Sie sind auf Seite 1von 6

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ALBERTO TORRES

ENSINO MÉDIO – HISTÓRIA - 1ª Ano - Prof.ª JAQUELINE ROSA


MESOPOTÂMIA

"Mesopotâmia" é um termo de origem grega que significa "entre rios". Essa


denominação decorre dos povos que habitavam a região da Ásia (dentro do
Crescente Fértil), onde se encontram os rios Tigre e Eufrates. Atualmente, situam-se
ali países como Turquia, Síria, Kuwait, Irã e principalmente o Iraque.
As civilizações que lá se estabeleceram eram originárias principalmente de
grupamentos nômades, tornando-se sedentários devido às terras férteis ao redor dos
rios Eufrates e Tigre, em meio ao deserto e à região pouco montanhosa, que não
dificultava a chegada de diversos povos.
A irregularidade no regime de águas desses dois rios foi determinante para
a instalação de núcleos urbanos, que desenvolveram construções de canais, diques
de irrigação, barragens para evitar inundações, ou seja, obras de grandes proporções,
que demandavam muito tempo para serem realizadas. Dentre as obras importantes,
também é possível destacar as de armazenamento de água para as épocas em que o
leito dos rios diminuía sua capacidade.
Esses núcleos urbanos sofreram o processo de divisão do trabalho atendendo à demanda local por profissionais. Essa
urbanização ocorreu de forma autônoma por volta de 4000 a.C. e possuía características peculiares. As primeiras aglomerações
ocorreram próximas a templos ou centros religiosos, reuniam tribos para garantir proteção, possuíam desenvolvimento técnico e
comercial e faziam o controle do abastecimento de água.

Povos da Mesopotâmia

A Mesopotâmia não chegou se constituir em uma grande nação unificando os povos ali existentes. Ao longo de sua
história, uns foram se sobrepondo hegemonicamente sobre os outros. De acordo com a cronologia, os primeiros foram os
sumérios e acádios, depois o Primeiro Império Babilônico, em seguida os assírios e, por fim, o Segundo Império Babilônico.

SUMÉRIOS E ACÁDIOS

A primeira civilização que se estabeleceu na Mesopotâmia foi a suméria, que ocupou o Sul dessa região — conhecida
como Sumer. Entre as suas principais características, está a invenção da escrita cuneiforme. Mas foi por volta de 3000 a.C. que
ocorreu o evento mais importante: a Revolução Urbana.
A escrita foi utilizada para registrar transações comerciais — os sumérios fizeram diversas trocas comerciais com outros
povos —, facilitando a contabilidade dos impostos e a produção de artigos religiosos.
O surgimento dos primeiros núcleos civilizatórios — cidades com organização política, econômica, defesa etc. — com um
chefe político representante, que também acumulava as funções de chefe militar e religioso, chamado de patesi, é o que
caracteriza essa revolução. Algumas das cidades mais importantes desse período foram Ur, Uruk e Lagash. Elas possuíam
autonomia político-administrativa, sendo classificadas como cidades-Estados, e frequentemente estavam envolvidas em conflitos
entre si.

1
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ALBERTO TORRES
ENSINO MÉDIO – HISTÓRIA - 1ª Ano - Prof.ª JAQUELINE ROSA
Na Região Norte, instalaram-se os acádios, povos de origem semita, que receberam esse
nome por se organizarem principalmente ao redor da cidade de Akkad.
Sumérios e acádios promoveram grande instabilidade política por meio de guerras e
disputas por terras próximas ao Tigre e ao Eufrates. Até que, por volta de 2400 a.C., o rei acádio
Sargão I unificou as civilizações sumérias e acádias, formando o primeiro império da
Mesopotâmia, o Império Acádio.
A cultura desses dois povos sofreu um processo de sincretismo, entretanto as práticas
acádias sobressaíram até mesmo na língua, que se tornou mais usual. A utilização da língua dos
sumérios ficou restrita a algumas práticas religiosas.
Os aspectos culturais sumério-acadianos, relacionados à religiosidade, caracterizavam
os eventos naturais e meteorológicos aos deuses e por eles realizavam sacrifícios.
No âmbito educacional, as escolas eram lugares que somente os privilegiados podiam
frequentar. Uma de suas funções era formar escribas, que eram responsáveis por funções
administrativas, pedagógicas e literárias do próprio povo.
Devido a inúmeras revoltas internas, esse império enfraqueceu, dando margem para os
amoritas invadirem e estabelecerem o domínio da região.

