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AlfaCon Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Tópicos Relevantes E Atuais Sobre Sistema De Justiça Criminal E Sistema Prisional Brasileiro ..............2
Panorama Brasileiro .........................................................................................................................................................2
População Carcerária Cresce Perto De 30%, Nos Últimos Cinco Anos .....................................................................2
Moro Defende Prisões E Mudanças Na Justiça Criminal Brasileira ...........................................................................2
Menoridade Penal E Sistema De Justiça Criminal ........................................................................................................3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Tópicos Relevantes E Atuais Sobre Sistema De Justiça


Criminal E Sistema Prisional Brasileiro
Panorama Brasileiro
˃ População no sistema prisional = 563.526 presos
˃ Capacidade do sistema = 357.219 vagas
˃ Déficit de Vagas = 206.307
˃ Pessoas em Prisão Domiciliar no Brasil = 147.937
˃ Total de Pessoas Presas = 711.463
˃ Déficit de Vagas = 354.244
˃ Número de Mandados de Prisão em aberto no BNMP = 373.991
˃ Total de Pessoas Presas + Cumprimento de Mandados de Prisão em aberto = 1.085.454
˃ Déficit de Vagas = 728.235

População Carcerária Cresce Perto De 30%, Nos Últimos Cinco Anos


Em entrevista à TVT, advogada ativista afirma que é altíssima a taxa de presos provisórios,
chegando a 40% do contingente, o que denota abuso na prática de aprisionamento no País.
Segundo relatório internacional, divulgado pela organização não governamental Human Rights
Watch, a população carcerária no Brasil cresceu quase 30%, nos últimos cinco anos. O contingente
de adultos encarcerados é de mais de meio milhão de pessoas, o que supera em 43% o número de
vagas no sistema carcerário. Tais números significam que o País tem a quarta maior população car-
cerária do planeta e a terceira maior taxa de encarceramento.
Para Vivian Calderoni, advogada e membro da Conectas, organização não governamental de
promoção dos direitos humanos, os dados mostram que “prende-se muito e prende-se mal”, sem
que, com isso, ocorra impacto positivo na redução da criminalidade.
Em entrevista ao Seu Jornal, da TVT, a advogada ativista lembra que é altíssima a taxa de presos
provisórios, chegando a 40%, o que denota abuso nessa prática. Sobre as más condições e super-
lotação nas prisões, Vivian afirma que existe “uma falsa percepção de que tratar mal pessoas que
cometem crimes vai aumentar a segurança”. Segundo ela, é necessário “tratar com humanidade
essas pessoas”; ela cobra “um investimento sério em políticas de reintegração social”.
Sobre as situações de tortura e maus tratos, a advogada traz números de um estudo da Conectas,
em parceria com o núcleo de estudos da violência da USP, o IBC Crim, a Acati Brasil e a Pastoral Car-
cerária, apontando que 61% dos acusados dos crimes de tortura são agentes públicos e destes, 66%
foram acusados de ter praticado a tortura para obter informação ou confissão, “o que mostra que a
prática ainda é utilizada como meio de inteligência policial”.
Para combater tais práticas, Vivian defende a implementação do comitê e do mecanismo nacional
de prevenção e combate à tortura, “um órgão independente formado por especialistas para monito-
rar os locais de privação de liberdade, as cadeias, as delegacias, fazer inspeções, sem aviso prévio,
entrevistar pessoas”, explica. A ativista cobra também a replicação desses instrumentos em nível
estadual.
(http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2015/01/conectas-prende-se-muito-e-mal-no-brasil-5270.html)

Moro Defende Prisões E Mudanças Na Justiça Criminal Brasileira


Juiz da Lava-Jato acredita que delitos de corrupção exigem ‘eficácia imediata, independente do
cabimento de recursos’
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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SÃO PAULO - O Juiz Federal responsável pela Lava-Jato, Sergio Moro, publicou, neste domingo,
um artigo em que defende as prisões dos investigados na operação que, para ele, não violam “a pre-
sunção de inocência”. Segundo Moro, os crimes atribuídos aos detidos são graves e exigem “uma
eficácia imediata, independente do cabimento de recursos”. Ele cita os Estados Unidos e a França
- “dois berços históricos da presunção de inocência” - como países onde prisões são aplicadas e a
liberdade se dá somente como “recurso excepcional”.
Assinado junto com Antônio Cesar Bochenek, presidente da Associação dos Juízes Federais
(AJUFE), o artigo foi publicado pelo “O Estado de São Paulo”. Nele, Moro é extremamente crítico
à Justiça Criminal brasileira, “aqui incluído Polícia, Ministério Público e Judiciário”, incapazes,
segundo ele, de combater efetivamente crimes de corrupção. Segundo ele, o problema principal é
“óbvio e reside no processo”.
“Não adianta ter boas leis penais, se a sua aplicação é deficiente, morosa e errática. No Brasil,
contam-se como exceções processos contra crimes de corrupção e lavagem que alcançaram bons
resultados. Em regra, os processos duram décadas para, ao final, ser reconhecida alguma nulidade
arcana ou a prescrição pelo excesso de tempo transcorrido. Nesse contexto, qualquer proposta de
mudança deve incluir medida para reparar a demora excessiva do processo penal. A melhor solução
é a de atribuir à sentença condenatória, para crimes graves em concreto, como grandes desvios de
dinheiro público, uma eficácia imediata, independente do cabimento de recursos. A proposição não
viola a presunção de inocência. Esta, um escudo contra punições prematuras, impede a imposição
da prisão, salvo excepcionalmente, antes do julgamento. Mas não é esse o caso da proposta que ora
se defende, de que, para crimes graves em concreto, seja imposta a prisão como regra, a partir do
primeiro julgamento, ainda que cabíveis recursos”, escreve o juiz.
Contestado por advogados dos presos, que alegam que a seus clientes ainda não foi dada a chance
de se defenderem, o Juiz da Lava-Jato salienta que a ineficiência da Justiça brasileira é ilustrada pela
“perpetuação na vida pública de agentes que se sucedem nos mais diversos escândalos criminais”.
Segundo Moro, “não deveria ser tão difícil condená-los ao ostracismo”.
O Juiz defende que parte da solução passa por melhorar a Justiça Criminal. Ele diz que a AJUFE
apresentará, em breve, ao Congresso um projeto de lei que não impedirá a prisão como regra em
casos de corrupção. O projeto, já aprovado por um grupo de trabalho que contou com integrantes
dos Três Poderes, permite ainda que o Juiz leve em consideração, para a imposição ou não da prisão,
fatos relevantes para a sociedade e para a vítima - “como ter sido ou não recuperado integralmente o
produto do crime ou terem sido ou não reparados os danos dele decorrente”.
“Se a crise nos ensina algo, é que ou mudamos de verdade nosso sistema de Justiça Criminal,
para romper com sua crônica deficiência, ou afundamos cada vez mais em esquemas criminosos que
prejudicam a economia, corrompem a democracia e nos envergonham como país”, finaliza o texto.
(http://oglobo.globo.com/brasil/moro-defende-prisoes-mudancas-na-justica-criminal-brasileira-15728930)

