiras do império romano pela Europa.
Viu só? Não é de hoje que a globalização existe. Justamente por isso é
tão difícil traçar sua história. O que podemos perceber com alguma clareza é que
a globalização como a conhecemos hoje, com inegável impacto nos negócios,
tem seu início com as Grandes Navegações dos séculos 15 e 16, que acabam
por alterar a balança comercial da época. Mais tarde ainda, é com a Primeira
Revolução Industrial e com a nova tecnologia do motor à vapor que se
aprimoram os transportes – especialmente o marítimo e o ferroviário.
A partir desse momento, uma série de tecnologias fazem evoluir não
apenas os transportes, mas também os processos de produção e manufatura. A
partir do momento em que as Revoluções Industriais alteram os paradigmas
produtivos – de um modo de produção artesanal para a escala industrial – passa
a haver uma maior oferta de diversos produtos. Com isso, além de uma redução
geral de preços motivada pela maior oferta de produtos, surge o excedente
exportável. É em torno do início do século 20 que a eletricidade e o aço passam
a se difundir, colaborando ainda mais para a globalização.
Concomitantemente, a humanidade começa a desenvolver ainda mais
novas tecnologias, como o telefone, o avião, o telégrafo e tantos outros
facilitadores da vida. Após 1945, surgem Organizações Internacionais
interessadas em regular o ambiente internacional, seja para assuntos de paz e
guerra, seja para assuntos financeiros e de comércio. Por fim, as
telecomunicações se revolucionam a partir da década de 1980, e as tecnologias
bancárias se tornam crescentemente mais modernas.
Todos esses fatores e aspectos contribuíram para a integração do mundo
através do processo de globalização. E quais os impactos disso?
Os impactos são vários: transportes mais eficientes com navios e aviões
maiores e mais rápidos, comunicações, transferências financeiras, acordos
internacionais e tantos outros aspectos acabam por industrializar, integrar e
desenvolver o mundo cada vez mais. Por consequência, as economias se
tornam mais integradas e os estilos de vida em muitos lugares – principalmente
no ocidente – convergem para gostos e preferências semelhantes. Tudo isso
colabora para que muitas empresas se tornem globais. Basta que vejamos um
símbolo, um logotipo, em qualquer lugar do mundo para sabermos a qual
empresa e a qual produto tal marca se refere.
4
É por conta de todos esses fatores que podemos dizer:
Leitura obrigatória
Cavusgil, T.; Knight, G.; Riesenberger, J. Negócios Internacionais.
Pearson, São Paulo, 2010. Leia as páginas 22 a 46. Disponível em:
<http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788576053798/page
s/_1>.
Vídeo
Assista a esse vídeo sobre globalização:
<https://www.youtube.com/watch?v=qj438T5KQQo&index=16&list=FL24Jhgzuu
ILwBCZ_78Ij0Yw>.
Saiba mais
O que é globalização?
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/o-que-globalizacao.htm>.
Qual foi a última vez que você negociou algo? Você pode pensar na
negociação como um encontro formal numa sala elegante, cheia de pessoas
bem vestidas. No entanto, negociação não é algo restrito a altos executivos em
cargos de diretoria, mas algo cotidiano que acontece conosco com alta
frequência. Nós negociamos o tempo todo, desde a infância, ainda que nessa
fase a negociação ocorra com alto componente emocional.
No decorrer da vida, as negociações vão ganhando outros componentes,
novos argumentos ou motivações. A ponto de estarmos negociando o tempo
todo: a partir do ambiente familiar, onde você negocia com seu pai, sua mãe, seu
marido ou esposa, nos ambientes escolares ou universitários, onde seus pares
de negociação se tornam seus colegas ou professores e até mesmo no seu
5
trabalho, onde você negocia com clientes, fornecedores, patrões e
subordinados.