AMORITAS E O IMPÉRIO BABILÔNICO


Aproximadamente em 1900 a.C., o Império Acádio foi dominado por outro povo semita, originário do deserto da Arábia:
os amoritas.
Os amoritas estabeleceram sua capital na cidade da Babilônia e formaram o
Primeiro Império Babilônico.
Hamurabi (1728-1686 a.C.) foi o mais famoso imperador que estabeleceu um
governo centralizador e autoritário, diminuindo a autonomia que as antigas cidades-
Estados possuíam, unificando as regiões que integram o Golfo Pérsico até a Assíria.
Hamurabi não se apresentava como divino, mas como descendente das
primeiras tribos amoritas e, dessa forma, um servo dos deuses, fato que justificava o
respeito que existia ao seu poder.
A Lei de Talião — Olho por olho, dente por dente — foi a premissa jurídica
utilizada por Hamurabi para escrever o código que leva o seu nome (Código de
Hamurabi). Esse foi o primeiro código de leis escritas de que se tem registro na história.
Ele ficava exposto na capital (Babilônia) e era utilizado por todos para consulta no
império. Estavam contidas nesse código ações referentes ao próprio imperador,
questões ligadas aos escravos, mas, principalmente, leis que regulamentavam o
cotidiano dos habitantes. Nesse sentido, pode-se compará-lo ao Código Civil e Penal
atual. Nesse quesito, o código tipificava o crime, e a penalidade do condenado se assimilava ao crime cometido.
Após a morte de Hamurabi, o Império Babilônico não conseguiu manter a mesma hegemonia política, e foi invadido pelo
povo assírio, que habitava o Norte da Mesopotâmia.

Assírios
O Norte da Mesopotâmia (região da Assíria), próximo à
nascente do Rio Tigre, era habitado pelos assírios.
Os assírios ficaram conhecidos por serem os primeiros a
constituir um exército regular, com armas e estratégias de combate
inovadoras. Prática comum dos assírios era a crueldade com que
tratavam os derrotados: mutilações, desfigurações, assassinatos
formas de tortura eram comuns aos seus opositores. A justificativa
era desincentivar qualquer tipo de rebelião.
Os núcleos urbanos mais importantes dos assírios eram as
cidades de Assur, Nínive e Nimrud, e o processo de expansão do
alcançou regiões fora da Mesopotâmia, como o Egito e parte da
Pérsia.
A expansão máxima do Império Assírio ocorreu no governo
de Assurbanipal, no século VII a.C. Por volta de 610 a.C., foi
derrotado por outro povo semita: os caldeus.

2
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ALBERTO TORRES
ENSINO MÉDIO – HISTÓRIA - 1ª Ano - Prof.ª JAQUELINE ROSA

Caldeus
Ao dominar a Babilônia em 612 a.C., os caldeus —
ou novos babilônicos — fundaram o Segundo Império
Babilônico, ou Neobabilônia, e tornaram a capital
(Babilônia) a cidade mais próspera da Mesopotâmia, nos
aspectos culturais, arquitetônicos e econômicos.
O imperador que promoveu a expansão
territorial, alcançando seu auge (abrangendo territórios
do sul da Palestina e Egito) e pilhando os povos
dominados, foi Nabucodonosor (604 a 561 a.C.).
Responsável por inúmeras obras públicas
financiadas por guerras de conquistas, Nabucodonosor
construiu muralhas, fortificando a cidade. Os Jardins
Suspensos da Babilônia, construídos para agradar à sua
esposa Amitis, que sentia saudades de sua terra natal, o
atual Azerbaijão, e o zigurate conhecido como Torre de
Babel são outros exemplos de obras edificadas durante o
império de Nabucodonosor.
Os imperadores que sucederam Nabucodonosor não conseguiram dar continuidade ao desenvolvimento cultural (e
militar), o que fez surgir dentro do território neobabilônico rebeliões que desestabilizaram sua estrutura. Isso permitiu que o
Império Persa, comandado por Ciro I, em 539 a.C., dominasse esse império.

