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Resenha

Problemas da formação de capitais em países subdesenvolvidos – texto de Ragnar Nurske

Nurske divide seu texto em algumas secções, todas elas descrevendo e explicitando entraves
ao desenvolvimento econômico. O autor começa sua abordagem fazendo duas considerações. A
primeira é em relação ao fato de que, quando comparamos a formação de capitais entre países
subdesenvolvidos e desenvolvidos, há uma ampla defasagem dos primeiros em relação aos
segundos, assim países subdesenvolvidos têm um grau de capital insuficiente em relação a sua
população e seus recursos naturais. Mas apesar desta ampla defasagem explicar uma parte da
condição de perpetuação do subdesenvolvimento, esta não é o todo. Nas palavras do próprio autor, o
desenvolvimento é:
O desenvolvimento econômico é estreitamente ligado a aptidões humanas,
atitudes sociais, condições politicas e acontecimentos históricos. A formação
de capitais é uma parte importante, mas não o problema todo. (p. 11, Nurske,
XX).
Já a segunda, Nurske entende que o estudo da formação de capital é muito complexo, portanto não
tem a pretensão de fazer um tratado sistemático e nem que se relacione a uma condição específica
de algum país, mas sim, de que seus estudos tenham um carácter geral. Embora o tema fere a aos
países subdesenvolvidos, entende-se que cada país tenha um carácter suis generis. Nas palavras do
próprio autor a definição de formação de capital é:
Formação de capital quer dizer que a sociedade se abstém de aplicar o total
de suas atividades produtivas correntes à satisfação de necessidades e
desejos de consumo imediatos, mas dirige uma parte das mesmas para a
produção de bens de produção: - ferramentas e instrumentos, máquinas e
meios de transporte, instalações e equipamento – todas as espécies de capital
real que aumenta, e pode aumentar extraordinariamente, a eficiência do
esforço produtivo. O termo formação de capital é usado ocasionalmente
tanto para designar o capital humano quanto o capital material; (p.12,
Nurske, XX).

Assim mote central da acumulação é poupar um consumo presente para


realizar investimentos produtivos e alcançar um maior nível de consumo futuro. E este é o primeiro
aspecto fundamental da análise de formação de capital de Nurske. Apesar de alguns autores tratarem
o lado da tecnológico da formação de capital, o autor em questão quase neglicencia este aspecto,
tratando como o lado mais importante deste o progresso técnico. Para o autor o progresso técnico
tem uma relação dual. De um lado progresso técnico pode deter um significado que seja a
construção de mais e melhores máquinas e equipamentos produtivos de forma a aumentar os bens
de capitais ganhando produtividade e eficiência produtiva, não necessariamente produzindo mais
conhecimento, mas sim aplicando o conhecimento técnico já existente. A outra significação compete
ao aumento de conhecimento técnico sem qualquer materialização em bens de capital. Assim o autor
aceita a hipótese, que é valida especialmente para os países subdesenvolvidos, de que no mundo há
um grande arcabouço de conhecimento técnico disponível mas nem todos tem capital o suficiente
para aplicar esses a sua produção. Logo o problema do uso do capital nas forças produtivas de
determinado país não tem só unicamente haver com a oferta destes bens numa economia. Assim,
dadas estas constatações, a seguinte parte em que o texto é dividido dá luz as condições
determinantes na demanda de capital produtivo.

1 – As dimensões do mercado e o incentivo a inversão


1.1 O mercado
Apesar das economias subdesenvolvidas serem as que mais precisam de capital produtivo, o
uso destes equipamentos produtivos, bens de capitais que se localizam na fronteira tecnológica, para
produzir bens de consumo nacional é limitado pelo tamanho do mercado em termos reais e não
monetários. Nurske para sintetizar a ideia sintetiza-a numa economia fechada de um único agente:
Suponha-se que Robinson Crusoé tenha duzentos ou trezentos pregos (que
por hipótese obteve de um caixão que houvesse dado à praia da Ilha em que
se encontra) e deseje pregá-los em algumas árvores para pendurar suas redes
de pesca ou objetos de uso pessoal. Ser-lhe-ia vantajoso, antes de mais nada,
sentar-se e fazer um martelo simples, e com o mesmo bater esses pregos nas
árvores. Seu esforço total seria diminuído e poderia fazer o trabalho mais
rapidamente. Se apenas dispusesse, porém, de dois ou três pregos para bater,
não valeria a pena fazer um martelo. Apanharia e usaria uma pedra de
tamanho adequado para esse fim. Embora esse método fosse lento e
inconveniente, por outro lado, seria antieconômico produzir equipamento,
sob a forma de um martelo, apenas para dois ou três pregos. (p.16, XX,
Nurske).

Na economia real a ideia permanece e não vai muito além, por exemplo que tipos de
incentivos um empresário teria para implementar uma moderna fábrica de celulares em um país
onde as pessoas fossem majoritariamente pobres o suficiente para não poderem comprar um celular.

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