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EMPRESARIAL
PROF. EDELVINO
RAZZOLINI FILHO
LOGISTICA EMPRESARIAL – PROF. EDELVINO RAZZOLINI FILHO 2
LOGÍSTICA EMPRESARIAL
1 INTRODUÇÃO
mentos, vestimentas etc.) para as tropas. Acredita-se que esta expressão tenha de-
rivado do verbo francês loger que apresenta o significado de abrigar ou acolher
(RAZZOLINI FILHO, 2006).
Modernamente, ainda segundo Razzolini Filho (2006), o Tenente Coronel da
marinha norte-americana Cyrus Thorpe, publicou um manual de logística que deixou
o âmbito militar e disseminou-se, também, no ambiente empresarial norte americano
no pós-guerra. Assim, a logística sai do ambiente estritamente militar e ganha espa-
ço no ambiente organizacional de forma mais ampla.
No ambiente empresarial a logística vicejou e evoluiu rapidamente, ganhando
maior impulso à medida que os recursos da tecnologia da informação também evolu-
íam. Atualmente, com o suporte dos recursos tecnológicos, a logística empresarial
ocupa papel de destaque nas estratégias competitivas das organizações.
A logística empresarial teve seu conceito evoluindo desde sua saída do âmbi-
to militar, de forma que acompanhasse a evolução dinâmica dos mercados e das
organizações.
Existe uma entidade, com sede nos Estado Unidos da América, que congrega
profissionais, pesquisadores, organizações e todos os demais interessados no tema
logística empresarial. Essa entidade chamava-se CLM – Council of Logistics Mana-
gement e, atualmente, denomina-se CSCMP – Council of Supply Chain Manage-
ment ou seja, é o Conselho dos Administradores de Cadeias de Suprimentos. É o
CSCMP que periodicamente realiza grandes encontros para discutir a situação da
logística ao redor do mundo e, ainda, estabelecer os conceitos que são adotados
pelos profissionais e organizações.
Num primeiro momento, o conceito de logística estava mais relacionado a
questões operacionais. O então CLM definia a logística como um conjunto de ativi-
dades voltadas para a movimentação eficiente de produtos acabados desde a linha
de produção de uma organização até seus clientes finais. Em alguns casos, o con-
ceito também admitia a movimentação de materiais desde um fornecedor até o início
do processo produtivo. Esse “conjunto de atividades” a que se referia o CLM incluía
as atividades de armazenagem, transporte, gerenciamento de materiais, embala-
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violação dos direitos de autor (Lei n.º 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.
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Pode-se perceber uma evolução no conceito, uma vez que o autor fala em
“gerenciamento estratégico”. Ou seja, Christopher confere à logística um novo papel,
o de contribuir com a estratégia organizacional.
Mais recentemente o CSCMP (2003), redefiniu a logística da seguinte forma:
a parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e
controla o fluxo e armazenamento, à jusante1 e reverso, eficientes e efica-
zes dos bens e serviços, bem como as informações relacionadas, desde o
ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às
exigências dos clientes
Este conceito acompanha, uma vez mais, a evolução dos mercados; pois,
atualmente, se discute a necessidade das organizações competirem em redes. Ou
1
Jusante = sentido em que vaza a maré, ou que um curso d’água flui desde sua nascente.
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seja, não são mais organizações isoladas que concorrem entre si e, sim, as cadeias
produtivas (ou redes de empresas) que concorrem umas com as outras. Ou seja, o
conceito atualmente em voga admite que a logística é uma parte de um processo
mais abrangente dentro de uma cadeia de suprimentos, de forma que se entende a
necessidade de envolvimento com as demais áreas funcionais da organização.
Porém, por mais paradoxal que possa parecer, o conceito de logística não
descarta a necessidade de se desempenhar atividades para que a logística atinja
seus objetivos. Ou seja, as atividades operacionais continuam existindo, assim como
no passado, embora tenham adquirido uma conotação estratégica. Assim, é neces-
sário compreender quais são e como interagem as atividades logísticas para atingir
os objetivos desse importante sistema organizacional.
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As atividades ditas primárias são aquelas que apresentam interface com ou-
tras áreas funcionais da organização e/ou de outras organizações, se interrelacio-
nam com o ambiente externo organizacional e são mais facilmente percebidas pelos
clientes.
Essas atividades são três: o processamento de pedidos, a armazenagem e o
transporte.
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Nível de serviço deve ser entendido como todos os atos praticados pela orga-
nização para conseguir que um produto, ou grupo de produtos, satisfaça às necessi-
dades, desejos e expectativas dos clientes. Também pode ser entendido como um
indicador da eficácia do estoque no atendimento às demandas dos clientes.
Neste entendimento é possível depreender duas coisas essenciais: - a de-
manda de serviço, que é a definição das características desejadas pelo cliente para
o serviço que atenda às suas demandas conforme sua expectativa em termos de
pagamento por isso; e, - a meta de serviço entendida como os valores e característi-
cas relevantes estabelecidos como objetivo para o conjunto de parâmetros que ca-
racterizam o serviço oferecido aos clientes. Isso permite concluir que o nível de ser-
viço pode ser entendido como o grau em que se cumpre a meta de serviço estabele-
cida.
Como as atividades logísticas são exercidas para oferecer um nível de serviço
elevado aos clientes da organização, é preciso compreender que essas atividades
se interrelacionam de forma a garantir níveis de serviço elevados.