Características culturais e socioeconômicas

Economia
A base da economia mesopotâmica era a agricultura e a pecuária praticadas pela população, que pagava seus impostos
com parte da produção. O Estado garantia o abastecimento do Exército, dos templos e dos palácios.
O comércio também era intenso, destacando-se as caravanas, responsáveis pelo intercâmbio comercial. Elas utilizavam
os produtos agrícolas (cevada, trigo, lentilha, linho etc.) como moeda de troca por outros produtos, como marfim, estanho, cobre
e outros metais.
As obras hidráulicas eram construções realizadas pelo Estado, que também controlava os excedentes de produção
agrícola, podendo, dessa forma, destinar parte da produção para outros fins.

Sociedade
A estrutura social das civilizações que habitavam a Mesopotâmia formava um rígido sistema de divisão, determinado
pelas funções de cada indivíduo.
Por se tratar de governos teocráticos e autoritários, os governantes estavam no topo da pirâmide social, que era
composto pelo imperador, pelos nobres, pelos chefes militares, pelos funcionários públicos de cargos privilegiados e pelos
sacerdotes. Esse grupo era responsável pelas decisões dos rumos dos impérios que se estabeleceram na Mesopotâmia.
Arquitetos, médicos, artesãos e comerciantes formavam o grupo intermediário e possuíam condições de vida vantajosas,
principalmente por atenderem os indivíduos da camada superior.
A base da pirâmide social, a parte mais numerosa, era formada por camponeses e trabalhadores urbanos, que prestavam
seus serviços ao Estado ou à camada superior da sociedade.
Ao longo da história mesopotâmica, o número de escravos se alterou, sendo maior no Império Assírio, mas estes nunca
compuseram grande número. A escravidão ocorria por meio de dívidas não pagas ou era consequência de derrotas em conflitos.

Religião
A religiosidade possuía grande influência sobre todos os povos da Mesopotâmia. Os deuses ou semideuses (todos os
povos que habitaram a Mesopotâmia eram politeístas) possuíam características humanas de comportamento (positivas e
negativas), eram imortais (masculinos e femininos) e detentores de poderes sobre os homens e a natureza.
Entre os deuses mais cultuados da Mesopotâmia está Gilgamesh —rei da cidade suméria de Uruk. O que se sabe, hoje,
sobre esse deus é por meio da obra Epopeia de Gilgamesh.
Os templos mesopotâmicos eram conhecidos como zigurates e neles eram feitas oferendas aos deuses, deixando-os
satisfeitos para que não cometessem nenhum mal sobre a terra ou sobre os homens.
Os zigurates eram grandes edificações que serviam de ponte entre a terra e o céu, e nelas eram também desenvolvidas
atividades de astronomia, matemática e literatura. Cabia aos sacerdotes e sacerdotisas administrar os templos e realizar as
práticas religiosas, enquanto o imperador era visto como representante dos deuses.

3
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ALBERTO TORRES
ENSINO MÉDIO – HISTÓRIA - 1ª Ano - Prof.ª JAQUELINE ROSA
Os rituais fúnebres eram similares aos egípcios — entretanto menos elaborados —, também tinham a crença de vida
após a morte. Dessa forma, a prática de sepultar a pessoa com seus bens e o ritual fúnebre variavam de acordo com a condição
financeira daquele que havia morrido.

ESCRITA CUNEIFORME
Uma das mais antigas formas de escrita, a cuneiforme, foi empregada, por exemplo, para
escrever o Código de Hamurabi. Essa escrita é assim classificada por causa de suas representações
gráficas, geralmente por possuir o formato triangular.