Veja: ainda que você não perceba, você negocia o tempo todo! Mas afinal,
negociar para quê? Por vários motivos! Imagine por um instante o cenário
internacional: dos conflitos no Oriente Médio até as eleições nos Estados Unidos,
das discussões sobre migrações na Europa até os acordos regionais de
comércio na Ásia. Para que todas essas negociações? Para harmonizar
interesses, conciliar posições e trazer benefícios aos envolvidos:
Quer a negociação diga respeito a um contrato, uma discussão familiar ou
um acordo de paz entre nações, as pessoas empenham-se rotineiramente na
barganha posicional. Cada um dos lados toma uma posição, defende-a e faz
concessões para chegar a uma solução de compromisso. (Fischer, Ury, Patton,
2005, p. 21)
Não são todas as negociações, afinal, que terminam logo que iniciam ou
que possuem poucas etapas. Uma grande gama se divide em várias fases
conforme seu tema seja mais ou menos complexo, como as negociações
diplomáticas, entre sindicatos ou aquelas que envolvem grandes quantias
monetárias.
Um outro aspecto importante a respeito das negociações é a
comunicação bilateral. Aceitar essa afirmação significa entender que ninguém
negocia sozinho. A negociação envolve, obrigatoriamente, mais de uma parte ou
mais de uma pessoa.
O último elemento do conceito apresentado se refere ao objetivo de se
chegar a uma decisão conjunta. Para que isso aconteça entre partes que
inicialmente apresentam interesses e posições distintas, a negociação deve ser
capaz de conciliar interesses. Nesse momento, existem aqueles que dizem: mas
as negociações não devem se focar em problemas? Não, pois “o problema
básico de uma negociação não está nas posições conflitantes, mas sim no
conflito entre as necessidades, desejos, interesses e temores de cada lado”
(Fischer, Ury, Patton, 2005, p. 59).
6
É justamente a partir desses interesses e necessidades que se geram
conflitos que podem ou não ser harmonizados, pois “os interesses motivam as
pessoas; são eles os motores silenciosos por trás da algazarra das posições.
Sua posição é algo que você decidiu. Seus interesses são aquilo que fez com
que você decidisse dessa forma” (Fischer, Ury, Patton, 2005, p. 59).
Pense agora em quantos tratados de paz não foram firmados por conta
de um interesse comum em avença e em harmonia, ainda que as posições entre
os lados conflitantes fossem absolutamente distintas. Ou seja, como processo
de comunicação bilateral, a negociação deve harmonizar posições a partir de
interesses comuns, passíveis de conciliação.
Leitura obrigatória
IAMIN, G. P. Negociação: conceitos fundamentais e negócios internacionais.
InterSaberes: Curitiba, 2016. Leia o Capítulo 1. Disponível em:
<http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788544303597/page
s/-2>.
Saiba mais
Assista ao vídeo “As quatro regras de ouro da negociação”:
<http://www.agendor.com.br/blog/as-4-regras-de-ouro-da-negociacao/>.
Leitura obrigatória
IAMIN, G. P. Negociação: conceitos fundamentais e negócios
internacionais. InterSaberes: Curitiba, 2016. Leia o Capítulo 1. Disponível em:
<http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788544303597/page
s/-2>.
Saiba mais
Assista ao vídeo “O Papel da ONU na Segurança Mundial”:
<https://www.youtube.com/watch?v=VM-d-2q4SrQ>.
9
Essa semelhança das empresas multinacionais com países se deve ao
seu porte, número de pessoas que empregam e recursos que movimentam.
Multinacionais como “Exxon, Honda e Coca Cola obtêm uma parcela significativa
de suas vendas e lucros totais, geralmente mais da metade, de operações
transnacionais” (Knight, Cavusgil, Riesenberger, 2010). Além disso, outras
tantas grandes empresas acabam por desempenhar atividades diferentes em
países diferentes: pesquisa e desenvolvimento no Japão e Estados Unidos,
suprimentos vindos da China e Índia, manufatura no leste europeu ou México, e
assim por diante. Isso é o que se chama de internacionalização da cadeia
produtiva ou da cadeia de valor, cada vez mais frequente nos últimos anos.