Menoridade Penal E Sistema De Justiça Criminal


Segundo pesquisa do IBOPE, publicada em 2014, mais de 80% da população brasileira é a favor
da redução da idade penal de 18 para 16 anos. Não é à toa, portanto, que seja esse o primeiro grande
tópico em segurança pública que entra no debate público, no início dessa legislatura. Em geral, os
motivos vão desde o justificado desejo de sentir menos insegurança na vida cotidiana, a revolta
contra casos de violência cometida por jovens, a irritação pela sensação de impunidade, até a vontade
de vingança e justiçamento.
É preciso, no entanto, estimar se tal mudança na legislação trará os efeitos desejados. Os indícios
acumulados pela experiência histórica – e não apenas da sociedade brasileira – mostram que as
chances de fracasso e até de agravamento da situação são enormes.
Para comentar algumas das evidências que apontam para o fracasso dessa estratégia, começo

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com o próprio sistema penitenciário brasileiro. A reincidência é alta, gira em torno de 70%, em
média três vezes maior que a encontrada no sistema socioeducativo em que os menores de 18 anos
cumprem as suas penas atualmente. Nosso sistema penitenciário está longe, portanto, de cumprir
sua a função social dada constitucionalmente. O aumento em mais de 200% da população carcerária
brasileira, nos últimos 15 anos, não significou, como já pudemos constatar, em melhoria nem em
nossa sensação de segurança nem nos nossos índices. Ao contrário, de 2012 para 2013 tivemos in-
cremento de 1,1% no número de mortes violentas, como apontou o Anuário produzido pelo Fórum
Brasileiro de Segurança Pública.
Mas nisso o Brasil não está sozinho: a experiência de outros países, entre eles a França e os
Estados Unidos, também tem mostrado que o aumento do encarceramento não traz diminuição nos
índices de criminalidade. Os Estados Unidos – país que, ora para o bem, ora para o mal, adoramos
tomar como modelo – oferecem bons exemplos de que soluções punitivas não surtem efeitos posi-
tivos. A pena capital é um deles: a taxa média dos homicídios nos Estados que aplicavam a pena de
morte em 2004 era de 5,71 por 100 mil habitantes, contra 4,02 por 100 mil, naqueles Estados que não
a aplicavam. Já se sabe também que os jovens que cumpriram penas no sistema penitenciário norte
-americano voltaram a delinquir de forma mais violenta.
(http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/menoridade-penal-e-sistema-de-justica-criminal-47vgrl07vopjqqto80ebzb-
0zd)

EXERCÍCIOS
A discussão sobre o sistema de Justiça Criminal entrou na agenda política e recebe cada vez mais
atenção dos meios de comunicação. A expansão do Direito Penal nas sociedades contemporâneas
acentua expectativas sociais, muitas vezes frustradas, de controle penal do crime. A insatisfação com
as formas de atuação e as soluções nacionais, não raramente, estão acompanhadas de comparações
com experiências de outros países.
Disponível em www.cnmp.mp.br

01. O Ministério Público, a Polícia, o Judiciário e o sistema carcerário encontram-se no centro da


discussão. Proliferam as acusações de ineficácia; a escassa coordenação entre as referidas orga-
nizações é mencionada como fator relevante para a elevada impunidade no Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
02. Estudiosos do sistema de Justiça Criminal e do campo da segurança pública destacam a neces-
sidade de pesquisas sobre as relações entre as organizações do sistema de Justiça Criminal. As
racionalidades próprias de cada uma das organizações, a coordenação satisfatória e a conver-
gência entre os modelos legal e real surgem como questões a serem discutidas e enfrentadas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 – C ERTO
02 – ERRADO

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