Artigos do Código de Hamurabi


XII — DELITOS E PENAS (LESÕES CORPORAIS, TALIÃO, INDENIZAÇÃO E COMPOSIÇÃO)
196.° — Se alguém arranca o olho a um outro, se lhe deverá arrancar o olho.
197.° — Se ele quebra o osso a um outro, se lhe deverá quebrar o osso.
198.° — Se ele arranca o olho de um liberto, deverá pagar uma mina.
199.° — Se ele arranca um olho de um escravo alheio, ou quebra um osso ao escravo alheio,
deverá pagar a metade de seu preço.
200.° — Se alguém parte os dentes de um outro, de igual condição, deverá ter partidos os
seus dentes.

Código de Hamurabi impresso em bloco de rocha. Na parte superior, está Nabucodonosor


e o deus do sol dos sumérios. Blocos de rochas como esse foram espalhados por todo o império

HEBREUS, PERSAS E FENÍCIOS

Os principais povos da Antiguidade Oriental que se estabeleceram próximo ao Mar Mediterrâneo foram os hebreus, os
persas e os fenícios. Os fenícios, diferentemente dos povos do Oriente Médio, voltaram-se para o mar, tornando-se
essencialmente comerciantes e marinheiros.
A herança deixada por esses povos para a nossa civilização ocidental vai desde a religiosidade (monoteísmo hebreu),
passando o alfabeto fenício até os sofisticados correios persas.

HEBREUS
Os hebreus são povos semitas que habitavam a região da Antiga Palestina (entre a
Fenícia a oeste, a Síria ao norte, o deserto da Arábia a leste e ocupando toda a Península do
Sinai), aproximadamente há 2 mil anos antes de Cristo. Organizavam-se em clãs patriarcais
responsáveis pelas funções políticas, jurídicas, militares, sacerdotais, além da educação dos
adolescentes.
O Rio Jordão foi para o povo hebreu o mesmo que diversos rios foram para seus
respectivos povos, ou seja, um rio usado para irrigação agrícola, auxiliando na produção de sua
alimentação. Os hebreus são classificados como seminômades e eram guiados pelos patriarcas
— principalmente no primeiro período de organização política e econômica denominado
Período Patriarcal —de oásis em oásis.
A Bíblia é a fonte mais utilizada por historiadores para a pesquisa sobre esse povo. O
Pentateuco — conjunto dos primeiros cinco livros do Antigo Testamento da Bíblia — apresenta
muito sobre o costume, as ciências, os mitos e a moral hebraica, mais tarde denominada judaica
ou israelita. Os hebreus acreditavam ser o povo escolhido por Deus e o chamavam lahweh ou Jeová; e, assim como outros povos,
também formavam uma sociedade escravocrata. Os escravos eram divididos em dois grupos: escravos hebreus e escravos
prisioneiros de guerra.
4
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ALBERTO TORRES
ENSINO MÉDIO – HISTÓRIA - 1ª Ano - Prof.ª JAQUELINE ROSA
Em 1700 a.C., muitos hebreus migraram para o Egito devido à falta de oferta de alimentos que acometeu esse povo —
por conta de fenômenos climáticos que ampliaram a ação da desertificação. Ao chegarem ao Egito, os hebreus foram escravizados
por quatro séculos. Depois, Moisés libertou-os, conduzindo-os para a Palestina. Essa epopeia é conhecida como Êxodo e é
concluída por Josué. Na história desse povo, esse episódio é um dos mais importantes nas cerimônias judaicas, conhecido como
Páscoa, que significa passagem.
Foi durante a condução dos hebreus na Península do Sinai que Moisés recebeu as tábuas das Leis — os Dez Mandamentos
— e se estabeleceu no litoral palestino, combatendo e expulsando os filisteus. Após inúmeras tentativas de unificação das tribos
em um único reino, Saul, em 1010 a.C., conseguiu a unificação das tribos hebraicas, mas somente Davi estabeleceu as bases para
a formação de um Estado hebraico (governo centralizado, organização política e exército permanente), sendo Jerusalém a capital
do Reino de Israel.
Davi foi sucedido por seu filho Salomão e o
reino atingiu o seu apogeu comercial. Dentre as
realizações culturais e religiosas desse governo,
destacam-se a construção do Templo de Jerusalém,
também conhecido como Templo de Salomão.
A manutenção do reino se apoiava na
cobrança de impostos elevados e no trabalho
compulsório de diversos camponeses, que resultou
no descontentamento de grande parcela da
população. Após a morte de Salomão, o Reino de
Israel se dividiu em: Israel, com capital em Samaria, e
Judá, com capital em Jerusalém. Essa cisão
enfraqueceu o povo hebreu e propiciou as invasões
estrangeiras, como a dos assírios e, depois, de
Nabucodonosor, que saqueou Jerusalém e destruiu o
Templo de Salomão.
Muitos hebreus foram feitos escravos por
Nabucodonosor e enviados à Mesopotâmia, fato que
passou para a História como Cativeiro da Babilônia.
Em 539 a.C., os persas, liderados por Ciro I, invadiram a Babilônia e os hebreus foram libertados, retornando à Palestina. Os últimos
invasores das terras dos hebreus foram os macedônios. Porém, foi a invasão romana, em 70 d.C., que resultou na dispersão desse
povo para diversas regiões, episódio que ficou conhecido como diáspora e que se estendeu por centenas de anos.
Somente no ano de 1948, após a Assembleia Geral da ONU, é que foi criado o Estado de Israel e os judeus tiveram uma
nação. Entretanto, diversos povos árabes, especialmente palestinos, não reconhecem esse Estado, o que torna essa região do
planeta uma das mais tensas da atualidade.
A maior herança do povo hebreu para a civilização ocidental foi a influência moral e ética propagada pelo monoteísmo
(primeiro povo a adotar esse aspecto religioso), influenciando o cristianismo, que possui parte de suas escrituras sagradas também
na Bíblia.