Esse interrelacionamento das atividades logísticas é a forma como as ativida-
des logísticas se integram e como cada uma delas oferece suporte à outra. Por e-
xemplo, o transporte precisa de embalagens protetoras adequadas e manuseio cui-
dadoso para garantir integridade física dos materiais transportados. Isso pode ser
percebido na figura a seguir:
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Nível de
Serviço
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Logística de
SUPRIMENTOS
Logística de
PRODUÇÃO
LOGÍSTICA Logística de
EMPRESARIAL DISTRIBUIÇÃO
Logística de
PÓS-VENDA
Ambiente de
Operações
A figura permite perceber que o sistema logístico faz parte do ambiente orga-
nizacional devendo, portanto, interagir com os demais subsistemas organizacionais
(marketing, produção, finanças, recursos humanos etc.) e, ainda, com o ambiente
operacional externo (onde se encontram os operadores logísticos, bancos, segura-
doras, concorrentes, clientes, canal de distribuição etc.).
Nas próximas unidades, trataremos de cada um desses subsistemas isola-
damente.
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2 LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS
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WIP – Work in Process ou Work in Progress, refere-se aos produtos que estão em elaboração
dentro do processo produtivo.
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Objetivos / Metas
Definem Padrões de
Referência
Benchmarking
Avaliação do
Serviços Logísticos Desempenho Desvios
Analisar
Causas
Corrigir Problemas
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Por fim, mas não menos importante, uma das funções da logística de supri-
mentos é realizar as compras de todos os materiais necessários ao funcionamento
da organização. Compras é a atividade logística que visa assegurar a disponibilida-
de dos materiais corretos (com todas as características de qualidade desejáveis), no
momento certo, no lugar certo ao preço mais adequado (melhor relação custo-
benefício).
Em virtude do elevado número de itens geralmente comprados, sua represen-
tatividade em termos financeiros é elevada e, com isso, ocupa um papel estratégico
no gerenciamento organizacional. O volume de compras impacta sobre o fluxo de
caixa das organizações, podendo comprometer seus demais compromissos financei-
ros.
A função compras é parte integrante da cadeia de suprimentos e deve ocu-
par-se da previsibilidade da necessidade da reposição de materiais, estimando o
impacto de eventuais faltas de materiais, tendo como principais objetivos: - adminis-
trar os níveis de estoques; - suprir as necessidades da produção; - investir em com-
pras o mínimo indispensável (gerenciando os volumes comprados); - obter condi-
ções de compras que apresentem uma boa relação custo-benefício; - desenvolver
os fornecedores; - cuidar dos aspectos da qualidade; e, - monitorar tendências.
Isso significa que a função compras deve administrar corretamente as neces-
sidades de materiais em relação aos tempos de ressuprimento, mantendo organiza-
dos os arquivos com registros históricos do comportamento da demanda; realizar,
ainda, as aquisições de patrimônio, pesquisar permanentemente novos fornecedo-
res.
A função de pesquisa na área de compras implica na investigação permanen-
te como uma condição básica, que deve realizar: - estudo dos materiais; - estudo de
processos; - análises econômicas; - análise de custos e preços; - análise de emba-
lagens; - estudo de modais de transporte; etc.
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D
E Equilibrar neces- P
M Analisar Analisar sidades de mate- Elaborar L
A necessidades restrições riais com capa- Plano de A
N de materiais de recursos cidade de supri- Suprimentos N
D mento. O
A
Figura 05: Planejamento de Suprimentos
Fonte: Bertaglia (2003, p. 152)
A figura permite perceber que tudo inicia-se com informações sobre a deman-
da, analisando-se as necessidades de materiais decorrentes dessa informação, es-
tudo das restrições de recursos existentes na organização, busca-se equilibrar as
necessidades de materiais com a capacidade de suprir essas necessidades e, en-
tão, elabora-se o plano de suprimentos.
Depois, existe a interface da logística de suprimentos com a produção, sobre
o que se discorre na seqüência.
3 LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO
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Materiais entendidos como matérias-primas, insumos e produtos em processo
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Além disso, ainda segundo Moura (1998, p. 23), alguns dos benefícios oriun-
dos de bons processos de movimentação podem ser assim relacionados:
produtos ainda não estão concluídos, ou seja, enquanto os produtos estão sendo
transformados. Assim, o gerenciamento e o controle dos estoques nos processos
produtivos também é relevante para o gerenciamento dos custos industriais, sendo
responsabilidade da logística de produção esse gerenciamento, sobre o que se dis-
corre na continuação.
4 LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO
Uma das áreas da logística que é mais exigida pelos sistemas organizacio-
nais é exatamente a logística de distribuição ou, simplesmente, distribuição física ou,
ainda, distribuição. Isso decorre do fato que a responsabilidade desse subsistema
logística é entregar os produtos acabados ao longo do canal de distribuição para que
esses cheguem aos clientes finais na forma desejada, com a qualidade esperada ao
mínimo custo possível.
A logística de distribuição deve garantir a criação de três utilidades principais:
- utilidade temporal (o produto na hora certa); - utilidade espacial (produto no lugar
certo); e, - utilidade de uso (o produto em condições de uso). As principais atividades
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WIP – work in process ou work in progress.
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Canais de Distribuição
Fabricante Cliente
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O Canal de nível dois recebe esta denominação porque existem dois interme-
diários entre o fabricante/produtor e o cliente final.
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5 LOGÍSTICA DE PÓS-VENDA
6 LOGÍSTICA REVERSA
REFERÊNCIAS
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