Muitas nações subdesenvolvidas acabam, por pressão dessas grandes
empresas, alterando leis nacionais para permitir a exploração de sua mão-de-
obra, remissão de lucros ao exterior ou flexibilização de normas ambientais.
Ainda com esses aspectos negativos, é igualmente frequente que empresas
sejam responsabilizadas em seu país de origem por malfeitos no estrangeiro.
Assim como a globalização não é um processo recente, a
multinacionalização de empresas também não é:
10
Leitura obrigatória
CAVUSGIL, T., KNIGHT, G.; RIESENBERGER, J. Negócios
Internacionais. Pearson, São Paulo, 2010. Ler da página 11 a 15. Disponível em
<http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788576053798/page
s/_1>.
Saiba mais
Assista ao vídeo “Mentalidade Global: Um Desafio para as Multinacionais
Brasileiras”: <https://www.youtube.com/watch?v=s0u6YuFEq1w>.
Fonte: https://goo.gl/AQL0rs
12
Além das leis sobre investimento estrangeiro direto, existem outras sobre
marketing, distribuição, repatriação de lucros, meio-ambiente e contratos. Por
fim, existem uma série de riscos que os Estados podem apresentar aos
empreendimentos internacionais, inclusive logísticos. O risco-país, por exemplo,
tenta alertar a respeito dos perigos de se fazer negócios em determinados locais.
Algumas nações são conhecidas por confiscar propriedades privadas,
sobretaxar empresários e não respeitar contratos ou propriedade intelectual.
Nesses locais, raramente se farão grandes negócios. Assim, vale à pena atentar
para o mapa de risco político apresentado anteriormente!
Leitura obrigatória
CAVUSGIL, T., KNIGHT, G.; RIESENBERGER, J. Negócios
Internacionais. Pearson, São Paulo, 2010. Ler páginas 97 a 121. Disponível em:
<http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788576053798/page
s/_1>.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
13
Brasil é uma economia que tem muitas vantagens; deve ser uma companhia que
tem que competir para ganhar", afirmou Levy.
Segundo o ministro, a aprovação de hoje do Senado Federal do Acordo
Constitutivo do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco dos BRICS
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e do Acordo Contingente de
Reservas (CRA), além do fato de o Brasil ter se tornado integrante do Banco de
Investimento Asiático, refletem a vontade do governo brasileiro e da presidente,
de estar presente no cenário internacional. A nota também afirma que parte do
governo tem disposição de apoiar os empresários que estão querendo
conquistar o mercado internacional.
Rússia e Índia também já aprovaram processos internos de ratificação
para criação do banco. China e África do Sul indicaram que estão processando
e que devem concluir em breve. Assim, o NBD poderá entrar em vigor para a
efetiva criação do Novo Banco de Desenvolvimento.
De acordo com a nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, o Banco
deverá contribuir de forma concreta e agrupar os desafios relacionados ao
desenvolvimento internacional. "A nova instituição representará fonte alternativa
de investimentos, aumentando a oferta de recursos para os entes públicos e
privados do Brasil", afirmou o comunicado.
O NBD deverá mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e de
desenvolvimento sustentável nos países membros do bloco e em outras
economias emergentes ou em desenvolvimento e contemplar as ações dos
bancos multilaterais”.
Fonte: adaptado de Diário do Nordeste, 2015.
FINALIZANDO
14
A globalização dos mercados abriu inúmeras oportunidades de
negócios às empresas que se internacionalizaram. Ao mesmo tempo,
ela implica a adaptação das empresas a novos riscos e uma acirrada
concorrência de competidores estrangeiros. A globalização resulta em
compradores mais exigentes, que buscam as melhores ofertas de
fornecedores mundiais. (...) Os gestores das empresariais devem,
cada vez mais, adotar uma orientação global em vez de um foco local.
(Cavusgil, Knight, Riesenberger, 2010)
15
REFERÊNCIAS
16
RESPOSTAS
17