PERSAS
Por volta do ano de 550 a.C., o Imperador Ciro, o Grande, unificou as terras do atual Irã, organizando o povo persa e os
medos sob um mesmo sistema. Foi o fim de aproximadamente 1 500 anos do domínio dos persas pelos medos.
Após a unificação persa, deu-se início à expansão territorial que abrange cidades gregas da Ásia Menor, a Fenícia, a Síria
e a Palestina, mas foi a ampliação das fronteiras que abrangeu o território para a Babilônia (539 a.C.), fato que resultou na
libertação do povo hebreu, subjugado por Nabucodonosor.
Ciro foi sucedido por seu filho Cambises, em 529 a.C., que continuou a política expansionista de seu pai, entretanto
excluiu o respeito à diversidade cultural e religiosa e a autonomia administrativa que empregava seu antecessor, visto que essa
autonomia era concedida aos que pagassem seus impostos, servissem ao exército e aceitassem ser subjugados pelo domínio
persa. Em 525 a.C., na Batalha de Pelusa, Cambises conquistou o Egito.
Por respeito à diversidade cultural, a religião chamada de zoroastrista ou masdeísmo sobreviveu, mesmo não sendo a
oficial. Entre as caracterizas comuns dessa religião, pode-se citar aceitação de vida a morte, a vida de um messias para livrar os
justos (bem como na judaica), chamados de Zoroastro ou Zaratustra. Ao contrário dos hebreus, os seguidores do zoroastrismo
eram politeístas e seu livro sagrado era chamado de Zend-Avesta.
Em 522 a.C., Dario I assumiu que foi responsável pela expansão máxima do território persa e pelo auge do império. Criou,
então, o sistema de governo moderno, dividindo o império em regiões denominadas satrapias, as quais eram governadas pelos
sátrapas. Cada satrapia deveria pagar impostos relativos ao tamanho de sua riqueza. Para fiscalizar essas regiões, Dario I instituiu
uma importante rede de inteligência, que tinha a função de inspecionar as satrapias, composta por agentes conhecidos como os
olhos e ouvidos do rei.

5
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ALBERTO TORRES
ENSINO MÉDIO – HISTÓRIA - 1ª Ano - Prof.ª JAQUELINE ROSA

O poderoso exército persa, sob o comando de Dario I e depois de Xerxes I, tentou ampliar seu domínio territorial sobre
as cidades-Estados gregas, dando início às Guerras Médicas (em referência ao povo chamado medo) e também conhecidas como
Guerras Greco-Pérsicas.
Essas guerras se estenderam até o governo de Dario III (último imperador) e representaram o auge do povo grego e a
decadência do povo persa, que foi dominado por Alexandre da Macedônia, em 330 a.C.

O nome Pérsia deriva dos povos que formavam a Antiga Grécia, que lhe atribuíram esse nome. "Pérsia" vem de Perseu,
um antepassado mitológico dos povos daquela região.

O governo pérsico era estruturado na monarquia até o surgimento de Dario I. Com os seus sucessores, o poder real
decaiu, passando o monarca a dividi-lo com os nobres. A monarquia não foi criação do Império Persa, porém a forma como ela
teve de dividir os poderes com os nobres assemelha-se muito ao que aconteceu na Europa Iluminista, do século XVIII, que formou
governos baseados na divisão dos poderes, como aconteceu primeiramente na Prússia, com Frederico II; na Rússia, com Catarina
II; e também com o Marquês de Pombal, em Portugal.
Cabe, então, uma reflexão importante: Não teriam os criadores da Enciclopédia Ilustrada, intelectuais da época
insatisfeitos com a forma como seus governantes conduziam seus países, baseado-se, assim como nós muitas vezes fazemos, em
algum legado? Teriam os lluministas se baseado em Dario I da Pérsia para encontrar uma resposta aos problemas de sua época?

FENÍCIOS
Os fenícios foram outra civilização localizada junto ao
Mar Mediterrâneo, mais precisamente no litoral sírio e norte da
Palestina, que se desenvolveu há aproximadamente 3 mil a.C.
Assim como os hebreus e os persas, os fenícios
também praticaram a agricultura (principalmente cereais,
videiras e oliveiras), mas foi o seu posicionamento geográfico
que propiciou o contato com outros povos, ampliando o
comércio e as navegações e expandindo seu território para o
Norte da África e sul da Península Ibérica (Espanha) e Península
Itálica.
A ampliação comercial trouxe uma inovação que se
tomou a maior herança fenícia para a civilização ocidental: o
alfabeto. Composto 22 letras, era mais prático na aplicação
diária, principalmente no comércio, mais tarde sendo incorporado pelos gregos e romanos.
Os fenícios, assim como a maioria dos povos da época, eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e também
animistas, ou seja, atribuíam poderes sagrados a fenômenos naturais.
Os fenícios não estavam organizados sob um estado centralizado, mas por cidades-Estados, que disputavam a hegemonia
local e dessa forma rivalizavam-se. A cidade era governada por dois sufetas, que eram geralmente grandes comerciantes,
caracterizando um governo plutocrático (do grego ploutos = riqueza; kratos = poder). Ao analisar os fenícios como um Estado
único (caracterizado pelo seu povo), pode-se classificá-los como sendo uma talassocracia (thálassa = mar; kratos = poder).
As cidades mais importantes foram Biblos, Sídon e Tiro. Durante a ampliação territorial, os fenícios fundaram diversos
entrepostos comerciais; por exemplo, Cartago (que significa cidade nova), Sicília e outras ilhas do Mediterrâneo. Mais tarde
ampliaram o seu domínio para o Mar Negro e o Mar Cáspio. Os fenícios não conseguiram manter uma unidade militar corporativa
e foram sucessivamente sendo derrotados. Partes de seus territórios foram incorporadas aos impérios Assírio, Babilônico e Persa,
respectivamente. Por fim, em 332 a.C., Alexandre da Macedônia conquistou a cidade de Tiro, e a cidade de Cartago passou a ser
a principal cidade dos cartagineses, que herdaram grande parte das conquistas fenícias.
6

Das könnte Ihnen auch gefallen